TOC na escola e o seu impacto na rotina acadêmica do aluno
Clique e confira qual é o impacto do TOC na rotina acadêmica do aluno.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) se caracteriza pela presença constante de manias, comportamentos repetitivos (rituais) e de pensamentos recorrentes e persistentes que acarretam em grande sofrimento e mal estar na vida da criança.
O TOC na infância aparece de forma gradual, atingindo a faixa etária dos 6 aos 11 anos de idade, podendo ser de origem ambiental (através do convívio diário com algum parente que manifeste o transtorno) ou devido á traços de personalidade inerentes da própria criança (extremamente perfeccionista, ansiosa, ou que almeje a constante aprovação dos outros).
No ambiente escolar, o TOC gera forte impacto na aprendizagem (com o declínio do rendimento acadêmico, dificuldades de atenção e concentração e, em casos mais extremos evasão escolar). No convívio diário da criança com os colegas, é comum ela passar a camuflar os sintomas do transtorno por receio de ser ridicularizada ou preterida pelo grupo.
Pais e professores também podem atentar-se á problemas dermatológicos nas mãos da criança (devido ás lavagens excessivas no local), além da aparição de lesões ou escoriações de pele (por coçar, esfregar, arranhar ou machucar constantemente a região).
Existem ainda, uma gama de comportamentos (rituais) manifestados pelo jovem ou pela criança, durante a rotina escolar que podem ser um sinal de alerta para educadores e profissionais da educação:
- Organização excessiva dos pertences pessoais como: cadernos, armários, fichários, disposição de lápis, borracha e canetas sobre a mesa, posição da mochila (sempre da mesma forma);
- Higiene pessoal e autocuidado exagerados: idas constantes ao banheiro, assepsias frequentes das mãos (que podem resultar em dores, inchaços, erupções ou sangramento no local);
- Presença de rasgos, marcas ou buracos no caderno devido ao uso extremo da borracha sobre o papel;
- Leitura constante da mesma frase, palavra ou sentença a fim de obter a impressão de que a fixou bem na memória;
- Lentidão demasiada na mesma atividade como resultado de uma atitude perfeccionista;
- Verificações abundantes (no término da aula) de pertences pessoais sobre a mesa ou embaixo da carteira, no intento de se certificar de que não se esqueceu de nada;
- Recusa em tocar nos pertences dos colegas de classe como: cadernos, lápis, borracha, canetas, ou até mesmo sentir-se mal quando alguém manipula algum pertence seu;
- Apresentar comportamentos padronizados repetitivos, como: caminhar sem pisar em listras, ladrilhos coloridos, contagem de telhas ou automóveis que passam na rua, repetição intermitente de números ou sílabas que vêm à cabeça;
- Abrir portas, armários, janelas, gavetas e outros compartimentos da escola sem utilizar os dedos (apenas com um lado das mãos ou em alguns casos, utilizando o próprio corpo);
- Deixar de comer, dormir ou socializar por semanas a fim de memorizar toda a matéria da escola para um evento futuro que ainda não aconteceu (não havendo a certeza de que o mesmo ocorrerá).
O TOC é um transtorno mental em que há tratamento. No caso de os professores observarem comportamentos repetitivos manifestados pela criança no âmbito escolar, o educador deverá conversar com os pais ou responsáveis deste aluno para que haja um acompanhamento profissional especializado a fim de tratar os sintomas, no intento de gerar uma maior qualidade de vida para a criança.
O tratamento consiste em intervenção psicoterapêutica, através da terapia cognitivo-comportamental que tem o objetivo de auxiliar o paciente a modificar os comportamentos aprendidos (rituais desenvolvidos atrelados ao TOC), de maneira a transformá-los em respostas ajustadas em seu dia a dia, e em suas atitudes. Em alguns casos, a mediação com fármacos se faz necessária. Desta forma, o familiar da criança deve leva-la ao psiquiatra para que este possa prescrever a medicação adequada de acordo com o seu quadro clínico.
Publicado por: Daniela Silva dos Santos
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