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Ferramentas de Geração e Desenvolvimento de Ideias Criativas

Análise sobre Ferramentas de Geração e Desenvolvimento de Ideias Criativas.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Qual é o Primeiro Passo Para Identificar Uma Oportunidade? Como Ocorrem os Insights? O Que é um Brainstorming? Para o Que Serve o Crowdsourcing? Quais as Principais Ferramentas Para o Desenvolvimento de Novas Ideias?

Existem algumas ferramentas que podem ser usadas para geração de ideias a fim de alcançarmos a criatividade. Primeiramente, não podemos esquecer que tudo o que é inovador surge de uma ideia, constituindo-se no primeiro passo para a identificação de uma oportunidade real. Veremos a seguir algumas ferramentas para capturar insights e desenvolver novas ideias ([1]).

Ferramentas Para Capturar Insights

Primeiramente é preciso esclarecer o que seriam os tais “insights” para depois pensarmos em ferramentas que os identifiquem. O termo Insights vem do inglês in (dentro) e sight (vista), podendo ser entendido como a visão da alma. Diz respeito àquele momento em que, de repente, a luz aparece e dissipa as incertezas.

É como se, relacionando os objetos com os quais estamos em contato, conseguíssemos enxergar respostas que até parecem óbvias para nossos problemas. “Como não pensei nisso antes? ” O insight é um passo anterior à geração de ideias. A partir dele podemos avançar, melhorar o que pensamos e realmente desenvolver o que temos em mente.

  • Brainstorming: É preciso lembrar que o brainstorming é uma ferramenta na qual, com tema e tempo determinados, um grupo selecionado é estimulado a propor, sem filtro, novas ideias. Não é o momento de julgar, apenas de pensar de maneira livre sobre o tema pautado.
  • Scamper: É uma técnica que utiliza uma lista de ações a ser aplicada sobre uma ideia base para gerar novas ideias. O site Endeavor explica um pouco sobre a ferramenta.
  • Crowdsourcing: Advindo do termo contribuição coletiva ou colaborativa, essa ferramenta “funciona a partir da solicitação de ideias ou conteúdo para um grupo variado de pessoas, normalmente on-line e de fora da empresa.
  • Design Thinking: Trata-se de uma abordagem prática utilizada para a resolução de problemáticas em diversas áreas, agindo com base na coletividade colaborativa do desenvolvimento dos projetos. É um conjunto de métodos e processos para abordar problemas, a partir da vivência do contexto e entendimento do aspecto humano envolvido, seguido da geração e prototipação de ideias para resolvê-lo.

Ferramentas Para o Desenvolvimento de Ideias

Com o objetivo de aprimorar as ideias, os autores acima citados apresentam mais cinco (5) ferramentas. Mais importante do que decorar o significado de todas essas ferramentas, é entender que são muitas as possibilidades de contribuir para o desenvolvimento criativo dentro das organizações. Vamos conhecer algumas delas.

  • Cocriação: como o próprio nome indica, é criar conjuntamente, uma forma de inovação que “acontece quando fornecedores, colaboradores e clientes colaboram com a empresa recebendo em troca os benefícios de sua contribuição, sejam eles através do acesso a produtos customizados ou da promoção de suas ideias” (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 119).
  • Lean Startup: objetiva criar protótipos rápidos, projetados para validar suposições de mercado, e usar feedback dos clientes para melhoria das ideias.
  • Business Model Canvas: é uma ferramenta para se desenhar modelos de negócios de forma a criar e capturar valor das empresas, testando possibilidades antes do desenvolvimento de um plano de negócios.
  • Discovery Driven Planning: é uma técnica de planejamento para lidar com a incerteza de forma eficiente, por meio da organização de um roteiro de etapas a serem cumpridas. Dessa forma, organizam-se desafios, estruturando ciclos e períodos claros para que sejam entregues. A cada objetivo atingido, outro marco passa a figurar no horizonte de trabalho.
  • Inovação Aberta: Conforme a UFRGS, “a Inovação Aberta é o processo de inovação no qual indústrias e organizações promovem ideias, pensamentos, processos e pesquisas abertos, a fim de melhorar o desenvolvimento de seus produtos, prover melhores serviços para seus clientes, aumentar a eficiência e reforçar o valor agregado”.

Embora não sejam as únicas ferramentas existentes para a geração de ideias, essas são algumas das mais reconhecidas e podem trazer excelentes resultados para a solução de problemas e desenvolvimento de produtos e serviços que atendam às demandas de um mercado cada vez mais exigente. 

Conceituando a Inovação

Se observarmos as declarações de “missão” empresarial, assim como as “visões” e os “valores” apontados por muitas organizações, identificaremos uma infinidade de citações sobre inovação para os clientes, acionistas, negócios, futuro da empresa, sobrevivência e crescimento. Isso nos aponta não só a importância como a necessidade da inovação no dia a dia das organizações.

A explicação é bastante simples: “se não mudarmos o que oferecemos ao mundo (bens e serviços) e como os criamos e ofertamos, correremos o risco de sermos superados por outros que o façam. Em última instância, é uma questão de sobrevivência – e a história é bastante clara a esse respeito; a sobrevivência não é compulsória! As empresas que sobrevivem são capazes de mudança focada e regular” ([2]).

Mas, falar sobre Inovação exige olharmos atentamente para a diferença entre invenção e inovação, uma vez que a inovação está vinculada a um ganho econômico. Em resumo, inovação não é simplesmente algo novo. É algo novo que traz resultados para a empresa. Ela é a exploração de uma nova ideia com sucesso, resultando em grande retorno.

Nesse sentido, inovação não deve ser vista somente como o desenvolvimento de um novo produto. Inovação pode também estar vinculada a novos modelos de negócio, mercados e serviços, a novas formas de gestão, ao desenvolvimento de uma marca, à criação de plataformas tecnológicas e, até mesmo, à formação de canais de distribuição (SCHERER; CARLOMAGNO, 2016, p. 15). Esses autores indicam três (3) pontos importantes sobre a prática da inovação:

  • Ela deve ser um processo continuado e não caracterizado por lampejos de ideias brilhantes que, da mesma forma como chegam, se vão. Deve advir de uma estratégia de valorização do novo na busca por atingir objetivos pré-definidos. “Inovar significa buscar incessantemente o crescimento e a liderança. Envolve criatividade, transpiração, persistência, gestão e risco”, apontam os autores.
  • Deve ser um processo gerenciado, estruturado e organizado. Apesar de ter início com a criatividade, o que exige liberdade e certo caos, a gestão da inovação deve seguir um processo “de definição de estratégias, de estabelecimento de prioridades, de avaliação de ideias, de gestão de projetos e de monitoramento de resultado”.
  • A indução e a gestão da inovação devem ser feitas por métodos e ferramentas específicas. É preciso criar um ambiente para o desenvolvimento e inovação que esteja focado não apenas no desenvolvimento de produtos. “É um processo continuado, gerenciado e induzido por ferramentas específicas que tragam melhores resultados”.

Então, para atingirmos bons resultados com a inovação é preciso investir recursos (pessoais e financeiros) e em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Alguns países já perceberam isso mais que outros. Olhando dessa forma, fica a impressão de que apenas ações governamentais seriam necessárias para alcançar índices assim. É claro que políticas públicas e a boa vontade política são necessárias para que o país se destaque em P&D, mas em outros lugares as empresas se organizam em prol do P&D. E, conforme SCHERER; CARLOMAGNO, existem cinco (5) erros mais comuns dos inovadores nas empresas:

  • Acreditar que uma boa ideia é sempre um bom negócio – um produto ou serviço com funcionalidades/tecnologias superiores não significa que irá bater a concorrência.
  • Deixar para executar o projeto de inovação quando tiver tempo – de maneira geral, ninguém tem tempo “sobrando”, e outras demandas consideradas mais urgentes tomam o tempo que deveria ser priorizado para executar o projeto inovador.
  • Buscar o ótimo antes de encontrar o bom – gerar uma versão boa o mais rápido possível permite testar e aprender para fazer os devidos ajustes. Reduzidas essas incertezas, podemos gerar a versão ótima que todos buscam.
  • Esperar que o mercado “puxe” a inovação – não adianta desenvolver inovações e sem comunicá-las adequadamente e esperar que o mercado as encontre. Quando o produto chega à loja, os consumidores já deverão saber o que eles têm de melhor que a versão anterior ou que os concorrentes.
  • Jogar tênis em vez de futebol – inovação exige trabalho em equipe e múltiplas competências!

Referências

([1]SCHERER, Felipe Ost e CARLOMAGNO, Maximiliano Selistre. Gestão da Inovação na Prática. 2ed. São Paulo: Atlas, 2016 [Minha Biblioteca]. Retirado de https:// integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597007121/

([2]BESSANT, John, TIDD, Joe. Inovação e Empreendedorismo - Administração. 2009. [Minha Biblioteca]. Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788577805112

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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