Os idosos no contexto
Constata-se que de um modo geral as pessoas não estão preparadas para lidar com idosos doentes ou dependentes. Nem o próprio idoso aceita, muitas vezes, a sua perda de autonomia ou limitação.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Em décadas passadas, as famílias eram numerosas e viviam em casas bem amplas.
As mulheres raramente trabalhavam fora e tinham tempo para se dedicarem à família e a casa.
As jovens não eram educadas para fazerem carreira profissional e trabalharem fora de casa e sim para casarem e serem boas donas de casa. Se não casassem permaneciam junto à família. Morar sozinha não fazia parte do costume da época.
Dentro deste contexto os idosos permaneciam junto dos seus familiares, pois o normal eram as grandes famílias. Havia quem cuidasse dos idosos em tempo integral, quando necessitassem de acompanhamento maior em virtude de enfermidades.
Com as mudanças culturais, econômicas e sociais a situação foi se modificando. As famílias foram se tornando menores em função das mulheres passarem a ter uma perspectiva de ascensão profissional, pois passaram a enfrentar o mercado de trabalho com reconhecida competência.
Em função das transformações no ramo imobiliário e arquitetônico, por questões de readequação de espaços e de segurança, o número de pessoas que começou a residir em apartamentos com menores espaços aumentou bastante. O número de filhos nas famílias passou a ser planejado, não se encontrando mais as grandes proles.
As famílias tornaram-se famílias nucleares, só com pais e filhos sob o mesmo teto. Soma-se a isto a adolescência prolongada dos dias de hoje, com os jovens permanecendo nos lares até mais idade, por vários fatores simultâneos.
A camada populacional idosa aumentou consideravelmente. A longevidade aumentou em cerca de 20 anos considerando a média de vida de décadas atrás.
Dentro desta perspectiva as famílias passaram a não ter quem fizesse companhia aos idosos ou os cuidassem nas enfermidades ou por se encontrarem sozinhos após o crescimento dos filhos e a formação de novos lares.
Como resultado de todos estes fatores citados encontramos hoje um grande número –que tenderá a aumentar- de pessoas em instituições.
Constata-se que de um modo geral as pessoas não estão preparadas para lidar com idosos doentes ou dependentes. Nem o próprio idoso aceita, muitas vezes, a sua perda de autonomia ou limitação.
Não houve uma preparação prévia da sociedade para lidar com a superpopulação idosa mundial. Em virtude do crescimento vertiginoso de idosos e da longevidade verificou-se a necessidade de proporcionar melhor qualidade de vida em todo o decorrer da existência para mantê-los ativos e integrados no ambiente familiar e social.
Novas possibilidades de uma velhice ativa e saudável estão surgindo e sendo incentivadas. Novos campos de trabalho estão surgindo para estudar e proporcionar melhorias para este segmento populacional.
A qualidade de vida está associada à sua adaptação e inserção no ambiente familiar no qual ele se identifica desde que haja possibilidade de realmente interagir com os demais membros da família, participe e seja oportunizado um convívio social que permita o movimento físico e mental que ajudam a prevenir doenças e promovem a saúde física e mental, pois o isolamento é prejudicial e improdutivo em qualquer ambiente quer no familiar ou institucional.
Embora saibamos de instituições diferenciadas que promovem interação, atendimento, acompanhamento médico, nutricional, psicológico e até proporcione atividades físicas aos idosos, a realidade em algumas é diferente. O custo de tais instituições também é alto e inacessível para grande parte da população.
Em qualquer fase da vida, carinho, atenção, respeito e amor são indispensáveis.
A convivência, o acompanhamento, a atenção proporcionam segurança e bem-estar ao idoso que se sente valorizado e amado e influem consideravelmente para que junto dos fatores objetivos, concretos lhes seja proporcionada uma melhor qualidade de vida, o que os tornará, sem dúvida, mais felizes.
Publicado por: Isabel C. S. Vargas
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.