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Infância Negada

Infância Negada, crianças-soldado, crianças recrutadas com o objetivo de serem utilizadas nas frentes de batalha, crianças treinadas para a guerra, crianças são retiradas do seio da família e levadas às bocas de fumo.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Segundo dado da UNICEF estima-se que haja cerca de 300.000 crianças-soldado ao redor do mundo. Essas crianças são recrutadas com o principal objetivo de serem utilizadas nas frentes de batalha, como escudos-humanos ou mensageiros, entre outras funções de risco.

A partir dos nove anos, a pesar da proibição mundial, as crianças já empunham armas e são treinadas para a guerra, além de serem expostas a agressões e, em alguns casos, a abusos sexuais. A ocorrência de tais crimes é mais intensa em países da África e do Oriente Médio, onde guerrilhas e conflitos são constantes.

Os desequilíbrios pós-traumáticos são freqüentes e de difícil tratamento, isso quando as crianças não acabam sendo mortas já na primeira batalha. São considerados seres descartáveis devido à sua fragilidade e, por isso, no decorrer dos anos, o problema vem crescendo de forma desenfreada, quando uma delas morre, logo é substituída por outra que, provavelmente, terá o mesmo destino.

Em países onde o tráfico de drogas é mais intenso, como no Brasil, o problema ganha novas dimensões: crianças são retiradas do seio da família e levadas às bocas de fumo, onde, desde cedo, aprendem como funciona o mundo do narcotráfico. Essas não deixam de ser descartáveis, têm baixíssima expectativa média de vida, dificilmente passam da adolescência.

Criticar o governo por causa de tais problemas já é uma forma bem batida de protesto, mas não se pode deixar de observar o descaso com que são tratadas essas crianças e suas famílias, que, em sua esmagadora maioria, são impotentes devido à sua posição social, situação financeira e ignorância política. O trabalho de prevenção e conscientização, além da ressocialização dessas crianças é, geralmente, desenvolvido por ONG’s e instituições de apoio independentes, uma vez que o governo faz vista grossa e, sequer os cidadãos são informados como deveriam.

Ainda há um longo caminho a ser percorrido até que medidas preventivas venham a ser adotadas pelo governo como prioridade. Milhares de crianças morrem ou têm sua vida destruída diariamente no mundo sem que se faça um trabalho sério e eficaz para reduzir esse número. A conscientização e prevenção são as melhores maneiras de reverter esse quadro.


Publicado por: Daniela Córdova

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