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Identidades nacionais - étnico-raciais e diferenças culturais

“identidade designa algo como uma compreensão de quem somos, nossas características definitórias fundamentais como seres humanos.”

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Quando falamos em “identidade” ou identidades” devemos sempre estar bastante atentos (as), pois trata-se de um tema que envolve comportamentos, sentimentos, o modo de ser, de viver e de amar de cada um, e tudo isso é “carregado” de uma história de vida, ocorrida dentro de um determinado contexto social, com laços familiares e afetivos específicos, recheada de crenças e valores peculiares.

A identidade de um indivíduo é única, “identidade designa algo como uma compreensão de quem somos, nossas características definitórias fundamentais como seres humanos.” TAYLOR, Charles. “A política do reconhecimento”. In. Argumentos filosóficos. São Paulo: Loyola, 2000, p. 241. Aprenderemos aqui um pouco mais sobre essas características que nos definem, em primeiro lugar vamos falar sobre identidade nacional.

A caracterização da identidade nacional uni-se, primeiramente à existência da identidade cultural, bem, já sabemos o que é cultura, mas vale lembrar que a cultura é nossa herança social, nesse sentido, como brasileiros e brasileiras que somos, sofremos influências dos portugueses, negros, índios e imigrantes de vários países como os italianos.

Temos uma identidade cultural forte, baseada em uma língua comum, na miscigenação, comidas típicas, a arte barroca, a natureza exuberante, nossa música etc. Para que exista uma identidade nacional é necessário que o povo possua a consciência de nação, a nação é uma construção coletiva a partir de uma identidade nacional.

Desta forma, é imperioso que, além da identidade cultural, exista um projeto nacional de desenvolvimento, a compreensão de identidade nacional também envolve aspectos geográficos, jurídicos ou diplomáticos. Temos exemplos de países que possuem uma forte identidade cultural, como o Brasil, e outros detentores de uma elevada consciência de nação, apesar de não ter um grau elevado de identidade cultural.

Assim, podemos definir identidade nacional como o somatório de valores culturais resultante da vivência, que, apesar de incluir as diferenças regionais e peculiaridades grupais, é passível de caracterização por um traço que permita a definição de um perfil diversificado, contudo hegemônico baseado em habitante (homem), território, instituições, língua, costumes, religiões e história comuns. A identidade brasileira é proveniente do nascimento da nação, representado pelo idioma, etnias, bem como através do solo, clima, vegetação e relevo.

Nossa base cultural foi constituída pelo amálgama do processo de integração de portugueses, negros, índios e imigrantes de vários países do mundo. Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais. Estas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura social, política e um território.A palavra etnia é usada muitas vezes de forma equivocada como um sinônimo para grupo minoritário ou como um eufemismo para raça, embora não possam ser considerados como iguais.

A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a Religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.(Fonte: Wikipédia) Segundo o antropólogo norueguês Fredrik Barth (1984), a identidade étnica se expressa pelo ato de um grupo poder contar "com membros que se identificam a si mesmos e são identificados pelos outros".

Desse modo a construção da identidade étnica tem na auto-afirmação sua grande base fundadora. Ainda que as análises culturais sejam essenciais, a etnicidade não pode ser genelarizada por ações da cultura. Barth acentua que o fato de compartilhar cultura comum pode ser visto como conseqüência não como fato causa dos grupos étnicos e suas identidades. “A reação diante da alteridade faz parte da natureza das sociedades.

Em todas as épo¬cas, sociedades reagiram de forma específica diante do contato com uma cultura diversa à sua, ou seja com pessoas com costumes, crenças, valores, vestimentas , enfim com o modo de ser, de viver, de sentir distinto ao seu.

Um fenômeno comum, porém, caracteriza todas as sociedades humanas: o estranhamento, a que chamamos etnocentrismo. Diante de costumes de outros povos, a avaliação de formas de vida distintas se deu a partir dos elementos das suas próprias culturas.”(Curso de especialização em gênero e sexualidade/Organizadores: Carrara,Sérgio…[et al]. – Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília, DF : Secretaria especial de políticas públicas para as mulheres, 2010.) “Todas as culturas definem o que as pessoas devem usar como vestimenta e adorno.

Muitas vezes, a nossa, cultura ocidental, se negou a ver nas pinturas corporais ou em adornos e adereços dos grupos indígenas sul-americanos os correspondentes às rou¬pas impostas por ela, e criou a idéia de que o “índio/a” andaria pelado/a, avaliando tal comportamento como “errado”. ” (Curso de especialização em gênero e sexualidade/Organizadores: Carrara,Sérgio…[et al]. – Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília, DF : Secretaria especial de políticas públicas para as mulheres, 2010.)


Publicado por: Bianca Wild

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