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Convivência ou vivência: onde se encaixam?

Convivência ou vivência: onde se encaixam?, convivência, vivência, contextualização, intenção de trabalho científico, sociedades humanitárias, problemáticas da sociedade.

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RESUMO

Sugere-se que a área educacional solucione discrepâncias sociais ou de outras ordens; quase que na maioria das vezes define-se que a culpa por uma sociedade em devaneios é resultante do período que o indivíduo esteve em uma sala de aula; conviver e vivenciar são questões que em muitos casos passam desapercebidas, não em suas conseqüências, mas sim em suas atitudes iniciais. Crer que as discrepâncias sociais são fruto da desatenção do educador é cético e imaturo, pois os degraus que formam a escada da vida têm seu início na família. Perceber as modificações ocasionadas pelas diferentes gerações (pensamentos) são sim demonstrações de maturidade, pois a experiência de cada um é importante quando em conjunto com a convivência em grupo, somando esforços para o bem comum. Aprender a viver junto é um tema que necessita de maior atenção e cada um precisa encontrar seu lugar para somar à pesquisa e estudo desta necessidade humana.

Palavras-Chave: Convivência; Vivência; Indivíduo.


1. INTRODUÇÃO

Apesar dos esforços de todos os tipos e ser tema de estudo de diferentes áreas da sociedade o viver junto ainda é um assunto que cada indivíduo contextualiza a seu bel prazer. É a convivência o mais importante ou a vivência? Qual são as amarras que seguram a sociedade tal qual se conhece. Compreender o propósito e a importância da convivência são necessários para construção de sociedades humanitárias, igualitárias e estimulantes à vivência de cada indivíduo.

Conceituar e contextualizar “Convivência” e “Vivência” é a intenção deste trabalho científico. Estimular o indivíduo em sua sociedade a conviver com outros indivíduos e dar o devido valor a sua e a vivência de outros é algo de sucesso que precisa ser atingido.


2. CONCEITOS

“Aprender a viver juntos desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências - realizar projetos comuns e preparar-se para gerir conflitos – [...], da compreensão mútua e da paz.” (WEIDUSCHAT, 2007, p. 47, grifo do autor).

2.1. Convivência

“Convivência - [De conviver + -ência.]; substantivo feminino. 1. Ato ou efeito de conviver; relações íntimas; familiaridade, convívio. 2. Trato diário.” (FERREIRA, 2004). Estar com alguém ou com um grupo de pessoas faz-se conhecido e conhece-se, cria-se laços e ligações tanto físicas como sentimentais e em um plano empírico, espirituais.

2.2. Vivência

“Vivência - [Do lat. viventia, acus. Neutro pl. de vivens, tis, ?vivente?.] Substantivo feminino. 1. O fato de ter vida, de viver; existência. 2. Experiência da vida. 3. O que se viveu. 4. Bras. N. Situação, modos ou hábitos de vida. [Cf. vivencia, do v. vivenciar.]” (FERREIRA, 2004). Toda a experiência por qual passa o indivíduo marca de uma forma ou outra sua essência, esta marca pode, contribuir ou prejudicar, a si próprio ou a outros indivíduos que se aproximam dele.


3. CONTEXTUALIZAÇÃO

Os degraus que compõem a escada que todo o indivíduo deve escalar não é simples, mas a um passo de cada vez - refletindo em cada atitude - deve ser dado, até alcançar os objetivos que lhe estão propostos. É importante salientar que grande parcela dos problemas poderia ser evitada se cada indivíduo há seu tempo tivesse tomado uma atitude ou várias atitudes quando da experimentação de um problema específico.

Há ainda especialistas que jogam a culpa nas costas dos educadores das conseqüências dos problemas ou dificuldades que a sociedade convive hoje. É notório que a família tem um papel crucial na formação do caráter, da personalidade como também nos conceitos do indivíduo, tendo em vista a absorção de informações, ainda no tempo que antecede a fase escolar, a convivência ou o aprender a viver junto é iniciado entre os membros que fazem parte da família deste indivíduo. É papel da família dar subsídios morais, éticos, cívicos, espirituais, limitantes e etc, ao indivíduo.

A vivência dos familiares deve estimular o indivíduo para a geração de um cidadão consciente, voltado a melhorar não apenas o convívio familiar, mas também buscar recursos para gerir problemas na sua família, na sua rua, pois ao fazê-lo estará contribuindo para melhorar além das limitações da sua casa. Cada lição de vida que os mais velhos passam soma-se aos estímulos que este indivíduo recebe do meio em que vive.

É na fase escolar, onde entra o educador com suas informações e conceitos, que ocorre a estimulação para que o indivíduo crie o olhar crítico de tudo que observa, escolhendo para si próprio o caminho que deverá seguir em sua vivência, o educador passa a dividir com a família, papel principal na formação do mesmo, sensibilizando-o com as problemáticas da sociedade enfatizando que ele fazendo parte desta sociedade deve contribuir nas modificações e soluções de problemas pré-existentes e existentes ou pró-existentes.


4. CONCLUSÃO

Conhecendo o papel de cada um na sociedade, tem-se a compreensão do que pode ser feito, ao vacilar em realizar cada um a sua parte, há a geração de problemas em diversas fases do desenvolvimento humano. A criança que não obedece hoje, que faz “birra” por não obter o que deseja; os pais que permitem que ela haja por sua própria vontade, ou entrega o objeto do desejo distorcido da criança. O educando que cola, que faz brigas ou discussões sem nexo, que gazeia aulas; o educador que não policia as atitudes do educando, ou não norteia o educando para o bem maior, permitindo-se ser persuadido ou por status ou por dinheiro, ou por assédio em qualquer área. O profissional que não realiza os trabalhos pertinentes a sua função ou o faz de maneira desleixada, mas continua recebendo.

São alguns exemplos que podem ser utilizados e é crível que “os problemas de hoje são as soluções de ontem [!] que não foram executadas” conforme Joelmir Betting citado por Lauro Campos (1995), certamente vislumbraste vários outros quadros que somados as ilustrações aqui expressas ressaltam as ausências de atitudes corretas e em alguns casos rígidas para que o convívio entre os indivíduos possa acontecer de uma maneira serena, partilhada de ajuda, e propósitos resultando no crescimento intelectual e social da sociedade.

Bem, o que pode ser feito para ser atingido este patamar, será que a vivência do indivíduo deve ser alheia a tudo e a todos, ou simplesmente agir como se “isto não acontece comigo” é o bastante, é preciso reestruturar dando condições para que cada um exerça seu papel na sociedade, lembrando sempre que o que quero para mim quase sempre alguém também quer para si. É indispensável que desde a sociedade primaz, a família, não se isente de sua função em conduzir o indivíduo em seus primeiros passos na subida da escalada da vida, entretanto se as famílias ao invés de desempenharem seu papel, contribuírem para o aumento do contingente de famílias que já se isentam, colocando na escola, religião ou o no estado o dever de nortear o caminho ao indivíduo a sociedade estará fadada ao colapso total e irreversível.


5. REFERÊNCIAS

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Aurélio On-Line – corresponde ao Aurélio Século XXI. 3ª. Edição. 2ª. Impressão. Curitiba: Positivo, 2004.

WEIDUSCHAT, Íris. Didática e Avaliação, 2. ed. Indaial: ASSELVI, 2007.

CAMPOS, Lauro. Aparte. In: MALDANER, Casildo. Pronunciamento completo no Senado Federal (DF), Brasília, 25 de set. 1995. Disponível em:
< http://legis.senado.gov.br/pls/prodasen/prodasen.layout_disc_detalhe.show_integral?p=175170>. Acesso em 03 ago. 2007.

Publicado por: Alexandre Dias Hansen

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