Obesidade
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A obesidade é um dos problemas de saúde mais importante que estamos enfrentando atualmente, pois em alguns casos, leva o indivíduo a óbito. Tem como características o excesso de gordura corporal, compactando algumas doenças como: diabetes, sedentarismo, depressão e muitas outras.
Pessoas obesas apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminadas com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando a longo prazo degenerações, como artroses de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de varizes, úlceras de repetição e erisipela.
A forma recomendada para avaliar o peso corporal de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é pelo Índice de Massa Corporal (IMC), onde é calculado o peso do indivíduo (em kg) pela altura ao quadrado (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado, obtendo assim um número seguido de Kg/m2 que deve ser interpretado da seguinte maneira:
- menor que 18 Kg/m2 = abaixo do peso
- de 18 a 26 Kg/m2 = peso normal
- de 26 a 30 Kg/m2 = acima do peso
- acima de 30 Kg/m2 = obeso
Indivíduos com valores de IMC superiores a 40 Kg/m2 são chamados de obesos mórbidos (devido à grande morbidez, isto é, doenças graves relacionadas com este grau de obesidade).
Cálculo do IMC:
- IMC=peso (kg) / altura (m) x altura (m)
- Exemplo: Maria tem 49 kg e sua altura é 1,56 m
- Altura x altura = 1,56 x 1,56 = 2.4336
- IMC = 49 divididos por 2,4336 = 20,13
O resultado de 20,13 de IMC indica que Maria está como peso normal.
Importante ressaltar que o valor do IMC pode variar de acordo com alguns países e com algumas entidades de saúde que altera o valor do índice. Por exemplo, o Japão define obesidade como qualquer IMC superior a 25 kg/m 2,14 enquanto que a China usa um IMC superior a 28 kg/m2.15.
Em crianças, o peso considerado saudável varia em função da idade e do sexo. A obesidade em crianças e adolescentes não é definida em função de um número absoluto, mas sim por um percentil.
A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do formato corporal no qual há predominância da deposição gordurosa, sendo classificada em:
Obesidade Difusa ou Generalizada – aquela que o paciente apresenta uma forma corporal tendendo a maçã. Está associada com maior deposição de gordura visceral e se relaciona intensamente com alto risco de doenças metabólicas e cardiovasculares;
Obesidade Ginecóide – na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior de artrose e varizes.
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher.
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.
As complicações da saúde humana podem ser causadas diretamente pela obesidade ou de forma indireta, através de macanismos com causas em comum, como por exemplo, uma dieta desiquilibrada ou um estilo de vida sedentário.
O estilo de vida sedentário desempenha um papel significativo na obesidade. A OMS refere que entre a população mundial se verifica um declínio das atividades recreativas ativas e que, atualmente, cerca de 30% da população mundial não realiza exercício físico suficiente. Isto deve-se à tendência de evolução para condições de trabalho que exigem cada vez menos esforço físico, ao aumento da utilização de transportes mecanizados e à maior prevalência de tecnologia residencial. No caso das crianças, o declínio na quantidade de atividade física deve-se também à diminuição na quantidade de percursos feitos a pé e à inexistência de educação física, uma vez que optam por assistir TV.
De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada como, obesidade por distúrbio nutricional, inatividade de física, genética, secundária, desequilíbrio hormonal, depressão e entre outras.
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar com qualidade de alimentos, ou seja, reduzindo o consumo de alimentos ricos em energia, tais como os que têm grande quantidade de gordura e açúcar, fast food, e aumentando a ingestão de fibra dietética, bem como o aumento da atividade física. Dependendo da situação de cada indivíduo, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo a psiquiatria. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
Quando a dieta, o exercício e a medicação não demonstram ser eficazes, pode ser considerada a aplicação de uma banda gástrica ou uma cirurgia bariátrica para reduzir o volume do estômago ou o comprimento do intestino, o que faz com que a pessoa se sinta cheia mais cedo e que haja menor capacidade de absorção de nutrientes dos alimentos.
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos frequentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios a longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.
Assim, podemos concluir que a obesidade é um dos principais problemas enfrentado pela saúde pública, devido à sua prevalência, custos e efeitos na saúde, como a subnutrição ou as doenças infecciosas. As medidas de saúde pública procuram compreender e corrigir os fatores ambientais responsáveis pela prevalência cada vez maior de obesidade na população.
As soluções apontadas procuram alterar os fatores que provocam o consumo excessivo de energia e que inibem a atividade física, como por exemplo, planejar refeições saudáveis nas escolas, restringir a publicidade a fest food (principal vilão) dirigida a crianças, e diminuir o acesso a bebidas açucaradas na escolas. A nível do planejamento urbano têm sido realizados esforços no sentido de aumentar o acesso a parques e criar espaços pedestres, bem como as construções das ciclo vias.
REFERÊNCIAS:
http://fefnet178.fef.unicamp.br/ojs/index.php/fef/article/viewFile/653/396
http://www.planejamento.mg.gov.br/images/Obesidade_e_qualidade_de_vida_revis%C3%A3o_de_literatura.pdf
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/obesidade-infantil.htm
http://www.abcdasaude.com.br/endocrinologia/obesidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obesidade
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/obesidade
http://emedix.uol.com.br/doe/end001_1g_obesidade.php
Publicado por: Fabiane Moura da Silva
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