Hipertensão Arterial: conhecer, conviver e controlar sem dramas.
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Conhecer para modificar riscos.
A hipertensão arterial (ou pressão alta) é um dos problemas de saúde mais freqüentes no mundo moderno. Quando a doença permanece sem controle pór longo período, suas complicações como doenças cerebrovasculares, retinopatia, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença vascular de extremidades; são limitadoras da qualidade de vida do hipertenso.
Em toidas as regiões do Brasil, o acidente vascular cerebral é a principal causa de morte, atingindo as mulheres em maior proporção. A hipertensão arterial é o fator de maior peso no aparecimento de acidentes cerebrovasculares.
Entre os fatores de risco para mortalidade, hipertensão arterial é responsável por 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% das mortes por doença arterial coronariana.
Como se percebe pelas estatísticas, é doença de alto impacto na mortalidade global. Comum nos idosos, a hipertensão arterial também acomete jovens e, mais raramente, crianças. Em resumo, é doença frequente que sem controle adequado, torna-se importante causa de morte ou perda de qualidade de vida. Com controle adequado praticamene não interfere com o cotidiano de seu portador. Abaixo, são comentados alguns detalhes dos fatores de risco para hipertensão arterial:
Idade: a pressão arterial aumenta linearmente com a idad . Entre indivíduos jovens a hipertensão decorre frequentemente apenas de elevações da pressão diastólica (ou mínima) enquanto que, a partir dos 60 anos de idade, o principal componente é a elevação da pressão sistólica (máxima).
Sexo e etnia : a prevalência semelhante de hipertensão entre os sexos, insinua que ser homem ou mulher não é fator de risco para hipertensão. Mulheres afrodescendentes apresentam maior prevalência de hipertensão do que as outras mulheres.
Fatores socioeconômicos: condição socioeconômica mais baixa está associada a maior prevalência de hipertensão e de outros fatores de risco cardiovascular. A explicação provável envolve dificuldade de acesso à assistência em saúde, baixa escolaridade, maior estresse psicossocial, hábitos dietéticos (maior consumo de sal e álcool) e maior índice de massa corporal; nessa faixa socioeconômica.
Sal: o aumento da ingestão de sódio (presente no sal de cozinha) está associado a maior incidência de hipertensão arterial. A relação entre hipertensão e aumento da idade é mais acentuada em populações que consomem mais sal.
Obesidade: o excesso de massa corporal é fator predisponente para hipertensão arterial, podendo ser responsável por 20 a 30%dos casos dessa doença. Estudos sugerem que a obesidade central (abdominal) está mais fortemente associada a níveis pressóricos elevados que a adiposidade total. A perda de peso reduz a pressão arterial.
Álcool: o consumo elevado de bebidas alcoólicas esta associado a aumento da pressão arterial. O efeito depende da quantidade de etanol e da freqüência de ingestão. O consumo de quantidades leves ou moderadas de etanol ainda não tem seu efeito definitivamente estabelecido.
Sedentarismo: os sedentários têm um risco 30%¨maior de desenvolver hipertensão arterial do que os ativos.
Diagnóstico e Tratamento
Na prática, o diagnóstico de hipertensão arterial é estabelecido quando a medida da pressão arterial, segundo técnica padronizada, apresenta-se igual ou superior a 140/90 milímetros de mercúrio, em pessoas acima de 18 anos. Para crianças e adolescentes são utilizadas tabelas específicas.
O tratamento não-medicamentoso consiste principalmente em combater a obesidade, estimular a prática de atividades físicas, reduzir o consumo de sal e álcool.
O tratamento medicamentoso é instituído quando as medidas acima não são suficientes para controle dos níveis pressóricos. A escolha da classe do medicamento é determinada pelo perfil clínico e metabólico de cada hipertenso. Felizmente são muitas as opções terapêuticas e raros os casos resistentes ao tratamento adequado.
(José Abrahão Chaud - cardiologista)
Publicado por: josé abrahão chaud
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