Colesterol
Colesterol, A alimentação gordurosa, colesterol alto, Colesterol - Definição, O excesso de colesterol no organismo, Lipoproteínas de Baixa Densidade, Lipoproteínas de Alta Densidade, Aterosclerose, O perigo do sedentarismo.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Introdução
O colesterol é uma gordura essencial para o bom funcionamento do organismo. É responsável pela estrutura das células que compõem o corpo, pela reprodução e pelo crescimento.
A alimentação gordurosa é um dos principais fatores da elevação dos níveis de colesterol ruim.
Entre os piores inimigos do bem-estar, está o colesterol alto, que pode levar a doenças cardiovasculares, infarto e até derrame cerebral.
Estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 40% dos brasileiros têm elevados índices de colesterol. Mas não é só isso. O mesmo estudo revela que o Brasil é o nono país com o maior número absoluto de mortes causadas por doenças cardíacas, ficando atrás apenas de países como Índia, China e Paquistão. Então, o que fazer para prevenir os estragos causados pelo colesterol? Será que somente mudanças na alimentação podem resolver este problema? O colesterol desempenha alguma função no organismo? É totalmente ruim?
Colesterol - Definição
O colesterol é um esterol (uma combinação de esteróide e álcool), um lipídio encontrado nas membranas celulares de todos os tecidos do corpo humano, que é transportado no plasma sanguíneo de todos os animais.
O nome se origina do grego chole- (bile) e stereos (sólido), e o sufixo químico -ol para um álcool, já que os pesquisadores identificaram o colesterol pela primeira vez na sua forma sólida em pedras de vesícula biliar em 1784.
Sua maior parte é fabricada em quantidade suficiente pelo próprio organismo, para realizar funções como produção de vitamina D, sais de bile e muitos hormônios. Mas, há outra parte que é adquirida no consumo excessivo de alimentos de origem animal, ricos em gordura saturada.
O excesso de colesterol no organismo acarreta o entupimento das paredes das artérias, trazendo graves complicações no indivíduo, como infarto, ataque cardíaco e derrame (AVC - Acidente Vascular Cerebral).
O colesterol é insolúvel em água e, conseqüentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da corrente sanguínea ele se liga a diversos tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que tem sua superfície exterior composta principalmente por proteínas hidrossolúveis. Existem vários tipos de lipoproteína, e elas são classificadas de acordo com sua densidade. As duas principais lipoproteínas usadas para diagnóstico dos níveis de colesterol são as Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL) e as Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL).
Lipoproteínas de Baixa Densidade (LDL)
Sua sigla LDL, vem do inglês Low Density Lipoproteins, traduzido Lipoproteínas de Baixa Densidade.
É formado quando um colesterol se liga a uma lipoproteína de baixa densidade para ser transportado pela corrente sangüínea.
São capazes de transportar o colesterol do fígado até as células de vários outros tecidos. O colesterol ligado à LDL é o que se deposita nas paredes das artérias, quando em excesso. Por isso é denominado “mau colesterol”.
Lipoproteínas de Alta Densidade (HDL)
É formada a partir da ligação feita entre o colesterol e uma lipoproteína de alta densidade, para ser transportado pela corrente sangüinea.
Sua sigla HDL, vem do inglês High Density Lipoproteins, que significa Lipoproteínas de Alta Densidade.
São responsáveis pelo transporte do excesso de colesterol dos tecidos de volta para o fígado, onde é utilizado para a síntese dos sais biliares. O HDL pode ser considerado o "bom colesterol", pois ele retira o LDL (lipoproteínas de baixa densidade) colesterol da parede das artérias e o transporta para ser metabolizado no fígado, "como se limpasse as artérias por dentro", desempenhando assim o papel de proteção contra a aterosclerose.
Colesterol alto
Colesterol alto é uma das formas de hiperlipidemia, termo técnico que designa o aumento no sangue de um ou mais lipídeos, como, entre outros, o colesterol.
As pessoas devem dosar o colesterol, no mínimo, a cada 5 anos ou a critério médico. Esse prazo pode ser reduzido para 2 anos, caso haja predisposição a problemas do coração.
O nível de colesterol HDL (“bom colesterol”) ideal para homens é acima de 40 g, e para mulheres, acima de 45 g. Pois, quanto maior seu nível, menor será a chance de obstrução das artérias.
Já, o LDL (“mau colesterol”), tem seus níveis perigosos acima de 160g, limítrofes entre 130g e 159g. Os níveis indicados para pessoas de alto risco para doença do coração é abaixo de 100g.
O alto nível de gorduras no sangue, em especial o colesterol, pode acarretar problemas de longo prazo como a aterosclerose, que pode levar a doenças cardíacas e derrame cerebral (acidente vascular cerebral).
Aterosclerose
A aterosclerose é causada pelo acúmulo de lipídeos (gorduras) nas artérias, que podem ser fabricados pelo próprio organismo ou adquiridos através dos alimentos. Ela começa quando monócitos (um tipo de leucócito mononuclear) migram da corrente sangüínea e depositam-se nas paredes arteriais e passam a acumular gorduras, principalmente colesterol, formando as placas ateroscleróticas ou ateromas.
As artérias afetadas pela aterosclerose perdem elasticidade e, à medida que essas placas de gordura crescem, as artérias estreitam-se.
Eventualmente essas placas podem se romper, havendo o contato das substâncias do interior da placa com o sangue, o que produz a imediata coagulação do sangue e, como conseqüência, a obstrução total e súbita do vaso, o que leva ao infarto do miocárdio.
Derrame cerebral
Também chamado de acidente vascular cerebral (AVC), acontece em decorrência da ruptura ou da obstrução de alguma das artérias responsáveis pela irrigação sanguínea do cérebro. Essa obstrução é causada geralmente pelo alto colesterol. Quando uma dessas artérias é obstruída, as células, entre elas os neurônios, morrem por não receber oxigênio e nutrientes. Há o risco, ainda, de a artéria rompida formar um coágulo. Em muitos casos, o AVC deixa seqüelas motoras ou de funções essenciais como a fala.
O perigo do sedentarismo
Além da comida, outros fatores também podem complicar a situação do colesterol no sangue. O sedentarismo, por exemplo. Além de estar intimamente ligado ao excesso de peso, que por si só já é um fator de risco para doenças cardiovasculares, a falta de atividade física faz com que o organismo acumule muita gordura, prejudicando a saúde. Adotando a prática regular de exercícios, os níveis de colesterol bom (HDL) aumentam. O fumo, induz a uma redução do HDL e, por conta disso, promove uma diminuição no fator de proteção ao coração.
Por fim, tem também o estresse, que aumenta a freqüência cardíaca e a necessidade de oxigênio no coração, potencializando os riscos de um infarto. É, mas não pense que só adultos sofrem com as idas e vindas dos níveis de colesterol. A garotada também, principalmente por causa do estilo de vida sedentário que vem levando atualmente.
Paradas em frente à tevê ou passando horas na frente do computador, as crianças estão mais propensas ao consumo de doces, chocolates, salgadinhos e outras guloseimas, em detrimento de outras opções mais saudáveis. Resultado: vários quilos a mais e colesterol nas alturas.
Apesar de haver complicações do colesterol basicamente por causa do conjunto formado por alimentação inadequada, sedentarismo, fumo e estresse, tem gente que possui colesterol alto por causas genéticas. As pessoas com esse distúrbio geralmente apresentam comprometimento no metabolismo e na eliminação de gorduras do organismo. Isso faz com que haja concentrações extremamente elevadas de triglicerídeos, acumulando gordura nas artérias, levando a complicações.
Publicado por: Nádia Cristina da Silva Pedro
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