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Chocolates e saúde

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O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

 

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Chocolates com flavonóides

Historicamente os indícios do potencial terapêutico do chocolate apareceram no século XVI, entre os aztecas e maias, na América Central. Essas civilizações usavam sementes de cacau para produzir uma bebida (‘tchocolalt’) que consideravam um remédio e alimento afrodisíaco. As sementes de cacau foram levadas para a Europa por navegantes espanhóis e circulavam nas cortes acompanhadas de lendas. No século XVIII, um botânico sueco referia-se ao chocolate, entusiasmado, com a palavra grega ‘theovrona’, que significa alimento dos deuses. Posteriormente o chocolate foi industrializado na forma de alimento sólido e espalhou-se pelo mundo.

Os flavonoides são compostos de estrutura polifenólica de baixo peso molecular, encontrados naturalmente em vegetais (como uvas e cacau) e seus derivados (como vinhos tintos e chocolates escuros). Suas propriedades tornaram-se objetos de interesse nas últimas décadas. Entre seus efeitos estão as atividades anti-inflamatórias, a vasodilatação de pequenos vasos, as ações antitrombóticas e antioxidantes.

Nos últimos três anos, importantes revistas científicas (Circulation, The Lancet e JAMA) publicaram estudos que comprovaram efeitos benéficos dos flavonoides para proteção do sistema cardiovascular. Os benefícios relatados foram: melhora do fluxo sanguíneo para o cérebro, coração e extremidades; redução da pressão arterial; inibição da formação de trombos e melhora do humor.

É fundamental alertar que a quantidade diária de chocolate escuro que mostrou benefícios na redução da pressão arterial foi pequena, 6 gramas/dia (30 kcal). Quantidades maiores não se mostraram positivas e podem ser prejudiciais. Os chocolates escuros (amargos ou meio amargos) têm maior teor de flavonoides que os brancos. Porém, todos os tipos de chocolates são calóricos e só devem ser usados como complemento alimentar, obedecendo o total calórico diário e as recomendações dietéticas individuais. Lamentavelmente o teor de flavonoides não é informado nas embalagens e o processamento industrial reduz sua quantidade.

Observe-se que chocolates não substituem medicamentos para hipertensão arterial, trombose ou doença coronariana. Poderão fazer parte de uma dieta orientada para essas patologias.
A potencial cardioproteção induzida pelos flavonoides é promissora. Novos estudos estão em andamento para esclarecer fatos e orientar condutas terapêuticas.

No momento, a recomendação é não ultrapassar a ingestão diária de 6 gramas de chocolate escuro (70% de cacau), para quem não apresenta restrições dietéticas (mulheres grávidas devem evitar a ingestão de flavonoides). Em tempo, para quem pode consumir vinho tinto seco, a recomendação diária é de 100 a 120 mL para homens e de 50 a 60 mL para mulheres.
É possível que no futuro, os flavonoides façam parte das recomendações dietéticas para portadores de diabetes tipo 2. O chocolate sem açúcar (diet) tem mais gordura e seu consumo deve ser parcimonioso.
Atualmente, a prática de atividade física regular, o consumo de cinco porções diárias de vegetais e não fumar; continuam sendo os maiores aliados para uma vida saudável. Os estudos sugerem que vale a pena acrescentar um pedacinho de chocolate escuro ao dia. Que doce notícia!

(José Abrahão Chaud - cardiologista)


Publicado por: josé abrahão chaud

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