Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp

ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, UM OLHAR NA PERSPECTIVA DO ASSISTENTE SOCIAL.

O acolhimento feito por um Assistente Social representa um modo de operar os processos de trabalho em saúde, assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

O artigo é resultado de pesquisas realizadas junto a Assistentes Sociais inseridos na política de saúde no nível da atenção pública. O acolhimento é uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional /usuário através de parâmetros técnicos, éticos e humanitários. O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços públicos de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e prestar um melhor esclarecimento a cerca da classificação de risco aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para continuidade da assistência estabelecendo articulações com estes serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos. É uma pesquisa exploratória e de revisões bibliográficas, com abordagem qualitativa cuja amostragem foi composta por entrevistas preservando-se suas identidades através de pseudônimos na exposição dos achados.

PALAVRAS-CHAVES: Assistente Social; acolhimento e classificação de risco.

ABSTRACT: The article is the result of research carried out with Social Assistants inserted in health policy at the level of public attention. The reception is a techno-assistential action that presupposes the change of the professional / user relationship through technical, ethical and humanitarian parameters. Reception is a way of operating health work processes in order to serve all those who seek the public health services, listening to their requests and assuming in the service a posture capable of receiving, listening and providing better clarification about the classification risk to users. It implies providing a resolute and accountable care, guiding, when applicable, the patient and the family in relation to other health services for continuity of care, establishing articulations with these services to ensure the effectiveness of these referrals. It is an exploratory research and bibliographical reviews, with qualitative approach whose sampling was composed by interviews preserving their identities through pseudonyms in the exposition of the findings.

KEYWORDS: Social Worker; reception and risk classification.

INTRODUÇÃO

O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR ou ACR) é um dispositivo da Política Nacional de Humanização (PNH), cujo principal eixo estruturante é incentivar a humanização nas relações de trabalho entre profissionais e usuários, com vistas ao fortalecimento da participação socioassistencial no Sistema Único de Saúde (SUS).

O ministério da saúde enfrentando os desafios de rever os princípios do SUS, no que se refere às mudanças dos modelos de atenção e de gestão das práticas de saúde, elaborou a proposta Humaniza-SUS- PNH – que prioriza o atendimento com qualidade e participação integral dos gestores, profissionais e usuários. (BRASIL, 2004). Um dos dispositivos e conteúdos da PNH para os serviços de saúde é o Acolhimento com Classificação de Risco, o qual deve ser oferecido com resolutividade, sem preconceitos (raça, sexual, religioso, entre outros). Devendo ser utilizado no processo de organização da APS como modo de viabilizar o acesso dos usuários aos serviços de saúde.

Objetiva avaliar o paciente logo na sua chegada ao pronto socorro humanizando o atendimento, descongestionar o pronto socorro, reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade, determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades conforme protocolo. Ex (Traumatologia, ambulatório), informar os tempos de espera, retornar informações aos familiares.

A Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, publicada no Diário Oficial da União nº 155, de 14 de agosto de 2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde.

A Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde diz que: (1) Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde. (2) Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema. (3) Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação. (4) Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos. (5) Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada. (6) Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

Para o Conselho Nacional de Saúde é importante que todos se apossem do conteúdo da Carta, elaborada com uma linguagem acessível e, assim, permitir o debate e apropriação dos direitos e deveres nela contidos por parte dos gestores, trabalhadores e usuários do SUS.

O Conselho Regional de Serviço Social, conforme prevê a lei que dispõe sobre a profissão de Assistente Social nº 8.662 de 07 de junho de 1993, tem o objetivo básico de orientar, disciplinar e defender o exercício da profissão de todo território.

No ano de 2014, durante o Encontro Descentralizado da Região Sudeste do conjunto CFESS/CRESS foi construído e deliberado pelo CRESS RJ e ES o encaminhamento de uma proposta nova para o Encontro Nacional com o seguinte conteúdo “dar continuidade ao debate e acompanhamento do exercício profissional de assistentes sociais na saúde, em especial nas urgências e emergências, considerando a inserção das/os assistentes sociais no processo de acolhimento e classificação de risco (Protocolo de Manchester4) reafirmando os parâmetros de atuação de assistentes sociais e nas condições éticas e técnicas do exercício profissional”. Entretanto, ela não foi aprovada pela plenária nacional, pois naquele momento entendeu-se que esta não seria uma demanda da realidade de âmbito nacional.

Mas na realidade, não é isto que vemos no âmbito da saúde dos hospitais públicos, os Assistentes Sociais muitas vezes, são o primeiro contato que os usuários têm dentro dos hospitais, acolhendo e procurando saber a necessidade daquele usuário.

Entende-se por acolhimento a “recepção do usuário, desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas preocupações e angústias e, ao mesmo tempo, colocando os limites necessários, garantindo atenção resolutiva e articulação com outros serviços de saúde para a continuidade da assistência” (BRASIL, 2014).

Neste sentindo, o acolhimento feito por um Assistente Social representa um modo de operar os processos de trabalho em saúde, assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas mais adequadas aos usuários, implica prestar atendimento com resolutividade e responsabilização, orientando-os sobre outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações para garantir o sucesso desses encaminhamentos.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo exploratório e de revisão bibliográfica tendo como local os banco de dados virtuais LILACS(Literatura Latino Americana), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) acessados através da BIREME, sendo considerados os artigos publicados após o ano de 2000. Os dados de pesquisa foram obtidos através de sites na Internet sobre o assunto e consultas em livros e revistas especializadas em Serviço Social e depoimentos de profissionais que atuam na área. Os descritores utilizados foram: classificação de risco, acolhimento, atendimento de urgência e emergência. Os artigos foram selecionados, lidos na íntegra e classificados de acordo com a relação e com o tema. Os artigos que não tinham ligação com o tema foram descartados.

O presente estudo se define pela metodologia desenvolvida por pesquisa bibliográfica a partir de material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos e também através de um projeto de intervenção realizado no local de estudo.

Essa pesquisa ocorreu no serviço de urgência e emergência, de um hospital público da rede Estadual de Saúde da Cidade de Amarante - Piauí, que atende exclusivamente pelo SUS, sendo referência na sua área de abrangência. O hospital possui na atualidade 46 leitos. O Serviço de pequenas cirurgias, cenário deste estudo, atende principalmente usuários em situações cirúrgicas. A sua área física, foi reformada e está constituída de: 10 enfermarias todas com banheiros e subdivididas em, (masculina, feminina, pediátrica, de isolamento, de observação, obstétrica e de urgência e emergência), 01 centro cirúrgico, 01 sala de esterilização, 01 posto de enfermagem, 01 sala de inalação, 03 salas de repouso (da enfermagem, dos motoristas e dos técnicos em enfermagem), 01 sala de pré-parto, 01 sala de parto, 02 vestuários, 01 cozinha, 07 banheiros, 01 capela, 01 refeitório, 02 recepções, 01 área de expurgo, 01 lavanderia, 01 sala da nutricionista, 01 sala da Assistente Social, 01 sala de coordenação de enfermagem, 03 consultórios médicos, 01 sala de administrativo financeiro, 01 laboratório, 01 sala de administração direção geral, 01 sala de ultrassonografia, 01 sala de Raio X, 01 sala do teste do pezinho, 01 sala de classificação de risco, 01 espaço de Fisioterapia e Reabilitação com, (05 leitos, 01 sala de apoio, 02 banheiros e um ginásio fisioterapêutico), áreas abertas bastante amplas, é bem arborizada.

A sala de classificação de risco fica estrategicamente localizada na entrada da unidade, proporcionando privacidade para o usuário durante a coleta de dados e possui alguns materiais básicos para o atendimento inicial, como esfigmomanômetro, estetoscópio, termômetro, oxímetro de pulso e glicosímetro.

A Classificação de Risco é de responsabilidade do profissional enfermeiro, que realiza a entrevista, o exame físico sucinto, a verificação de dados vitais e eventualmente algum exame complementar (ECG[5] e glicemia capilar).

Com base nos dados levantados, o enfermeiro formula julgamento clínico e crítico do caso, respaldado no protocolo de atendimento. Esse profissional emite uma decisão, expressa por meio de uma cor que classifica a prioridade de atendimento do usuário e organiza o fluxo das intervenções. O usuário é encaminhado para a área da cor correspondente a sua situação de saúde.

Para o estudo, foram utilizados como critérios de inclusão dos participantes: ser acompanhante e/ou estar realizando procedimento cirúrgico.

A coleta de dados ocorreu nos meses de novembro de 2017 a janeiro de 2018 por meio de uma ficha com questionamentos semiestruturado para sabemos do entendimento dos usuários após os términos das palestras. As palestras foram realizadas no próprio serviço, em ambiente privativo, no horário de trabalho, em data previamente agendada e após apresentação e explicação dos objetivos da investigação e obtenção do consentimento de cada participante. As palestras tiveram duração média de 15 minutos.

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. O processo de acolhimento e classificação de risco como parte do sistema de humanização da assistência, objeto de padronização do Ministério da Saúde;

Parágrafo único. Para executar a classificação de risco e priorização da assistência, o Enfermeiro deverá estar dotado dos conhecimentos, competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento.

Funcionamento da Central de Acolhimento e Classificação de Risco:

  • Estabelecimento de fluxos, protocolos de atendimento, triagem administrativa e classificação de risco.

  • Qualificação das Equipes de Acolhimento e Classificação de Risco (recepção, serviço social, enfermagem, orientadores de fluxo, segurança).

  • Sistema de informações para o agendamento de consultas ambulatoriais e encaminhamentos específicos.

  • Quantificação dos atendimentos diários e perfil dos usuários e horários de pico.

  • Adequação da estrutura física e logística das seguintes áreas de atendimento básico:

  1. Área de Emergência

  2. Área de Pronto Atendimento

Entendamos melhor essa classificação de acordo com a tabela abaixo

OBJETIVOS DA CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:

  • Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto Socorro humanizando o atendimento.

  • Descongestionar os Prontos Socorros.

  • Reduzir o tempo para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja visto precocemente de acordo com a sua gravidade.

  • Determinar a área de atendimento primário, devendo o paciente ser encaminhado diretamente às especialidades conforme protocolo.

  • Informar os tempos de espera.

  • Retornar informações a familiares.

LIMITES E DESAFIOS DOS ASSISTENTES SOCIAIS DENTRO DOS HOSPITAIS

De acordo com BRAVO (2007, p.43), a inserção do Serviço Social no campo da saúde deve ocorrer com “o intuito de formular estratégias que busquem reforçar ou criar experiências nos serviços de saúde, articulando as suas ações ao Projeto da Reforma Sanitária”. Sob essa perspectiva, é fundamental levar em consideração as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa da profissão, necessariamente indissociáveis para a prática profissional.

Nessa perspectiva, Nogueira e Mioto (2006) afirmam que:

Inegavelmente, a maior conquista do SUS foi quanto ao direito de aceso universal e igualitário às ações e serviços de saúde em todos os níveis de complexidade (...) o SUS nesses quase dezesseis anos, continua com seus radicais defensores e radicais opositores (...) tal se deve à permanente disputa sobre o alcance da saúde como direito, em relação à própria concepção de saúde e às maneiras para viabilizar seu acesso e sua garantia (p.232-233).

Dentre os aspectos que caracterizam a atuação profissional do Assistente Social no âmbito hospitalar, considerou-se fundamental tratar com os assistentes sociais sobre suas condições de trabalho antes dos demais estudos.

Indagados a respeito, ressaltaram aspectos relevantes sobre a ausência/insuficiência de recursos para garantia de condições adequadas de trabalho e algumas de suas implicações à sua condição particular de trabalhador, bem como à qualidade dos serviços prestados à população usuária, registrando-se, principalmente, o sigilo profissional.

ENTREVISTA REALIZADA COM UM PROFISSIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NO HOSPITAL ESTADUAL DE AMARANTE-PIAUÍ

Durante a realização deste artigo, entrevistamos a assistente social que trabalha no hospital, e ao ser questionada quanto ao desenvolvimento da prática profissional no contexto institucional com relação aos seus maiores desafios e dificuldades dentro da saúde pública, nos relatou que:

Falta entendimento da função do Assistente Social nas ações desenvolvidas no corpo interprofissional do hospital; espaço e estrutura para as ações do Serviço Social; recursos materiais para o desenvolvimento das referidas ações. Valorização e entendimento da importância da Assistente Social para a instituição, no sentido de permitir uma ação eficiente e eficaz (ENTREVISTADA).

Ao se trabalhar nessa perspectiva do cuidado ético, da humanização da prática, estamos fazendo um uso consciente de conhecimentos, sentimentos, valores, na busca da qualidade do atendimento de nossos atos profissionais. E o acolhimento é um dos atos mais bem quistos pela população usuária, que se sentem propriamente acolhidos e elucidados.

Deve ser ressaltado que, apesar de todas as dificuldades que problematizam a prática dos profissionais de Serviço Social no âmbito da saúde pública, foi possível constatar que esta prática não se restringe a ações rotineiras, particulares e de menor importância nas instituições, pois o exercício profissional dos Assistentes Sociais tanto fortalece o caráter social das instituições, quanto cumpre importante papel na perspectiva de viabilizar políticas que contemplem as demandas sociais postas cotidianamente a partir do momento em que o usuário recorre ao Serviço Social.

Ela também nos revelou que apesar das dificuldades e limitações, procuram desenvolver um trabalho comprometido com os usuários, buscando viabilizar e assegurar direitos dos usuários diretos - os próprios pacientes - e dos usuários indiretos - os familiares destes.

Apesar de todas as dificuldades presentes em nossa prática, procuramos desenvolver um trabalho de qualidade, de modo que seja possível assegurar os direitos dos usuários que recorrem ao Serviço Social de uma forma eficiente e eficaz (ENTREVISTADA).

TRABALHANDO COM O ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Tendo em vista a trajetória do Serviço Social nos diferentes pontos de atenção na Política de Saúde, Costa (2006) define que as atividades prioritárias do Serviço Social, dentro do SUS, concentram-se nos seguintes eixos de inserção do trabalho profissional:

  • Ações de caráter emergencial;

  • Educação e informação em saúde;

  • Planejamento e assessoria;

  • Mobilização da comunidade.

O serviço social dentro dos hospitais sempre trabalha em articulação com as outras políticas públicas, tanto em nível municipal como estadual, e até mesmo Federal, em seus atendimentos individuais e familiares aos usuários e aos acompanhantes. Frequentemente realiza atendimentos aos usuários encaminhados pelos demais profissionais.

Segundo Guedes (2013), em resultados de suas pesquisas, as maiores carências no atendimento de emergência são: atenção, humanização, respeito ao paciente e, muitas vezes, educação dos profissionais, demonstrando que a mudança de postura profissional, por meio de um simples olhar, toque, palavra de apoio e de orientação, é muito mais importante do que o remédio e o exame.

Assim, o acolhimento é mais do que uma triagem qualificada ou uma escuta interessada, pressupõe um conjunto formado por atividades de escuta, identificação de problemas, intervenções resolutivas para seu enfrentamento, ampliando a capacidade da equipe de saúde em responder, reduzindo a centralização das consultas médicas e melhor utilizando o potencial dos demais profissionais (TEIXEIRA; SOLLA, 2006).

Segundo Iamamoto (2000) o assistente social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais, especialmente políticas públicas. Destacamos aqui que o Assistente Social possui na formação acadêmica, o pressuposto ídeo-político que embasará a sua prática profissional na perspectiva da garantia dos direitos civis, sociais e políticos dos segmentos atendidos, prestação dos serviços tendo em vista garantir os direitos sociais, especialmente o direito à saúde, com vista a contribuir para qualidade do espaço público, para o controle e participação social e, em última instância, para a construção de uma nova ordem social.

O Assistente Social precisa debater o significado da humanização com a equipe a fim de evitar visões distorcidas que levem a uma percepção de bonzinho e/ou residual da atuação, focalizando as ações somente na escuta e redução das tensões. A concepção de humanização, na perspectiva ampliada, permite aos profissionais analisarem os determinantes sociais do processo saúde doença, as condições de trabalho e os modelos assistenciais e de gestão.

Nesta direção, cabe aos profissionais desencadearem um processo de discussão, com a participação dos usuários, para a revisão do projeto da unidade de saúde, das rotinas dos serviços e ruptura com o modelo centrado na doença (PINHEIRO et al., 2009).

Um dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes em seu cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo (IAMAMOTO, 2000).

Nesse sentido, o trabalho do assistente social tem na PNH, um balizador da sua ação profissional, tendo em vista que as diretrizes propostas pela Política incorporem na perspectiva do protagonismo do sujeito, visando o rompimento do atendimento fragmentado, desarticulado e descontinuado, que não produz os efeitos necessários ao atendimento das necessidades do paciente, levando em conta a integralidade e a assistência à saúde.

O SERVIÇO SOCIAL E A RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (PNH) é, portanto, uma política do SUS. Também chamada de Humaniza SUS, a PNH, emerge da convergência de três objetivos centrais:

  1. Enfrentar desafios enunciados pela sociedade brasileira quanto à qualidade e à dignidade no cuidado em saúde;

  2. Redesenhar e articular iniciativas de humanização do SUS;

  3. Enfrentar problemas no campo da organização e da gestão do trabalho em saúde que têm produzido reflexos desfavoráveis tanto na produção de saúde como na vida dos trabalhadores (BRASIL, 2004).

Mediante os estágios realizados e conforme realizou-se no Projeto de Intervenção, observaram-se questionamentos que os usuários se faziam com relação à Classificação de Risco. O projeto em questão buscou levar informações e orientações aos usuários do Sistema Único de Saúde, que utilizam-se dos serviços de pequenas cirurgias e ficavam bastante tempo na sala de espera aguardando seu atendimento.

A sala de espera é o espaço responsável por acolher os pacientes que buscam atendimento para um devido tratamento.  E por muitas vezes questionavam-se a respeito da classificação de risco ofertada no atendimento hospitalar, então o Serviço Social entrou como mediador desse esclarecimento elaborando um projeto de intervenção que viabilizasse tais esclarecimentos.

No cotidiano de trabalho do Serviço Social dentro do hospital, observou-se demandas econômicas e sociais intrínsecas ao processo de vida dos usuários em tratamento de pequenas cirurgias e de seus questionamentos com relação ao atendimento da classificação de risco. Observou-se também que o trabalho de compreensão do processo de classificação de risco é de total relevância para os usuários do SUS. Neste sentido, percebeu-se o quanto importante seria trabalhar o esclarecimento da sociedade ao referido processo.

Buscou-se então promover uma abordagem de excelência dos profissionais que atuam na recepção, ao se dirigir ao cidadão ou a seu acompanhante, com o apoio e condução do profissional do serviço Social. Diligenciamos com isso:

  1. Promover uma abordagem de qualidade (informações precisas) humanizada e respeitosa ao se dirigir ao cidadão ou a seus acompanhantes;

  2. Melhorar a interação entre as equipes responsáveis pela recepção e agendamento dos cidadãos, visando o conforto do paciente durante sua permanência na Unidade de Saúde;

  3. Abrir espaço para escuta, acolhimento, informações, orientações e encaminhamento resolutivo;

  4. Esclarecer direitos e deveres dos cidadãos /acompanhantes;

  5. Trabalhar junto ao cidadão /acompanhante a importância da estratégia do Acolhimento com Classificação de Risco, no sentido de salvar vidas;

  6. Trabalhar a importância do papel do acompanhante no processo de assistência humanizada aos pacientes e acompanhantes;

  7. Integrar todos os setores no processo de assistência humanizada aos pacientes e acompanhantes;

  8. Executar demais atividades afins.

A meta era:

  1. Integrar todos os profissionais da recepção no processo de acolhimento e humanização aos cidadãos/acompanhantes do Pronto atendimento e ambulatório do hospital, a partir da inserção do profissional do Serviço Social neste contexto;

  2. Diminuição de queixas a ouvidoria;

  3. Maior número de cidadãos/acompanhantes orientados sobre direitos e deveres e a finalidade do Pronto Atendimento;

  4. Redução dos conflitos existentes entre cidadãos/acompanhantes e equipe profissional do hospital;

  5. Melhorar o reconhecimento das demandas dos cidadãos/acompanhantes, aumentando a possibilidade de resolubilidade pela unidade;

  6. Aumentar satisfação dos cidadãos;

  7. Aumentar encaminhamentos seguros cidadãos: local correto no tempo certo;

  8. Melhorar a postura de atendimento do profissional (etiqueta de atendimento);

  9. Melhorar a disseminação da informação sobre as normas do atendimento de acordo com a classificação de risco.

Tomando em conta todas essas metas, coadjuvou-se para as seguintes atribuições:

  • Coordenar o acolhimento humanizado no Pronto-Atendimento, da equipe como um todo (maqueiros, motoristas de ambulância, porteiros, recepcionistas e vigias) e subsidiar a equipe de saúde quanto às informações sociais;

  • Criar mecanismo (rotina) e ações institucionais (recepção integrada) que agilize e dê uma satisfação, atenção ao usuário, objetivando a redução do tempo de espera para o atendimento;

  • Conhecer e mobilizar a rede de serviços, tendo por objetivo viabilizar os direitos sociais;

  • Participar de projeto de humanização da Unidade na sua concepção ampliada;

  • Facilitar e possibilitar o acesso dos cidadãos aos serviços, bem como a garantia de direitos na esfera da seguridade social por meio da criação de mecanismos e rotinas de ações;

  • Organizar, normatizar e sistematizar o cotidiano do trabalho profissional;

  • Democratizar as informações sobre a formação de saúde, prevenção de doenças, de risco, danos e agravos para o cidadão;

  • Orientar/encaminhar os usuários no sentido de viabilizar o acesso universalizado às políticas públicas;

  • Mobilizar equipe para o atendimento nos horários de Pico na Unidade de Saúde;

  • Garantir uma melhora na satisfação dos cidadãos atendidos;

  • Melhor organização da rede do SUS e ambulatorial.

A proposta de intervenção foi toda baseada na Política de Humanização, tendo em vista a problemática estudada referente aos usuários, a fim de integrá-los ou pelo menos iniciá-los as normas do hospital bem como seus direitos e deveres quanto a classificação de risco dentro da saúde hospitalar.

O trabalho foi desenvolvido através de reuniões com grupos de acompanhantes e usuários, podendo ser realizada nos próprios locais de atendimento, sendo assim buscando-se atingir os objetivos elaborados. O Serviço social é fonte fortalecedora para a garantia dos direitos e da politica de humanização.

Realizaram-se diálogos explicativos sobre o que é a classificação de risco, bem como as normas e rotinas do hospital, propiciando educação em saúde no hospital assim como também a importância do Serviço Social no âmbito Hospitalar.

Esperou-se, com estes encontros de esclarecimento, aumentar o compromisso e a comunicação dos usuários com a equipe multiprofissional. Com intuito de propiciar um espaço para repensar a usabilidade dos serviços prestados pelo hospital, amenizar o esgotamento físico, emocional e de tempo também ocorridos em decorrência da demora no atendimento para os casos mais urgentes, como no aprimoramento do acolhimento.

O principal objetivo do projeto foi atenuar os desgastes sofridos tanto pelos atendentes que tem que ficar explicando repetidas vezes como se dá o atendimento via classificação de risco, quanto para o usuário, que vai mais esclarecido quanto à importância de se ter um hospital com a obrigatoriedade da classificação de risco.

Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O exercício profissional do Serviço Social é fundamentado na perspectiva de direitos coletivos e envolve uma dimensão política, ética e técnica, na busca de alternativas para contribuir com o processo de democratização dos serviços públicos.

Entretanto, o projeto ético-político não se defende apenas com argumento teórico, é nas relações estabelecida que se materializa. O Serviço Social atua como o principal articulador na relação usuário, equipe e instituição, tendo como um dos objetivos principais informar e socializar as regras institucionais, assim como, contribuir para a garantia dos direitos e deveres dos mesmos.

QUESTIONÁRIO E RESULTADOS

Você sabe e/ou conhece o que é a classificação de risco? (   ) SIM (   ) NÃO

Você considera o assunto da palestra importante para o cotidiano da população usuária? (   ) SIM (   ) NÃO

Como ficou sabendo da palestra?

(   ) informativos nos murais (   ) por outros usuários do SUS

Você indicaria a outro colega a participar da palestra? (   ) SIM (   ) NÃO

Você multiplicará o que aprendeu nesta palestra para os seus familiares e amigos? (   ) SIM (   ) NÃO

Como você avalia a palestra?

(  ) Ótima (  ) Boa (  ) Regular (  ) Desnecessária

De acordo com os resultados do questionário, classificamos que: 70% dos participantes não sabiam e nem conheciam a classificação de risco, 90% consideraram o assunto da palestra relevante para população usuária, 75% ficaram sabendo sobre a palestra através de outros usuários, 79% indicaria a outras pessoas participarem da palestra, 80% disseram que passará a frente o que escutou na palestra. Com relação à avaliação, 60% considerou a palestra ótima, 21% boa, 16% regular e 3% consideraram-na desnecessária.

Os participantes perceberam o quão potencial é a prioridade e agilidade no atendimento aos usuários que estão com agravos agudos de saúde e que necessitam de intervenção médica e de enfermagem imediatas, e a humanização no atendimento, que oferece uma resposta ao problema de saúde apresentado pelo usuário. O desconhecimento pela população sobre o acolhimento com classificação de risco, também foi uma fragilidade percebida, onde na nossa cultura é comum o usuário chegar e procurar uma fila, se posicionar, e cobrar que sua ordem de chegada seja obedecida, mesmo sendo esta uma das forma mais primitivas.

Portanto, cabe principalmente ao profissional do Serviço Social acautelar os usuários para que os mesmo conheçam seus direitos, também aos enfermeiros utilizarem como estratégia a comunicação verbal e não verbal, para esclarecimento sobre o ACR, junto a sua comunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo teve como proposta discutir a atuação do profissional de Serviço Social frente ao Acolhimento e Classificação de Risco. Para tanto, discutiu-se sobre a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, a fim de compreender o lugar ocupado pela política assistencial. Isso decorre do fato de a classificação de risco ser considerada de suma importância para a garantia da eficácia e da efetivação das prioridades dos direitos dos usuários.

A partir dos estudos realizados, observou-se que a atuação dos Assistentes Sociais no processo de Acolhimento e Classificação de Risco é de muita importância para melhor acolher e orientar. Os desafios enfrentados pelos profissionais em aplicar as políticas públicas é garantir o acesso à cidadania através dos esclarecimentos.

Outro desafio enfrentado pelos profissionais é a limitação do Assistente Social no contexto contemporâneo na luta pela efetivação dos direitos dos usuários, desde que assegure o compromisso do projeto ético-político da categoria.

O presente estudo confirmou a hipótese positivamente de quão é importante à presença de um Assistente Social no Acolhimento e Classificação de Risco, proporcionando aos usuários autonomia, conhecimento de seus direitos e um melhor esclarecimento com relação ao assunto.

Considera-se que a autonomia do Assistente Social coloca-se como desafio para este articular e direcionar possibilidades para atuação buscando ampliar seu campo de trabalho, respondendo as demandas de forma ética e política e efetivando sua atuação na política pública e na direção do projeto profissional e social.

Considerando que a Política Nacional de Humanização lançada em 2003 apresenta diretrizes que guiam as ações das equipes de saúde, sendo uma delas o Acolhimento, é possível considerar que este se concretiza no cotidiano das práticas dos serviços de saúde e deve qualificar o compromisso ético em reconhecer o outro em sua singularidade.

A inserção do profissional do Assistente Social nos hospitais constitui-se como um processo crescente e valorizado por outras categorias profissionais, pois as demandas advindas permeiam as mais variadas faces da expressão social, foco este desta categoria.

Dessa forma, conclui-se que a elaboração e aplicação do projeto de intervenção, atingiu o objetivo principal sensibilizar os profissionais atuantes no hospital para adotar e qualificar uma prática de saúde acolhedora, pois é durante o processo de acolhimento que emergem as demandas de saúde ou a falta dela, onde deve-se considerar o indivíduo como um todo; físico, emocional e histórico, articulado com o meio em que vive e se relaciona, este fazendo parte da sua construção de saúde ou doença.

Também foi observado o entendimento que muitos usuários levaram em sua bagagem, tornando-os mais esclarecidos com relação à priorização de atendimento de acordo com a classificação de risco e concernentes ao acolhimento.

O trabalho ainda agregou conhecimento e troca de saberes entre as diversas categorias envolvidas, qualificou e potencializou a prática profissional de Serviço Social no que diz respeito à organização e desenvolvimento das atividades realizadas, onde se experienciou na prática de palestras, de educação permanente, de reunião com gestores e equipes. Este estudo não esgota a discussão, tendo em vista que o tema é complexo e amplo, ficando aqui a sugestão para a realização de outros estudos para sua ampliação e para se trabalhar neste tema.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Cartilha da PNH: acolhimento com classificação de risco. Brasília, Ministério da Saúde, 2004.

____.Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização (PNH): HumanizaSUS-Documento-Base.ed. Brasília,2006

____.Ministério da Saúde. Cartilha da PNH: acolhimento nas práticas de produção de Saúde. Brasília, Ministério da Saúde 2006.

____.Ministério da Saúde. HumanizaSUS-Documento base para gestores e trabalhadores do SUS Brasília,DF, Janeiro/2004.

____Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília-DF, 2009.

BREHMER, L. C. de F.; VERDI, M. I. M. Acolhimento na atenção básica: reflexões éticas sobre a atenção à saúde dos usuários. Disponível em: http://www.saude.gov.br/editora. Carta dos direitos dos Usuários da saúde. 

CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Código de Ética profissional do Assistente Social. Brasília, 1993.

COSTA, Maria Dalva Horácio da, O trabalho nos serviços de saúde e a inserção dos (as) assistentes sociais. In: Serviço Social & Sociedade. São Paulo: Cortez, nº 62, 2000.

FERREIRA, M,S,S; LUNARDI,L,S. Artigo: Estratégias do Serviço Social para atenuar o sofrimento e tornar a ajuda ao paciente mais humana. www.portalmedico.org.br/revista/bio14v1/simposios/simposio04.htm data de acesso 31/03/09

FRANCO, T; BUENO, V; MERHY, E. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso Betim, Minas Gerais, Brasil. Cadernos de Saúde Pública vol. 15 n2. Rio de Janeiro abr/jun, 1999.

GALLO, A. M.; Mello, H. Atendimento Humanizado em Unidades de Urgência e Emergência. Revista F@pciência, Apucarana-PR, ISSN 1984-2333, v.5, n. 1, p. 1 – 11, 2009. Disponível em: . Acesso em: 03/08/2014.

GAUDERE, E. Christian. Os direitos do paciente- um manual de sobrevivência-Rio de janeiro: Record, 1991.

GUEDES, Maria Vilani Cavalcante; Henriques, Ana Ciléia Pinto Teixeira; LIMA, Morgama Mara Nogueira. Acolhimento em um serviço de emergência: percepção dos usuários. Rev. bras. enferm.,  Brasília ,  v. 66, n. 1, Feb.  2013 . Disponível em:  . Acesso em: 28 Julho 2014. http://www.saude.gov.br/bvs

IAMAMOTO, Marilda Villela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional! 3ª. Ed. – São Paulo, Cortez, 2000.  

IAMAMOTO, Marilda Villela. Projeto Profissional, Espaços Ocupacionais e Trabalho do Assistente Social na Atualidade. Atribuições Privativas do (a) Assistente Social Em questão. Brasília: CFESS, 2002.

Internet: www.saúde.gov.br/humanizasus-acessado de julho 202 à abril/2007

Internet: www.terra.com.br/arte/cordel/Renascer Humanização Hospital e qualidade no Atendimento acessado em 15/06/2005 e 27/03/2007

Internet: www.terra.com.br/arte/cordel//Renascer Qualidade e Humanização do Atendimento em Saúde acessado em 27/03/2007

LEME, A.C. Ouvindo e encantando o paciente. Qualitymark, Rio de Janeiro, 2005.

MENDONÇA, Eliana A.P. De Grupo de Sala de espera na sala de espera na Saúde: Sobre o que atuar. In; Em Pauta-Revista da Faculdade de Serviço Social da UERJ, nº10, Rio de Janeiro, julho, 1997.

OLIVAR, M, S, P; VIDAL, D, L, C. O trabalho dos Assistentes Sociais em Hospitais de Emergência. (Revista do Serviço Social e Sociedade, Edição 92, p 140 a 155 - 2006).

OLIVEIRA, B.R.G; COLLET, VIERTA.CS.; a Humanização na assistência à saúde. São Paulo, SP; Rev. Latino am Enfermagem2006 março-abril

Os Princípios da Triagem: http://parsons.umaryland.edu/triagerules. Site autorizado por Mr.Trevor Barnes, Professional Developent

NOTAS

1 Artigo apresentado ao Departamento de Serviço Social da Faculdade CETEC - Centro de Tecnologias Educacionais e Consultorias como requisito para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social.

4 Um processo de classificação de pacientes, através do uso de cores, implantado em grande parte como uso de pulseiras de identificação para pacientes, que permitem definir rapidamente qual é a situação de cada paciente, resultando em atendimentos mais rápidos, evitando, assim, o caos no atendimento.

5 “Eletrocardiograma” é um exame que avalia a atividade elétrica do coração a partir de eletrodos fixados na pele.

___________________________________

Por Wilma Maria de Carvalho Silva e Cyarla Campos de Oliveira Sousa
Graduandas em Serviço Social - Centro de Tecnologias Educacionais e Consultorias – Amarante/Pi.


Publicado por: Wilma Maria de Carvalho Silva

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.