O Estudo do Latim e as Interfaces Metodológicas do Ensino da Língua Portuguesa
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Resumo
A língua mãe de todas as línguas do mundo é a língua indoeuropeia. O latim é a língua que deu origem à língua portuguesa e às demais línguas denominadas neo-românicas, ou seja, remanescentes do tronco da língua latina. A língua materna é constituída, na sua maioria, por vocábulos oriundos do latim vulgar. O estudo diacrônico da língua suscita a necessidade de resgate histórico e as relações advindas destas sucessividades que demarcam uma territorialidade sem fronteiras determinantes. Após uma incursão na historicidade é preciso que sejam definidos o método e as metodologias, pois todo estudo científico só se fundamenta por meio destes entes. A conexidade entre a língua latina e a língua portuguesa é inquestionável e o que se ambiciona é a análise do arcabouço linguístico de formação da língua materna para que se possibilite uma compreensão consciente dos fatos linguísticos, da cognição para metacognição linguística e a seleção de metodologias adequadas ou a criação delas é a variável mais precisa quando se objetiva uma leitura pragmática e linguístico-discursiva, com vistas à produção de texto com propriedade.
Palavras-chave: Latim, Metodologias, Língua Materna e Linguística.
Abstract
The mother tongue of all languages ??of the world is the Indo-European language. Latin is the language that gave rise to the English language and other languages ??called neo - Romanesque, if, the remaining trunk of the Latin language. The mother tongue is constituted mostly of terms derived from Vulgar Latin. The diachronic study of language raises the need for historical restoration and relationships arising from these sucessividades that demarcate a territory without determining borders. After a foray into historicity is necessary that the method and methodology are defined, for every scientific study being based only through these entities. The connectivity between the Latin language and the Portuguese language is unquestionable and that ambition is the analysis of the linguistic framework of education of the mother tongue that allows for an informed understanding of the linguistic facts of linguistic cognition to metacognition and selection of appropriate methodologies or creating them is the variable most accurate when the objective is a pragmatic and linguistic-discursive reading, with a view to producing text property.
Keywords: Latin, Methodologies, Maternal Language and Linguistics.
1. Introdução
O latim é a língua que nasceu no Latium, coração da Itália central, no Séc. VIII a.C, em uma comunidade de albaneses. Este Latim não é o latim de Cícero, Júlio César ou mesmo de Plauto ou Terêncio. Este Latim é o latim primitivo ainda classificado de pré-histórico por ser anterior à escrita. Faz-se necessário suscitar a língua indoeuropeia como mães de todas as línguas do mundo, que precedeu ao itálico, união do osco, umbro e latim primitivo, e ao latim propriamente dito.
O Latim nunca foi a língua oficial de Roma, quando se pensa em um caráter hegemônico, mesmo tendo nascido juntamente com a formação desta cidade, mas a igreja católica tratou de imprimir neste idioma o mais alto grau de legitimidade, de ser a sua língua oficial. Historicamente, a igreja católica teve um papel preponderante na formação das civilizações e mesmo quando o Cristianismo era frágil, no seu contexto político de formação, a língua já assumia seu papel de codificação teológica.
É interessante como a força e o vigor dos romanos se assentaram bem na sutiliza das estruturas latinas e na cadência rítmica formada pelos seus verbos, no final da sentença e, ainda, as desinências que primavam pelos ditongos e aglutinações nasais e palatais. O latim como língua percorreu um longo caminho histórico e social marcadamente poético e descansou majestosamente durante todo o período de apogeu do Império Bizantino.
2. Desenvolvimento
Seção 2
A língua latina se estruturou por meio de processos de formação: pré-histórico, anterior a escrita, idioma somente falado, neste ínterim. O latim proto-histórico possuiu os primeiros traços da escrita, Fíbula de Preneste e do vaso de Duenos. O latim arcaico possuía estruturas morfossintaticamente reduzidas e um vocabulário pobre, latim de Plauto e Terêncio, dos teatros, da comédia e dramas populares. O latim clássico é o de Cícero, das Catilinárias, e de Júlio César, Comentarii de Bello Gallico, a historiografia da Guerra Gaulesa.
Após este momento histórico e social, observou-se o sermo vulgaris como fator decisivo na fragilização gradual do latim. O appendix probi, o apêndice proibido, era constituído por 227 palavras proibidas de serem ditas. O latim clássico nunca foi uma língua realmente utilizada para comunicação, em Roma, contudo concebeu toda a literatura latina da era dourada, aetates aurea.
O latim pós-clássico foi a fase em que o latim ainda era utilizado, contudo sem a força e totalmente vilipendiado e já desgastado pelas várias ocupações. O hibridismo fez com que o viço perdesse sua força.
O latim dos tabeliães foi aquele em que só permaneceu na escrita e, posteriormente, as modalidades científica, universal e religiosa/eclesiástica é que mantiveram este idioma no quadro das línguas do mundo, naquele período. Atualmente, não é uma língua para a comunicação, entretanto continua vivo no léxico da língua portuguesa, que tem 70% por cento de seu arcabouço formado pelas estruturas desta língua. É necessário destacar que a maioria dos vocábulos da língua portuguesa é advinda do latim vulgar e não da modalidade clássica.
A língua latina não possui artigo e carece de acentos diacríticos. Os acentos metodológicos braquia e macron servem para sinalizar a dicção, em breve e longa. Este idioma possui cinco declinações e seis casos latinos: nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo e ablativo, o adjunto circunstancial. O nominativo equivale ao sujeito, aquele que pratica, sofre ou pratica e sofre uma ação, e o predicativo do sujeito, qualidade ou estado que recai sobre o sujeito associado a um verbo de ligação. Os prováveis verbos de ligação são: continuar, andar, estar, ser, parecer, ficar, permanecer e suas formas andar e viver.
O genitivo é o adjunto restritivo, um substantivo associado a uma preposição que restringe o nome. O dativo é o objeto indireto, o complemento do verbo transitivo indireto. As preposições acompanham estes complementos. As preposições se dividem em essenciais e acidentais. As essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, para, perante, por, em, entre, sob, sobre e trás. As acidentais: enquanto, porquanto, durante e etc.
O acusativo é o objeto direto da língua portuguesa. O objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto. Este complemento vem precedido de artigos definidos, o, as, os e as, e indefinidos, um, uma, uns e umas. O vocativo é o chamamento da língua portuguesa, tendo na vírgula sua pontuação de destaque, que no caso se amplia para um elemento estilístico- sintático. Resta-nos o ablativo que é o adjunto circunstancial.
Na literatura latina, a poesia esteve mais latente inicialmente, para depois florescer na prosa. Anteriormente, a privata monumenta, crônicas da vida cotidiana, listas de coisas comuns feitas pelos membros da família, iniciou o processo de incursão à prosa, sendo posteriormente material de uso e aprimoramento das peças teatrais de Plauto e Terêncio. A língua latina, com sua literatura, é um patrimônio do mundo. Somos sujeitos deste processo histórico, de formação, vicissitudes e arrefecimento, pois esta língua exala todas as formas de manifestações. Sejamos herdeiros críticos e participativos deste manancial de cultura e reverberações de nossa identidade.
Seção 3
O estudo diacrônico da Língua Portuguesa tem apresentado resultados determinantes para a análise do arcabouço linguístico do sistema imanente da Língua, análise que se referencia nos trabalhos de Matoso Câmara Jr. Estudantes, professores e até estudiosos têm se confundido quando o assunto é o estudo da línguística imanente. Ao analisar a língua, em sua acepção histórica, pode-se depreender o estudo da historiografia linguística de uma forma identitária, buscando a língua indo-europeia e suas ramificações, latim, osco e umbro, e ainda mais, latim pré-histórico, proto-histórico, arcaico, clássico, vulgar e pós-clássico, autores como Celso Cunha, Lindley Cintra, Napoleão Mendes de Almeida, Ismael Coutinho, Paulo Rónai e Pe. Júlio Comba se debruçaram sob esta temática.
A questão histórica remonta as intersecções entre as línguas neo-românicas advindas do latim, com classificações em flexivas e flexionais, por Schlegel e Scleicher, filólogos alemães que estudaram a característica de flexão dos morfemas indicadores de categorias variáveis das estruturas das línguas remanescentes à sua originária: latim.
A estrutura passou a ser analisada per si e por si, tendo como parâmetro a análise linguística, permanecendo como princípio norteador a linguística, o estudo científico da linguagem humana. No centro destes estudos estava Ferdinand de Saussure, Genebrino que instituiu cientificidade após séculos de Gramática Filosófica de cunho especulativo, Gramática Universal, Razoada ou de Port Royal, de matiz linear, e Gramática Histórico-Comparatista, tendo o Hindu, como fulcro de análise e parâmetro de comparação.
Saussure foi o caminho regular e ordenado que possibilitou o alcance da cientificidade na linguagem por meio de seus princípios: sincronia/diacronia, linearidade/arbitrariedade, eixos paradigmático/sintagmático e imagem acústica/conceito. Ferdinand de Saussure também teve seus momentos de literariedade por meio dos seus anagramas, contudo instituiu a categoria científica em um momento em que se carecia de regularidade.
É surreal quando se imagina uma obra tão importante quanto o Curso de Linguística Geral, 1916, sendo uma obra póstuma e não escrita pelo seu autor. Torna-se até meio inconsistente imaginar que alunos ou pupilos de Saussure, em um momento de idolatria, procedessem à juntada de manuscritos, para depois se tornarem responsáveis pela compilação de uma obra de tamanha magnitude. Sechehaye e Bally foram precursores também, por terem se esforçado em codificar estes manuscritos e lançarem ao mundo este legado incontestavelmente responsável pela cientificidade da linguagem humana.
Os Círculos Línguísticos de Moscou, Praga, Viena e Copenhaghe, com Troubtzkoy, Hyelmslev e, Yakobson foram responsáveis por discussões relevantes acerca da língua e da linguagem e as teorias linguísticas, neste percurso, possibilitaram identificação, neutralidade e posicionamento aos estudos, métodos e metodologias de pesquisa. Estas teorias são: estruturalismo, Edward Sapir, distribucionalismo, Leonard Bloomfield, funcionalismo, Roman Yakobson, gerativismo, Noan Chomsky, pragmática, H. Grice, teoria dos atos da fala, Austim &Searle, linguística textual, Halliday e Hasan, e análise do discurso, Pêcheux, Benveniste e Bakhtin. Estudá-las se tornou condição sine qua non para entender a relação indissociável entre linguagem, língua, fala e ensino.
Ao entendermos todos estes nuances da língua, passa-se então a compreender a linguagem verbal, não-verbal e paraverbal, respectivamente, escrita e oralidade, imagens e fisiologia para a linguagem. Nesta vertente, ainda pressupõe-se o estudo das tipologias: narração, elementos da narrativa: tempo, espaço, modo, personagens, acontecimento, causa e aspectos da ação e temporalidade. Descrição, identificação das facetas e multifacetas românticas, realistas e modernistas de análise. A dissertação com sua dialética de Platão ou sua disputa de São Tomás de Aquino, a argumentação, posicionamento, ou mesmo a fundamentação. Por último a injunção com sua natureza sistemática, organizada e ordenada.
Marchuschi possibilitou um salto qualitativo na análise dos gêneros textuais que superou uma análise meramente estética, de formatação, para uma abrangência funcional. Assim, o gênero textual continuou a ter uma natureza ilimitada de constructo, mas com função social consolidada no entorno de nossa realidade. Esta superação de uma ideia reducionista também alcançou o texto. A ideia da tessitura assegurou a unidade de sentido que ampliava o objeto de análise deste. Tudo isso imprime na explicação do texto o elemento significativo da tendência europeia da análise do discurso. Sendo que falar em texto e discurso exige compreensão desses territórios mais que geograficamente marcados para o ideologicamente e subjetivamente demarcados.
Desttut de Tracy ao definir a ideologia como relação do homem com o meio impregnou o termo com uma ideia positiva, sendo que depois Bonaparte e Marx e Engels trataram de inverter esta lógica. Althusser, Pêcheux e Ricoueur analisaram o discurso sob enfoque mais coesivo e catalisador, contribuindo para esta tessitura de elementos interligados matizados pelo mascaramento da realidade. A alfabetização é uma ação que depende destes entes linguísticos, textuais e discursivos. A alfabetização é definida como o ensino da leitura e da escrita enquanto que o letramento é a prática social da escrita e da leitura. A alfabetização tem em Emília Ferreiro e Ana Teberosky sua imagem mais fiel por meio da Psicogênese da Língua Escrita. O Letramento tem em Magda Soares a sua autora mais relevante.
O Letramento como prática social é um contorno poético que se dá à alfabetização. É o fato de se depreender da teoria para a prática social. Uma prática incessante porquanto se quiser manter latente este letramento em qualquer área e em toda manifestação oral ou escrita. Assim, percebe-se uma transversalização de conceitos quando o tema é a língua. A relação entre conceito, procedimento e atitude reverbera por todos os espaços de exercício da linguagem. Somos linguagem e por meio dela nos tornamos agentes de nossa história, pois não somos geneticamente criados e sim historicamente formados.
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A metodologia de pesquisa, como fundamento basilar, evoca os conceitos de conhecimento e sua caracterização. Ao pensar o seu percurso desde o conhecimento filosófico, perpassando o teológico, o empírico e, posteriormente, o científico, podemos analisar o quanto é significativo para a produção da ciência o rigor metodológico. A sistematização dos elementos de constituição da metodologia científica proporciona a comprovação da sua própria natureza. Segundo Marilena Chauí, método é um caminho regular e ordenado que se segue para alcançar um determinado objetivo, com presteza, acuidade e proselitismo. E é consolidando a hierarquia dos elementos de constituição da metodologia de pesquisa que se compreende esta assertiva.
A introdução de um trabalho científico é resultado da delimitação da área e do seu tema. Na introdução, momento que se apresenta de forma ampla o tema a ser desenvolvido e como este se relaciona com a sua devida área do conhecimento, apresentam-se: o problema, ou seja, o entrave que prejudica o desenvolvimento natural daquele processo, ou mesmo os fatores que fragilizam o fenômeno; os objetivos: geral, aquilo que se pretende alcançar, sendo precedido do verbo no infinitivo, para caracterizar a impessoalidade necessária à pesquisa, e os específicos, como se pretende alcançar, os "caminhos" possíveis para efetivar a ação e a justificativa: importância, oportunidade e viabilidade do projeto a ser executado.
A revisão de literatura compreende a organização sistemática da leitura depreendida para a produção da pesquisa. A credibilidade da proposta depende das teorias a serem discutidas no desenvolvimento do trabalho. Assim, esta etapa exige do redator uma leitura ampla, de conhecimento geral, uma leitura específica para consolidação da temática e proposição de comparativos entre uma linha e outra de pensamento e, principalmente, a atualização sobre o conhecimento e práticas referentes ao objeto de estudo. A evolução tecnológica fomenta descobertas e reelaboração de conceitos contínuos, conferindo ao pesquisador a responsabilidade de acompanhar esta ebulição.
A palavra método vem do grego: methodos - meta e hodos - caminho. Utilizar um método é selecionar caminhos possíveis para se alcançar objetivos propostos, de forma ordenada e regular. Dividem-se em métodos de abordagem, de procedimento, técnicas de pesquisa e de análise. Os primeiros se subdividem em: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo e dialético, os de procedimento: estruturalista, funcionalista, estatístico, estudo de caso, histórico, comparativo e dialético. As técnicas de pesquisa estabelecem os instrumentos necessários à coleta de dados, sendo documental direta (questionários, história de vida, entrevistas, testes ou observações sistemática e assistemáticas) e indireta (bibliográfica, webgráfica e gêneros da esfera acadêmica: resenha, resumo e artigo científico.). As técnicas de análise são qualitativa (fenomenológica) e quantitativa (estatística/numérica).
A revisão bibliográfica e bibliografia se referem a instâncias de fundamentação teórica com legitimidade científica. A primeira infere um valor organizacional, de tudo que foi lido, para que seja apresentado o que foi realmente utilizado, por meio de fichamentos e instrumentos de ordenação de leitura. A bibliografia compreende as referências que podem ser bibliográficas, webgráficas, artigo científico, resumos, resenhas e demais gêneros da esfera acadêmica.
Seção 5
5.2. Procedimentos Metodológicos de Natureza Linguística
5.2.1. As dimensões da linguagem
O professor de línguas tem uma série de instrumentos metodológicos que possibilitam situacionalidade e exercício dos aspectos de coerência textual relacionados aos conhecimentos linguístico, textual e de mundo, sendo incluída, assim, a abordagem das gramáticas. O conhecimento das três dimensões da linguagem se apresenta: a primeira que é gramatical, constituindo a morfologia, estrutura e formação das palavras, que são componentes de estruturação e são responsáveis pela constituição dos vocábulos (monema/semantema/afixos/prefixo/sufixo/tema/vogal temática/desinências); classe de palavras (artigo, substantivo, pronome, adjetivo, advérbio, interjeição, conjunção, numeral, preposição e verbo.); sintaxe, termos essenciais (sujeito e predicado) e acessórios (vocativo e aposto) da oração, a segunda que se denomina semântica tradicional, que se constitui do sentido conotativo, figurado, e denotativo, real, científico, de dicionário e, finalizando, a pragmática, que se fundamenta na linguagem em função do usuário. As dimensões da linguagem na sociolinguística são: falante, ouvinte e situação. A situação se denota como fatores extralinguísticos, que influenciam a fala.
5.2.2. A língua, a linguagem, a fala e o texto.
A relação entre língua, linguagem e fala é indissociável. A língua é um consubstancial de signos que se organizam, segundo uma estrutura uniforme que se concebe na codificação por meio social. A concepção da língua ainda é vista como código, integrante do aparelho fonoarticulatório. A linguagem é a ação por meio da língua, constituindo-se do verbal, oral ou escrita, não-verbal, imagens e pictórico, e paraverbal, aspectos sociais representadas pelo corpo, no seu constructo fisiológico. A fala é a materialização da língua. É o individual, o real. A língua é matizada pelos fatores socioculturais e geográficos representados pela unidade de sentido, que pode ser verbal, não-verbal e paraverbal.
5.3. Procedimentos Metodológicos de Natureza Linguodidática
5.3.1. A Leitura
A leitura acompanha os conceitos recebidos pelo texto e a linguagem, quando se pretende classificá-la. A leitura se dá por meio do verbal, nao-verbal e paraverbal, contudo na leitura psicolinguística se depreende uma leitura por extração, superficial imediata e facilmente caracterizável, e de atribuição, inerente aos aspectos socioculturais e conhecimento de mundo compreendidos pelos níveis constitutivos da coerência. A coerência se fundamenta nos conhecimentos linguístico, textual, de mundo e compartilhada.
5.3.2. As Escolas Pedagógicas
O professor de Línguas possui um norte para o mapeamento de suas aulas. Além dos planejamentos e planos, o conhecimento e reconhecimento das escolas pedagógicas ou do percurso pedagógico, com suas características constitutivas subsidiam sobremaneira para a consecução de resultados. As Escolas Conservadora e Progressista se relacionam em um constructo progressivo, heterogêneo e sistemático. A Escola Conservadora (Pedagogias Tradicional, Tecnicista e Nova.) e a Escola Progressista (Escola Nova e Crítica Social dos Conteúdos.). Os professores de Língua Portuguesa se classificam em: Prescritivo (normativo), Descritivo (analista) e Produtivo (o constructo dialético).
Considerações Finais
O estudo da Língua Latina leva a uma reflexão importante sobre a formação da língua portuguesa e o quanto é necessário o resgate histórico para o conhecimento e reconhecimento de fatos linguísticos. Por meio deste estudo, pode-se depreender o quanto o percurso linguístico aliado ao método e metodologias diferenciadas propiciam maior possibilidade de êxito aos objetivos propostos pelo professor de língua portuguesa, ou mesmo sua caracterização ou situacionabilidade perante os contextos de sala de aula no ensino de línguas. Os procedimentos metodológicos tanto de natureza linguística quanto didática são recursos importantes para a consecução de resultados possíveis de serem repetidos e contextualizados. Ao agregar todos estes valores linguísticos, pretende-se, principalmente, ampliar a leitura de cognição para metacognição, possibilitando o posicionamento do leitor-produtor no nível pragmático quanto no linguístico-discursivo.
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Cleuber Cristiano de Sousa é Graduado em Letras. Especialista em Língua Portuguesa. Pós-graduado em Saúde Mental. Pós-Graduado em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Mestre em Educação. Doutorando em Ciências da Educação.
Publicado por: Cleuber Cristiano de Sousa
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