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A Análise do Discurso e a Teoria do Acontecimento: a realização do dizer e a articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos linguísticos

Confira aqui uma reflexão a respeito da análise do discurso e a teoria do acontecimento.

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Resumo

Na linguística, o feito tem um espaço e um tempo, porque é observável. Em uma tese, por exemplo, o objeto é o tema. Seguindo esta orientação, os feitos são observáveis, mas o conceito não. A questão que envolve o marco conceitual e o marco teórico se fundamenta no princípio desta observação. O conceito é o que preenche, mas a teoria é a própria iluminação. A representação metafórica de uma cena de uma peça em um teatro, em que o conceito está no mobiliário, cenário e objetos constitutivos e a luz é o que demonstra ou ofusca, aquilo que ressalta ou oculta, é o ponto nodal da relação entre o conceito e a teoria.  Se se modifica a iluminação, transforma o ambiente e as coisas tomam nova forma. O feito tende a ser imutável, mas se eu mudo a teoria, transformo também o objeto. Nesta orientação, Foucault (1969) define o discurso como uma dispersão, sendo formado por elementos que não estão ligados por nenhum princípio de unidade. À luz da enunciação, o acontecimento se refere ao horizonte de expectativas, à experiência discursiva, ao que acontece de natureza prefigurada ou constituída, pois, segundo, Mouillaud (1997), o acontecimento dá forma àquilo que ocorre, mas não é o ocorrido.

Palavras-chave: Linguística, Feitos, Conceitos, Teorias, Acontecimento e Discurso.

Abstract

In linguistics, the feat has a space and a time because it is observable. In a thesis, for example, the object is the subject. Following this guidance, the deeds are observable, but the concept is not. The question that involves the conceptual framework and the theoretical framework is based on the principle of this observation. The concept is what fills, but the theory is enlightenment itself. The metaphorical representation of a scene from a play in a theater, where the concept is in the furniture, scenery and constituent objects and the light is showing or obscures, what stresses or hidden, is the nodal point of the relationship between the concept and the theory. If I change the lighting, I transform the environment and things take new form. The fact is immutable, but if I change the theory also change the object. Foucault (1969) defines the speech as a dispersion, formed by elements that are not connected by any principle of unity. In light of the enunciation, the event refers to the horizon of expectations, the discursive experience, it happens prefigured or constructive nature, because, according, Mouillaud (1997), the event gives way to what occurs, but it is not what happened.
Keywords: Linguistics, Made, Concepts , Theories , Festivals and Speech.
  1. Introdução

A Análise do Discurso é uma teoria que pertence ao percurso linguístico. Linguística é o estudo científico da linguagem humana, sendo a linguagem a faculdade humana do pensamento. Ao se analisar qualquer estudo como investigação científica, é necessário a identificação do objeto, fundamentado e alicerçado nas ciências demonstrativas e ampliado para os estudos sociais, onde o objeto se constrói na prática fenomenológica. Para o Construtivismo, o objeto é uma criação. Assim, a verdade é objetiva. O processo de objetivação é um processo de construção. O investigador deve construir o objeto enquanto fenômeno em movimento. E é nesta concepção  que se apresenta a teoria da semântica do acontecimento como proposta de anterioridade, posterioridade e futuridade, uma historicidade não somente presentificada ou futurizada, mas em realização.

Brandão (1991) ratifica que o discurso é o ponto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos linguísticos, porque ele representa, no interior da língua, os efeitos de contradições ideológicas. Os processos ideológicos se referem às concepções da ideologia em função do tempo e do espaço em uma dada sociedade do conhecimento e da ciência. Pode-se depreender disto a definição de ideologia, no seu aspecto geral, como mascaramento da realidade. Mas a sua taxia permite uma construção com distintas e contraditórias acepções. Já os fenômenos linguísticos permitem o conhecimento do objeto da linguística, a língua, em diferentes correntes teóricas, relacionando o marco conceitual e o marco teórico, em uma realidade social, com base na exterioridade.

Os fenômenos linguísticos se referem ao estudo das correntes linguísticas, na perspectiva da análise do objeto, em uma abordagem ontológica, epistemológica e metodológica, em paradigmas da investigação científica, denominados de positivismo, postpositivismo, teorias críticas relacionais e construtivismo. Os fenômenos linguísticos devem ser estudados, tendo como pressuposto fundante o seu objeto. As correntes e teorias linguísticas apresentam o estudo da língua em relação a suas inúmeras concepções, sendo elas o estruturalismo, o distribucionalismo, o funcionalismo, o gerativismo, a pragmática, a teoria dos atos da fala, a sociolinguística, a semântica e a análise do discurso.

Para se pensar a análise do discurso de uma forma progressiva, contudo não hegemônica, é importante o conhecimento do Racionalismo, Empirismo, Idealismo e Materialismo. O Racionalismo é uma ciência moderna instituída por René Descartes, tendo como parâmetro o Cartesianismo, que defende a premissa de que tudo é produto da razão. O sujeito só é, porque pensa. O sujeito é o centro de si. O Racionalismo se relaciona intimamente ao inatismo. Se a razão é inata, a hereditariedade e a genética determinariam todo o constituído.

O pensador John Locke foi a representação mais expressiva da doutrina filosófica empirista. Um dos princípios defendidos por esta corrente é a concepção de tábula rasa, sendo possível a analogia com a folha de papel em branco, utilizada por John Locke, em seu Ensaio Acerca do Entendimento Humano, em 1690. Segundo essa corrente, os indivíduos nascem sem conhecimento algum e todo conhecimento é adquirido por meio da experiência. A teoria behaviorista clássica também se vale desta ideia marcada por elementos experienciais.

O Idealismo de Friedrich Hegel instituiu ao proposto fenomênico de Kant um vértice metafísico. Nesta orientação, Hegel se filiou a um entendimento romântico da história que analisa a realidade como algo a se constituir. Hegel é adepto a uma filosofia da inteligibilidade total, da imanência absoluta. A leitura que ele faz da razão não se restringe a ideia de Kant, o entendimento humano, o conjunto dos princípios e das regras segundo as quais pensamos o mundo. A razão é compreendida como a realidade vertical dos signos, a essência do próprio Ser. Ela é não só um modo de pensar as coisas, mas o próprio modo de ser das coisas. 

Uma corrente que se opõe aos pensamentos de Hegel é a fundamentada nos pressupostos de Karl Marx, que afirmava que Hegel invertia a relação entre o que é determinante – a realidade material – e o que é determinado – as representações e conceitos acerca desta realidade. O entendimento da realidade social do homem foi analisado em função das condições materiais vividas por ele. Esta compreensão foi chamada de materialismo histórico. Para Karl Marx, não há indivíduo formado fora das relações sociais.

2. Desenvolvimento

 Seção 2

A introdução à Análise de Discurso se refere à análise do discurso em ordem geral, sendo a denominação Análise do Discurso específica de um discurso só. A linguística possui uma série de subáreas tais como: semântica, sociolinguística, psicolinguística e outras teorias que se somam a este escopo. A teoria da AD foi iniciada na França, por Michel Pêcheux, na virada dos anos 60 para 70, sendo de 69 até 82, um momento frutífero para a produção inicial. Em AAD69 denominada de Análise Automática do Discurso, percebe-se o início da construção do dispositivo teórico para a análise do discurso, mas o investimento maior está na construção do dispositivo analítico, de uma máquina que fizesse análise de textos. Para que se compreenda o percurso da AD, é necessária uma reflexão pelos seus meandros. Em 1982, Pêcheux instituiu o discurso como estrutura ou acontecimento, por meio de sua obra que recebeu este mesmo nome, permitindo outra forma de pensar o discurso.

Ao se pensar este início, pode-se depreender uma evolução gradativa que foi matizada por meio dos novos códigos e tecnologias. Esta intersecção ofertou à teoria uma linha interdisciplinar, proporcionando uma articulação expressiva entre Psicanálise, Materialismo Histórico e Linguística. O legado de Lacan, Marx e Saussure possibilitou esta relação entre sentido, condições de trabalho em uma perspectiva ideológica e irrupção do sujeito. Eni Orlandi ratifica que não existe realmente uma introdução para a Análise de Discurso. Isto infere um julgamento que extrapola uma linha hegemônica para uma teoria que já surge para problematizar as maneiras de ler, levar o sujeito falante nas mais distantes manifestações de linguagem em articulação com os processos ideológicos.

Ao se orientar por Michel Pechêux, pode-se entender seus estudos a partir da célebre análise da expressão “Ona gagné”, com a perspectiva de mudança de poder, pela voz imperiosa do estado, com a ideia do sujeito de direito, livre para se submeter, submetido inteiramente ao estado, como poder instituído, com uma ideologia operatória e não-temática. Outra obra relevante foi denominada de Semântica e Discurso, tendo como base a expressão “Les vérité de La Palice”, personagem conhecido pela afirmação do óbvio. Esta obra faz uma crítica audaz sobre a afirmação do óbvio, pois neste campo há uma verdade, tanto no absurdo quanto no óbvio, caracterizados pelo consenso, representados por palavras do campo semântico “claro, óbvio e evidente”.

Na análise de discurso, existem conceitos fundamentais e outros que são complementares, mas nunca acessórios, pois não podem ser ignorados. Como exemplo, Orlandi distingue ordem de organização, texto e textualidade, que são desdobramentos para a análise. O glossário é uma distinção sucinta de um termo para a base de compreensão das inter-relações sociais, com vistas à compreensão do sujeito. Este tipo de procedimento metodológico contribui para uma filiação epistemológica com uma concepção nuclear acerca do sujeito e do discurso.

É necessário observar que um conceito é além de relacional, de natureza imbricada, pois a interdependência se dá no surgimento do sentido. Esta noção de arquivo se dá como leitura de estrutura material para escritos e objetos e também como memória, constituindo-se como materialidade significante. Nesta orientação onomasiológica da leitura, propõe-se um novo pensar sobre o glossário como arquivo, além de nuclear, sua magnitude está fundamentada na historicidade material.

O acontecimento é um termo importante na AD, pois para Pechêux a estrutura do discurso é a língua. Ao se pensar em língua quase sempre se associa ao verbal, sendo ela uma materialidade significante também do não-verbal. A sua obra Estrutura ou Acontecimento traz um descontentamento ao se possibilitar uma ideia de exclusão, mas o que se discute é a propriedade de inclusão, com a língua se colocando da ordem da evidência. Exemplo: ao se dizer “somos todos índios”, há uma lexicografia, uma gramática, uma dimensão semântica, sintática e morfológica. Ao se pensar no discurso, é necessário colocar a estrutura em relação com a exterioridade, necessariamente compreender o que é ser índio, a história, a memória.

A redução da língua nela mesma restringe a uma análise meramente estrutural, sem relação com as práticas sociais, excluindo, assim, o sujeito e seu mundo social. O sentido está fundado em uma história, sendo que ser índio é ser pertencente ao povo brasileiro. A exterioridade vai dizer como se constituiu o povo brasileiro, desde o período da dizimação e escravidão desta etnia. Na ancestralidade, é preciso se filiar ao contexto constitutivo deste povo, mesmo com traços norte-americanos ou europeus, é necessário se relacionar a esta parte histórica de colonização. A exterioridade possibilita a constituição no lugar do processo de formação do povo brasileiro.

Isto infere uma natureza de apartamento como existem índios, brancos e negros. Nesta perspectiva, pode-se dizer que existem negros que não são tão negros e brancos que são totalmente negros. E brancos que são menos negros. O funcionamento desta relação entre língua e história, na exterioridade, possibilita este pensamento. O acontecimento na AD institui um valor de língua em funcionamento na história. Só sendo possível interpelar o sujeito por esta realização da língua em realização. É nesta visão que se compreende a AD como articulação entre as áreas denominadas linguística, materialismo histórico e psicanálise, sendo então uma disciplina de entremeio, pelo seu caráter interdisciplinar.

A noção de sujeito para Lacan é de um sujeito que só acontece na e pela língua/ linguagem, sendo uma irrupção na cadeia do dizer. O sujeito não existe antes da sua fala. Ele só surge na fala. O sujeito empírico no mundo está prescindindo o sujeito material. O Sujeito do inconsciente é o sujeito para Lacan. Os modos de irrupção deste sujeito pelo inconsciente se dão no chiste, ato falho, sintoma, sonho e lapso. Por meio de Freud, Lacan institui que o sujeito só irrompe quando a linguagem falha (claudicação/desiquilíbrio).

A AD diz que o sujeito se dá na e pela linguagem também. Ou seja, o sujeito em AD é da ordem do simbólico, pois se constitui na e pela linguagem. Para Pêcheux, o simbólico se dá por meio de atravessamento na ideologia. O sujeito é posição, para a AD. Posição em relação à ideologia. Há um “lugar” onde se guarda todas as ideologias. A memória é o lugar do interdiscurso, a história, e este “lugar” é capaz de receber todos os dizeres. Não a história do historiador, pois é factual. Para a AD, quando o sujeito fala mobiliza uma ideologia, o pré-construído, o que já foi dito. Quando o sujeito toma posição no dizer, também possibilita interpretação. Vários olhares sobre o mesmo objeto, com produto interpretativo distinto. Um sujeito que interpreta e se filia a uma ideologia e não a outra.

O acontecimento é a estrutura colocada em realização com a exterioridade. Uma história que se constitui na memória de cada indivíduo, assim, tem uma questão social neste espaço e tempo. E ainda tem a filiação do sujeito em uma dada ideologia. Quando se diz “isso fala”, Lacan institui por meio de Freud a noção do iceberg, com a identificação do sujeito e seus caracteres. Abaixo, imerso, há o sujeito inconsciente. Este é o que constitui de fato como sujeito. O sujeito empírico é denominado de ego e, no inconsciente, reside o id, a pulsão, o desejo. O id quer, funciona por ordem do prazer. Uma figura metafórica é a ideia do bem e do mal, representados pelo anjo e o demônio, na nossa ideia social. O superego já é da natureza da lei e da cultura. O ego é assujeitado pelas pressões do superego e do id.

Lacan toma a mesma dinâmica da psiqué humana, com denominações distintas. “Isso” é o inconsciente as pulsões do id falando. Então, está a irrupção do sujeito no isso. Por exemplo, o chiste é a irrupção do sujeito pela pilhéria, pelo caráter jocoso, sem a intenção de dizer. Ato falho é a provocação da vergonha e não o riso. Fala-se e o sujeito se sente envergonhado do que se irrompeu. O acontecimento do involuntário, no ato falho, é flagrado pelo dizer. Segundo Freud, a fala social é de natureza vicária, de polidez social. O superego é o parâmetro social, não se relaciona com o inconsciente, que é da ordem do real.

O sintoma é aquilo que se coloca na fala, como manifestação e recorrência. Na representação fisiológica, pode-se dizer do TOC. Na linguagem, refere-se ao detalhe continuado. É o excesso na fala. Para Freud, o que é da ordem do real da língua é impossível de dizer. O lapso é o que se inscreve na irrupção do sujeito, acontece em um dado momento e de forma involuntária. Quando se analisa o sonho, há um umbigo do sonho, o real da língua, que é o impossível de dizer, constituindo as formações do inconsciente, sendo então o real, como manifestação do inconsciente, estruturado como linguagem.

 Seção 3

Pêcheux institui o simbólico pelo atravessamento do sujeito, enquanto que para Freud se estabelece o ato nocional do inconsciente. Quando o sujeito fala, com a ordem da língua, faz relação com a história. Althusser diz que o indivíduo se constitui como sujeito pelo atravessamento de uma ideologia, que é o mascaramento da realidade. Pêcheux diz que a constituição do sujeito é sempre relacional com a historicidade, com um sujeito constituído, no momento em que se representa pela posição do sujeito em um mundo social. Lacan diz que há sujeito quando há uma irrupção do inconsciente. O eu não é senhor da sua própria casa. A determinação parte do id e do superego. O sujeito é sempre o desejo do outro. Este sujeito do inconsciente é previamente programado, atravessado pelo grande outro, que é a lei e a cultura. A conformidade da constituição do outro.

Os papeis sociais no microcosmo social que é a família são impostos pela alteridade. A partir deste pressuposto, é outorgado ao sujeito um determinado papel imaginário para que sejam desempenhadas na sociedade todas as ações instadas pelo iceberg social de Lacan. O outro que é inconsciente e irrompe na cadeia do discurso é o incontrolável. O Discurso é o fora, mas está ligado à historicidade. No inconsciente, o que está dentro não se refere à ideologia que se plasma em um universo paralelo. Esta diferença entre Lacan, o sujeito que já está e irrompe pela falha, e Pêcheux, atravessado pela ideologia, percebe-se o deslocamento. O alhures realizado, que está fora, contudo ao se falar, tem-se o realizado alhures.

A ideologia é uma presença ausente, ideia instituída por Pêcheux e apresentado por Orlandi. Courtine conta uma passagem de Milan Kundera, que é o chapéu de Clémentís. Um líder russo chamado Gotoald, estando, ali, uma multidão a ouvi-lo. Fotografias estão sendo feitas. O Chapéu de Clémentís é colocado em Gotoald. Ao perceber, a posteriori, a traição de Clémentís, as fotos que tinham a presença dos dois são modificadas e apagada é a imagem de Clémentís, contudo pelo chapéu, depreende-se que Clémentís é uma presença ausente. Passado “presentificado” e “futurizado”. Para a semântica é a latência de futuro, mas para AD, a noção de tempo/historicidade é diferente. Está na irrupção.

O DSD, Domínio Semântico de Determinação, é um campo de estudo da semântica do acontecimento. A análise é toda no sentido no texto. A AD trabalha estes conceitos em relação com a exterioridade, sendo necessária a relação com a história. Não há circularidade com o texto e sim com a historicidade. Este fato justifica a diferença entre a semântica do acontecimento e a análise de discurso. Estas distinções não devem ser somente em marcos teóricos e conceituais e sim, também, nas filiações epistemológicas dos sujeitos nos espaços sociais e práticas ideológicas.

Considerações Finais

A Análise do Discurso é uma teoria que se fundamenta na articulação entre a Linguística, a Psicanálise e o Materialismo Histórico. Esta base possibilita a explicação das formas de manifestações da língua em articulação com os processos ideológicos. Os conceitos nucleares da AD são essenciais para a análise do discurso como materialidade linguística. As ideias de Pêcheux, o legado de Freud, o pensamento de Orlandi permitem uma elucidação sobre a natureza fluida e ideológica do sujeito. Na teoria semântica do acontecimento já se observa uma língua em realização, com vistas a uma anterioridade, posteridade e futuridade.

REFERÊNCIASBibliográfica

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___. O Discurso: estrutura ou acontecimento. Campinas: Pontes, 1997

 


Publicado por: Cleuber Cristiano de Sousa

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