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O LÚDICO ATRAVÉS DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS: UMA PROPOSTA ENTRE IMAGINAR, DIVERTIR E APRENDER

A relevância da ludicidade na educação Infantil e para o processo de ensino-aprendizagem, proporcionando o prazer de aprender, e a superar dificuldades de aprendizagem.

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Resumo

Neste presente artigo será retratado a ludicidade na educação Infantil que abordará a relevância desse tema para a educação infantil e para o processo de ensino-aprendizagem, proporcionando o prazer de aprender, e a superar dificuldades de aprendizagem. As atividades constituídas pelos jogos e brincadeiras, são de suma importância para o desenvolvimento integral do educando. Nas escolas, podem ser exploradas em todo seu potencial, pois o educando mistura em sua vida cotidiana o jogo com atividades buscando o prazer em realizá-los e ter um desempenho eficaz. Embasado em teóricos da Educação, esse artigo constatou que a prática pedagógica com a utilização das atividades lúdicas possibilita o desenvolvimento da criatividade, levando-os a construir conhecimentos, sendo respaldado por autores consagrados e entendedores do assunto.

Palavras-chaves: Lúdico. Criança. Histórias. Educação. Descobertas.

Abstract

In this article the theme Ludicidade em Educação Infantil will be presented, which will address the relevance of this theme for children's education and for the teaching-learning process, providing the pleasure of learning, and overcoming learning difficulties. The activities constituted by games and games, are of paramount importance for the integral development of the student. In schools, they can be exploited to their full potential, because the child mixes in their daily life the play with activities seeking the pleasure in accomplishing them and having an effective performance. Based on educational theorists, this article found that pedagogical practice with the use of play activities enables the development of creativity, leading them to build knowledge, and will be supported by well-established and authoritative authors.

Keywords: Playful. Child. Stories. Education. Discoveries.

1 Introdução

O tema ludicidade na educação infantil com ênfase no conto de histórias e narrativas é um tema relevante, pois podemos observar que está ligado essencialmente ao imaginário. A importância se dá devido sua relação existente entre o lúdico e a construção do conhecimento e a influência na organização do trabalho pedagógico.

A palavra lúdica derivada do latim ludus, que significa brincar, divertir-se infantilmente, que tem caráter de jogar. Esta definição aponta para a estreita ligação entre o lúdico e a criança, fato que nos desperta para análise da importância do lúdico em todo desenvolvimento da criança e consequentemente na sua aprendizagem.

Umas das formas dos educadores desenvolverem o processo de ensino-aprendizagem é através do brincar, explorar o imaginário e suas próprias percepções. O objetivo deve ser levar o educando ao mundo da imaginação explorando em consonância o maravilhoso universo dos contos.

Deve se ressaltar que a ludicidade também deve ser uma proposta metodológica a ser trabalhada para favorecer a oralidade e a expressão corporal através do momento lúdico.

A ideia central dar-se pelo uso da cotação de história pela professora, com dramatização das crianças recontando as histórias e atividades relacionadas. Os recursos serão fantasias diversas, mural decorado, folha impressa, lápis de cor e um baú de madeira.

O trabalho lúdico com contos clássicos ou literaturas diversificadas torna a aula mais atrativa, dinâmica e mais próxima da realidade dos alunos, além de ser um recurso rico e viável para ser trabalhado na educação infantil.

A iniciativa é fazer com que durante as brincadeiras, as crianças adquiram a iniciativa e autoconfiança, quando lhes é permitido ter autonomia e liberdade. É muito importante aprender com alegria, pois enquanto se divertem, as crianças se conhecem e aprendem a descobrir o mundo.

1.1 A criança e suas descobertas: uma viagem pelo imaginário infantil

É na fase do 0 aos 6 anos, chamada de primeira infância, que as crianças passam a perceber o mundo e despertam uma curiosidade nata e investigativa, sempre questionando e querendo saber o porquê das coisas. Com isso, a criança constrói sua própria identidade, baseada na exploração do meio em que vive, na construção dos relacionamentos interpessoais, na obtenção do conhecimento e valores a ela ensinado se nas brincadeiras, que são a forma mais produtiva de adquirirem conhecimento e se relacionarem com outros.

“A formação do cidadão inicia-se desde o berço, e a educação pode ser apresentada como tempo espaço para o desenvolvimento da criança na sua totalidade”. (SISTO, 1996, p.57).

O imaginário é parte inseparável da existência humana, em todos os mementos. Está presente em todas as nossas atividades, é por isso que se diz que o homem é um ser simbólico, como um visitante recém-chegado de um universo desconhecido, a criança é introduzida de maneira intensa e sem cerimônias à sociedade. Aos poucos, ela vai percebendo o mundo a sua volta e tentando compreendê-lo.

A criança conhece seu mundo classificando e ordenando os objetos que fazem parte dele, efetuando a leitura da realidade e colocando os objetos dentro de um contexto. É a partir da leitura dos objetos no dia-a-dia que ela irá descrever a realidade. A relação entre criança e as situações vivenciadas irá estabelecer experiências que lhe ajudarão a se reconhecer enquanto ser social, capaz de transformar a natureza para satisfazer suas necessidades. Ela se vislumbrará com a possibilidade de ser agente ativo na busca de novas transformações.

Os primeiros anos de vida são de fundamental importância para a formação do ser humano e partindo da concepção de que a criança é um indivíduo em sua totalidade, aumenta-se a preocupação com a educação. Uma educação para a cidadania através da qual todos possa reconstruir o conhecimento já elaborado historicamente e a partir dele construir novos conhecimentos.

É imprescindível a compreensão e posteriormente de suma importância a efetivação de formas novas e adequadas ao tempo e espaço do educando. A criação de instrumentos eficazes gerará a tranquilidade necessária ao aprendizado.

É preciso, pois, fazer do aluno um ser participativo, elevando-o à condição de agente de mudança nesse mundo ainda extremamente conservador e elitista, no qual ele habita, mas não atua. A consciência (e aqui o tempo vai à sua essência) construída e conquistada fará de qualquer aprendiz um ser capaz de desenvolver todas as suas múltiplas habilidades.

1.2 A escola, o papel do professor e ação pedagógica

A educação infantil é primordial na formação de um indivíduo no que diz respeito não somente a mediação do conhecimento mas também ao englobar questões relacionadas ao amor, fraternidade, dignidade, solidariedade, responsabilidade, ética e outros valores fundamentais para a convivência harmoniosa do ser humano em sociedade.

A função da escola é instrumental, ou seja, os adultos mantêm os filhos na escola em função do futuro, cidadão que também graças a ela, eles deverão se tornar. Vai-se a escola para aprender a ler, escrever, fazer contas, porque as profissões adultas necessitam desses conhecimentos, mas para a criança essa função instrumental da escola é muito abstrata, teórica, tem um sentido adulto por vezes muito distante dela, já o conhecimento tratado como um jogo pode fazer sentido para a criança. (SANTOS, 2000, p.45).

O objetivo da escola é a formação integral, levando em conta os aspectos físico, psicológico, intelectual e social da criança. A educação infantil é a etapa ideal para trabalhar com a construção da autonomia, criticidade, criatividade, princípios éticos, em um exercício permanente de cidadania.É nesta etapa da educação básica em que a criança passa pela fase que ela começa a desenvolver suas capacidades físicas, cognitivas, afetivas, estéticas, éticas, de relacionamento interpessoal e de inserção social.

A escola, contudo enfrenta problemas para desempenhar sua função em igual teor para todos os alunos, alguns apresentam várias dificuldades de aprendizagem em conteúdos específicos, conceitos e habilidades é desta forma que se inicia as estratégias para ajudar esses alunos. Os jogos e brincadeiras constituem-se aliados insubstituíveis, uma vez que além de ligar o divertimento, a sala de aula de caráter tão sisudo e mau, a criança desenvolve aquilo que não consegue entender, acomodar ou apropriar sem coerções, punições de forma espontânea e dedicada.

Para que tudo ocorra é importante que o pedagogo reveja sempre suas práticas, e analise se não está se utilizando de práticas, defasadas, e rompa os moldes tradicionais, quebrando esses velhos paradigmas, e se adeque ao modelo de nova escola, que segue o modelo construtivista não excluindo a necessidade de corrigir, mas utilizar novas formas para que isso ocorra.

O papel do professor é fundamental dentro da escola e se reflete em toda a sociedade, pois ele é um agente ativo na formação de um cidadão. As crianças necessitam de modelos a serem seguidos para que ajam em prol da equidade no mundo, e seus únicos exemplos nos primeiros anos de vida são os pais, seguidos dos professores e amizades encontrados no ambiente escolar.

O professor, precisa ver em cada aluno sua totalidade, respeitando sua capacidade e potencialidade e, desta forma trabalhando em prol do cidadão completo que critica, avalia, sugere, transforma, ama e é feliz. Propiciando uma educação humanitária, aquela que leva ao bem geral da humanidade. O dever da escola não pode ser meramente cuidar, mas é: garantir que o cuidar e educar sejam concebidos e realizados de forma indissociável e da melhor maneira possível garantindo a criança alegria em estudar, planejar atividades lúdicas na educação infantil, pode ser uma ótima ferramenta para que isso ocorra.

O papel do educador é fundamental quando acontecem atividades lúdicas em sala. Sua posição deve ser antes de tudo, de investigador do modo de pensar da criança para ajudá-la a compreender os conteúdos escolares e a superar dificuldades (SANTOS, 2000, p.77).

Na prática educacional é possível perceber que as crianças aprendem cada vez mais através de brincadeiras, das atividades concretas, dos jogos de exercício e de faz-de-conta. De uma brincadeira podem sair os objetivos didático-pedagógicos, que favorecerão o desenvolvimento geral do educando.

A ação pedagógica deverá valorizar as oportunidades que surgirem para levar a criança a refletir sobre a realidade, possibilitando-lhe a compreensão das suas desigualdades, contradições e possibilidades de transformação. Nessa visão, o brincar está relacionado á comunicação, expressão, associação do pensamento e ação criadora. Um profissional competente aproveita a motivação lúdica para impulsionar o questionamento construtivo, enquanto processa o produtivo, provocativo, instigador e prazeroso. A educação pode proporcionar a criança desde os primeiros anos de vida, o tempo, espaço e recursos adequados para que possa escolher e desenvolver interesses individuais e em grupos (Santos, 2000, p.43).

O trabalho pedagógico na educação infantil deve ser orientado pelo princípio de procurar proporcionar o desenvolvimento da autonomia, bem como gerar conceitos de cooperação e ajuda mútua. Esta construção não se esgota na infância, mas necessita ser iniciada na educação infantil, por meio de atividades lúdicas e se estender ao longo do processo ensino de aprendizagem nos anos iniciais do ensino fundamental.

1.3 A ludicidade como proposta de ensino

Preocupados com a tarefa de educar, refletindo sobre essas questões, de fornecer condições e mediações para que o aluno se torne um ser participativo não nos restringimos à oralidade, e a autora vem corroborar com essas ideias trazendo essa proposta eficaz para que isso se desenvolva , visando propiciar uma prática diária, capaz de formar alunos sensíveis, criativos, intuitivos, críticos, éticos, prontos a buscarem soluções para sua realidade, conhecedores de seus direitos e deveres, com espírito de investigação, verdadeiros cidadãos.

Jogar é uma pratica própria do ser humano não acontece somente na infância, mas inicialmente nela, prolongando-se na fase adulta.

O período do jogo simbólico inicia aproximadamente aos 2 anos, perdurando até 6 anos. Nessa fase da criança, á qual queremos dar maior ênfase representa-se a realidade da forma como é lida e compreendida. Nossa função, como educadores, é oferecer situações para que a criança vivencie o maior numero de possibilidades de expressão para estimular a sua criatividade, representação, facilitando a compreensão de mundo e a construção da imagem mental. Isso a ajudará na abstração do conhecimento, posteriormente.

Ao brincar, jogar, fazer de conta, a criança reproduz momentos que possibilitam realizar seus sonhos e fantasias. Esse momento de descontração também possibilita a criança reviver os conflitos e angustias do dia a dia para melhor compreende-los.

A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem, confira:

Motiva a criança pela necessidade natural de jogar que esta possui na infância.

Leva a criança á realização de um esforço espontâneo e voluntario para atingir o objetivo do jogo.

O jogo mobiliza esquemas mentais estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço.

Integra varias dimensões de personalidade: efetiva, social, motora e cognitiva.

Favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação, destreza, rapidez, força, concentração etc.

Contribui para a formação de atitudes sociais, respeito mutuo, cooperação, obediência ás regras, senso de responsabilidade, senso de justiça, iniciativa pessoal e grupal.

Forma vínculos que unem a vontade e o prazer durante a realização de uma atividade. Cria ambientes gratificantes e atraentes, servindo como estimulo para o desenvolvimento integral da criança.

(MONTAGNINI CAVA ANDRADE, 2009, p. 124 e 125).

A ludicidade na educação possibilita situações de aprendizagem que contribuem para o desenvolvimento integral da criança, mas deve haver uma dosagem entre a utilização do lúdico instrumental, isto é, a brincadeira com a finalidade de atingir objetivos escolares, e também a forma de brincar espontaneamente, envolvendo o prazer e o entretenimento, neste último, o lúdico essencial.

Elucidar as possibilidades da ludicidade na prática pedagógica converte-se indispensável. O brincar/jogar quando descoberto, redescoberto na prática pedagógica torna-se um espaço privilegiado de intervenção e confronto de diferentes ideias, realidades e culturas. Nesse sentido, o espaço da brincadeira na instituição escolar seria a garantia de uma educação criadora e consciente.

A ação educativa numa abordagem lúdica pode trabalhar a busca do êxito em múltiplas tentativa-erro, a persistência e a segurança de que o erro faz parte do processo de aprendizagem. Nessa perspectiva, é fundamental que o professor crie situações de aprendizagem significativas, pois estas farão com que o educando associe o aprendizado ao prazer.

1.4. A ludicidade através dos contos: da diversão à aprendizagem

Atividade lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento em quem a pratica.

São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A atividade lúdica pode ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que vise proporcionar interação. Porem, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como ela é dirigida e vivenciada, e o porquê de suja realização.

Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, gerando um forte interesse em aprender e garantindo o prazer. Podemos verificar através das atividades lúdicas o que a criança: Faz e como organiza este fazer. (MALUF, 2012, p.22)

Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas, a criança, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. As atividades lúdicas podem ser consideradas tarefas do dia a dia na educação infantil.

Toda atividade lúdica pode ser aplicada em diversas faixas etárias, mas pode sofrer intervenções em sua metodologia de aplicação, na organização e nas suas estratégias, de acordo com as necessidades peculiares das faixas etárias. As atividades lúdicas têm capacidade de desenvolver várias habilidades na criança, proporcionando-lhe divertimento, prazer, convívio profícuo, estímulo intelectivo, desenvolvimento harmonioso, autocontrole e auto-realização. Não só as crianças são beneficiadas pelas atividades lúdicas, mas também os professores.

O prazer está presente nas atividades lúdicas. A criança fica absorvida de forma integral. Cria-se um clima de entusiasmo. Podemos ressaltar que grandes educadores do passado já reconheciam a importância das atividades lúdicas no processo de ensino-aprendizagem. A criança se expressa, assimila conhecimento e constrói a sua realidade de quando esta em alguma atividade lúdica. Ela também espalha a sua experiência, modificando a realidade de acordo com seus gostos e interesses.

São vários os benefícios das atividades lúdicas, e entre eles estão: Assimilação de valores; Aquisição de comportamentos; Desenvolvimento de diversas áreas de conhecimento; Aprimoramento de habilidades; Socialização;

Quanto aos tipos de atividades lúdicas existentes, são muitas, e podemos citar: desenhar; brincar; jogar; dançar; construir coletivamente; ler; usar softwares educativos; passear; dramatizar; cantar; fazer teatro de fantoches, etc.

A criança pequena pensa e reproduz fatos que a cercam, para os quais conduz sua atenção bastante curiosa. A educação infantil é um espaço original, onde crianças pequenas podem desenvolver como indivíduos ativos e criadores. Sua função é promover aprendizagem significativa, por meio de atividades lúdicas, que são formas de representação através das quais se revela o mundo interior da criança.

Se a instituição de Educação Infantil puder proporcionar á criança pequena um espaço com muitas atividades lúdicas, estará propiciando melhores condições para que ela seja apta, em diferentes circunstancias aprender por si mesma, conhecendo suas capacidades. (MALUF, 2012, p. 24)

Essas propostas nos trazem ótimas ideias de como trabalhar a ludicidade na educação infantil, essas propostas se bem elaboradas podem favorecer de forma completa a expressão corporal, a aquisição da linguagem, respeito às regras, disciplina, durante as atividades podemos observar as reações das crianças diante das brincadeiras, se estão agindo de forma, violenta, sentimental, tímida entre outras.

De acordo com alguns autores podemos compreender que para o desenvolvimento dos conhecimentos pedagógicos, é de fundamental importância que os professores utilizem diferentes fontes de pesquisa, livros, gravuras, histórias, músicas, brincadeiras, jogos, revistas, filmes, etc. Estes materiais deverão fazer parte da vida escolar, como também não se podem desconsiderar as inúmeras possibilidades que o contexto exterior oferece.

Dentro dessas possibilidades lúdicas quero enaltecer em meu projeto intitulado “O mundo da imaginação” as histórias narrativas, pois desde que a escrita passou a fazer parte da vida do ser humano tornou-se fundamental para que ele possa interagir com os fatos e situações apresentadas na sociedade atual, todos os dias têm contato com informações diversas vindas de jornais, revistas, folhetos informativos, cartas, livros, mensagens através dos celulares, computadores. Atualmente eles têm um formato próprio e um suporte específico feito propositalmente para leitura e conhecimento e são chamadas de sócio comunicativas e fazem parte da língua portuguesa, dentre esses gêneros existentes queremos enfatizar os contos que vem de muito tempo atrás.

Podemos observar que os contos clássicos da literatura Infantil, trazem histórias que são contadas há centenas de anos, e em sua maioria trazem consigo, uma lição de vida ou abordam situações problemas vividos na época em que foram criadas, essas histórias se tornaram clássicos, pois são passadas de geração em geração, e mesmo assim podem ser usadas para se trabalhar as situações do cotidiano escolar ainda hoje. São leituras que proporcionam momentos de imaginação e diversão se tornando muito prazerosas e devem estar presentes nas atividades escolares, pois além de contribuir para a preservação da memória cultural, são excelentes estratégias para serem usadas na facilitação da aprendizagem, pois o professor deve ter como objetivo oferecer aos seus alunos uma educação que os preparem para a vida, precisa fazer com que sua sala de aula seja um espaço promotor de significativos conhecimentos.

Quanto mais cedo a criança tem contato com os livros e descobre o prazer que a leitura proporciona, mais probabilidade ela terá de ser um adulto leitor, nem sempre as narrativas dizem tudo, por isso é necessário ser em interpretadas pelo leitor, podemos observar que cada criança interpreta de acordo com os conhecimentos antes adquiridos, cabe ao professor ser o mediador do entendimento e aproveitamento da historia lida, da mesma forma através da leitura a criança adquire uma postura critica e reflexiva, extremamente relevante para sua formação cognitiva.

Ao se notar tal importância que a narrativa de contos estabelece entre aquele que narra e aquele que ouve uma estória, a partir da sua visão e vai encadeando as sequências de uma fábula cuja ação é vivida por personagens; esta situada em determinado espaço, tempo e linguagem.

Utilizar-se da leitura através da cotação de história, como metodologia para o desenvolvimento dos alunos e melhoria de seu desempenho escolar contribui com as suas necessidades afetivas e intelectuais através do contato do conteúdo simbólico das leituras trabalhadas.

Cada faixa etária possui um gosto específico de leitura, o professor deve perceber através da convivência com a turma os livros que seus educandos preferem isso se torna um estímulo para o interesse pela leitura, não é somente a escolha do livro que é fundamental, outro fator importante é a desenvoltura do professor ao contar a história, ele deve explorar sua espontaneidade, valorizando sua expressão corporal, adequando o tom de voz a cada situação e personagem durante o desenvolvimento da cotação de história, e também ele deve envolver as crianças nesse momento, verificando se as mesmas estão correspondendo através de questionamentos durante a história, observar e estimular a expressão corporal de cada uma, fazendo com que eles participem da história, como por exemplo, imitar um animal que tem na história e outras atividades como brincadeiras interativas e em equipe, fazendo com que ele não se torne um mero ouvinte, mas também autor da história.

Contudo, os resultados esperados são que, o aluno aperfeiçoe sua leitura e escrita, conhecer vários contos da literatura infantil, desenvolvendo a criatividade e a socialização os livros se conservados podem perdurar muitos anos e ensinar várias gerações.

Dentre uma das formas de gêneros textuais vistas no parágrafo acima temos uma em especial que é a forma do agrupamento do narrar, essa forma é totalmente proveniente da oralidade e do imaginário humano.

Utilizar esses recursos das narrativas é muito importante em sala de aula, pois garante o exercício da linguagem corporal trataremos melhor desse assunto. A linguagem corporal é a forma de linguagem não verbal é e percebida através de gestos e outros sinais do corpo, por exemplo, através de uma careta que um aluno faz, sem ele falar absolutamente nada podemos perceber que algo não o agrada, poderíamos dar muitos outros exemplos, de como esse tipo de linguagem se reproduz, é importante que o professor esteja atento a essas expressões e faça de tudo para que ela possa ser explorada, para que melhore cada vez mais a comunicação do aluno, é importante que primeiramente o aluno conheça bem as partes do seu corpo, ou pelo menos as mais evidentes, existem algumas cantigas populares que podem auxiliar o trabalho do professor.

Ao explorar o imaginário de uma criança podemos provocar nela várias reações, surpresa, medo, atenção, apreensão, ansiedade para saber o que acontecerá muitos desse sentimento podem ser notados não somente através da linguagem verbal, mas poderemos observá-las através, das expressões faciais e corporais das crianças. Desde a mais tenra idade, quando ainda são bebes a primeira comunicação de uma criança é corporal, por ainda não adquirirem a oralidade, através desse tipo de expressão comunicam ao seu cuidador suas necessidades, desejos e ate mesmo emoções, até mesmo estando em silêncio, nosso corpo fala através de nossas reações, cabe ao professor incentivar seus alunos a se expressarem e explorarem o corpo da melhor forma possível. Ao contar uma história o professor deve organizar o melhor momento, pois os alunos irão observar suas expressões corporais durante toda história , é importante aproximar seus alunos de si, para que possam visualizar com bastante clareza e precisão suas expressões faciais durante cada momento da história, posição do corpo coerente, a atenção do seu olhar tom de voz adequado a cada situação do enredo da narrativa, expressões corporais durante a explanação do enredo, como por exemplo, se na história em determinado momento os personagens dançam, professora pode dançar um pouco para mostrar para as crianças, ou pedir que todos acompanhem a dança juntamente com a professora, esse pode se transformar em um momento de muita descontração, e exige do professor muito entusiasmo, devemos ter cuidado com exageros, as crianças tem uma sensibilidade muita aflorada e podem perceber um falso entusiasmo, eles estão observando cada detalhe não só da leitura da história, mas de toda a movimentação do seu corpo, e se durante esse momento o contador da história entra juntamente com eles na aventura da narração, só para reforçar é olhando o professor e os outros que estão á sua volta é que o aluno aprenderá a se comunicar melhor.

O acervo de gêneros textuais do narrar existente é gigantesco, belíssimo e diversificado, cabe ao pedagogo ser um professor-pesquisador e escolher dentre esse montante, uma narrativa que tem mais afinco com seus alunos e o momento em sala que estão vivenciando.

CONCLUSÃO

Como objetivo de discutir esses assuntos propostos, temos em primeiro lugar os educandos que precisam de educadores preparados e conhecedores convictos e completos para acompanharem seu desenvolvimento, que proponham atividades não apenas para ocupar o tempo, mas para garantirem a melhor aprendizagem possível, por isso a relevância de sermos sabedores desses assuntos discutidos nessa produção textual.

Não podemos considerar algo banal, a expressão dos educandos e o que elas desejam nos revelar, e ás vezes ela fará isso com um gesto, uma expressão facial, o que talvez ela se sinta reprimida a expressar oralmente, cabe ao professor estar sempre atento e comprometido com o que a criança quer dizer, e não somente com os conteúdos programados que devem ser sistematicamente impostos.

Nessa produção textual abordamos com mais precisão uma das ferramentas que podem ser usadas para que a linguagem corporal seja estimulada: as narrativas que ao estimular a imaginação, produz na criança reações corporais que a fazem desejar reproduzir as ações dos personagens durante a brincadeira e momentos lúdicos, explorando a expressão corporal.

Portanto, reconhecer verbalmente a importância da ludicidade na pratica docente não basta garantir uma pratica lúdica com qualidade. Deste modo, acreditamos que um dos caminhos necessários para a quebra de paradigmas ainda existentes na pratica docente, no que diz respeito ao descrédito pedagógico da ludicidade, ou ainda, na tentativa de vencer as exigências de uma sociedade capitalista que exige da criança produtividade acadêmica, venha ser a presença da ludicidade no planejamento docente, pois, na visão do professor, este documento registra as oportunidades de aprendizagem dos seus alunos. É preciso ter cuidados com exageros, uma escola não vive só de jogos e brincadeiras, mas é perfeitamente compatível o desenvolvimento das atividades pedagógicas no contexto escolar buscando principalmente a superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos que não conseguem ter um bom desempenho.

As atividades lúdicas – jogos e brincadeiras despertam para uma forma diferencial de ensinar e aprender, que valoriza o prazer do ato e a importância da consideração do sujeito que é direcionado a atingir um fim, no caso a criança. Convém que os educadores atentem para o fato de que descaracterizar a importância pedagógica do ato de brincar é negar a própria criança, e talvez violentá-la naquilo que tem de mais precioso.

As crianças brincam com muita intensidade muitas vezes sem atenção adequada da escola, brincando quando não estão em “aula”, ou quando o brinquedo e utilizado na sala de aula sem intenção educativa, apenas para passar tempo, contudo é preciso aproveitar seu próprio conhecimento, suas experiências de vida.

Na escola o jogo e/ou brincadeira devem ser incluídos num projeto maior com objetivos educacionais definidos previamente, tendo a consciência do que pretendido, nas competências e habilidades que estão sendo mobilizadas e que deverão ser desenvolvidas com aquela pratica, alternando os aspectos trabalhados que são múltiplos: coordenação motora fina, raciocínio lógico, habilidades motoras, habilidades de linguagens, enfim aquilo que é necessário para consolidação do processo ensino aprendizagem.

No decorrer de toda pesquisa, pude comprovar que estão além do embasamento teórico são concretamente realizáveis.

Compete a cada educador a responsabilidade de formar cidadãos críticos, conscientes e atuantes na sociedade contemporânea através da educação que nos oferece, humanizando uma sociedade que se esqueceu do homem, e vive num estresse psíquico constantemente atropelado pelo ter. Mas as propostas das atividades lúdicas em sala de aula pressupõem que a escola deve buscar humanização do ser, resgatando sua liberdade e independência, valorizando o que lhe é mais precioso, amenizando assim o sofrimento do processo ensino aprendizagem e legando aos alunos a alegria e o prazer de aprender.

REFERÊNCIAS

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MALUF, Angela Cristina Munhoz. Atividades Lúdicas para Educação Infantil: conceitos, orientações e práticas. 3. ed. Petrópolis, RJ : Vozes, 2012.

MONTAGNINI, Rosely Cardoso; CAVA Laura Celia Cabral; ANDRADE, Klésia Garcia. Ensino das Artes e musica. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

O conceito de gênero textual e seu uso em aula. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/conceito-genero-textual-seu-uso-aula-735561.shtml?page=1. Acesso: Dezembro de 2016.

RAIZER, Cassiana Magalhães. Organização e didática na Educação Infantil. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

STEINLE, Marlizete Cristina Bonafini; SUZUKI, Juliana Telles Farias. Educação da criança de 0 a 5 anos. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

TRISTÂO, Daniele Pedrosa Fioravante. Psicologia daEducação II. 1. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010.

Por Elane da Silva Matos Vilela - Graduanda em Pedagogia e Pós graduanda em Educação Infantil e Especial com ênfase em Alfabetização;
Luciana Mendes da Silva Santos - Graduada em Letras/Especialista em Gestão Escolar/Mestranda em Ensino-IFMT.


Publicado por: Luciana Mendes da Silva Santos

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