Educadores e inteligência artificial: a parceria do futuro na educação

Com o desenvolvimento das novas tecnologias, costumamos pensar no futuro e de que forma essa inovação diária está em nossa rotina e como tem revolucionado diversos setores. Quando olhamos para a educação, não é diferente. O papel dos educadores vem se transformando à medida que as ferramentas tecnológicas avançam e se integram ao ambiente do aprendizado. A inteligência artificial (IA) está chegando cada vez mais em salas de aula, seja em plataformas de estudo ou softwares que ajudam os alunos nas atividades. Seu uso ainda é motivo de debate sobre o destino de educadores e se isso seria o fim dos professores, quando na verdade a sinergia entre os profissionais e a tecnologia pode gerar oportunidades que enriquecem o ensino. 

A visão que podemos ter para o futuro da educação, pelo contrário, é uma parceria na qual a IA apoia e complementa o trabalho dos professores. Segundo pesquisa do Google em parceria com a Educa Insights, 3 em cada 10 estudantes brasileiros usam ferramentas com inteligência artificial para realizar suas atividades e 86% diz acreditar que a IA é eficaz ou muito eficaz para resolver questionamentos ou problemas. Essa aplicação da tecnologia, por exemplo, permite que os educadores concentrem suas aulas no desenvolvimento de habilidades, como pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas. A interação humana, a empatia e a capacidade de entender o outro ser humano sempre será insubstituível.

Um levantamento da Associação Nova Escola feito com mais de 20 mil professores aponta que 6% já ouviu falar em inteligência artificial e a utiliza em sala de aula, enquanto 23% já ouviu falar mas nunca a usou e 11% nunca ouviu falar. Somente 12% diz usá-la todos os dias. Isso mostra que existe uma parcela já representativa dos professores que tornaram essa visão uma realidade, e demonstra a importância de cada vez mais nossos educadores serem treinados para utilizar as tecnologias de IA de forma eficaz, tirando essa ideia de que ela seria uma vilã para a educação e aplicando-a em planejamentos de aula e otimização de tarefas.

Existem questões relevantes ao redor do uso de IA que ainda estão pouco maduras, como a garantia de uma interação que respeite os limites da ética e da privacidade, mas sabendo entender as suas limitações e como integrá-las melhor ao processo de ensino, caminharemos para um futuro mais próspero na educação, em que o tempo dos educadores é otimizado e sua gestão e planejamento mais assertivos. Veremos dados e relatórios mais precisos, contribuindo para uma gestão eficiente das escolas e para a identificação de possíveis lacunas de aprendizagem, que irão melhor direcionar os estudos do aluno para aumentar seu desempenho, alcançando os melhores resultados. 

Todo esse cenário que já vem se concretizando no Brasil e no mundo mostra que a substituição completa dos professores é improvável. As novas ferramentas devem e podem ser usadas como formas de apoio para a educação e seus profissionais, permitindo que os educadores se concentrem nos aspectos mais humanos e criativos do ensino, fundamentais para o aprendizado eficaz e o desempenho de habilidades sociais que nos permitam evoluir como sociedade. 

Referência

FernandaGetschko, diretora de produtos digitais do COC, plataforma de educação que impulsiona o ensino contemporâneo e inovador há mais de 60 anos, presente em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal.