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COMO DESENVOLVER AS HABILIDADES DOS ALUNOS COM TDHA PRATICAS PEDAGÓGICAS COESAS

Importância da orientação e da preparação dos profissionais da educação, principalmente professores, didática correta para trabalhar com o aluno portador do TDAH, assim podendo facilitar a convivência professor x aluno na sala de aula.

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RESUMO

Este artigo tem por objetivo refletir sobre o trabalho educacional a ser realizado com portadores do transtorno de déficit de atenção. Como professor sabemos que é importante entender o aluno em sua complexidade, buscando a melhor maneira de ensina-lo, pois cada aluno tem seu próprio tempo. Os alunos portadores de TDHA claro precisam de abordagens educacionais que vão de encontro com suas particularidades e para isso é preciso que professor, escola, família e claro o psicopedagogo possa realizar juntos um trabalho de adequações que permitam trabalhar e desenvolver suas habilidades. Então este artigo busca entender como realizar esse trabalho e encontrar maneiras de se ensinar

Palavras-chave: escola, professores, família, psicopedagogo, desenvolver habilidades.

INTRODUÇÃO

Infelizmente no cenário atual da educação existe uma grande preocupação que envolve os profissionais que trabalham dentro da escola, especialmente aqueles que estão presentes diariamente nas salas de aula. A grande defasagem no ensino aprendizagem é um fator grave e pode ser causada por vários fatores, dentre eles o Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH).

Existe um grande número de alunos nas salas de aula portadores do TDHA, por esse motivo, a escola está atenta a identificar sintomas compatíveis como os apresentados por esse transtorno. É muito importante que o aluno que possui sintomas compatíveis com o transtorno sejam diagnosticados, para que assim possa haver um cuidado neste processo de ensino, pois, infelizmente, muitos alunos que possuem o transtorno mas não tem o diagnostico acabam sendo vistos como mal educados e sem limites, e muitas vezes punidos por algo que eles não tem controle. O estudo desse transtorno tem despertado interesse de pesquisadores de múltiplas áreas do conhecimento humano: educação, medicina e psicologia. Com o mesmo interesse este trabalho foi desenvolvido: compreender o TDAH em todas as suas facetas.

Este trabalho tem por objetivo salientar a importância da orientação e da preparação dos profissionais da educação, principalmente professores, na compreensão do que é e de qual a didática correta para trabalhar com o aluno portador do TDAH, assim podendo facilitar a convivência professor x aluno na sala de aula.

O conceito do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade foi explorado e apresentado em uma linguagem clara e de fácil compreensão, por meio de um breve histórico da doença.

O presente também busca esclarecer a importância do psicopedagogo como um auxiliar na aprendizagem e no relacionamento social e afetuoso do portador de TDAH, o que não ocorre com facilidade, tão pouco sem a ajuda de um profissional.

Será o psicopedagogo quem dará as orientações para os professores, e junto a eles traçará estratégias pedagógicas que satisfaçam as necessidades do aluno hiperativo e também intervindo nos obstáculos de seu processo de aprendizagem.

Havendo diagnóstico confirmado sobre a presença de TDAH, dá-se então o início do tratamento pelo psicopedagogo, isso quando a família opta e compreende a necessidade de tratar os sintomas do transtorno.

A família também desempenha um papel muito importante na aprendizagem da criança, é nela que se encontram os primeiros ensinamentos. É preciso que os pais compreendam e aceitem quando identificada a presença de TDAH, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, assim como também é fundamental a presença da família na escola, dialogando com professores, coordenadores e psicopedagogos, trazendo e recebendo informações corriqueiras sobre o indivíduo e participando da vida da criança em todas as esferas, proporcionando segurança à ela, envolvimento afeto.

DESENVOLVIMENTO  

Entendendo o que é e quais os aspectos do TDHA

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, suas causas são genéticas, esse transtorno aparece na infância e acompanha o indivíduo pela vida toda. Suas características se dão por sintomas de desatenção, inquietação e muita impulsividade. As vezes este distúrbio também recebe outro nome: DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

O TDHA é tem reconhecimento oficial por vários países e também pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como por exemplo os Estados Unidos, os portadores de TDAH são protegidos por lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola. Infelizmente em alguns países isso não acontece, muitas vezes o aluno com TDHA é apenas taxado como mal educado, sem limites e por aí vai. Mas é preciso que o aluno portador de TDHA receba um atendimento diferente dos demais pois realmente o TDHA é uma doença, não existe nenhuma controvérsia sobre isso, pelo contrário, existe um Consenso Internacional publicado por vários médicos renomados médicos e também psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno.

O TDHA é um transtorno comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em grande parte dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Veja alguns sintomas do TDHA:

  • Desatenção

  • Hiperatividade

  • Impulsividade

Na infância em geral o TDHA está associado a dificuldades na escola e também no relacionamento com demais crianças, pais e professores. Como dito antes os alunos portadores de TDHA muitas vezes são vistos como mal-educados, sem limites avoadas, vivendo no mundo da lua, estabanadas (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.

Já nos adultos, ocorrem problemas como o de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, e também com a memória (são muito esquecidos). São inquietos, vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos. Possuem dificuldades em avaliar seu próprio comportamento e não percebem o quanto isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados egocêntricos e têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Ainda não se sabe com precisão o que causa o TDHA mas já existem inúmeros estudos em todo o mundo demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais ou ao modo como os pais educam os filhos ou  até mesmo resultado de conflitos psicológicos.

Os estudos científicos realmente apontam para que os portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

De acordo com os estudos, o que parece que está alterando esta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, que passam informação entre as células nervosas).
Existem algumas causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.

Hereditariedade: Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas são cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral.

Mas existe um porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo desatento ou hiperativo simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Então foi preciso comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Também existe outros tipos de estudos genéticos que foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nestes estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.

Nos estudos com gêmeos se comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos quanto a diferentes aspectos do TDAH.

Sabendo-se que os gêmeos univitelinos possuem 100% de semelhança genética, ao contrário dos gêmeos fraternos que possuem 50% de semelhança genética, se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação seria a participação de componentes genéticos, quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença.

Com os dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É muito importante salientar que no TDAH, como também na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, não se deve falar em determinação genética, e sim em predisposição ou influência genética. O Acontece que nestes transtornos a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene. Não existe provavelmente, ou não se acredita que exista, um único gene do TDAH. Além disto também podemos dizer que genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns deles podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros, eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais.

Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.

Qual o papel do professor frente a um aluno com TDHA

Quando tomamos a decisão de nos tornar professores, também tomamos junto a decisão de ensinar cada aluno com dedicação, procurando atende-lo em suas especificidades e buscando estratégias para que nenhum aluno em sala de aula seja deixado de lado. Por isso ser professor não é uma tarefa fácil, exige continuo estudo e dedicação, o professor deve estar em busca de constante aperfeiçoamento e entender as necessidades de cada um dos seus alunos, e isso claro, inclui também aqueles com necessidades especiais. O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade atinge a muitos alunos e então é importante que o professor se atente aos sintomas e consiga assim buscar o que é necessário para a aprendizagem daquele aluno.

Os professores precisam de conhecimento sobre as características desse transtorno. A Lei nº. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que apresentou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), enfatizou que o direito à educação é de todos, sem deixar de atender as especificidades de alunos com deficiência, incluindo o TDHA. A LDB  no capítulo III, artigo 4º deixou claro que é dever do Estado à educação escolar pública, completando no parágrafo III o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino”

Nesse contexto, o professor necessita observar e considerar os aspectos afetivos, cognitivos e sociais tendo como objetivo adequar a aprendizagem de forma a qual este aluno aprenda dentro das suas possibilidades, com práticas compatíveis a sua realidade e dentro do seu contexto social.

O bom desempenho escolar dos alunos com TDAH só vai existir se houver por parte do seu professor um entendimento do seu transtorno e de que ele precisa adotar práticas pedagógicas que atendam às suas necessidades. Ao perceber um aluno com TDAH o professor deve buscar encontrar possibilidades que leve ao sucesso deste indivíduo, diante do que é possível ser feito em sala de aula, ou seja,  os professores devem ter consciência de que uma boa prática em sala de aula irá fazer diferença para os alunos com TDAH. Claro que o professor não deve estar sozinho nesta caminhada, ao identificar o problema de não aprendizagem ele deve encaminhar o aluno a um especialista, e é ai que a psicopedagogia torna-se necessária, pois carrega em sua composição conceitual, ideias ricas e necessárias a construção de espaços de intervenção, através da combinação de procedimentos com o objetivo de auxiliar o paciente a superar suas dificuldades escolares, identificando as perturbações existentes em seu processo de aprendizagem para promover a continuidade do desenvolvimento cognitivo, partindo de suas condições e habilidades e superando do modo mais eficiente suas fragilidades.

O importante papel do psicopedagogo.

O profissional pós graduado em psicopedagogia é um especialista da área de educação, que tem seu trabalho voltado para o processo de aprendizagem e de ensino.

Este profissional pode desenvolver seu trabalho em clinicas e também dentro das instituições de ensino. Seu atendimento na escola se desenvolve em um trabalho junto ao coordenador e ao professor, a fim de obter dados sobre a rotina escolar do aluno, seus comportamentos nas aulas, rendimentos e resultados. Pode realizar também orientação e formação continuada com os professores e com os alunos.

Os objetivos que este profissional busca é encontrar soluções para todos os aspectos que dificultam a aprendizagem, sejam eles biológicos ou influenciados pelo meio em que a criança vive. Segundo Neves:

A psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando em conta as realidades internas e externas da aprendizagem, tomadas em conjunto. E mais procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe esteio implícitos. (1991, p.12)

Com base em estudos teóricos é possível entender então que este profissional possui autonomia para intervir no processo de ensino - aprendizagem do aluno com dificuldades, e as intervenções podem ser de três maneiras: terapêutica, preventiva ou de inclusão escolar.

A intervenção do psicopedagogo dá-se no intuito de auxiliar o aluno a reconstruir suas habilidades, porém, se necessário há também acompanhamento pedagógico feito pelo professor.

Quando há identificação de dificuldade na aprendizagem, o psicopedagogo busca alternativas diferenciadas, evitando ou limitando a dificuldade causada por sintomas decorrentes da hiperatividade.

Os jogos são bem aceitos no trabalho do psicopedagogo com o aluno, principalmente aqueles que permitem o exercício sensório-motor: brincadeiras com bolinhas de gude e amarelinhas, como também os jogos de combinações intelectuais, como xadrez e quebra-cabeças.

Atividades de leitura podem despertar um prazer, onde vários recursos podem ser utilizados, como revistas, livros e sites que abordem assuntos do interesse da criança.

Desenvolvendo um elo com o professor, o psicopedagogo deve fazer suas intervenções buscando hipóteses para alcançar a atenção do aluno por um período cada vez maior.

O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade não é um problema de aprendizagem. A dificuldade de aprendizagem pode ser variada em problemas gerais de aprendizagem e transtorno específico de aprendizagem, o que não tem a ver com a inteligência do aluno. Problemas de aprendizagem se alojam no organismo do aluno aprendente, quando há atraso geral na aprendizagem, como lentidão para aprender, desinteresse, dificuldade de atenção e concentração, que afeta o rendimento global, atraso mental e alterações na psicomotricidade.

A dificuldade na aprendizagem não é diagnosticada em todos os portadores de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, porém o comportamento incansável sim. Segundo TOPAZEWSKI, “os pacientes que não apresentam dificuldades no aprendizado conseguem executar tarefas de modo rápido e eficiente, mas como terminam antes que os outros, ficam a atrapalhar o trabalho dos colegas por conta da hiperatividade” (1999, p.57).

Quando os vestígios de TDAH são percebidos na sala de aula, a professora deve registrar os comportamentos, casos estranhos ocorridos, entre outras curiosidades, por um período de seis meses para depois encaminhá-lo a um tratamento.

Ao lidar com alunos hiperativos, a professora deve dispor de uma didática diferenciada e estratégias para ajudar na melhoria do comportamento.

Crianças com TDAH devem sentar-se nas primeiras carteiras da sala, afastadas de portas e janelas, para evitar a distração com pessoas e movimentos.

A rotina da aula deve ser mantida e estar exposta em local visível, permitindo que o aluno organize seu pensamento. Crianças com TDAH têm dificuldade em se adaptarem a mudanças repentinas e inesperadas.

O movimento do hiperativo é essencial para que o mesmo extravase sua agitação. Esse aluno deve auxiliar a professora, buscando e levando materiais, prestando trabalhos extra sala.       

Consequentemente, ele poderá sair da classe quando estiver agitado e recuperar o autocontrole.

Os métodos de atividades devem ser diversificados e o lúdico é mais apreciado e prazeroso por alunos hiperativos, além de prender por um tempo maior a atenção desse aluno e controlar sua agitação.

É comum o desinteresse do aluno portador de TDAH em atividades realizadas somente utilizando lousa, giz, caderno e lápis, principalmente quando é preciso ficar horas sentado, ouvindo somente a professora falar. Esse tipo de atividade é o maior gerador do descontrole do hiperativo, pois a criança fica impaciente na cadeira, necessitando gastar suas energias, andar, falar, mexer-se.

O trabalho lúdico, desperta interesses e necessidades dos indivíduos com TDAH que apresentam dificuldade de se relacionar com outras crianças, pois durante essas brincadeiras ocorre a socialização entre as crianças da sala, favorecendo o ambiente participativo e construindo situações desafiadoras para o aluno com transtorno sem provocar sensação de timidez.  Rizzo diz “crianças hiperativas dão muito trabalho à professora, mas não aconselha combater a agitação, mas proporcionar atividades variadas que ocupem a criança o maior período de tempo possível dando a ela liberdade de escolhas e movimento” (1985, p. 307).

O trabalho do psicopedagogo junto a crianças com TDAH dentro da escola é de grande valia. Esse profissional auxilia no estímulo, previne as dificuldades de aprendizagem, possibilita meios dentro da escola para que o aluno consiga superar seus desafios e contribui para que os problemas anteriores ao seu ingresso na escola não agravem seu desenvolvimento.

Outros fatores também devem ser considerados, como a metodologia proposta pela escola, sua providência em auxiliar o aluno hiperativo e o elo com a família.

O diálogo com os pais deve ser mantido diariamente ou semanalmente. A família presente na escola desempenha papel fundamental no desenvolvimento educacional e social da criança. Em casa uma rotina precisa ser seguida, impondo horário para todas as atividades, sejam elas de banho, almoço, jantar e hora para dormir.

Para Mattos (2006), a criança e a família precisam ser ajudadas no sentido de desenvolverem novas atitudes diante do problema, de se relacionarem entre si de forma melhor, e de desenvolverem novas habilidades.

Esta combinação entre psicopedagogo e escola envolvidos e dispostos a criar situações que estimule e auxilie o aluno hiperativo, permitirão que o mesmo se sinta amparado para superar suas dificuldades comportamentais e de aprendizagem, consequentes do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Este artigo teve como objetivo conhecer as dificuldades de aprendizagem do aluno com TDAH e, conforme foi possível observar, são muitas as especificidades a serem consideradas no processo de ensino e aprendizagem para que este aluno portador do TDHA possa prosseguir na vida escolar. Foi importante ver que o trabalho do professor e do psicopedagogo devem caminhar juntos, para que elaborem estratégias de ensino que permitam o desenvolvimento da educação e das habilidades do aluno. Infelizmente quando o professor não esta preparado para receber um aluno especial, este é prejudicado e acaba ficando de lado, excluído do processo de ensino, por isso é importante que profissionais da educação tenham conhecimento sobre esse transtorno, para que assim identifiquem o aluno que possui os sintomas, encaminhando para um profissional que possa diagnosticar o transtorno e a partir daí a criança passa ater o acompanhamento do psicopedagogo que será mais uma ferramenta importante na vida deste aluno principalmente no que diz a sua educação escolar pois este profissional pode traçar junto ao professor as melhores estratégias de ensino que atendam a necessidade daquele aluno.

Nesse contexto, como já dito antes,  a formação do professor é fundamental, pois tendo conhecimentos aprofundados das especificidades do TDHA, ele pode elaborar estratégias de ensino que atendam às necessidades e possibilitem a interação do aluno com os colegas de sala de aula, pois, sabe-se que o conhecimento ocorre a partir das interações sociais, logo, se na escola os conhecimentos forem socializados de forma significativa, o aluno irá interagir e compreender o que lhe é ensinado, e claro também é importante que o professor conte com a intervenção do psicopedagogo, sendo que este profissional vem somar esforços na ajuda de traçar estratégias de ensino aprendizagem junto ao professor.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA     

Silva, Ana Beatriz B. Mentes inquietas: TDAH, desatenção, hiperatividade e impulsividade. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009

Benczik, Edyleine B. Peroni. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: atualização diagnóstico e terapêutica. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Goldstein, Sam; Goldstein Michael. Hiperatividade: como desenvolver a capacidade de atenção da criança. Tradução: Beatriz Celeste Marcondes. Campinas: Papirus, 2007.

Muszkat, Mauro; Miranda, Monica... [et al.]. Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. São Paulo: Cortez, 2017, p. 7.

Cornachini, Viviane. O que é TDAH? Tudo sobre transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. 2017. TDAH.net. Disponível em: Acesso em: jun./2020.

Vygotsky Lev S. A formação social da mente. 4º ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

Novaes, Maria H. Psicologia escolar. 9º ed. Petrópolis: Vozes, 1986. 


Publicado por: Lidiane leoni forini

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