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Os jogos, matemática e álgebra

A perspectiva do uso dos jogos no processo de ensino e aprendizagem, usando-o como facilitador no desenvolvimento dos alunos e dos conteúdos a serem estudados em sala de aula.

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RESUMO

Pesquisadores e autores como: Smole (2007) Kishimoto (2003) Macedo (2006) Brougere (1993) Fernandes (2012) Haydt(2001) Ribeiro (2009) e outros discutem as relações existentes entre os jogos lúdicos e o ensino de matemática em sala de aula. Esse artigo traz a perspectiva do uso dos jogos no processo de ensino e aprendizagem, usando-o como facilitador no desenvolvimento dos alunos e dos conteúdos a serem estudados em sala de aula. O trabalho traz uma abordagem relacionada ao ensino de álgebra e o quando é importante usar o jogo como intermeio nesse processo. Todos os tópicos do trabalho tem uma visão fundamentada no estudo de possibilidades do melhoramento da aprendizagem da matemática, isso dada com significado e prazer.

Palavra – chave: os jogos, aprendizagem, matemática e álgebra.

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho pretende discutir a relação existente entre o jogo e a sala de aula, identificando as possíveis implicações, acreditando que o vínculo é de fundamental importância no processo de ensino e aprendizagem. Serviu para conhecer as diferentes estratégias de como a ludicidade pode ser usado no âmbito escolar em se tratando de álgebra, como ele pode se tornar fator determinante de facilitação de uma aula prazerosa. A aprendizagem através dos jogos viabiliza que o educando adquira conhecimentos matemáticos por meio de um processo alternativo fora do livro didático e da lousa, incorporando ao mesmo, características lúdicas que além de permitir a socialização, as discussões de ideias de raciocínio, de estratégias tornam o aluno um ser ativo e critico. Ao tempo que joga o aluno improvisam jogadas, pensa antes de lançar mão de suas estratégias, o medo de errar existe para encorajar e desenvolver o raciocínio.

O estudo com o tema tem justificativa na importância que o mesmo tem como facilitador na aprendizagem matemática. A união dos jogos ao conteúdo pedagógico pretendido tornara o processo bem mais significativo e prazeroso. Para fazer do tema algo importante e fundamentada, fez-se o uso das contribuições teóricas de Piaget, Sessa, Melo, Kamii, entre outros que trabalham com o tema e o seu uso em sala de aula.

Na fundamentação teórica, busca-se enfatizar a importância do jogo como ferramenta de ensino/aprendizagem, onde as discussões estão voltadas em educação, jogos. O papel da escola e do professor para que o aluno passa adquirir os conhecimentos matemáticos, através de uma nova metodologia além de situar a importância do jogo no ensino especifico de álgebra com suas simbologias, enfatizando que a atividade lúdica pode também favorecer no desenvolvimento pessoal.

A metodologia desta pesquisa está embasada em teóricos que ao longo dos anos vem desenvolvendo os estudos com seus pós-cursores. Na perspectiva de uma aprendizagem mais completa e significativa, tendo como base as pesquisas. Nas análises dos resultados e nas considerações finais, o estudo busca analisar e relacionar as questões mais pertinentes com o uso dos jogos na sala de aula, e sua importante contribuição como facilitador.

INTRODUÇÃO

O tema a ser abordado nesse artigo tem como perspectiva o melhoramento do processo de ensino e aprendizagem do aluno, haja vista que dado o seu uso de forma significativa pode funcionar como facilitador no ensino de matemática, e específico o ensino de álgebra uma área abordada nesse conteúdo. No primeiro tópico, trabalha-se a fundamentação teórica com as abordagens voltadas ao uso dos jogos em sala de aula. Na segunda parte da metodologia, tem com a base, o caminho feito para a construção desse trabalho. Os resultados e discussões esta voltado ao entendimento do tema a relevância do estudo feito o que pode ainda ser melhorado, por fim as considerações finais que retoma o trato das questões com uma visão voltada ao reconhecimento do jogo como uma ferramenta no ensino da matemática.

LÚDICO JOGOS E EDUCAÇÃO

A educação é o princípio da preservação cultural cultivo de conhecimentos de diversos saberes e perpetuação de sentido existencial, que possibilita ao ser humano o desenvolvimento de consciência e de submissão a mesma, dado o tamanho de sua importância e necessidade, na manutenção ativa social, com diz Haydt (2001) a educação é a responsável pelo desenvolvimento das potencialidades individuais para a autora o termo é entendido como algo que é conduzido para fora que estimula “a libertação de forças latentes”. Na visão de Fernandes (2012), é na educação que decidimos o que fazer e que posicionamento tomar socialmente para o autor é ponte que surge a responsabilidade de assumirmos se amamos o mundo e busquemos salvá-lo da ruina visando a renovação da vida dos jovens.

O lúdico tem origem no latim LUDUS que significa brincar a princípio possa entender como opção metodológica que possa ser usadas em ambiente escolar. Ao longo da história em contextos diferenciados, os povos sempre estabeleceram uma relação com o lúdico, ora como algo natural do ser humano ora como instrumento de caráter educativo usado no desenvolvimento do individuo, segundo Neto (1992,p. 43), “se o ensino for lúdico e desafiador a aprendizagem prolonga-se fora da sala de aula, fora da escola, pelo cotidiano, ate as férias num crescendo muito mais rico do que algumas informações que o aluno decora por que vai cair na prova”.

O ser humano busca na ação a representação, imitação e a reflexão nas diversas formas de compreender e de expressar-se em seu contexto sócio/cultural e politico visando influenciar e transformar a realidade. O jogo é tido como ação estruturada e regrada com o conceito de ação humana cultural. Aparece ao longo da história como ação de movimento que ao mesmo tempo é atividade e também lúdica, prazerosa e livre. Segundo Kishimoto (2003), o jogo foi ligado a educação em Roma e Grécia Antiga, Segundo Platão a ideia de que a ideia de aprender brincando seria contraditório à repressão que se utilizava na educação de jovens e crianças. Para Aires (1981), os jogos ocupavam um lugar privilegiado na antiguidade. Durante o renascimento, o jogo passou a ser visto como possibilidade educacional e passou a ser incorporado ao cotidiano dos jovens preservando a tendência natural, situando assim o nascimento do jogo educativo.

O jogo segundo Broguera (1993) e Jacques Henreat (1989) define-se a partir da visão que é: o resultando de um sistema linguístico que funciona dentro de um contexto social; um sistema de regras e como objeto, cada concepção determina o sentido que é dado ao jogo, quando está dentro de algum contexto social ele é determinado a partir do valor que lhe é dado, construindo uma imagem que está relacionada com valores ou crença de cada grupo social. Quando o jogo é visto como um sistema privilegiado de regras o ser humano precisa segui-las buscando uma determinada lógica no desenvolvimento do mesmo. Quando o jogo é usado como objeto possibilita ao praticante vivenciar situações de interação, raciocínio e estratégias advindas do jogar.

O conceito inicial de jogo é algo complexo e variado de acordo com a visão individual ou grupal, os parâmetros definidos por uma sociedade pode estar diferenciados de outras para Khisimoto (2008) as variedades existentes de fenômenos que são considerados jogos torna-se muito complexos quando tentamos defini-las. A diferença que existe na definição entre o brinquedo e o jogo é que, quando há uma relação da criança com o brinquedo ela pode manipulá-lo sem um sistema de regras apenas como diversão. Desta forma o brinquedo tem a perspectiva de fornecer a criança a ideia de substituição dos objetos reais, que ainda não pode manipulá-lo. Quando o jogo é um sistema regrado fornece subsídio no desenvolvimento do individuo.

ESCOLA E COMO AMBIENTE LÚDICO

A utilização de jogos na escola é algo que vem de muito tempo conhecido pelo seu potencial para a aprendizagem nas mais diversas áreas do conhecimento. Quando ao trato da disciplina de matemática o jogo implica grande mudança no processo de ensino e a aprendizagem rompendo com modelos tradicionais, com conteúdos padronizados que tem o livro como o único recurso didático. Na escola, quando se trabalho com o jogo, auxilia o educando no desenvolvimento e na aquisição de novas habilidades como levantamento de hipótese, reflexão, argumentação e organização e analise, os quais estão ligados ou relacionados ao chamado raciocínio lógicos.  Para Smole (2007), o jogo é tido como metodologia ligando prazer em jogar com a missão de aprender. 

Na prática lúdica, o individuo conhece, descobre as novas possibilidades, e essas habilidades desenvolvem-se “por que ao jogar, os alunos têm a oportunidade de resolver problemas, investigar e descobrir a melhor jogada” para a autora o aluno tem a chance de refletir e analisar as regras do jogo, ligando assim as relações aos conceitos matemáticos.

O trabalho com os jogos nas aulas de matemática favorece o desenvolvimento da linguagem para Smole (2007), as diferentes aprendizagens e formas de raciocínio onde a interação durante o jogo seja fator fundamental no processo de socialização e no respeito a regras, onde cada um defenda seu ponto de vista , ou seja o aluno torna-se confiante em si mesmo.

O espaço educativo é formado a partir da interação em ambientes dentro ou fora da escola, com tudo a escola por ser um espaço de interação e socialização passa a ser um ambiente privilegiado no desenvolvimento do aluno, a escola deve oferecer subsídio e suporte pra que se possa desenvolver um conteúdo com uma metodologia voltada à significação e boa aprendizagem dos educandos. Embora em contexto amplo e não restrito a escola use os jogos apenas como passa tempo.

É preciso rever a metodologia e como se quer formar os alunos. O espaço escolar deve estar aberto a oferecer uma boa educação e o uso do jogo como facilitador para tais objetivos deve estra presente nos planos educacionais e formadores da escola. Para Smole (2007) o jogo é algo que o ser humano sente prazer em praticá-lo “todo jogo por natureza desafia encanta traz movimento, barulho e certa alegria”.  Os desafios proporcionados pelo jogo possibilitara uma aprendizagem mais significativa. Quando o aluno jogo “desenvolve o espírito construtivo, imaginação a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente”.

O processo lúdico esta dividido nos aspectos do brincar e do jogar, o primeiro é a garantia que haja em algum lugar social o convívio coletivo de pessoas que divide regras mutuas e a probabilidade de partilhas pontos de vistas e testar os limites corporais e intelectuais fazendo parte da consciência do homem.

No segundo aspecto, é a de que a escola não é substituta do seio familiar que nesse ambiente deve haver a ligação entre a aprendizagem e a parte lúdica. O educador precisa ter consciência que o jogo é um aspecto importante na aprendizagem e na resolução de problemas buscando atingir os objetivos pretendidos nos planos pedagógicos. O uso reflexivo dos jogos pelo educador é fundamental na condução escolar, sabendo-se que a sua eficiência dá-se a partir de sua junção do conteúdo com o mesmo visando uma aprendizagem significativa e prazerosa.

O jogo na atualidade é constituído de um processo natural onde o educando expressa sua personalidade sem inibições, durante a prática do jogo o aluno aprende e avalia de forma instantânea, validando os conhecimentos a partir de sua própria atividade.

A atividade lúdica regrada possibilita ao aluno a compreensão o respeito e valoriza a competitividade além de incentivar que se cumpram regras e condutas de convivência social.

O ENSINO E APRENDIZAGEM A PARTIR DOS JOGOS

A utilização dos jogos nas aulas de matemática é um instrumento que torna o conteúdo a ser estudado mais leve, possibilitando que haja entre o professor e o aluno um vínculo facilitador no ensino e na aprendizagem. O jogo pode ser o ponto de partida na construção do conhecimento serve de motivação no uso da inteligência e esforçam se na busca por superar obstáculos para Ribeiro citado por Martins (8 et. Al., nd, p. 1) a ligação entre o jogo e o ensino de matemática esta também vinculado a socialização para o autor

Para que a matemática seja um fator de interação social é preciso por parte dos docentes, aguçar no estudante o prazer em aprendê-la e praticá-la. As atividades com jogos aparecem como grandes aliadas na busca por esse prazer pois com o lúdico o professor não ensina mas ajuda o aluno encontrar por meio da criatividade da imaginação e da tomada de iniciativas, encontrar resultados desejados [...]” ( RIBEIRO, n. d., p 5)

 O uso dessa ferramenta pode ser a chave para o desenvolvimento de uma educação de qualidade, voltada ao rompimento de modelos tradicionais que tenha como única feramente o livro didático para Smole, Diniz e Candido (2007) (p 11) diz que “o trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejada e orientada auxilia no desenvolvimento de habilidades como observação, analise, levantamento de dados [...]”. Técnicas que o aluno assimilara ao seu cotidiano tornando mais significativa a sua aprendizagem. O uso da ludicidade nas aulas de matemática é componente pra um ambiente onde a autonomia dos discentes, favorecendo o raciocínio lógico e real do cotidiano das crianças e adolescentes. A interatividade advinda da prática lúdica pode proporcionar ao aluno algo simbólico, segundo Smole (2007) (p 7) “[...] acreditamos que nas discussões com seus pares o aluno pode desenvolver seu potencial de participação, cooperação, respeito mutuo e critico”. O jogo pode ser e por ser um espaço privilegiado para que haja a resolução de problemas relacionados a disciplina, além de ser algo que desperta a atenção praticamente de todos os alunos tornando a sua prática feliz e descontraída. Para Mendonça (citado por Ribeiro P. 3) ensinar e aprender matemática deve ser uma experiência feliz, embora nos objetivos definidos pelas disciplinas não inclua a felicidade, o trabalho só será bem-feito ou foi bem-feito quando nos resultados “alcançamos um grau de felicidade satisfatória”.

OS JOGOS E OS DESAFIOS NO ENSINO DE MATEMATICA

À prática educativa necessita de planejamento, estabelecimento de objetivos, com os possíveis resultados que se quer alcançar, diante da perspectiva educacional, proporcionada a partir dos jogos usados em sala de aula, é necessário que haja cuidado na condução desse trabalho. O primeiro ponto é o que utilizar? Qual jogo terá uma maior facilidade para desenvolver o conteúdo pretendido? No fim da resolução dessas questões as respostas devem estar voltadas ao desenvolvimento do aluno permitindo que o mesmo compreenda o conceito do jogo que ele possa desenvolver estratégias, conquistem determinadas habilidades, por tanto é fundamental a escolha correta do jogo com o que se quer trabalhar.

O planejamento é mais um desafio para se trabalhar com os jogos, é preciso saber qual sequencia didática? Com que série/ano pretende trabalhar? Quais tipos de exploração o jogo proporcionara ao aluno? É fundamental que esse planejamento dê-se da necessidade ou da situação-problema.

A partir desse ponto apresenta-se o jogo a turma, visando a aprendizagem desde a leitura das regras ate o desenvolvimento das habilidades raciocínio lógico. O jogo deve oferecer desafios para que o aluno faça suas experimentações e tentativas de jogadas. Buscando vencer obstáculos no jogo o educando tem uma maior vontade em aprender e descobrir novas jogadas estratégias o que torna o momento mais prazeroso e significativo.

A prática do jogo educativo é necessária de uma mediação, feita pelo educador que buscar desenvolver no aluno o interesse em participar e jogar, observando as jogadas e avaliando a maneira que cada um aprende. A organização da turma é fundamental no trabalho com jogos, verificando como serão formados os grupos? Quanto tempo vai durara o jogo? Determinar o tempo necessário para que a prática dê-se de forma prazerosa e educativa. É fundamental delimitar tempo e espaço para que o jogo tenha um vínculo direto com o ensinar e o aprender.

O cuidado com o planejamento é o que faz com que as ações exploratórias do jogo tenham sucesso para Smole (2007) quando o aluno o joga “constrói muitas relações cria jogadas, analisa possibilidades” essas ações exploratórias dão fundamentais no ato de jogar e ao mesmo tempo apresenta ao aluno, meios de aprendizagem. Os jogos são ferramentas necessárias porém é preciso significá-lo em sala de aula, cabe ao professor vencer estereótipos que o jogo é a penas passa tempo, ou que não contribui para a educação, o despreparo de muitos profissionais da educação torna as aulas de matemática muito mais cansativa e sem sentido, por não abrir mão de uma metodologia tradicional.

Faz-se necessário repensar a maneira de ensinar diariamente é preciso que exista um educador autocritico e que veja no jogo um facilitador, pois para Smole (2007) “a possibilidade de utilizar os jogos relaciona-se com a aprendizagem, com a própria construção do conhecimento matemático e, portanto, com a resolução de problemas” (p. 22).

O JOGO E A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

A utilização de jogos em espaço educativo este ligado a perspectiva da resolução de problemas não apenas em aspectos metodológicos que utiliza o jogo como facilitador da aprendizagem, mas também, ao que se quer ensinar, entendendo o que significa aprender. O planejamento dos passos e formas em que os jogos serão usando deve assegurar os conhecimentos mínimos necessários quando praticado.

A situação-problema é o ponto inicial para que se possa usar o jogo como facilitador em sala de aula a definição dos objetivos deve permear a prática lúdica evidenciando onde se pretende chegar com determinada metodologia, essa que tem como princípio estimular o domínio do conhecimento para que se possa usá-los de forma criativa na resolução de problemas, portanto a criação de uma relação positiva entre o jogo e aprendizagem, dá subsídio para o estudo de conteúdos propostos, tem também c a função de fornecer as bases para uma aprendizagem significativa e eficiente.

A perspectiva metodológica frente a resolução de problemas une a necessidade de aprendizagem com a possibilidade de ensinar, com características fundamentais no desenvolvimento do senso crítico e a criatividade, o trabalho a partir das situações problemas precisa de estratégias viabilizando a aprendizagem do aluno segundo Smolle (2007) é preciso ter “ materiais de ensino e diversificar as formas e organizações didáticas” para que a partir dessa construção metodológica/didática, possa criar um ambiente onde a (re)produção do saber sela elemento fundamental do desenvolvimento dos educandos.

A ÁLGEBRA E A HISTORIA

De acordo com os registros históricos a álgebra surgiu ao mesmo tempo em que, a escrita, para os historiadores os primeiros registros de textos relacionados à álgebra tenha sido de Papiro de Rhindi escritos por volta de 1650 a.C., sendo usados como formas simbólicas que representava ideias e acontecimentos. Diofante de Alexandria é considerado um dos primeiros a descobrir a utilidade da álgebra, embora tenha visto seus estudos não progredir nos anos de 325 e 409 d.C. por ter havido a queda do Império romano, e seu pensamento audaz em considerar que a escrita e os cálculos matemáticos fossem representados por símbolos.

Ao longo de muitos anos as questões entre matemática forma desenvolvidas durante o ano de 1540 ate 1603 período em que viveu o francês Viéte que tinha grades habilidades em decifrar os códigos algébricos, e por introduzi-los na matemática ganhou o título de pai da álgebra. Para Melo (2012, p. 02) “atualmente a notação da álgebra se deve a René Descartes que viveu de 1596 ate 1650 sendo um grande físico, matemático e filósofo francês adicionou na álgebra de Vieté o símbolo para a operação de multiplicação” Descartes deu à matemática a versão universal, usando a mesma simbologia. É no momento em que se usam os símbolos para representar o desconhecido é que se identifica o uso da álgebra.

ÁLGEBRAS E OS JOGOS

O jogo no espaço escolar é algo significativo para o ensino da matemática e para aprendizagem, o entusiasmo proporcionado pelo jogo torna possível que o aluno adquira novos conhecimentos e capacidades avaliando suas atitudes e revendo-as para Ribeiro (2009 p 39) ao propor uma atividade onde se busca ensinar álgebra o professor pode utilizar o lúdico “jogos que priorizam a aprendizagem matemática pela via do jogo, ou seja, muito mais do que exercitar ou fixar determinadas ideias, são por meio dos jogos que se aprende matemática”.

A inexistência de um caminho determinando onde o professor deve andar para o ensino de qualquer disciplina, torna possível a observação crítica do mesmo quanto aos diferentes contextos em que os alunos estão inseridos. Para o ensino de álgebra o jogo predispõe de vários fatores que torna o conteúdo mais completo ao tempo em que o aluno passa a conhecer o problema também tem a disposição soluções e caminhos que devem ser seguidas visando ao resultado final. Embasando o jogo como ferramenta na aprendizagem de álgebra o PCN (1998 p. 46) define que “os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permite que estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de estratégias de resolução e busca de soluções”.

Ao ensinar o conteúdo o professor deve assimilá-lo com o cotidiano do aluno, usando das mais diversas metodologias para chegar a um bom resultado, para tanto a atividade lúdica e os jogos quando aplicados com uma finalidade de ensino/aprendizagem é constituída de excelência, para Sessa (2009) “se considerarmos em conjunto o sistema professores e alunos, encontramos nos dias atuais uma forte tensão”.

Para os professores, de um lado, a álgebra representa a ferramenta matemática por excelência; poder-se-ia dizer que eles se formam numa matemática algebrizada. “Os alunos, de outro lado, veem a álgebra como fonte de infinita compreensão e de dificuldades operacionais insuperáveis” (SESSA2009, p. 06). Portanto a distância que existe entre o ensinar do professor e o aprender do aluno, pode ser diminuída com o auxílio dos jogos, tornando a aula mais prazerosa. Para Sessa (2009), a importância e a concepção que o professor dá ao jogo são fundamentais para seu uso, de forma a pensar que a álgebra está ligada a um conjunto de praticas que se constitui de problemas e conceitos, possuindo uma linguagem e leis que são específicos “problemas, objetos propriedades, linguagem simbólica [...], entram na tessitura do trabalho algébrico”. Os jogos e as atividades lúdicas constituem-se como facilitadores no ensino e na aprendizagem da matemática sendo ferramenta importante e fundamental para o estudo da álgebra, por ser representados a partir de elementos desafiadores a imaginação do aluno. No entanto, é preciso dar significado ao jogo determinando quais objetivos pretende alcançar principalmente na apropriação do conteúdo algébrico para Sessa (2009) “ a Inter relação entre a atividade modeladora da álgebra e o aprendizado de técnicas, bem como seu uso, constitui um ponto chave no domínio da álgebra”

METODOLOGIA

O trabalho teve uma condução totalmente teórica, com pesquisas em sites, livros, que embasaram todo o processo de construção desse artigo. Conversas informais com professores de matemática, com alunos, além de assistir aulas que utilizam os jogos na sua ministração também fizeram parte da criação desse trabalho. Durante todos os estudos pude perceber a importância e o interesse dos alunos com jogos no ambiente escolar.

RESULTADO E DISCUSSÃO

O trabalho tem a perspectiva de estudar as diferentes formas de aprender matemática. O livro didático constitui a base dos estudos não diferente com matemática, contudo na atualidade os alunos são seres ativos e precisam refletir diversas questões relacionadas com sua aprendizagem. Para isso, o uso da ludicidade na prática docente é entendido como algo atrativo e desenvolvedor, o que torna a aprendizagem mais fácil e prazerosa, o jogo é algo desafiador e quanto mais o aluno joga mais aprende.  O professor como mediador em sala de aula precisa estar pronto para lidar com jogos no ensino da mat4emayica, embora seja desafiador e possa surgir o medo de não dá certo, o educador deve se criticar diariamente buscando fazer um trabalho cada vez melhor.

O ensino de álgebra para muitos é algo desnecessário e desestimulante, no entanto usando o jogo como facilitador o aluno o aluno aprende ao mesmo tempo em que passa a gostar da mesma. O trabalho torna a visão ampla no que tange o ensino matemático. Foi uma aprendizagem formadora, com saberes e conhecimentos a prática do educador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades lúdicas têm recebido significativa importância, dado o seu potencial na condução do processo de ensino e aprendizagem, é certo que criança, jovens ou adultos tem interesse e o prazer de participar de uma atividade lúdica. Por tanto com a finalidade de desenvolver no ser humano as habilidades de compartilhamento, criticidade, estratégias, interação dentre várias outras é que o jogo passou a ser visto como ferramenta indispensável nas aulas de matemática embora as aulas tenham pouco interesse quando se trata de cálculos matemáticos, quando usado o jogo como facilitador, os educandos acabam por aprender de forma prazerosa e lúdica.

Ensinar torna-se um desafio cada vez maior, ligar os conteúdos ao cotidiano do aluno e ao mesmo tempo desperta-lhe o interesse em aprender tem sido uma tarefa difícil, no entanto com o uso de uma metodologia adequada e ferramenta facilitadoras torna o trabalho mais prazeroso e significativo. Como diz Paulo0 Freire “ensinar não é transferir conhecimentos mais criara possibilidades para que possam criar”, é nessa visão que o jogo é usado em sala de aula, onde os alunos desenvolvem seus conhecimentos e estratégias, fazendo a le4itura das jogadas.

A aprendizagem de qualquer conteúdo matemático torna-se mais significativo, por tanto o ensino de álgebra a partir do jogo faz com que o aluno se descubra como um ser capaz de aprender algo que ate então era impossível. Contudo é necessária uma boa significação do jogo ligando-o ao conteúdo a ser ensinado e os objetivos a ser alcançados. O jogo é em sua essência um facilitador no processo de aprendizagem.

REFERÊNCIA

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HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. São Paulo: Ática, 2001.

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RIBEIRO, Emerson da Silva. Concepções de professores em avaliação, Educação Matemática e Educação de Jovens e Adultos: buscando interfaces. 2007. 251f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências) – Instituto de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá.

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SESSA. Carmen. Iniciação ao estudo didático da álgebra: origens e perspectivas/Carmen Sessa: tradução Damian Kraus. – São Paulo: Edições SM, 2009.

 

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Joao Santos da Silva Junior
Graduado em Pedagogia pela Universidade Paulista. Atua como professor em Caldeirão Grande-BA.
Orientador(a): Prof. Mestre Jan Carlos Santana.


Publicado por: SILVA JÚNIOR, João Santos da.

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