O Ensino da Matemática através da Resolução de Problemas
Entenda acerca da Resolução dos Problemas como metodologia do Ensino de Matemática.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Sabendo-se que o ensino da matemática até o início do século xx dava-se por meio da repetição, memorização e treinamento e só em meados do século xx é que o ensino da mesma deu-se por compreensão. Começa-se a partir de então a falar em Resolução dos Problemas como metodologia. Eu Sandra Iara Lopes Gomes Patruni, professora de matemática do Ensino Fundamental e médio, preocupada com o ensino aprendizagem dos meus alunos e com o despreparo dos professores diante da aplicação de novas idéias com treinamentos de técnicas operatórias que enfatizam apenas os produtos e não os processos de resolução procuraram aprofundar-me no estudo do Ensino da matemática através da Resolução de Problemas. Polya que centra suas idéias no processo e estratégias utilizadas para resolver problemas. A resolução de problemas como foco da matemática escolar e como meio de aplicar a matemática ao mundo real. Além de Polya e Ludke recorri aos autores: D’ Ambrósio (1998), Dante (1995,1999), Pozo (1994), Pcn’s (1998) e ao Trabalho de conclusão de Curso de Márcio Fonseca (UNEMAT, Sinop, 2002). Todos estes foram de suma importância para a realização da minha pesquisa e conclusão da monografia que tive como título: “O Ensino da matemática através da Resolução de Problemas” (Sinop 2006), a qual me serviu como base para a produção deste trabalho. De acordo com os Pcns desde os anos 20, a Educação luta por mudanças curriculares, mas ainda não alcançou força suficiente para mudar algumas praticas docentes dos professores e com isto a matemática ainda é marcada pelo seu ensino através da formalização de conceitos e formas mecânicas. Para Polya (1995, p. 12), a Resolução de Problemas apresenta um conjunto de quatro fases: 1º Compreender o problema, 2º Elaborar um plano, 3º Executar um plano e 4º Fazer o retrospecto ou verificação: serve para despertar e corrigir possíveis enganos.
Trabalhar com a Resolução de Problemas exige do professor um maior preparo e dedicação, planejamentos elaborados de forma criteriosa para atender alunos pesquisadores e curiosos que buscam respostas apropriadas através de diferentes caminhos. Os alunos apresentam grandes dificuldades em relação à aprendizagem dos conteúdos em relação à aprendizagem dos conteúdos matemáticos que são oferecidos de forma abstrata e distante da realidade que os cercam.Tive como objetivo central em minha pesquisa e aplicação o uso da Resolução de Problemas como metodologia do ensino, onde as atividades não apareciam de forma pronta e acabada, mas alunos e professores construíram o conhecimento através da experimentação e interação na elaboração do saber capaz de transformar a realidade.Durante a realização do meu estágio e pesquisa,minha maior dificuldade foi em relação à falta de compreensão por parte dos alunos,diante da leitura das atividades propostas.Pois os mesmos decodificavam os símbolos e os códigos, mas não conseguiam entender o que dizia os enunciados.
Para que o aluno seja capaz de resolver situações problemas o enunciado da mesma deve ser claro, assim o mesmo será capaz de entender e identificar as partes principais da situação.Ensinar a resolver problemas é uma tarefa mais difícil do que ensinar conceitos, habilidades e algoritmos matemáticos. Não é um mecanismo direto de ensino, mas uma variedade de processos de pensamento que precisam ser cuidadosamente desenvolvidos pelo aluno com o apoio e incentivo do professor (DANTE, 1999, p.30).A partir do momento em que vivenciamos situações problemas que envolviam diferentes leituras e situações do cotidiano e seguimos passo a passo as etapas do método de Resolução de Problemas de Polya os alunos passaram a ler com mais atenção e os resultados foram visíveis, pois o professor passou-se de transmissor do conteúdo para colaborador do Ensino Aprendizagem. Diante de situações problemas do cotidiano os alunos saíram da abstração de conceitos para uma prática contextualizada e vivenciada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo, 2003
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC / SEF, 1998. 148 p. http://www.dm.ufscar.br/hp/hp591/hp591002/hp5910022/hp5910022.html.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática da Teoria à Prática. São Paulo. Apirus – 4ª Ed. – 1998.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. Ed. Ática; São Paulo, 1999.
FONSECA, Marcio. TCC (Trabalho Conclusão de Curso). UNEMAT-SINOP-MT. 2002.
LÜDKE, Menga. Pesquisa em Educação: Abordagens qualitativa, Menga Lüdke, Marli E.D.A. André – São Paulo: EPU, 1986.
PARRA, Cecília; SAIZ, Irmã. Didática da Matemática: reflexões psicopedagogicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) 1998.
POLYA, George. A Arte de Resolver Problemas. Rio de Janeiro. Interciência, 1995. 196p.
POZO, Juan Ignácio, et al . A solução de Problemas. São Paulo. Artes Médicas, 1994.
SMOLE, Kátia; STOCCO DINIZ, Maria Ignes. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001
Publicado por: Sandra Iara Lopes Gomes Patruni
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