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O foco narrativo segundo Ligia Chiappini Moraes Leite.

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O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Ligia Chiappini Moraes Leite
O foco narrativo;

Capítulo:
A tipologia de Norman Friedman 

     Ligia Chiappini  inicia o capitulo apresentando, no primeiro parágrafo,  as perguntas feitas por Norman Friedman em seu ensaio, na busca de uma "tipologia mais sistemática". Essas perguntas são dirigidas ao narrador: quem conta a história, de que ângulo, quais os
artifícios usados pelo narrador para contar o enredo, pensamentos? Sentimentos? Do autor ou da personagem? O narrador deixa o leitor próximo ou longe da história? Os dois?
       Chiappini, no segundo parágrafo, explica que para Friedman construir a sua tipologia do narrador, além de responder tais perguntas, baseia-se  em outros teóricos, como Lubbock.

       A autora ainda explica que a tipologia de Friedman é organizada do geral para o particular e que ele atenta para uma diferença entre narrativas modernas e tradicionais, a predominância de cenas nas modernas e  do sumario nas tradicionais.
       Todos esses dados apresentados são uma breve apresentação da Tipologia de Norman Friedman, agora a autora passa para as categorias apresentadas por Norman.
       A primeira categoria é: Autor onisciente intruso. Tal narrador coloca-se como bem desejar dentro da narrativa, pode narrar como se estivesse dentro da história, fora, na periferia, no centro ou mudando e adotando várias posições no decorrer da narrativa .
       A segunda categoria é o "Narrador onisciente neutro", que  difere do primeiro porque não dá instruções ou faz comentários, fala em 3a pessoa, descreve a personagem para o leitor e tende ao sumário utilizando-se da cena geralmente em momentos de dialogo e ação.

       Como terceira categoria nos é apresentado o "'Eu' como testemunha". Ele narra em primeira pessoa algo de que ele participa ou participou, podendo ser o protagonista ou uma personagem secundária. É o próprio testemunho de alguém, nesse sentido, a personagem narradora é limitada, pois não tem acesso ao pensamento das outras personagens, podendo somente supor algo, sem certeza alguma.
       A quarta categoria, "Narrador protagonista", tem aspectos da terceira, esse narrador também não é onisciente, não tem acesso ao pensamento e é limitado, pois narra somente suas percepções e pensamentos, podendo assim modificar a distancia entre leitor e história.

       A quinta categoria é apresentada como similar à anterior, trata-se de uma só personagem, os ângulos também são limitados, pois somente os sentimentos e pensamentos da personagem principal (o narrador) são apresentados.
       Quase chegando ao fim temos o modo dramático que elimina o narrador, os pensamentos das personagens, tudo é feito com breves anotações, como rubricas, o leitor é quem deve deduzir os sentimentos e significados a partir de ações e falas das personagens. O ângulo é fixo e a distancia entre leitor e história é pouca, pois o enredo se dá por sucessões de cenas

       Por último Chiappini apresenta "Câmera", que é o ponto Maximo de exclusão do autor, pois as cenas são transmitidas como flashes  da realidade. Ligia Chiappini acha o nome da categoria impróprio, pois para ela a câmera não é neutra, existe alguém que a manipula e seleciona  "ângulo", dominando assim o ponto de vista.
       Ligia termina o capitulo apresentando 3 recursos enumerados por Friedman a partir de Bowling : análise mental, monólogo interior e fluxo de consciência.A "análise mental" é o aprofundamento no intelecto da personagem, pensamentos, de maneira indireta. O monologo interior é muito mais profundo quando retrata os pensamentos da personagem, é um fluxo ininterrupto de  pensamentos, apresentando fragilidade no nexo lógico . Por fim, temos o fluxo de consciência, que é um fluxo ininterrupto de pensamentos das personagens ou do narrador, perdendo assim qualquer seqüência lógica.


Publicado por: Camila M.

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