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Câncer de Próstata - Comentário/Depoimento

O depoimento de um homem que tem câncer de próstata, comentário, os males do câncer,...

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Tenho 72 anos e, há quatro anos, tenho câncer de próstata. Faço o tratamento anti-hormonal.

A mulher reclama de que eu, agora, só escrevo sobre doenças. Mas, como um mineiro quando descobre um veio aurífero e tem que explorar até a última pepita ou um escritor que não consegue num só livro secar sua vertente literária, eu recorro a esta crônica para concluir uma trilogia sobre minhas doenças – sem perder o humor - que me seria mais cômodo não revelá-las – privando-me, até, de comentários maliciosos – mas que, mesmo constrangedoras para muitos, por amor à verdade, à realidade, e revolta ao engodo, ao sofisma e, ao que acho pior, à desumanidade, me faz abrir mão de minha intimidade e/ou reservas pessoais para levar a verdade aos meus leitores e, a muitos, a salvação. O silêncio me seria mais benéfico, mas não seria digno de mim. E a omissão não encontra guarida no meu temperamento, nem no meu espírito de justiça. Por isso, pesquisei e vou continuar pesquisando.

Gente, o câncer de próstata só é mortal por culpa do próprio homem, que vê o mal como o espectro da morte e/ou como o estigma da impotência. Por isso não faz o exame preventivo, nem o suficiente PSA.

Mas esta rejeição tem muito a ver com o espírito negativo que se criou contra a doença, inclusive como mortal, além da perda da virilidade.

Estou certo de que o cirurgião prostático tem enorme culpa, quando faz o diagnóstico e diz que a cirurgia é a única salvação para livrar da morte.

O médico diz isso porque, em parte, realmente desconhece a causa do mal – como eles mesmos confessam - já que na faculdade aprendem apenas a extirpar a próstata. Como lhe é mais conveniente, financeiramente, não lhe interessa descobrir se existe um tratamento menos invasivo ou, até, se existe uma maneira de evitar o mal.

Somente informam ao paciente que tirando a próstata estará curado – que não é verdade - mas não revelam que ficará a seqüela da impotência sexual, iludindo-o com o “consenso médico prostático” de uma fictícia porcentagem de operados que recuperam a atividade sexual.

Eu pergunto, de que jeito?

Sem a próstata você não goza, não ejacula. Pode até ter ereção com o Viagra, mas vai ficar em cima da mulher, entrando e saindo a vida toda.

Assim mal informado e desesperado, o paciente aceita submeter-se à enganosa cirurgia.

“É responsabilidade do médico, informar ao paciente, os prós e os contras de cada opção de tratamento”. (Seleções, mar 2006,94).

E a melhor opção para o tratamento do câncer de próstata é o controle da atividade sexual. Câncer de próstata é sexo demais.

Um médico cirurgião pensa que o câncer é igual a qualquer outra doença. Acha que basta extrair o tumor. Se não melhorar é só aplicar a radioterapia. “Este pensamento simplista tem sido o responsável pelos primeiros erros” (Mente e Câncer, Masaharu Taniguchi, 147).

“Cada doente é um caso individual e pode reagir de forma surpreendente. Estado mental tem forte ligação com o funcionamento do organismo”. (Época, 18/01/07, 62)

Sendo assim, um paciente que teve a próstata retirada e vê depois que ficou impotente, deve se sentir frustrado, deprimido, iludido e revoltado, e o estado psíquico (psicológico) decorrente vai levá-lo à recidiva, à metástase, à morte, o que não aconteceria se a opção fosse pelo tratamento farmacológico.

A minha luta é para mostrar aos homens que a doença não é uma fera indomável. É simples evitá-la, é simples domá-la e é simples controlá-la, podendo morrer com ela e não dela.

“A simplicidade sempre foi uma característica não apenas da verdade, mas também da genialidade”. (Arthur Schopenhauer)

Mas o próprio homem se torna inacessível, introvertido, recusando-se a encarar o problema, a conhecer o mal. Pois é uma situação que vai de encontro ao seu ego, ao seu machismo. Ninguém quer procurar (ou encontrar) o câncer.

Eu mesmo senti isso junto aos parentes e aos amigos, quando tentei alertá-los sobre o mal.

Isolaram-me, tornando o assunto intocável, sem comentário.

O mesmo aconteceu com os médicos urologistas, com os órgãos da imprensa escrita e órgãos públicos e privados, criados para estudar e descobrir as causas do mal que, realmente, atormenta os homens e os deixa mais apreensivos quando se noticiam que pessoas populares, junto ao público, tiveram a vida ceifada pelo mal. Levados pela emoção, vêem o fato, exageradamente, como um verdadeiro flagelo.

O problema é que quando criam coragem para procurar um médico, para um exame preventivo, passam por desnecessários constrangimentos que os fazem arredios, só voltando quando o mal já está instalado.

Nesse mister, louvo a sinceridade do Dr. Mario Eisenberger, médico carioca radicado nos EEUU: “O problema é que esses pacientes serão submetidos a biópsias desnecessárias. Além disso, em mais da metade dos homens diagnosticados com tumor, o câncer não causaria nenhum tipo de sintoma. (...) Não haveria problemas com os excessos se o tratamento não tivesse efeitos adversos. No entanto, o tratamento radical como a retirada da próstata, tem um impacto grande na qualidade de vida do paciente”. (Veja 20 jun 07, pág. 109). Até aí, concordo com ele.

Não obtive nenhuma resposta da dezena de médicos e entidades, a que remeti o meu trabalho. Trabalho em vão.

Então você se vê num meio esdrúxulo. Os dois lados do problema se omitem: um lado, pelo machismo; o outro, pelo interesse financeiro.

Que não é o caso de vocês. Se estão aqui, é porque têm interesses no assunto.

Então, vou direto ao assunto.

Depois de 4 anos de pesquisa, posso dizer, com certeza, que a causa do câncer de próstata é a atividade sexual.

Vocês dirão, não acreditando: “É simples demais para ser verdade. Cientistas do mundo todo vêm, há anos, pesquisando o câncer e não descobrem nada, mesmo tendo milhões de dólares à disposição. E queres que a gente acredite na tua pesquisa?!”

Então, vamos às explicações.

O câncer de próstata tem início, tem meio e não tem fim.

O início é na puberdade, por causas que afetam a todos os homens:

“Durante a fase pré-puberal, a próstata permanece funcionalmente adormecida e de tamanho reduzido, correspondendo, mais ou menos, à polpa do dedo mínimo. Com a eclosão da puberdade, a próstata como que desperta, passando a crescer sob o estímulo dos hormônios gonadotróficos”. (Semiol. Médica, Porto, 4ª, 883).

Recorro, agora, ao Jornal da Comunidade, 30/06/07 a 06/07/07, caderno VIP (Viva Melhor):

O desenvolvimento do corpo do homem, durante a puberdade, acontece de forma desordenada, principalmente, no que se refere aos genitais.

“As mudanças corporais geram angústia, timidez, insegurança, baixa auto-estima e até agressividade”.

“O adolescente é um poço de dúvidas. São questionamentos quanto ao tamanho do pênis, sua forma, a quantidade de ereções matinais, sem contar o sofrimento, de muitos, em relação à produção, quantidade, eliminação e fertilidade do seu sêmen”. Diz o urologista Ricardo Felts de La Roca. (Jor. da Comunidade, citado).

São fatores mentais, que julgo, de poderem “liberar substâncias que têm poder irritativo e inflamatório nas paredes arteriais”. Peço emprestadas, ao Dr. Ricardo Felts de la Roca, as palavras entre aspas.

A Barsa também esclarece:

“É preciso levar em consideração os seguintes fatores: (1)...........................; (2) fator causal ou irritativo, que permite iniciar ou desencadear o câncer em tecidos predispostos”. (Enciclopéida Barsa, livro 4, pág. 33)

Assim, explicado, são fatores mentais que se manifestam no sistema cerebral hipotálamo-hipofisiário, principalmente na hipófise, glândula de secreção, situada na base do cérebro, e descem pela medula até os órgãos genitais, como estímulos nervosos. Também chamada de pituitária, esta “glândula secreta substâncias que são levadas pelo sangue aos órgãos em outras partes do corpo”. (Enciclop.Familiar da Medicina e Saúde, Barsa, Dr. M.Fishbein, lv.2, 423)

A hipófise libera os hormônios masculinos, folículo estimulante luteinizante, estimulando a produção da testosterona, que é o estimulante do câncer da próstata, nos testículos:

“Ela (a testosterona) é sintetizada pelos testículos, sob o controle de um hormônio hipofisário chamado LH (Luteisnising Hormon). A secreção dessa LH hipofisária é controlada, por sua vez, por um hormônio do hipotálamo, chamado LHRH”. (Próstata, Dr. Marc Zerbib, pág. 182).

“Uma relação possível entre a hipófise e o crescimento e os processos que conduzem ao câncer está sendo investigada. Observam-se casos em que o câncer da glândula prostática ou dos seios é controlado com a remoção da hipófise”. (Enciclop.Familiar da Medicina e Saúde, Barsa, Dr. Morri Fishbein, liv. 2, pág. 423).

Para concluir, transcrevo do Livro do Ano de 1971, Barsa, pág. 294:

“A maior mortalidade por câncer incide nos tumores que afetam os seios, o útero e a próstata. Câncer de pulmão e intestino não estão influenciados pelo sexo do portador. Têm sido feitas tentativas no sentido de limitar o crescimento de tumores malignos influenciados pelo sexo, por meio da retirada das glândulas sexuais e da hipófise e pela administração de hormônios do sexo oposto.”

O meio é a atividade sexual.

A testosterona é o mais importante dos hormônios sexuais masculinos (ou androgênios). “Ela é produzida nos testículos e jogada na corrente sangüínea, indo estimular o câncer prostático. (...) Estimula o aumento da libido (desejo sexual) e a qualidade e freqüência de orgasmos”. (...) A testosterona é essencial para que as ereções ocorram; (Panfleto da Schering, sobre DAEM).

Portanto, o câncer da próstata é inerente da atividade sexual e estimulado por ela. Quanto mais intensa a vida sexual, maior será o PSA. O compulsivo sexual, por exemplo, com certeza, é portador de um câncer agressivo.

Mas normalmente, o câncer de próstata é lento na maioria dos casos. Começa na puberdade, mas só se manifesta após os 40 anos, não havendo motivo para precipitação na opção do tratamento, levando-se em conta que, por diversos motivos, a atividade sexual declina na “fase da melhor idade”, com efeito benéfico sobre o PSA. Se não for compulsivo.

Assim, é só esta simples relação, entre compulsivo e não-compulsivo, que determina o grau do câncer. Relacionar a hereditariedade entre parentes de 1º, 2º e 3º graus é discurso maquiavélico. E a alta incidência do câncer nas populações negra e de homens mais jovens é, simplesmente, explicada pela atividade sexual: O negro transa muito mais do que o branco (Elementar!); e o jovem está começando a transar mais cedo, favorecido pela revolução sexual, com a liberalidade feminina dando vazão à natural compulsão por sexo masculina (Alguma dúvida?!).

Portanto, o controle da atividade sexual mantém sob controle o câncer.’

Nessa atividade meio, a próstata é a glândula hospedeira da corrente maligna originada na hipófise.

A glândula prostática, que só o homem possui, localiza-se na parte baixa do abdômen, abaixo da bexiga e adiante do reto, envolvendo a parte inicial da uretra – um tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada.

A próstata tem uma estrutura músculo-glandular e mede cerca de 4 cm no sentido transversal, tem 3cm de diâmetro vertical e mais ou menos 2cm de diâmetro antero-posterior. (...) No homem adulto, seu peso varia de 20 a 30 gramas (Semiologia Médica, Porto, pág. 884).

“A próstata é normal aumentar de tamanho com a idade, mas seu endurecimento está ligado à presença de câncer”. (Istoé, 29/10/03, 88).

No aumento você tem o tumor benigno, o adenoma (hipertrofia da próstata). No endurecimento, você tem o tumor maligno, o carcinoma ou câncer da próstata (Dr. Fragomeni).

Os sintomas são os mesmos: “compressão da uretra, ocasionando sintomas urinários, como jato fraco e interrompido, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, além de micções freqüentes”.

“A próstata humana é um órgão heterogêneo composto de uma região central e outra periférica, as quais são morfologicamente diferentes”. (www.infomed..)

Os tumores benignos acontecem na região central da próstata e os malignos na periferia (www.rhvida.com.br).

Isto significa que o tumor benigno dá problemas logo no início (está perto do canal da urina) e não se transforma em câncer e nem necessita de cirurgia de raspagem que, com certeza, vai deixar a impotência sexual e a incontinência urinária, e não o livra de futuro carcinoma. Mas o maligno, que no início é totalmente assintomático, só vai se manifestar mais tarde, quando chegar até a uretra ou já tiver se disseminado pelo corpo. (www.rhvida.com.br). Já há medicação para ambos os casos, em opção às cirurgias. “As duas doenças podem atacar a próstata ao mesmo tempo ou sucessivamente. (...) um adenoma nunca se degenera em câncer, mas pode (...) associar-se a ele”. (Próstata, Dr.Marc Zerbib, pág. 26 ).

“A maioria dos carcinomas prostáticos surge na região periférica subcapsular do lobo superior da próstata, uma região da glândula extremamente sensível às alterações no nível do androgênio. A queda dos níveis dos androgênios, numa fase avançada, encontra-se associada a alterações involutivas na parede externa da glândula; nesta região afetada por tais alterações regressivas é que surge o câncer”. (http://www.lincx.com.br).

“... o tumor se inicia na zona periférica para depois crescer e invadir as demais áreas da próstata. Pode permanecer confinado à glândula, mas também pode se expandir, afetando as regiões vizinhas (...) dos gânglios (sistema linfático) e dos ossos. São as metástases”. (www.hemocat.com.br/uploaad/Doenças%20da%20Próstata.doc).

“O Câncer da Próstata inicia-se como um nódulo microscópico na borda da glândula e tem um crescimento lento. Não existem sinais de sua presença na fase inicial, apenas em fases avançadas”. (Revista Nossa Brasília, nov 2003, pág. 48).

O diagnóstico mais antigo é dado através do exame de toque retal, onde são constados o crescimento e o endurecimento da próstata.

Outro exame, também necessário e, hoje, primeiramente solicitado, é através da amostra de sangue. É o PSA (Antígeno Prostático Específico), quando se detecta um aumento desta substância acima de seu valor normal, que é de 4,0 ng/mL.

O PSA é uma glicoproteína específica do tecido prostático, não sendo, portanto, produzida em outros órgãos, daí seus níveis dependerem da massa prostática existente, seja por crescimento benigno ou maligno (Semiologia Médica, Porto, 912).

Antígeno Prostático Específico (PSA), acima de 4,0 ng/mL, indica a possibilidade de nódulo maligno na próstata, comprovado - em rotina médica - por meio do constrangedor toque retal, da agressiva biópsia, do ameno ecograma, da onerosa tomografia computadorizada e da cintilografia óssea para tranqüilizar da inexistência de metástase.

“E o exame de sangue comumente usado para o câncer de próstata, o PSA, não consegue distinguir entre tumores agressivos e os que teriam crescimento lento ao longo dos anos, levando ao que pode ser considerado, na opinião de alguns especialistas, um tratamento excessivo”. (Seleções, fev 2006, 1000)

Eu considero o exame do PSA preciso. Para ser mais preciso o único necessário. Se o exame é preventivo e o PSA se mostrar abaixo de 4. Acima, para se saber se o câncer é agressivo, basta fazer o exame em períodos mais curtos (quinzenal, mensal, trimensal, etc.). Sabendo que a agressividade do câncer depende da atividade sexual do paciente, que se confirma numa anamnese sobre sua freqüência sexual..

“Em um processo chamado angiogênese, as células malignas secretam substâncias que promovem a formação de novos vasos sangüíneos. Esses vasos levam nutrientes ao tumor”.

“Células do tumor migram para outras partes do corpo. A viagem é feita pela circulação sangüínea e pelo sistema linfático. Essa fase é chamada metástase. As células geram novos tumores”. (Época, 18 jan 07, 63).

Se não há metástase, o tratamento mais praticado é a cirurgia radical, mutiladora, que raspa toda a próstata, supostamente eliminando o câncer, mas deixando, certo, seqüelas, como a impotência sexual, lesão dos nervos de ereção e a incontinência urinária. Não tem essa de porcentagem. Explico:

“A próstata é uma glândula sexual acessória (?), cuja principal função consiste em criar um meio de transporte líquido adequado para os espermatozóides”. (Semiologia Médica, Porto, 4ª Ed., 884)

E como ela faz isso? Eu li na Barsa:

“A próstata produz uma substância denominada “fluído prostático”, que é uma parte importante do sêmen, o material que transporta as células do esperma masculino para dentro da mulher durante o coito.

...................................................................................................................

O fluído prostático é produzido constantemente e sai através da urina. “Durante a excitação sexual aumenta o volume de sua produção e é descarregado dentro da uretra, passando para o exterior, juntamente com o sêmen no momento da ejaculação”. (Barsa, Enciclopédia Familiar da Medicina e Saúde).

O Dr. José Carlos Laydner, médico urologista (Revista Nossa Brasília, nov 2003, 48), diz mais sobre o fluído prostático: “Secreção de fundamental importância para a condução e nutrição do espermatozóide após a ejaculação”.

Sem a próstata, como você vai ejacular e gozar?

Como vai conter a urina?

O Dr. Marc Zerbib, em seu livro, Próstata, pág. 168, completa o estrago causado nos irmãos siameses do sexo (próstata e nervos de ereção) e no primo próximo (esfíncter estriado) pela “cirurgia da impotência”:

Nerve sparing é a técnica que teoricamente procura evitar que os nervos da ereção sejam lesionados. Na prática, no entanto, é impossível garantir ao paciente, durante a fase pré-operatória, que os nervos da ereção pooderão ser preservados”.

“Mesmo quando a cirurgia respeitar esses feixes, que correm pelos bordos laterais direito e esquerdo da próstata, para se juntar à raiz do pênis, não dá para saber com certeza se a ereção será preservada”.

“Esses nervos da ereção, microscópicos, não são visíveis durante a ressecção cirúrgica. Seu percurso é, aliás, variável, relativamente próximo da glândula prostática”.

“Existe também o risco de que a intervenção lese o esfíncter estriado da uretra, que garante a continência pós-operatória”.

E não tem fim porque o câncer de próstata não é curável na medicina.

“Um quinto superpoder que quase todo câncer desenvolve é a imortalidade”. (Ciência & Saúde, Ed. 03, 2007, www.sciam.com.br).

A cirurgia da próstata não cura. Ela apenas extirpa a glândula hospedeira do mal, mas não elimina a sua corrente maligna, que já poderia ter sido inibida antes, dispensando a cirurgia, e, agora, pode levar o mal para outro local se o fluxo não for contido. Assim, o operado, para sobreviver, se submeterá, agora, ao controle anti-hormonal.

Mas só sobreviverá se não se sentir iludido, frustrado, deprimido e revoltado. Já perdi vários amigos e tenho outros em reclusão.

E o tratamento, agora, será às cegas. Sem a próstata, não tem PSA. Sem controle, a recidiva já pode ser a metástase. O fim, próximo, é dolorosamente letal.

O Ecograma ou Ultra-sonografia é um exame muito importante para se ter um conhecimento prévio das alterações prostáticas e/ou para aquele paciente que optar pelo tratamento anti-hormonal. O exame vai dizer como se encontra a próstata, com suas dimensões alteradas, antes do tratamento e concluindo com diagnóstico ecográfico. Favorecendo um diagnóstico a partir do exame do PSA, isto é, com a Relação PSA Livre/Total: com suspeita de câncer para Relação inferior a 15%; e benigno para Relação superior a 25%.

“O adenocarcinoma é o tumor mais comum de próstata; é o tipo mais responsivo à terapia hormonal; tipicamente se desenvolve nas glândulas acianares, localizadas na zona periférica posterior”. (www.clinicando.hpg.ig.com.br/cancer).

O tratamento pode ser anti-hormonal e/ou controle da atividade sexual.

“O tratamento hormonal, ou melhor, anti-hormonal, se baseia na noção de que o câncer da próstata apresenta dependência hormonal. Essa noção, estabelecida em 1941, valeu o prêmio Nobel a Charles Breton Huggins”. (Próstata, M.Zerbib, 182).

“A dependência androgênica das células prostáticas explica por que se utiliza a terapia hormonal como tratamento de primeira linha”. (Idem, idem, 193).

“As células prostáticas, tanto as normais quanto as malignas, dependem dos andrógenos. Ou seja, a presença da testosterona no organismo ativa sua proliferação. Ao se bloquear a testosterona, isso impede que a célula prostática funcione e se divida.” (Idem, idem, idem).

O tratamento hormonal, ou anti-hormonal, com comprimidos, como a cirurgia e a radioterapia, também leva à impotência sexual, mas é reversível, e não erradica o câncer, mas favorece o seu controle. Ele é inibidor da atividade e da influência dos androgênios, como a testosterona, protegendo a próstata e desestimulando o tumor.

No meu caso, ajudou também a limpeza do sangue com a babosa.

“Um médico que pratica a medicina chinesa sugere a limpeza do sangue, pois o tumor seria resultante de impurezas sanguíneas”. (Mente e Câncer, Masaharu Taniguchi, pág. 147).

A babosa atua diretamente sobre os 150.000km de capilares (os mais finos vasos sangüíneos) estreitados do nosso organismo, possibilitando o retorno ao seu diâmetro normal e saudável.

Mas o câncer de próstata pode ser evitado. O exame do PSA periódico permite avaliar a eficácia do tratamento anti-hormonal, com comprimidos, com o nanômetro baixando a 0ng/ml, o que poderia ser feito, até, antes de se conviver com o mal, quando o PSA não estivesse, ainda, chegado a 4,0.

“Se essa dependência hormonal se mostrar excelente, o paciente terá um tratamento antiandrogênico eficaz e de longa duração”. (Próstata, M. Zerbib, 184).

A terapia anti-hormonal deverá ser praticada, mesmo com a prostatectomia radical, para continuar a inibir a ação da testosterona, que não cessa com a ablação da próstata, e para evitar a angiogênese e a metástase, “que é a formação de uma nova massa tumoral, à partir da primeira, levada para um local distante, desde a sua origem, pelos vasos sangüíneos ou linfáticos. (...) Os carcinomas da próstata migram para os ossos”. Completa o Dr. Luiz Carlos de Lima Fonseca (Revista Vida e Saúde, jun 2008, págs. 13 e 14).

Evita-se, assim, a recidiva, a quimioterapia e a radioterapia.

A terapia anti-hormonal deve ser, ainda, praticada com metástase, desde que os testículos – onde a testosterona é sintetizada, a partir do colesterol - estejam preservados. Nem nesse grau do câncer adianta a cirurgia da próstata. A inibição da ação androgênica favorece um tratamento radioterápico paliativo “para metástase óssea dolorosa, com objetivo de obter antalgia”. (Próstata, Dr. Mark Zerbib, 194).

“O câncer da próstata é pouco quimiossensível. As células cancerosas prostáticas respondem mal aos efeitos destruidores da quimioterapia, principalmente em razão de seu metabolismo interno, que se caracteriza por tempos de divisão celular muito longo e não sincronizados. (...) A quimioterapia só é indicada no estágio de escape hormonal, quando as células tumorais tiverem se tornado hormônio-resistentes”. (Idem, idem, 193).

“Algumas (teorias) sugerem que certos tipos de câncer poderiam ser evitados através de melhores exames, mudanças na dieta, e novas drogas – ou mesmo antigas, como a aspirina”. (Ciência& Saúde, ed. 03, 2007, www.sciam.com.br).

“A mulher (o homem) ao se deparar com o diagnóstico de câncer, não deve se desesperar. Deve manter a calma. Pesquisar, consultar estudiosos. Analisar com critérios a informação recebida. Saber a importância de colocar todos os recursos à sua disposição, nem que isso signifique valer-se de recursos que não apenas os tradicionais, cuja habilidade pode ser insuficiente”. (Câncer de Mama, Dr. Roberto César Leite e outros, pág. 222).

Concluindo: “Você pode morrer com o mal, mas não do mal!”; a cirurgia radical, mutiladora, não é a única opção de tratamento; o câncer da próstata pode ser evitado, sem causar impotência; gostaria que meus amigos e leitores, pelo menos, se livrassem do mal.

Espero morrer por outro infortúnio, mantendo a boa qualidade de vida, com a administração da atividade sexual. Sem compulsão, é claro!


Publicado por: Aluisio Lobato

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