Como ensinar inglês para crianças não alfabetizadas
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A fim de buscar subsídios para sua pesquisa, a Linguística Aplicada atua em vários ramos das Ciências Humanas. Atualmente, as pesquisas de ponta em Linguística Aplicada integram-se em áreas como a Antropologia, a Psicologia Social a Sociologia e Educação. De fato, o estudo da linguagem permeia as relações humanas, quer sociais, psicológicas, econômicas ou filosóficas. Nesses domínios, a Lingüística Aplicada interessa-se pelos estudos de Aquisição de Segunda Língua.
Atualmente, falar mais de um idioma é uma questão de sobrevivência, crescendo a procura de cursos de idiomas, e a aprendizagem da língua inglesa desde a infância têm se tornado comum.
As investigações relacionadas à aquisição de segunda língua estendem-se a campos de análises bastante variados. Segundo Ellis (1994:2), a aquisição de segunda língua é um fenômeno complexo e multifacetado podendo assumir diferentes aspectos nas variadas culturas. As variáveis afetivas contribuem para um dos aspectos que têm sido enfocados na aquisição de segunda língua nos ambientes pedagógicos.
Neste estudo a finalidade foi pesquisar a importância do ensino-aprendizagem da língua estrangeira voltado para crianças, em especial as não alfabetizadas tanto como instrumento social, e também para acesso a diferentes culturas.
O aprendizado de uma segunda língua desde cedo é bastante comum na maioria dos países. Atualmente, ser fluente em mais de um idioma é praticamente um critério de sobrevivência A língua está diretamente ligada à identidade e à cultura das pessoas. (VIEIRA, 2008, P. 34)
Nesta pesquisa as perguntas norteadas foram para saber quais as vantagens e desvantagens do ensino aprendizagem da língua inglesa para crianças não alfabetizadas? - Como a formação do professor influencia nesse processo?
Neste estudo buscou-se base para analisar a importância da língua inglesa para crianças ainda não alfabetizadas e verificar as abordagens de ensino para esses alunos. Incentivando o professor em sua prática profissional, ao relacionar suas práticas pedagógicas com seu comportamento.
DESENVOLVIMENTO
A motivação é uma energia interior importante no desenvolvimento do ser humano assim como na aprendizagem, o ato de se instruírem-se línguas ativas e não passivas. Não se trata de se refrear a um tratamento, mas sim de edificar uma capacidade. Onde não é o professor que doutrina nem o método que funciona; o aluno é quem aprende. Por isso, a motivação no aprendizado de línguas é um elemento chave. (SCHÜTZ, 2006).
Segundo Piletti (2004) a motivação é fator principal da aprendizagem. Podem acontecer de ter aprendizagem sem professor, livro, escola e amostra de outros recursos. Mas mesmo que tenha todos esses itens, pois não houver motivação não haverá aprendizagem.
Para Piletti (2004) é muito mais fácil providenciar um manual, transmitir a matéria, cobrar nas provas, dar notas, como geralmente se faz nas escolas. Procurar motivar os alunos sobre a matéria, a fim de que estudem de forma independente e criativa, é muito mais difícil. Mas, nesse caso, os resultados serão gratificantes a professores e alunos, pois, ao final do processo, todos se sentiram realizados.
È necessária uma reflexão para entender a conscientização da prática docente, por ainda existirem muitos profissionais que não se preocupam com uma educação contínua, não vendo a sala de aula como um local onde o professor analisa ações e conhecimento para aperfeiçoar o aprendizado. (SCHÖN, 2000)
De acordo com Cavalcanti (2009, p. 180):
Afinal, já paramos para refletir o que é formar um professor de línguas? Querem-se educação ou treinamento? Ou quem sabe adestramento? Os professores são vistos como recipientes passivos daquilo que lhes ditam os especialistas. Assume-se que o professor deve ser ‘treinado’ para se tornar um ser não pensante, não emancipado.
Na interação entre professor-aluno, o ensino deve ser contextualizado, sendo modificado sempre que possível para uma melhor interação. Reciclando o aprendizado sempre que possível a cada novo estudo, pois, o conhecimento é perecível. (LEFFA, 2001)
A interação no ensino de língua estrangeira para crianças reforça a necessidade de afetividade, motivação e auto-estima da criança, acerca da oralidade indica ainda que a língua materna seja um dos instrumentos de mediação no ensino-aprendizagem de outra língua. (ROCHA, 2009)
Segundo Chaguri (2004) quando se acredita que o ensino da língua inglesa para crianças deva ser lúdico devemos nos ater ao vocabulário, pois servirão de base para uma aprendizagem mais concreta devendo ser aprendido através de imagens, músicas, fantoches, representações, etc. O profissional em sua formação não só armazena e aplica conteúdos, pois o conhecimento está em constante mudança, por isso a importância de avaliar e atualizar seus conhecimentos.
Veja o que afirma Piletti (2004. p. 232 – 243) sobre motivação em sala de aula:
“(...) apesar de sua importância para a aprendizagem, à motivação nem sempre recebe a devida atenção do professor. É muito mais fácil providenciar um manual, transmitir a matéria, cobrar nas provas, dar notas, como geralmente se fez nas escolas. Procurar motivar os alunos a fim de que se interessem pela matéria, a fim de que estudem de forma independente e criativa, é muito mais difícil. Mas, nesse caso, os resultados serão muito gratificantes para professores e alunos, pois, ao final do processo, todos se sentirão realizados.”
É imprescindível que qualquer aula ministrada pelo professor tenha objetivos direcionados para atender as necessidades do educando para que o mesmo sinta- se motivado a aprender, e que essa motivação e interesse atravessem as paredes da sala de aula e, que continue no seu cotidiano. Se as metas propostas atenderem às expectativas do aluno, ele com certeza satisfarão suas necessidades de aprendizagem.
No entanto, na sala de aula, não é suficiente que os alunos participem de várias atividades dispersas, sem sentido. É necessário que essas atividades sejam orientadas para objetivos que satisfaçam necessidades individuais e, melhor do que garantir que o professor deva determinar o aluno, é dizer que ele deve proporcionar objetivos apropriados para a satisfação dos motivos.
Dificuldades no processo de aprendizagem:
“(...) a aprendizagem é gradual, isto é, vamos aprendendo pouco a pouco, durante toda a nossa vida”. Portanto, ela é um processo constante, contínuo. Cada indivíduo tem seu ritmo próprio de aprendizagem (ritmo biológico) que, aliado ao seu esquema próprio de ação, irá construir sua individualidade. (DROVEL, 1990)
Aprender alguma coisa, principalmente outra língua necessita de interesse, motivação, incentivo e também da capacidade e do ritmo de cada um, pois todo ser humano tem um ritmo nato, que é uma característica só sua. Não adianta o professor impor e cobrar um resultado quando este não condiz com o acompanhamento do aluno, isso deve ser respeitado e observado pelo educador. Forçar uma aprendizagem sem observar o ritmo dos alunos certamente levará ao fracasso escolar.
Na escola, deve o professor atentar para as fases do desenvolvimento do aluno, estando na posição de facilitador da aprendizagem e baseando seu trabalho no acatamento mútuo, na confiança e no afeto. Como afirma Rogers (1997,p. 53), devendo estabelecer em seus alunos uma relação de ajuda, atento para as maneiras de quem ajuda e para a percepção de quem é auxiliado.
As diferenças individuais levam alguns indivíduos a serem mais lentos na aprendizagem, enquanto outros são mais rápidos. A aprendizagem é, portanto, um processo pessoal, individual, o que leva a pensar que existe uma escala que mede o nível de aquisição de conhecimentos em cada sala de aula.
Os problemas de aprendizagem referem-se às situações difíceis enfrentadas pelo ser humano dito normal ou com algum tipo de desvio em aprender alguma coisa.
Não é raro ocorrer de um estudante frequentemente ser identificado como portador de problemas de aprendizagem quando este não consegue realizar o é esperado de uma programação de ensino. Seja porque ele fica atrelado a mecanismos que tenta reproduzir sem êxito, apesar de saber, até mais do que o professor está ensinando, falta-lhe meios para se expressar.
O que se encontra presentemente no ensino de inglês são fatores desmotivacionais como salas de aula lotadas, professores limitados, cobrança através de análises de avaliação que nada avaliam. Fatores desmotivacionais observados tanto na organização de escolas de ensino médio, onde a catequização de inglês parou no método de tradução e gramática do princípio do século, como nos cursos privados de línguas, que pararam no método audiolingüístico dos anos 60. Não apontando resultados imediatos e motivadores não permitindo ao aluno que adquira a proficiência desejada, gerando frustração destruindo a motivação.
Também o individuo que não se identifica com a língua estrangeira, normalmente por falta de maior informação, estará desmotivado a aprender a língua estrangeira.
Conclui-se então que, em vez de nos incomodar-mos em motivar nossos alunos, devíamos nos encorajar mais para que não desmotivem. Caso não despertar a motivação de forma natural para o exercício de línguas, pelo menos não destruí-la preservando para a oportunidade certa.
CONCLUSÃO
No presente estudo vimos que a leitura possui grande importância para o desenvolvimento da sociedade de um modo geral, pois nas sociedades modernas a importância dada ao conhecimento é grande e o mesmo - pelo menos o formal, aquele tido dentro da escola - se obtém através da leitura.
A exigência de uma segunda língua se faz necessária para que esse conhecimento possa ser usufruído, tendo o processo de globalização como o exigente da necessidade de uma pessoa ter que falar uma segunda língua para atuar plenamente no mercado de trabalho.
Nesse sentido, vimos que muitas vezes o conhecimento da língua é mais necessário no que concerne à especificidade da área de estudo e de trabalho do aluno. Desse modo, o ensino de uma segunda língua de modo instrumental se faz de extrema necessidade, principalmente no que concerne à língua inglesa.
Podemos concluir, então, que é expressiva a participação do ensino de língua instrumental, na metodologia de ensino de línguas estrangeiras modernamente. Entretanto, devemos observar que o profissional, para atuar nessa área, necessita de conhecimentos teóricos para que possa comunicar com segurança contribuindo para a aquisição de maior confiança, e autonomia da leitura. Muito da abordagem instrumental vem ocorrido nas instituições de ensino como inglês com finalidade acadêmica. Não podendo esse professor esquecer que deverá atuar como: pesquisador, elaborador de curso e avaliador. Alertando ao público que, ESP não está centrado na habilidade da leitura, mas dependendo da necessidade do aluno, pode fazer parte do planejamento desse profissional.
Concluindo que existem mais vantagens do que desvantagens sobre a aprendizagem da língua inglesa para crianças não alfabetizadas e que, o professor tem grande responsabilidade nesse processo. No estudo em questão foi observado que a maioria dos professores se submete a um treinamento para exercerem a prática, o que sugere uma maior dificuldade para o exercício da prática reflexiva.
REFERENCIAS
BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais –
Língua estrangeira. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL. p. 37
CAVALCANTI, M. C. Reflexões sobre a prática como fonte de temas para projetos de pesquisa para a formação de professores de LE. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P. (Org). O professor de língua estrangeira em formação. Campinas, Pontes. 2009. p. 179-184
CHAGURI, J. P. A Importância do ensino da língua inglesa nas séries iniciais do ensino fundamental. 2004
ELLIS, Rod. Study of Second Language Acquisition.Oxford: Oxford University Press, 1997. 147p.
ELLIS, Rod. The Study of Second Language Acquisition.Oxford: Oxford University Press, 1994. 147p
LEFFA, V. J. Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. 2001
PILETTI, Claudino. A motivação da aprendizagem. In: _____. Didática geral. 23. ed. São Paulo: Ática, 2004. p. 232 – 243
ROGERS, Calrs R “Tornar-se pessoa”. Trad. Manuel J. C. Ferreira, 5 ed. São Paulo: Martins Fontes,1997.
SCHUTZ & KANOMATA- English Made in Brazil. 2006
VIEIRA, C. Cultura em estéreo. Revista discutindo língua portuguesa, São Paulo, v.2, n.10, p.32-38. 2008.
Publicado por: Ricardo Santos David
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