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Manifesto Comunista - Uma Análise

Uma Análise sobre a obra de Marx e Engels.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

A obra de Marx e Engels para análise, objetiva a derrubada das classes dominantes e eleva a classe dominada, o proletariado. Faz uma crítica ao modo de produção capitalista bem como a sociedade estruturada através desse modo. A classe defendida por eles é o proletariado e a política social, suas reivindicações consiste em acabar com a eminente força capitalista que reprimia e fazia do proletariado um simples objeto de trabalho.

O enfoque social é muito empregado e maçante em sua obra até porque seria o seu objetivo principal, induz o proletariado a organizar a sua classe social, lutar por seus direitos e converter o quadro de organização política, econômica e social em uma forma mais igualitária e humanista.

Seguindo os conceitos básicos de Marx, em sua obra, junto com Engels, “Manifesto do Partido Comunista” podemos encontrar alguns conceitos por ele formulado:

Dialética da luta de classes

Neste item podemos afirmar que sua obra é inteiramente uma dialética, pois temos mudanças constantes na organização social criando-se teses, que viram antíteses se forma uma síntese criando-se novamente uma tese, essa dialética vai ser sempre constante. No meio social é possível encontrar várias transformações, ás vezes lentas, mas que estão sempre no sentido de modificar algo antigo em algo que está vigente na sociedade da época. Podemos pegar como exemplo a própria luta de classes entre proletariado e burguesia. No trecho a seguir isso é bem caracterizado.

“As demarcações e os antagonismos nacionais entre os povos desaparecem cada vez mais com o desenvolvimento da burguesia, com a liberdade do comércio e o mercado mundial, com a uniformidade da produção industrial e as condições de existência que lhe correspondem.

“A supremacia do proletariado fará com que tais demarcações e antagonismos desapareçam ainda mais depressa. A ação comum do proletariado, pelo menos nos países civilizados, é uma das primeiras condições para sua emancipação.”

“Na sociedade burguesa, o trabalho vivo é sempre um meio de aumentar o trabalho acumulado. Na sociedade comunista, o trabalho acumulado é sempre um meio de ampliar, enriquecer e melhorar cada vez mais a existência dos trabalhadores.”

Classes

Para Marx o conceito de classe é muito importante, segundo ele sempre vão existir duas classes com preceitos distintos, uma que é dominada e a outra dominante. Na obra como exemplo temos o proletariado lutando por seus direitos e a burguesia impondo suas condições. Nos trechos a seguir a descrição de cada classe é demonstrada.

Capitalista

“Ser capitalista significa ocupar não somente uma posição pessoal, mas também uma posição social na produção. O capital é um produto coletivo: só pode ser posto em movimento pelos esforços combinados de muitos membros da sociedade, e mesmo, em última instância, pelos esforços combinados de todos os membros da sociedade.”

Proletariado

“O preço médio que se paga pelo trabalho assalariado é o mínimo de salário, isto é, a soma dos meios de subsistência necessária para que o operário viva como operário. Por conseguinte, o que o operário obtém com o seu trabalho é o estritamente necessário para a mera conservação e reprodução de sua vida. Não queremos de nenhum modo abolir essa apropriação pessoal dos produtos do trabalho, indispensável à manutenção e à e produção da vida humana, pois essa apropriação não deixa nenhum lucro líquido que confira poder sobre o trabalho alheio. O que queremos é suprimir o caráter miserável desta, apropriação que faz com que o operário só viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante.”

“Na sociedade burguesa, o passado domina o presente; na sociedade comunista é o presente que domina o passado. Na sociedade burguesa, o capital é independente e pessoal, ao passo que o indivíduo que trabalha não tem nem independência nem personalidade. a abolição de semelhante estado de coisas que a burguesia verbera como a abolição da individualidade e da liberdade. E com razão. Porque se trata efetivamente de abolir a individualidade burguesa, a independência burguesa, a liberdade burguesa.”

Alienação

A alienação para Marx é o meio onde as pessoas produzem, mas não podem usufruir do fruto do seu trabalho assim viram “animais” novamente. Nesse sentido o trabalho não serve de nada para o conhecimento individual, a vontade fica imersa com suas necessidades.

“Mas, o trabalho do proletário, o trabalho assalariado cria propriedade para o proletário? De nenhum modo. Cria o capital, isto é, a propriedade que explora o trabalho assalariado e que só pode aumentar sob a condição de produzir novo trabalho assalariado, a fim de explorá-lo novamente. Em sua forma atual a propriedade se move entre os dois termos antagônicos: capital e trabalho.”

“O preço médio que se paga pelo trabalho assalariado é o mínimo de salário, isto é, a soma dos meios de subsistência necessária para que o operário viva como operário”. Por conseguinte, o que o operário obtém com o seu trabalho é o estritamente necessário para a mera conservação e reprodução de sua vida. Não queremos de nenhum modo abolir essa apropriação pessoal dos produtos do trabalho, indispensável à manutenção e à reprodução da vida humana, pois essa apropriação não deixa nenhum lucro líquido que

confira poder sobre o trabalho alheio.”

Mais-Valia

É o valor excedente gerado na mercadoria, o lucro, que é produzida pelo trabalhador e não é repassada ao mesmo e serve para acumulação do capitalista. Podemos afirmar assim que seria á diferença entre o valor produzido pelo trabalho e o salário pago ao trabalhador, que seria a base da exploração no sistema capitalista. No trecho seguinte podemos observar esta análise.

“O que queremos é suprimir o caráter miserável desta, apropriação que faz com que o operário só viva para aumentar o capital e só viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante”.

“Na sociedade burguesa, o trabalho vivo é sempre um meio de aumentar o trabalho acumulado.”

Ideologia

Pode ser entendida como uma conotação negativa, uma visão errada na idéia das pessoas para elas não enxergarem a verdade, ou seja, evita que as pessoas vejam que estão sendo exploradas, crenças ilusórias. No trecho a seguir pode-se constatar que o proletariado estava sendo iludido desde tempos antigos, mas que essas crenças ou leis impostas podiam ser modificadas pela classe dominante em detrimento de seus interesses sociais, econômicos e políticos.

“A falsa concepção interesseira que vos leva a erigir em leis eternas da natureza e da razão as relações sociais oriundas do vosso modo de produção e de propriedade - relações transitórias que surgem e desaparecem no curso da produção - a compartilhais com todas as classes dominantes já desaparecidas. O que admitis para a propriedade antiga, o que admitis para a propriedade feudal, já não vos atreveis a admitir para a propriedade burguesa.”

Consciência de Classe

A consciência de classe vai contra a ideologia é o momento em que os trabalhadores percebem que estão sendo explorados. Assim nos fragmentos retirados do texto temos que a revolução dos proletariados traria a renovação da organização social exprimindo a ordem mundial fazendo assim com que as velhas e oprimentes leis universais se deteriorem criando uma outra consciência coletiva melhor. Também podemos apontar no primeiro trecho que estaríamos frente de uma dialética na formação de conceitos dentro da sociedade.

“Quando se fala de idéias que revolucionam uma sociedade inteira, isto quer dizer que, no seio da velha sociedade, se formaram os elementos de uma nova sociedade e que a dissolução das velhas idéias marcha de par com a dissolução das antigas condições de vida.”

“Quando o mundo antigo declinava, as velhas religiões foram vencidas pela religião cristã; quando, no século XVIII, as idéias cristãs cederam lugar às idéias racionalistas, a sociedade feudal travava sua batalha decisiva contra a burguesia então revolucionária. As idéias de liberdade religiosa e de liberdade de consciência não fizeram mais que proclamar o império da livre concorrência no domínio do conhecimento.”

“O proletariado utilizará sua supremacia política para arrancar pouco a pouco todo capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção nas mãos do Estado, isto é, do proletariado organizado em classe dominante, e para aumentar, o mais rapidamente possível, o total das forças produtivas.”

“Uma vez desaparecidos os antagonismos de classe no curso do desenvolvimento e sendo concentrada toda a produção propriamente dita nas mãos dos indivíduos associados, o poder público perderá seu caráter político. O poder político é o poder organizado de uma classe para a opressão de outra. Se o proletariado, em sua luta contra a burguesia, se constitui forçosamente em classe, se converte por uma revolução em classe dominante e, como classe dominante, destrói violentamente as antigas relações de produção, destrói, justamente com essas relações de produção, as condições dos antagonismos entre as classes, destrói as classes em geral e, com isso, sua própria dominação como classe.”


Publicado por: Adriane Busatta Kielb

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