Whatsapp

Descobrindo o Paraguai

Análise sobre o Paraguai.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

O nome Paraguai, do tupi-guarani paraguá-i faz referência ao rio da região, cujo nome oficial é República do Paraguai, é um país localizado na América do Sul. Junto com a Bolívia é um dos dois países do continente que não tem saída para o mar. Faz fronteira com a Argentina, Bolívia e Brasil.

A partir de 1970, começou a imigração maciça de brasileiros para o Paraguai, se estima que existam 459.000 brasileiros no Paraguai, os dados de censos mais recentes, se referem a 98.000 brasileiros em situação legal e a imprensa vem trabalhando com uma cifra de 350.000 não regularizados.

Os brasiguaios são brasileiros (e seus descendentes) estabelecidos em território da República do Paraguai, em áreas fronteiriças com o Brasil, principalmente nas regiões chamadas Canindeyú e Alto Paraná, no sudeste do Paraguai.

O Paraguai é o segundo país onde mais vivem brasileiros no exterior, superando o Japão e ficando atrás apenas dos Estados Unidos. E quem diz isso são justamente brasileiros que vivem do outro lado da fronteira e que se sentem ofendidos com os estereótipos atribuídos ao país vizinho.

Com suas belas paisagens naturais, sua mistura de cultura europeia e indígena, suas duas línguas oficiais (espanhol e guarani) e sua arquitetura colonial, o país é um ótimo lugar para explorar a natureza, a história e a cultura da América Latina longe das multidões de turistas.

Assunção, capital do Paraguai é uma das cidades mais antigas da América do Sul e foi uma das principais cidades coloniais da Espanha. Foi a cidade mais importante da chamada Província Gigante de las Indias, uma região que se estendia desde o Amazonas até a Patagônia, considerada entre as capitais mais verdes da América e até do mundo. Assunção é famosa por seus prédios de origem colonial, seus espaçosos espaços públicos, seu povo receptivo e sua simplicidade. Mas com um pouco mais de exploração, você encontra uma cena de restaurantes internacionais, intensa vida noturna e ótimos lugares para ir às compras. Entre os pontos turísticos estão o Panteón de los Héroes, que guarda os restos dos heróis paraguaios, a Casa de La Independencia, que leva esse nome por ter sido ali onde o país se tornou o primeiro do continente a declarar independência em 1811, e o Museo del Barro, que reúne arte pré-colombiana e caricaturas de políticos contemporâneos.

A Catedral Metropolitana de Assunção situa-se em frente à Plaza Independencia, no centro da capital paraguaia.

O Centro Cultural da República é uma instituição cultural da cidade de Assunção. Está sediada num edifício histórico do século XIX que foi à sede do Cabildo da cidade.

La Calle Palma é uma avenida importante do centro de Assunção. No cruzamento com a Calle Chile, fica o Quilômetro Zero da capital, especificamente no eixo pórtico do Panteão Nacional dos Heróis.

A Avenida Costanera de Assunção inaugurada em 2012 revive um costume paraguaio esquecido durante séculos, segundo os responsáveis pela obra, a cidade já não dá as costas ao Rio Paraguai e agora os paraguaios e turistas podem olhar o emblemático rio de frente. Com a revitalização do local, a Avenida transformou-se em um espaço utilizado pelos paraguaios para caminhada e prática de outras atividades esportivas.

A HISTÓRIA DO PARAGUAI

A HISTÓRIA

Os índios guaranis habitavam o país, que hoje conhecemos como Paraguai, quando, em 1515, Juan Díaz de Solís descobriu aquela região, seguido, em 1525, pelo português Aleixo Garcia. Em 1537, os conquistadores espanhóis que buscavam ouro fundaram Nossa Senhora da Assunção. O Paraguai colonial e a Argentina foram governados conjuntamente até 1620, quando se converteram em dependências do vice-reinado do Peru.

No início de 1609, os jesuítas estabeleceram as missões jesuíticas, conhecidas como “reduções”. Gozando de uma autonomia quase completa, converteram-se no poder mais sólido da época colonial. Em 1767 foram expulsos, depois de incitarem uma rebelião contra a transferência do território a Portugal.

Em 1776, a Espanha criou o vice-reinado do Rio da Prata. O Paraguai proclamou a sua independência em 1811. José Gaspar Rodríguez de Francia se autoproclamou ditador e governou até 1840, mantendo o país isolado e a coberto das guerras civis que assolavam os países vizinhos.

Em 1844, o seu sobrinho, Carlos Antonio López, converteu-se em presidente e ditador. Sua política de desenvolvimento autônomo transformou o país mediterrâneo num dos mais desenvolvidos da época, o que foi conseguido enviando os melhores estudantes a cursar carreiras técnicas na Europa. Como consequência, o Paraguai foi o primeiro país sul-americano a construir uma estrada de ferro sem recorrer aos engenheiros ingleses, e a economia era tão próspera que a nação guarani não tinha dívidas. Com a sua morte, em 1962, López foi sucedido por seu filho Francisco Solano López.

A GUERRA DO PARAGUAI

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na América do Sul. Foi travada entre o Paraguai e a Tríplice Aliança, composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai. A guerra estendeu-se de dezembro de 1864 a março de 1870.

O conflito iniciou-se com o aprisionamento no porto de Assunção, em 11 de novembro de 1864, do barco a vapor brasileiro Marquês de Olinda, que transportava o presidente da província de Mato Grosso, Frederico Carneiro de Campos, que nunca chegou a Cuiabá, morrendo em uma prisão paraguaia.

O governo do Brasil rompeu relações com o Paraguai, e o conflito teve início. As perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em até 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome.

Centenas de milhares de civis e militares morreram na Guerra do Paraguai. Há divergências quanto ao número de vítimas, mas, segundo algumas estimativas, o Brasil cujos soldados representavam dois terços do exército aliado teria perdido 50 mil homens nas frentes de batalha. Na história da América Latina, não houve nenhum conflito armado em que lutaram e morreram tantos homens como na Guerra do Paraguai. O Brasil, a Argentina e o Uruguai perderam cerca de 120 mil soldados.

Os gastos com a guerra foram altos e prejudicaram a economia brasileira, aumentado a dívida externa e a dependência de países ricos; A Inglaterra aumentou a sua influência no continente, consequência dos empréstimos de dinheiro e apoio militar oferecidos aos países da Tríplice Aliança.

O objetivo do Paraguai era obter uma saída para o Oceano Atlântico. Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações europeias.

A Inglaterra tinha grandes interesses na Guerra do Paraguai, pois não queria que o Paraguai avançasse industrialmente e controlasse as exportações na América Latina, e a Inglaterra tinha medo pois, nesse momento era a potência industrial, abastecendo toda a Europa e América.

A GUERRA DO CHACO

A Guerra do Chaco foi um conflito armado entre a Bolívia e o Paraguai que se estendeu de 1932 a 1935. Originou-se pela disputa territorial da região do Chaco Boreal, tendo como uma das causas a descoberta de petróleo no sopé dos Andes. Foi a maior guerra na América do Sul do século XX.

A Guerra do Chaco é considerada mais um capítulo da luta da Bolívia para obter uma saída para o mar. Essa luta da Bolívia era (e é até hoje) uma grande causa nacional desde que os bolivianos foram derrotados com os peruanos na Guerra do Pacífico, travada contra o Chile. Essa derrota custou-lhes a saída para o Oceano Pacífico.

A atual região do Chaco paraguaio era conhecida na época como Gran Chaco ou Chaco Boreal. Era um território semiárido, bastante inóspito, pouco povoado e disputado por diversos países.      A disputa pela região entre bolivianos e paraguaios iniciou-se na década de 1850. Os bolivianos alegavam ter direito na região com base no período colonial mesmo argumento utilizado pelos paraguaios.

Logo após a Guerra do Paraguai, os argentinos tentaram estender seu domínio sobre a região, mas foram impedidos por Brasil e Estados Unidos, que agiram diplomaticamente para assegurar o domínio desse território aos paraguaios. Após a Bolívia perder sua saída para o Oceano Pacífico na guerra contra os chilenos, a disputa pelo Chaco Boreal foi reacendida.

A Guerra do Chaco resultou em um conflito que provocou a morte de 60 mil bolivianos e 30 mil paraguaios, tendo como resultado a derrota dos bolivianos, que mesmo possuindo um exército bem maior em número, perdeu seu território.

CURIOSIDADES SOBRE O PARAGUAI

O GUARANI

O guarani, língua falada pela maioria da população, e o espanhol são os idiomas oficiais, sendo que 95% da população é bilingue. O dialeto falado no país é o espanhol rioplatense. Há também dezenas de milhares de falantes puramente indígenas de dialetos guaranis no Paraguai.

O Paraguai é o único país das Américas onde a maior parte da população fala uma única língua nativa. O guarani é um idioma, originalmente uma língua indígena do sul da América do Sul, falada pelos povos da etnia tupi-guarani na Argentina, na Bolívia, no Brasil e no Paraguai (onde é a segunda língua oficial). Surgiu a partir do guarani antigo.

Nos últimos anos diversos grupos tentam reavivar o guarani no Paraguai, ele ainda é atrelado a um estigma social e possui um passado recente de repressão.

Visto como uma língua vulgar e inferior ao espanhol por parte da população, o guarani tem uma longa trajetória de repressão no Paraguai.

A grande maioria dos paraguaios que só falam guarani mora na zona rural. Não dominar o espanhol significa grande chance de exclusão social no Paraguai, com dificuldade de acesso às profissões mais valorizadas.

Em agosto de 1995, o guarani recebeu o status de "língua histórica" pelos países membros da comunidade econômica do Mercosul. Em janeiro de 2006, o guarani também recebeu o status de língua oficial do Mercosul.

Em 2011, uma norma, chamada Lei de Línguas, reconheceu definitivamente o guarani como língua oficial do Paraguai, ao lado do espanhol. Desde a Constituição de 1992, o Paraguai era reconhecido como um país bilíngue, certificando o caráter histórico e cultural do guarani, mas até a Lei de Línguas faltava uma legislação específica sobre o uso de cada idioma. Antes de 1992, o guarani tinha um status inferior ao espanhol.

A lei teve alguns frutos objetivos, como a criação da Academia da Língua Guarani e um sistema de ensino bilíngue. Outro fruto é a Secretaria de Políticas Linguísticas, órgão governamental responsável por políticas públicas na área. Desde 2014, a secretaria realiza nacionalmente a Semana da Língua Guarani, em agosto de cada ano. Em 2017, a secretaria lançou uma força-tarefa pelo país para ensinar o guarani a funcionários públicos.

A BANDEIRA E O BRASÃO PARAGUAIO

A bandeira do Paraguai é um retângulo composto por três faixas horizontais vermelha, branca e azul. Ao centro há um escudo no anverso e outro, diferente, no reverso. Suas cores seguem o modelo da bandeira da França, que simboliza fraternidade, igualdade e liberdade, exatamente o lema da Revolução Francesa.

As cores da bandeira do Paraguai foram influenciadas pela tricolor francesa, que se trata de um símbolo de libertação, o simbolismo das cores da bandeira paraguaia é muito rico e importante para a população paraguaia.

Embora tenha sido formulado durante as lutas da independência, em 1811, A bandeira nacional foi criada no dia 25 de novembro de 1842, pelo Congresso Geral Extraordinário do Parlamento do Paraguai.

As cores dessa bandeira fazem referência também, às cores dos uniformes dos soldados paraguaios que defenderam o Rio da Prata contra as invasões dos ingleses, no ano de 1806.

Os significados das cores da bandeira paraguaia são: vermelho – coragem, heroísmo, igualdade, justiça e patriotismo. Branco – firmeza, paz, pureza e união e o azul – amor, conhecimento, liberdade, tranquilidade e verdade.

Assim como a bandeira do Paraguai, o brasão paraguaio é o maior símbolo do país, possui dupla face, igualmente a bandeira do país, na parte da frente, existem dois ramos, sendo que o ramo da esquerda é de palmeira e o ramo da direita é de oliveira.

No centro do brasão, há uma estrela dourada que possui cinco pontas, dentro de uma esfera azul, a estrela representa o dia 14 de maio de 1811. Ao redor dos ramos, está a descrição "República del Paraguay", que é o nome oficial do país.

No verso do brasão existe um leão que faz referência a defesa da liberdade nacional, elevado por um bastão com um gorro frígio na ponta, trazendo descrito, o lema "Paz y Justicia".

A Estrela de Maio é uma lembrança à data que ocorreu a independência do país, no dia 14 de maio de 1811. Esse símbolo está diretamente ligado à Revolução de Maio, evento que marcou o início do processo de independência da Espanha e de vários outros países da América do Sul.

PONTOS TURÍSTICOS DE ASSUNÇÃO

A Muito Nobre e Leal Cidade de Nossa Senhora Santa Maria da Assunção (nome oficial da cidade) é o estabelecimento permanente mais antigo na bacia do Rio da Prata fundado por Juan de Salazar y Espinosa de los Monteros, natural de dita vila na Espanha. A fundação do forte que daria vida à cidade de Assunção se levou a cabo no território dos carios, uma das tribos guaranis que ocupavam a região. Durante a época colonial foi um importante centro de descanso e reaprovisionamento, para aqueles que chegavam ao Rio da Prata desde Europa, atraídos pelo ouro e a prata do Alto Peru.

Assunção é conhecida como a "Mãe das Cidades" porque, durante a conquista espanhola, partiram dela várias expedições com o objetivo de fundar outras cidades do cone sul-americano, entre elas Buenos Aires (na segunda vez, após a falida tentativa de 1536), Corrientes, Santa Fe, Concepción del Bermejo, Santa Cruz de la Sierra, Santiago de Jerez e Cidade Real.       

Assunção é a capital do Paraguai, delimitada pelo rio Paraguai. É conhecida pelo seu grande Palacio de los López, a sede do governo onde se situam os gabinetes do Presidente. Nas proximidades, o Panteão Nacional dos Heróis tem um mausoléu e placas que celebram figuras históricas do Paraguai.         O Museu Casa da Independência é marcado pela sua arquitetura colonial e possui artefatos que documentam a emancipação do regime espanhol.

A Catedral Metropolitana de Assunção é a sede da Arquidiocese de Assunção e localiza-se na cidade de mesmo nome, no Paraguai. O templo situa-se em frente à Plaza Independencia, no centro da capital paraguaia.

O Centro Cultural da República é uma instituição cultural da cidade de Assunção. Está sediada num edifício histórico do século XIX que foi à sede do Cabildo da cidade.

La Calle Palma é uma avenida importante do centro de Assunção com muitas lojas de eletrônicos e perfumes, vários restaurantes típicos e prédios icônicos da cidade, a rua pode ser vista em uma manhã ou uma tarde.

A Avenida Costanera de Assunção um espaço utilizado pelos paraguaios para caminhada e prática de outras atividades esportivas.

Na primeira metade do século XIX, o marechal Francisco Solano López recebeu de presente o prédio por parte de seu padrinho de batismo, Lázaro Rojas. Durante o governo presidencial de seu pai, dom Carlos Antonio López, o militar paraguaio viajou à Europa com a missão de contratar técnicos e profissionais para desenvolver obras para o progresso do país. Assim chegaram engenheiros e arquitetos, que iniciaram uma série de construções que transformaram a paisagem urbana da Assunção pós-colonial. Entre as edificações encomendadas figurava um palácio que seria residência do Marechal López. A planificação da obra ficou a cargo do engenheiro húngaro Francisco Wisner de Morgenstern e os trabalhos se iniciaram em 1857, sob a direção do arquiteto inglês Alonso Taylor.

Na base, empregaram-se rochas extraídas das pedreiras de Emboscada e Altos; as madeiras foram trazidas de bosques e oficinas de Yaguarón e Ñeembucú e os tijolos provieram das olarias públicas de Tacumbú. As peças de ferro fundido foram feitas na Fundição de Ybycuí.

Sob as ordens do arquiteto Taylor trabalharam também técnicos, escultores e artistas, que se encarregaram da construção e decoração do edifício. Seu principal assistente era o arquiteto italiano Alejandro Ravizza, e o engenheiro inglês Owen Mognihan teve a seu cargo esculpir as figuras necessárias para a ambientação palaciana. Fez artísticas estátuas em pedras vermelhas e brancas, tiradas das pedreiras de Emboscada e Altos para enfeitar os salões.

Em 25 de janeiro de 1864, chegou a Assunção o especialista italiano Andrés Antonini. Veio exclusivamente para desenhar e instalar a escada central de mármore, que dá acesso ao segundo piso. Colocou também móveis e confeccionou peças decorativas durante o transcorrer dos anos que duraram suas intervenções.

O artista francês Julio Mornet contou com a colaboração do pintor paraguaio Aurelio García na tarefa de pintar o teto com flores e figuras.

Feito no estilo neoclássico renascentista, o Palácio de López estava quase terminado em 1867. Apenas faltavam detalhes de acabamento para sua conclusão. A ornamentação incluía estatuetas de bronze e o mobiliário importado de Paris ao estilo francês em madeiras nobres, bronzes e mármores, além dos enfeites greco-romanos. Os espelhos com vidros chanfrados, os tapetes e as cortinas de veludo trazidos da França outorgavam ares europeus aos distintos ambientes do elegante edifício.

Desde sua inauguração em 1982, a obra de estilo neoclássico renascentista concentrou as atividades oficiais. O então general de brigada Francisco Solano López dispôs que seu escritório fosse acondicionado em uma das salas do andar térreo, do lado esquerdo. O teto do setor estava revestido de gesso e no centro sobressaía o escudo nacional com orlas douradas.

O início da Guerra da Tríplice Aliança fez com que o Marechal López abandonasse a capital e se instalasse no território de Ñeembucú, de onde comandava as operações de defesa. Não chegou a ocupar sua pomposa residência, que sofrei bombardeios prévios à tomada de Assunção por parte da esquadra brasileira. As tropas de ocupação a utilizaram como quartel e os corredores serviram de cavalariça, por uns sete anos.

Além dos danos sofridos pelos bombardeios, o Palácio foi objeto de saques. Todos os móveis trazidos da Europa, as estatuetas que enfeitavas os salões, os lustres, os espelhos, os tapetes e cortinas foram levados ao Brasil pelos oficiais e soldados do imperador dom Pedro II.

Ao terminar a guerra, em 1870, Assunção continuou em poder dos brasileiros, que se retiraram em 1876. Em junho do mesmo ano, o Palácio ficou livre e permaneceu em total estado de abandono, até que o Governo de Juan Gualberto González (1890-1894) se ocupou de sua recuperação, com o propósito de convertê-lo em sede do Governo nacional. A solidez da construção foi comprovada, pois nem a base, nem a estrutura acusaram mais danos do que havia ocasionado as balas dos canhões atacantes.

O Panteão Nacional dos Heróis e oratório de Virgem Nossa Senhora Santa Maria da Assunção, que está localizado entre as ruas Palma e Chile, no centro da capital do Paraguai, é uma obrigação para todos os turistas e delegações estrangeiras que chegam visita ao Paraguai e Assunção. É, ao mesmo tempo, uma joia arquitetônica de grande artístico, cultural e do património.

Em outubro de 1863, o então presidente Francisco Solano López ordenou a construção da capela da Virgem da Assunção, que foi projetado pelo arquiteto italiano Alejandro Ravizza, em colaboração com o construtor Giacomo Colombino. Mas, como resultado da Guerra da Tríplice Aliança, o edifício permaneceu inacabado e andaimes para mais de 70 anos. Só depois da Guerra do Chaco, em 1936, foi capaz de terminar e foi inaugurado em 12 de outubro do mesmo ano, para se tornar por decreto presidencial no Panteão Nacional dos Heróis.

O Panteão Nacional é o mausoléu do país, onde repousam os restos dos grandes heróis da história paraguaia, como Don Carlos Antonio López (1º presidente Constitucional), Mariscal Francisco Solano López, Mariscal José Félix Estigarribia (herói e vencedor da Guerra do Chaco contra a Bolívia) e sua esposa. Além disso, as crianças Mártires Acosta Ñu, dois soldados desconhecidos, entre outros.

Dentro do recinto do panteão criaram inúmeras placas honoríficas ilustres enviados pelos governantes estrangeiros, reis e príncipes. Parabéns e versos de agradecimento à Marinha paraguaia, Força Aérea, entre outros. Muitos se perguntam o que o significado da inscrição em latim, que está na frente do panteão, "Fides et Patria" significa: "Minha fé e meu país."

A casa que abriga o Museu da Independência foi construída em 1772 pelo espanhol Antônio Martínez Sáenz, casado com a paraguaia Petrona Caballero de Bazán.

Herdada por seus filhos Pedro Paulo e Sebastião Antônio, diversas circunstâncias a converteram em um local discreto e seguro para as reuniões secretas dos patriotas que aspiravam à independência.

Pedro Juan Caballero, o mais jovem dos integrantes da Revolução de Maio que tornou o Paraguai uma nação independente, era primo dos donos da casa, onde costumava se hospedar quando (vindo de Tobati, sua povoação natal, hoje cidade de Pedro Juan Caballero) estava na capital.

O Solar Martínez Sáenz, a antiga propriedade em condomínio dos irmãos Martínez Sáenz, continuou sendo propriedade particular até o ano de 1943, quando foi adquirido pelo Estado paraguaio; em 1961, foi declarado Monumento Histórico Nacional. O Paraguai declarou sua independência em 15 de maio de 1811 e o Museu da Independência foi inaugurado a 14 de maio de 1965, dia em que a determinação foi tomada.

A casa é feita de adobe, coberta de telhas sustentadas por armação de taquaras, não possui varanda à frente, mas tem o alpendre que caracteriza o partido que os estudiosos da arquitetura do Paraguai denominam culata jovai.

Assunção é sede de um bispado desde 1547, e já dessa época data sua primeira igreja catedral. Vários edifícios antecederam o atual, cuja construção iniciou-se em 1842, durante o governo do presidente Carlos Antonio López. No interior da catedral funciona um museu com objetos litúrgicos e arte sacra.

Desde suas origens, a igreja mencionada foi chamada La Encarnación, foi construída com madeira e barro em 1539, mas com o fogo Asunción, em 4 de fevereiro de 1543, a igreja e quase toda a cidade incendiada.

O governador da época, Alvar Núñez Cabeza de Vaca, ordenou a reconstrução da igreja, perto da ravina e mais larga que a anterior. O "Maior Igreja de Assunção", foi o primeiro construído na única cidade em toda a região de Plata, foi a sede do primeiro Catedral de Assunção, erigido em 10 de janeiro de 1548, sob a dedicação da Virgem em homenagem Virgem Assunção.

De acordo com o desejo do bispo de Casas de "torná-lo uma parte mais remota do rio", o novo edifício foi construído mais alto, no local onde hoje é a atual catedral. A mudança para a Catedral começou em 8 de fevereiro de 1687, cinco meses após a morte do Bispo Faustino de Casas. Foi inaugurado em 30 de novembro de 1689.      

Com a chegada dos cônsules Carlos Antonio López e Mariano Roque Alonso ao governo do Paraguai, decidiu-se demolir novamente a antiga construção da catedral, que nem sequer tinha uma torre sineira, para substituí-la por uma mais moderna e de acordo com sua função de Catedral principal do Paraguai.

O templo foi projetado pelo arquiteto militar Pascual Urdapilleta, que também trabalhou na reforma do Centro Cultural da República. Sua construção começou em maio de 1842 e Carlos Zucchi, Patricio Aquino e Tomás Berges a ajudaram. Em 27 de outubro como como 1845 a nova catedral foi consagrada ainda inacabado. Ela foi abençoada pelo vigário geral monsenhor Pedro José Moreno, pois, devido a uma doença, ele não pôde cumprir um compromisso tão importante, o bispo diocesano monsenhor Basilio López. Desde então, a catedral continua com arquitetura neoclássica construída no século XIX.

O Centro Cultural da República possui áreas de exposições permanentes dedicadas à história do cabildo (Museo del Cabildo), arte colonial, arte indígena, arte popular (Museo del Barro), música e cinema do Paraguai. Além disso o edifício é utilizado para exposições temporárias sobre diversos temas.

Assunção foi fundada em 1537 e sabe-se que em 1578 os membros do cabildo se reuniam num edifício próprio. Essa era uma precária construção que só foi terminada definitivamente em 1609. Localizava-se na Plaza Mayor da cidade, às margens da Baía de Assunção. No cabildo também funcionava a cadeia da cidade e em frente, na praça, erguia-se o rollo (pelourinho), onde eram açoitados criminosos. Em 1773, o cabildo adquiriu o relógio dos jesuítas, que haviam sido expulsos da cidade. Este foi colocado sobre uma torre construída junto ao cabildo com esse fim.

No início do século XIX todo o conjunto já estava em estado de ruína, de maneira que foi encomendada uma nova construção. As obras começaram em 1815 com planos de frei Andrés Rodríguez, que recebeu uma paga de 5 onças de ouro, a nome do convento franciscano da cidade. Durante as obras o ditador José Gaspar Rodríguez de Francia tomou várias medidas para garantir o suprimento de material, inclusive cobrando impostos extras da população.

O novo edifício foi aberto em 1822 com a inauguração do cabildo e do arquivo municipal. Porém, em 1824 o ditador Francia suprimiu o cabildo, que continuou funcionando apenas como administrador da justiça. Em 1840, ano da morte do ditador, o edifício do cabildo funcionava como armazém e depósito. A partir de então voltou a ter amplas funções administrativas. Em 1844, após a inauguração do Congresso Nacional, que havia antes se reunido no cabildo, o edifício foi convertido em Palácio do Governo pelo presidente Carlos Antonio López. Junto com a praça em frente e a Catedral de Assunção, o cabildo foi reformado interna e externamente, ganhando uma aparência neoclássica. No frontão triangular da fachada foi colocado o brasão nacional.

Em 1894, com a transferência da sede do Poder Executivo ao Palacio de los López, o edifício do cabildo foi convertido em sede do Poder Legislativo.

No ano de 2004 o Congresso Nacional passou a uma nova sede, levando à criação do Centro Cultural de la Republica no velho edifício.

A Calle Palma desde os tempos antigos tem sido a principal artéria comercial de Assunção e um ponto de encontro em frente ao Panteão.

Essa artéria central recebeu o nome, pelo Decreto de 1º de abril de 1849, de “calle de la Palma, a que sobe para a Fábrica de Balas”. Desde a antiguidade, a rua Palma tem sido a principal artéria comercial de Assunção, com seus supermercados clássicos, seus registros (lojas), seus farmacêuticos (farmácias) e os recantos desaparecidos com grossos pilares. Já no século atual, a rua Palma era pavimentada com pedras de pavimentação de madeira, na seção entre Alberdi e 14 de maio, que os asuncenos chamavam de "petit boulevard" e era o ponto de encontro da elite da capital. Vale lembrar que na esquina de Palma e Alberdi ficava a grande Livraria Quell y Carrón; meia quadra do "Spanish Center", de agradável lembrança. Na esquina de 14 de maio, fica o suntuoso prédio do antigo hotel "Hispano Americano", hoje "Colonial", construído por Benigno López, irmão do marechal, para sua residência. Na calçada norte, a chamada confeitaria “Pólo Norte”, atual livraria “Campo Vía” da família Alfonsi; a meio quarteirão de distância da casa bem abastecida “Rius y Jorba”, um local anteriormente ocupado pelo Banco Central do Paraguai, além do Exchange Exchange, depois do Banco del Paraguay. No presente, tudo mudou, mas é sempre agradável recordar os tempos passados, com um toque de nostalgia.

A Avenida José Assunção Flores (também conhecida como Avenida Costanera ou simplesmente Costanera de Assunção) é uma avenida inaugurada em dezembro de 2012. A construção da primeira etapa da Costanera começou em junho de 2010 pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações (MOPC). A Avenida é bidirecional em toda a sua extensão, com duas faixas de cada lado. Mas aos domingos e feriados, o tráfego é desativado na faixa que fica de frente para a baía, para que se torne pedestre.

DADOS GERAIS DO PARAGUAI

ÁREA: 406.752 km²

CAPITAL: Assunção

POPULAÇÃO: 7,75 milhões de habitantes (estimativa 2020)

MOEDA: guarani

NOME OFICIAL: República do Paraguai (República del Paraguay). 

NACIONALIDADE: paraguaia

DATA NACIONAL: 14 e 15 de maio (Independência); 25 de agosto (Dia da Constituição).

PRESIDENTE: Mario Abdo Benítez (desde 15 de agosto de 2018) do Partido Colorado.

LOCALIZAÇÃO: sul da América do Sul.

FUSO HORÁRIO:  - 1 hora em relação à Brasília (UTC-4).

CLIMA DO PARAGUAI: tropical seco (NO e NE), tropical (centro), subtropical (S).

CIDADES DO PARAGUAI (PRINCIPAIS): Assunção; Ciudad del Este, San Lorenzo, Lambare e Fernando de la Mora.

COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: eurameríndios 94%, ameríndios 3%, europeus ibéricos 3% (dados de 2013).

DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA:  17 departamentos e uma capital da República.

IDIOMAS: espanhol (oficial) e guarani.

RELIGIÃO: cristianismo 92,5% (católicos), outras 7,5% (ano de 2015).

DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 18,5 habitantes/km2 (estimativa 2020).

CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,7% ao ano (entre 2010 e 2015).

EXPECTATIVA DE VIDA AO NASCER: 74,3 anos (ano de 2016).

TAXA DE ANALFABETISMO: 5,9% (ano de 2017).

RENDA PER CAPITA:  US$ 5.800 (ano de 2019 - estimativa).

IDH: 0,724 (Pnud 2018) - índice de desenvolvimento humano alto.

Índice de Gini: 0,488 (ano de 2017)

PRINCIPAIS DADOS DA ECONOMIA PARAGUAIA:

Produtos Agrícolas: soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar e mandioca.

Pecuária: bovinos, suínos e aves.

Mineração: calcário, gipsita e petróleo.

Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica, gráfica e editorial, metalúrgica, produtos minerais não metálicos.

PIB (nominal): US$ 41,5 bilhões (ano de 2019 - estimativa)

Força de Trabalho: 3,62 milhões de trabalhadores (referência: ano de 2019)

RELAÇÕES EXTERIORES:

Banco Mundial, ONU, FMI, Grupo do Rio, OEA, Mercosul, OMC.

 

Fonte: https://www.suapesquisa.com/paises/paraguai/


Publicado por: Benigno Núñez Novo

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.