Aprendendo História Ponto a Ponto
A dificuldade do estudante no aprendizado da disciplina de História no ensino fundamental e a análise de quais recursos podem ser utilizados no ensino a partir da perspectiva de avaliação contínua por meio do projeto "Aprendendo História Ponto a Ponto".O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O presente artigo consiste o desenvolvimento de um projeto de intervenção pedagógica fundado em referências bibliográficas com o objetivo de desenvolver o aprendizado em História usando “avaliação continua” no auxilio da aprendizagem, catalisador essencial nas relações educador/educando. A partir de uma concepção dialética de educação em direção ao “sujeito participativo”, a avaliação deverá ter efeito prático, concreto e contínuo para que possa cumprir sua função de auxílio ao processo de ensino-aprendizagem, entendendo que para isso é preciso possuir critérios, valores, constituir relações e ordenações entre esses valores. A partir desta intervenção os alunos poderão vivenciar situações problema através das quais conseguirá estabelecer relação entre esses e a relevância do conhecimento histórico. O presente texto busca analisar está formas de participação do aluno no processo de aprendizagem.
Palavra chave: História; Avaliação; Aprendizagem.
ABSTRAC
The present article consists of the development of a project of pedagogical intervention based on bibliographical references with the objective of developing the learning in History using continuous assessment in the learning aid, essential catalyst in the relations teacher/Student. From a dialectical conception of education towards the "participatory subject", the evaluation should have a practical, concrete and continuous effect so that it can fulfill its function of helping the teaching-learning process, understanding that for this it is necessary to have criteria, values, constitute relationships and ordinations between these values. From this intervention students will be able to experience problem situations through which they will be able to establish a relationship between these and the relevance of historical knowledge. The present text seeks to analyze the forms of student participation in the learning process.
Keyword: History; Evaluation; Learning.
INTRODUÇÃO
Com a finalidade de identificar, refletir, proporcionar o realizar crítico, em torno dos obstáculos que vêm sendo disposto para a educação no mundo atual, este trabalho se propõe à análise dos valores construídos pelo educando ao longo de sua formação, Compreendendo que para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais é necessário dispor critérios, valores, estabelecer vínculos e ordenações entre outros valores, para que essas ligações sejam harmoniosas e solidárias entre educador- educando.
Procura-se observar a importância e a necessidade de que certos valores, talvez esquecidos ao se ensinar História, sejam resgatados. Martins afirma que “é inegável que o ambiente escolar tem um peso grande no processo de aprendizado” (2001. p. 08). Porém, não se aprende história só na escola, mas também através da cultura histórica presente nos discursos políticos, nos discursos religiosos, no cinema, na mídia, nos jornais, nos jogos eletrônicos, na literatura, entre outros (ARRAIS e OLIVEIRA, 2012). Alguns professores têm tido dificuldades em despertar em seus alunos o interesse pela disciplina. O resultado desta situação é o desinteresse total do educando, proporcionando aulas monótonas e pouco criativas.
A primórdio, o termo “avaliação”, nos parece uma idéia arcaica e superada para os dias atuais, ainda levando em conta que, “avaliar” nos passa a nítida impressão de julgamento, sendo assim, uma forma cruel para determinar o conhecimento adquirido. Partindo do pressuposto capitalista que rege todas as leis de competência-concorrência da nossa sociedade, todos almejam uma ser remunerados (ter uma recompensa por aquilo que foi ou está sendo reproduzido), seja na família, na escola, no trabalho ou na sociedade. O próprio sistema determina que a vida e feita de conquistas, sendo assim, para que isso ocorra ha uma longa e espinhosa caminhada a ser percorrida.
JUSTIFICATIVA
Em experiência recente estagiando na Escola Estadual Olinda Conceição Teixeira Bacha (Estágio Obrigatório I e II), pude vivenciar a falta de interesse dos alunos do 8º ano em aprender História, não por falta de criatividade do professor, posso dizer sem medo de errar, que foi um dos melhores que já presenciei atuando na regência de uma turma em sala. Fiquei surpreso com o baixo aproveitamento da turma, em meu primeiro dia de regência, enfrentei uma resistência muito grande por parte dos alunos em aprender História, ao ministrar o conteúdo. Logo vêm as perguntas; O que fazer para despertar o interesse da turma? Algo lhes prendesse a atenção e ao mesmo tempo motivassem o interesse pelo conteúdo. Confesso que sempre fui contra “avaliação” para medir conhecimento, e minha concepção não são números que determina o saber e sim uma troca de experiência, transferência de conhecimento respeito e amizade entre educador-educando. Diante do baixo aproveitamento na avaliação bimestral senti que precisava fazer algo imediato para recuperar as péssimas notas obtidas pelos alunos. Para o segundo dia preparei um questionário contendo oito questões relacionadas ao conteúdo do livro didáticas, em principio a idéia era apenas recuperar a nota perdida, mais para minha surpresa a avaliação com consulta elaborada com parte do comprimento de minha regência, despertou nos alunos um interesse muito grande pelo conteúdo, pude perceber o diálogo dos alunos com livro didático, uma atividade meramente recuperativa que passou a ser o grande vetor no ensino-aprendizagem. Anteriormente aqui citado, “entendendo que para isso é preciso possuir critérios e valores”, partindo dessa perspectiva irei sugerir a escola em questão usar o método de: “A avaliação continua como forma de ensino-aprendizagem em História”. Posso dizer isso com tranqüilidade, estou alicerçado por grande mestre da honorária instituição que usa os métodos aqui citado com muita eficiência no ensino acadêmico, pode-se dizer então, que, o conhecimento passado pelos mesmos norteou uma maneira não nova, porem, excepcional de ensinar História, podemos dizer de maneira bem simples: “Aprendendo História Ponto a Ponto”.
SITUAÇÃO PROBLEMA
A aprendizagem é um processo no qual o individuo apropria-se de conhecimentos, e assim desenvolve costumes, táticas e valores, ou seja, vai adquirindo durante sua vida muitas informações, que será ampliado através das vivencias interna ou externa no seu meio sócio-histórico (NUNES; SILVEIRA, 2009). O professor como conciliador do aprendizado escolar deve perceber a maneira como seus alunos constituem relações, dão sentido e organizam seus conhecimentos, ampliando assim sua prática pedagógica.
Dessa forma, quais questionamentos a trabalhar:
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Por que o desinteresse dos alunos em aprender História?
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De que forma o aprendizado em História terá significado para o aluno?
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Como intervir no processo ensino-aprendizagem?
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Que estratégia fará o aluno interessar pelo conteúdo histórico satisfatoriamente?
DURAÇÃO DO PROJETO
200 dias letivos.
PÚBLICO ALVO
Alunos do 6º ao 9º ano da Escola Estadual Olinda Conceição Teixeira Bacha.
OBJETIVO GERAL
Contribuir no processo ensino-aprendizagem em História através de avaliação continua.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Adquirir competência na leitura e escrita através dos conteúdos históricos;
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Despertar o senso critica;
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Reconhecer que a importância do aprendizado em Historia;
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Planejar atividades avaliativas continua, seja, através de questionários, resumos trabalhos específicos, sinopse, fichamento, resenhas, etc.
EMBASAMENTO TEÓRICO
Por anos o ensino de História no Brasil evidenciou a mecanização da aprendizagem, em outras palavras, o aprender estava intrinsicamente relacionado ao ato de decorar datas, nomes e os grandes feitos. Contudo, as novas correntes pedagógicas em união com as vertentes históricas que surgiram durante o século XIX e XX logo questionaram a visão da História Positivista, fazendo por conseqüência suas analises permearem dentro das salas de aula possibilitando nas últimas décadas um estudo histórico mais amplo e didático (SCHMIDT, 2004).
Segundo Schmidt (2004, p.54) “entender que o conhecimento histórico não é adquirido como um dom”, e sim muita dedicação, inovação e criatividade. Para Piaget, “o que é desejado é que o professor deixe de ser um expositor satisfeito em transmitir soluções prontas; o seu papel deveria ser aquele de um mentor, estimulando a iniciativa e a pesquisa” (PIAGET, 1973. p16).
O professor de História pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias; o saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançar os germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar o aluno a captar e a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor cabe ensinar o aluno a levantar problemas e a reintegrá-los num conjunto mais vasto de outros problemas em problemáticas. (SCHMIDT, 2004, p.57)
O professor tem que estar inovando o tempo todo, transformando sua sala de aula em um grande canteiro de obras, trocando por vezes livros por documentos que são acessíveis em e outros arquivos de acesso público, filmes, oficinas, musica, etc. Nessa perspectiva a história alia-se diretamente com a construção da cidadania relacionando-se ao conhecimento do outro como ser histórico permitindo compreender o enlaço social, a cultura, a construção moral e a realidade que estamos inseridos. Uma vez que, para compreendermos as necessidades de atualização na forma de transmissão de conteúdo sente-se a necessidade de ouvir e analisar a parte mais importante no processo de ensino aprendizagem - o aluno (LIBÂNEO, 2006).
PERCURSO METODOLÓGICO
Será utilizada a abordagem histórica-interacionista, permitindo que a aluno tenha oportunidade de construir sua aprendizagem com a intervenção proposta. Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o desenvolvimento do educando nos temas a ser trabalhado, respeitando suas características individuais e necessidades pessoais. A intervenção proposta não será como regra absoluta e serão valorizadas as diversas contribuições que os diferentes métodos de alfabetização oferecem.
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Através do resultado do diagnóstico das turmas foi definido um plano de trabalho com metas a serem desenvolvidas no dia-a-dia na sala de aula.
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O professore de História deve estar atento contextualização podendo trabalha reforço com aqueles alunos que apresentarem dificuldades.
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As atividades devem ser propostas em duplas, onde poderão discutir a suas idéias sendo assim mais cômodo para o professor mediar as duvidas.
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Estarão sendo desenvolvidas atividades diariamente na sala de aula com materiais concretos como: o livro didático, jornais, revistas, recortes temporais de texto impresso e outros
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Trabalhar vídeos curtos com imediatas resenhas ou sinopse que atenda o tempo de aula determinado para cada turma.
RECURSOS
Livros, cartazes, fotos, filmes, folders, gráficos, ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão, mapas, etc.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diária (dia aula), para que o professor possa vincular sua prática de acordo com as necessidades da turma. Serão observados os seguintes aspectos: atividade diária entregue mais uma avaliação bimestral essa podendo ser dispensada conforme aproveitamento da turma, participação, interesse, desempenho, engajamento e colaboração.
CONCLUSÃO
É notório que as reclamações escolares e dificuldades de aprendizagem na disciplina de História não estão diretamente relacionadas à indisciplina ou a baixo desempenho claro que isso também contribui nesse sentido concomitantemente, a família também é responsabilizada, pois segundo esses profissionais, a família não tem o comprometimento em relação à educação dos seus filhos. Outra agravante, essa em sala de aula; é a ociosidade do educando durante a aplicação do conteúdo, nesse caso os métodos utilizados pelo professor, o educador tem que se conscientizar que é extremamente necessário que se ocupe o tempo ocioso dos alunos com atividades direcionadas aos conteúdos. Assim esses professores não buscam observar que um dos principais problemas enfrentados no seu cotidiano em sala de aula pode ser a sua própria metodologia aplicada. Além disso, incorpora-se a idéia de que a História como disciplina recebe o estereótipo de ser uma disciplina meramente decorativa. Com relação a isso o professor em quanto agente de conversão social, deve apresentar meios para que seus alunos consigam sair dessa perspectiva reprodutora do conhecimento e assim procurem saber problematizar os conhecimentos da disciplina História.
REFRÊNCIAS
RÜSEN, Jörn. Razão histórica - Teoria da história: fundamentos da ciência histórica. Trad. Estevão de Rezende Martins. Brasília: UnB, 2001.
ARRAIS, Cristiano Alencar; OLIVEIRA, Eliezer Cardoso de. As funções da teoria da história na construção do livro didático de História Regional. In: SILVA, Maria da Conceição; MAGALHÃES, Sônia Maria de. O ensino de história: aprendizagens, políticas públicas e materiais didáticos. Editora da PUC Goiás, 2012.
NUNES, A. I. B. L; SILVEIRA, R.N: Aprendizagem: um conceito histórico e complexo. Psicologia da Aprendizagem: processos, teorias e contextos. Brasília: Liber Livro, 2009.
SCHMIDT, M. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In: BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 9.ed. São Paulo: Contexto, 2004.
Publicado por: WILMAR MARCIANO ORTIZ
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