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A Unificação Italiana

Breve análise sobre o processo de Unificação Italiana.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

A península itálica foi marcada, desde o fim do Império Romano até a segunda metade do século XIX, pela diversidade de povos e culturas que ocuparam a região (ostrogodos, lombardos, bizantinos, sarracenos, etc.) e, sobretudo, pela intensa fragmentação política. Durante boa parte do período medieval e moderno, existiram na Itália uma diversidade de cidades-Estado (Veneza, Nápoles, Gênova, etc.) predominantemente mercantis, manufatureiras e burguesas, ao mesmo tempo que reinos, ducados e condados essencialmente rurais, feudais e aristocráticos. Além disso, nessa península localizava-se a instituição mais importante do Ocidente, a Igreja Católica, que também possuía os seus territórios. Nesse sentido, durante muito tempo, a Itália existia somente como uma expressão geográfica, como afirmou o reacionário Metternich, e não como um estado unificado, muito menos como nação[1].

Isso começou a mudar na virada do século XVIII para o XIX quando ocorreu a invasão napoleônica na península. Boa parte do Norte foi anexado diretamente ao Império Francês, enquanto que no Sul foram estabelecidos estados satélites submissos à França, como o Reino de Nápoles, administrado pelo irmão de Napoleão Bonaparte. Essa ocupação foi muito marcante para a Itália, assim como para toda a Europa. Em primeiro lugar, porque boa parte das estruturas feudais foram abolidas, além disso os ideais da revolução vinculados ao liberalismo, republicanismo, nacionalismo e autogoverno espalharam-se por todo o continente. Com o fim do Império Napoleônico, o reacionário Congresso de Viena, em 1815, restaurava a ordem política anterior, mas as transformações econômicas, sociais e intelectuais produzidas nesse período já haviam se solidificado.

A Itália, durante 1815 e 1859, estava dividida basicamente da seguinte forma: ao Sul da península, existia o Reino das Duas Sicílias ou Reino de Nápoles, regido por um monarca da dinastia Bourbon; no Centro da península, existiam os Estados Papais, administrados pelo Sumo Pontífice, e, localizados no centro-norte, quatro pequenos ducados (Toscana, Parma, Lucca e Módena), governados por nobres da família Habsburgo; ao Norte, havia o Reino da Sardenha-Piemonte, mais a noroeste, independente e dominado pela casa Savóia, e o Reino de Vêneto e Lombardia, anexado diretamente pela Áustria, no nordeste.

Na imagem acima, a divisão geográfica da Itália em 1859, antes da unificação. As datas indicam o ano em que as regiões foram unificadas a Itália. OBS: O Reino de Cerdeña (Reino da Sardenha), na verdade denominava-se Reino do Piemonte e Sardenha, mas no mapa aparece somente o nome de uma das regiões. Fonte: 360 Meridianos, 2020[2].

A economia italiana durante esse período era marcada por uma dualidade muito evidente[3]. Enquanto o Norte da península possuía uma série de metrópoles em crescente industrialização (Turim, Gênova, Milão, Veneza, etc.) em diversos segmentos, sobretudo têxtil, metalúrgico e mecânico, e uma agricultura em desenvolvimento, um sistema bancário consolidado e um sistema ferroviário considerável que ligava as principais cidades, o Sul possuía uma economia ruralizada marcada pelo predomínio da grande propriedade, havia somente uma grande metrópole, Nápoles, voltada muito mais a atividade mercantil, e a industrialização ocorria de modo muito frágil quando comparado ao Norte. Como conseguinte, enquanto a estrutura social setentrional era muito semelhante ao restante da Europa Ocidental, com o desenvolvimento de uma classe industrial e do operariado, assim como de outros diversos segmentos das classes médias e da burguesia, a sociedade meridional era marcada pela existência de uma pequena classe de latifundiários, um numeroso campesinato e das velhas classes urbanas.

Durante a primeira metade do século XIX, a ideia da formação da unidade italiana havia ganho cada vez mais adeptos, sobretudo com a formação de algumas sociedades secretas, como a Carbonária, e de associações políticas, como a Giovane Italia. Mas, foi durante a Primavera dos Povos que houve a primeira tentativa mais consistente de intento. Em 1846, o papa Pio IX foi eleito e levou a cabo uma série de reformas liberais, inclusive a anistia a todos os combatentes nacionalistas, que contrastava com os interesses austríacos, o que deu nova esperança aos exilados.

A articulação entre a crise econômica de 1846–1848 (uma mistura entre as velhas crises de subsistência agrária e as novas crises de superprodução capitalista) e a crise política (devido ao problema das nacionalidades e ausência de instituições democráticas)[4], que marcou a Europa Ocidental, gerou a Primavera dos Povos, que também afetou a Itália. Em alguns estados, como na Sardenha-Piemonte e Toscana, concessões democráticas e constitucionais foram estabelecidas, enquanto que em outras regiões, como na Sicília, Veneza, Roma e Milão, houveram revoltas nacionalistas, como a formação da República Romana, em 1849. Contudo, essas revoltas foram facilmente esmagadas pela reação. Naquela altura, somente havia um estado realmente livre na Itália: o Piemonte dos Savóia. Mas, as suas classes dominantes — assim como a maioria das elites da península — negavam-se qualquer tipo de articulação com os movimentos nacionalistas e republicanos, considerados muito radicais.

Haviam três projetos políticos de unificação[5]. O primeiro, denominado de neoguelfismo, defendia a constituição de uma confederação em que o Sumo Pontífice exerceria o papel de presidente, esse projeto era apoiado pela Áustria. O segundo, que podemos denominar de republicano-democrático, aglutinava uma série de ideias republicanos, liberais, nacionalistas, populares e socialistas. Era marcado pela divergência e, ao mesmo tempo, pela união de ideias que vinculavam-se às esquerdas — o consenso entre eles era de que a nova Itália deveria ser republicana e democrática[6]. Sua base social articulava sobretudo as classes intermediárias e populares urbanas e rurais. Dois foram os seus principais líderes: Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi (que participaram da fundação da República Romana).

Giuseppe Mazzini (1805–1872), genovês, desiludido com a Carbonária, pela sua falta de precisão política, fundou o Giovane Italia, em 1832, em Marselha. Era um ardente defensor do republicanismo e do progresso, mas totalmente antipático ao socialismo. Atribuía a dominação austríaca e às monarquias as razões do atraso econômico italiano. Mazzini tornou-se famoso na Itália quando de sua tentativa frustrada de invadir Sabóia, em 1834, o que influenciou muitos nacionalistas republicanos e a outras revoltas. Karl Marx, numa famosa entrevista, classificou Mazzini como um representante das “velhas ideias de uma república de classe média”[7], e talvez estivesse certo. Mazzini era um adepto da propriedade privada e defensor extremo do republicanismo, recusando-se, até a sua morte, em 1872, a reconhecer um estado italiano unificado e monárquico.

Giuseppe Garibaldi (1807–1882), o famoso herói dos dois mundos ou, como o definiu Hobsbawm, o Fidel Castro frustrado do século XIX[8], foi o mais importante líder republicano e nacionalista desse período. Nascido em Nice (atualmente parte da França), no Norte, foi um importante combatente militar e marinheiro. Republicano e patriota convicto, antes mesmo de seu destaque na Itália, comandou batalhas durante a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, e no Uruguai. Teve contato com as ideias de Saint-Simon desde a juventude, declarando-se socialista. Garibaldi viveu sua vida entre combates e o exílio, tendo feito parte também da Carbonária e da Giovane Italia. Depois de Cavour, foi o personagem mais importante do risorgimento.

O terceiro, e o vencedor, foi o projeto piemontês. O Reino da Sardenha e Piemonte, localizado ao Norte da península, era regido pela dinastia Savóia que governava a região há séculos. O Piemonte era uma das regiões mais desenvolvidas da península itálica, sendo sua economia muito mais voltada aos reinos germânicos e a França do que ao restante da península[9]. O projeto de unificação piemontês começou a ganhar corpo com a nomeação, por parte do monarca Vítor Emanuel II, de Camillo Benso (1810–1861), o Conde de Cavour, como seu Ministro da Agricultura e Comércio, em 1850.

Nascido em Turim numa família conservadora da aristocracia, Cavour serviu ao exército na juventude e, depois, abriu mão de sua patente para viajar por toda Europa, tornando-se um especialista no desenvolvimento agrícola e comercial. Após vivenciar a Revolução de Julho, em 1830, tornou-se um adversário declarado do republicanismo e do socialismo. Era defensor do desenvolvimento econômico e dos princípios liberais, mas acreditava que não era necessário passar por convulsões políticas e sociais para alcançar isso. Após chegar ao poder, Cavour pôs em prática uma política de caráter liberal, acabando com o protecionismo, estabelecendo acordos bilaterais com as grandes potências europeias, e dotando o Piemonte de uma constituição, desse modo realizando diversas reformas políticas e econômicas com o intuito de estabelecer uma monarquia constitucional, liberal e laica, desenvolver o capitalismo e promover a industrialização. O grande objetivo de Cavour era unificar a Itália entorno do Piemonte e da casa Savóia, tornando, assim, o restante da península o seu prolongamento. Pode-se dizer que conseguiu boa parte do seu intento, mas o seu prematuro falecimento, em 1861, prejudicou esse projeto.

Cavour sabia que a unificação não poderia ser feita somente com forças internas, nesse sentido havia se aproximado das grandes potências quando, na Guerra da Crimeia, aliou-se a Inglaterra e a França contra a Rússia. Desse modo, articulou com Luís Bonaparte um acordo secreto, em 1858, em que entregava Sabóia e Nice em troca do apoio francês contra a Áustria[10]. Em 1859, declarou guerra à Áustria, fez de Garibaldi seu general e com apoio francês derrotou os austríacos. Assim, o Piemonte anexou a Lombardia rapidamente. Durante a guerra, ocorreram revoltas nos reinos do centro buscando a integração com o Piemonte, que fizeram com que Cavour utilizasse de plebiscitos, que foram esmagadoramente a favor da união. Em Emília, mais de 80% favoráveis à união, enquanto na Toscana, mais de 90%. Em contrapartida, os plebiscitos em Sabóia e Nice, articuladas para serem entregues à França, tiveram, respectivamente, 97% e 85% a favor da união com os franceses[11]. Com isso, boa parte do Norte e Centro da península estava em mãos do Piemonte.

Após a vitória contra os austríacos, um clima revolucionário espalhava-se por toda a Itália. Garibaldi, sentindo-se traído pela entrega de Sabóia e Nice (sua cidade natal) à França, organizou independentemente uma expedição militar ao Sul, conhecida como a Expedição dos Mil. Assim, Garibaldi e os seus camisas vermelhas desembarcaram na Sicília, e a partir dali, com forte apoio popular, conquistaram o Reino de Nápoles. O Sul estava em mãos republicanas.

Com as conquistas de Garibaldi e dos camisas vermelhas, os governos da Europa, assim como o próprio Piemonte, assustaram-se com um punhado de republicanos e democratas, em sua maioria jovens e sem muita experiência militar, derrotando tropas maiores e mais experientes[12]. Cavour, que já havia tentado boicotar Garibaldi diversas vezes, inclusive na Expedição do Mil, fez Napoleão III saber que Garibaldi visava invadir Roma[13]. O imperador francês, receoso com a amplitude da unificação, que havia indo muito além do que planejava, enviou tropas a Roma com objetivo de travar o avanço dos camisas vermelhas. Além disso, Cavour utilizou-se do mecanismo do plebiscito, usado anteriormente. No continente, mais de 95% votou a favor de uma Itália unida, enquanto na Sicília, mais de 99% — embora nesse plebiscito, ao contrário do realizado no Centro, não tivesse a opção de um reino em separado[14].

Em 26 de outubro de 1860, Garibaldi entregou o Reino de Nápoles a Vítor Emanuel II que lhe saudou “meu melhor amigo”. Os motivos que fizeram Garibaldi, um republicano convicto, entregar com tanta facilidade o reino a Vítor Emanuel II provavelmente estão relacionados ao temor de que a união não se concretizasse, que isso levasse a uma guerra civil ou, ainda, a uma invasão estrangeira. De qualquer modo, Garibaldi cedeu diante do Piemonte. Segundo Coggiola,

O arquiteto político da unificação foi o Conde de Cavour, Camillo Benso, ministro-chefe do rei da Casa de Saboia, usando (a palavra é essa) Garibaldi como seu braço militar.[15]

A Itália estava praticamente unificada, faltavam apenas Venécia, em mãos austríacas, e Roma, protegida pela França. Mas, é nesse ponto que as unificações italiana e alemã se entrelaçam: Bismarck completa o risorgimento. Primeiro, em 1866, com a guerra entre a Prússia e a Áustria, a Itália aliou-se aos prussianos, assim a Venécia foi entregue por Bismarck. Em seguida, na guerra franco-prussiana, em 1870, as tropas francesas são obrigadas a deixarem Roma para auxiliar na guerra, desse modo as tropas italianas puderam conquistar a cidade em 20 de setembro de 1870. A Itália estava unificada.

A unificação italiana foi vista por muitos autores como uma revolução feita pelo alto, uma revolução sem revolução, uma revolução passiva ou, ainda, como uma modernização conservadora. Isso porque, embora tenha tido ampla participação popular, o resultado foi a vitória de um projeto de nação vinculado às classes dominantes e que beneficiavam os interesses dessa minoria em detrimento dos interesses da maioria. Do ponto de vista das estruturas políticas, o produto do risorgimento foi o desenvolvimento de uma monarquia constitucional e de uma democracia liberal, que negava o direito ao sufrágio a boa parte da população. Do ponto de vista econômico-social, estabeleceu-se uma aliança entre os interesses das classes industriais e mercantis do Norte, isto é, da burguesia, e dos latifundiários do Sul[16]. A principal consequência foi a construção de um modelo contraditório de desenvolvimento em que o Norte se industrializava em detrimento do Sul, que lhe exportava sua força de trabalho, matérias-primas e alimentos e até os seus capitais (os grandes proprietários investiam nos bancos nortistas)[17]. Esse modelo historicamente apresentou-se como um empecilho ao desenvolvimento econômico do país como um todo, além disso reforçou a questão meridional, isto é, o subdesenvolvimento do Sul em contraposição ao desenvolvimento do Norte.

Notas

[1] As principais referências para o desenvolvimento desse trabalho são: COGGIOLA, O. Unificação nacional tardia: a Itália. In: COGGIOLA, Osvaldo. História do Capitalismo. Santiago, Chile: Ariadna, 2017. Vol. 2.; DUGGAN, Christopher. Historia de Italia. Madrid: Akal, 2017. p. 102–164.; VISENTINI, Paulo Fagundes. História Mundial Contemporânea (1776–1991). Brasília: FUNAG, 2006. p. 96–98.; WOODS, Alan; GRANT, Ted. Marxism and the National Question. Defence of Marxism, 2000. Disponível em: . Acessado em 03/05/2021.; BERTONHA, J. F. Os Italianos. São Paulo: Contexto, 2008.; GOOCH, J. A Unificação Italiana. São Paulo: Ática, 1991.

[2] . Acessado em 11 de junho de 2024.

[3] REZENDE, C. História econômica geral. São Paulo: Contexto, 2010. p. 154.; CAMERON, R.; NEAL, L. Historia económica mundial: Desde el Paleolítico hasta el presente. Madrid: Alianza, 2014. p. 294.; DUGGAN, 2017, p. 102–164; BERTONHA, 2008, p. 46–49.

[4] “Todos os historiadores estão de acordo em considerar que a revolução de 1848 foi o resultado da fusão de duas crises: uma crise política e uma crise econômica. […] entre 1846–1848, a França (e o mesmo, mutatis mutandis, vale para boa parte da Europa) passou, simultaneamente, pela última crise, aguda, de tipo antigo regime (isto é, por uma grave escassez de gêneros alimentícios básicos[…]) e pela primeira crise, igualmente aguda, de tipo novo (isto é, capitalista, de superprodução, com escassez financeira e paralização da indústria metalúrgica e ferroviária). Se cada uma das duas crises já era suficiente para provocar fome e desemprego e, em consequência, agitação social e revolta, as duas somadas, aos milhares de famintos e desempregados, agravaram a crise social já em curso por causa da industrialização, e em consequência, abriram o caminho à revolução” In: FLORENZANO, Modesto. Anotações sobre a Europa em 1848. Revista Crítica Marxista, Campinas, 1998, n. 6. Disponível em: .

[5] VISENTINI, 2006, p. 96.; COGGIOLA, 2017, p. 1010–1017.; WOOD, GRANT, 2000, s/p; BERTONHA, 2008, p. 47–53.

[6] “[…] havia também um movimento nacionalista radical e revolucionário, envolvendo uma mistura heterogênea de republicanos, democratas e socialistas. Essas forças estiveram presentes em todos os estados da Itália, bem como no exílio” In: WOOD, 2000, s/p.

[7] MARX, Karl. Entrevista ao Jornal The World. Marxist.org, 1871. Disponível em: . Acessado em: 02/08/2016.

[8] HOBSBAWM, E. A Era do Capital 1848–1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 81.

[9] REZENDE FILHO, 2010, p. 154; CAMERON, NEAL, 2014, p. 294; BERTONHA, 2008, p. 49.

[10] “Parecia claro à Cavour que seria fundamental construir uma aliança com uma potência em condições de enfrentar a Áustria. Assim, em 1858, concluiu-se a aliança entre o Piemonte e a França, em Plombières. Na ocasião da entrevista entre Cavour e Napoleão III, foram esboçadas as bases de um futuro acordo e também a distribuição dos papéis diplomáticos de cada um. Durante as negociações, Napoleão pediu que lhes fossem cedidas as regiões de Sabóia e Nice em troca da conclusão de uma aliança com o rei Vítor Emanuel II; declararam de comum acordo a guerra com a Áustria e comprometeram-se em não depor armas enquanto os austríacos não fossem expulsos de Lombardia-Venécia” In: VISENTINI, 2006, p. 97.

[11] GOOCH, 1991, p. 52.

[12] DUGGAN, 2017, p. 151–153.

[13] “Cavour convenceu Londres e Paris de que seria melhor aceitar o domínio de um Piemonte conservador sobre uma Itália unida do que esperar que toda a Itália caísse sob o controle de revolucionários e republicanos” In: WOOD, GRANT, 2000, s/p.

[14] GOOCH, 1991, p. 56.

[15] COGGIOLA, 2017, p. 1015.

[16] “O Estado líder dessa Itália do norte, o Piemonte, promove desde 1859 o processo de unificação nacional, que se completa em 1870, promovendo uma acomodação dos interesses contraditórios das regiões norte e sul. A unificação é feita com o compromisso de que as estruturas de poder local do Sul não serão afetadas, nem será objeto de industrialização” In: REZENDE FILHO, 2010, p. 154.

[17] “Na Itália enfim unificada, embora de maneira precária, dada a fragmentação nacional anterior, se consolidou e cristalizou ‘a questão meridional’: perpetuava-se o atraso do sul para subsidiar a acumulação capitalista no norte. Os interesses capitalistas hegemônicos continuaram e, de certo modo, pioraram as tensões que envolviam a unidade italiana“ In: COGGIOLA, 2017, p. 1020.


Publicado por: Guilherme Giotti Sichelero

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