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Revolução Farroupilha: uma análise atual

Clique e confira aqui uma análise atual acerca da Revolução Farroupilha.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Por uma questão cultural o assunto mais falado no Rio Grande do Sul sempre foi e sempre será a Revolução Farroupilha e por isso resolvi utilizar este espaço para debater um pouco sobre a sua importância para a formação do jeito de ser do gaúcho. Este assunto é bastante delicado, principalmente em se tratando de certas questões que ainda são motivos de muitas controversas entre os analistas do período. No estudo da História percebemos que as diferentes visões sobre um mesmo fato são os principais instrumentos para a construção do conhecimento. Meu objetivo aqui é analisar alguns elementos importantes sobre a influência do movimento iniciado pelos fazendeiros gaúchos do século XIX.

Revolução? A definição sobre o próprio tema é bastante controversa, tanto que se dedicasse todo o espaço desta coluna estaria muito longe de chegar em uma conclusão que beirasse alguma concretude. Segundo o dicionário Houaiss, que uso como referência, percebe-se que a definição do termo não é concreta: “rebelião armada, insurreição; mudança política radical”. Sendo assim o principal elemento dos que refutam que tivemos uma tentativa de Revolução Farroupilha cai por terra, perante a própria plenitude do termo, da mesma forma que pode-se desconstruir a argumentação de seus defensores. Não se pode tirar uma conclusão definitiva se tivemos ou não uma revolução e sim que temos diferentes conclusões de acordo com os diferentes objetivos de seus analistas.

Massacre de Porongos? Sem dúvida este é o episódio mais controverso do movimento farroupilha. Os lanceiros negros formavam o batalhão mais temido pelos Imperiais, estes lanceiros eram escravos que lutavam pela possibilidade de alforria. Eles foram desarmos pelo líder farroupilha General David Canabarro e acabaram jogados em uma batalha ocorrida em 14 de novembro de 1844, o que tudo indica é que Canabarro queria “se livrar” do problema que representavam um número grande de escravos alforriados para as negociações com o ainda escravista Império do Brasil. Os lanceiros negros que deram as suas vidas em busca de uma liberdade, que os foi criminosamente negada, são sim os verdadeiros heróis farroupilhas.

Hoje - Uma das principais funções do estudo da História é que através das experiências ocorridas anteriormente podemos crescer como seres humanos e como sociedade. Atualmente vivemos um momento de grande dúvida sobre o futuro do nosso Rio Grande do Sul, porém a solução não deve passar por punir os mais fracos. No caso a solução deve passar pela construção de alternativas que possibilitem a oferta de serviços sociais de qualidade para a totalidade da população, o que só é possível com a valorização dos profissionais que atuam diretamente na oferta de serviços essenciais como educação, saúde e segurança. Desta forma, quem sabe: “sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra”. Desafios são muitos mas não maiores que a grandeza do povo gaúcho. Que esta data signifique um novo momento para o glorioso Rio Grande do Sul.


Publicado por: Marcelo Noriega Pires

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