O rompimento da linha de Tordesilhas
As bandeiras foram responsáveis pelo rompimento do Tratado de Tordesilhas e pela mudança em nossa geopolítica territorial.
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Os bandeirantes
Eram homens rudes e violentos, que se empenhavam na busca do ouro, caça aos índios e escravos fugidos. Nas andanças pelo sertão brasileiro, agiam com extrema crueldade na captura de nativos.
No século 17, o movimento bandeirante surge em São Paulo, aliás, Campo de Piratininga era o nome que os nativos davam a São Paulo. Como essa região era pobre em recursos minerais, a expedição bandeirista possibilitava a busca de riquezas minerais inexistentes na região. Nesse momento, o nordeste açucareiro era o centro mais próspero economicamente da colônia.
As bandeiras
Eram formadas por vários membros, entre eles o capelão, que era membro permanente, brancos, índios e mamelucos. Além disso, essas expedições eram constituídas por vários homens ou às vezes centenas. Não se pode esquecer que o líder da expedição tinha poderes, de vida e morte, sobre os seus comandados.
Armamentos
Como equipamentos, os bandeirantes utilizavam cordas para aprisionar índios, machados, balas e pólvora. Para se alimentar usavam carne seca, farinha, rapadura, sementes e sal. Os gibões de algodão e couras (colete de couro de anta) eram as roupas usadas pelos bandeiristas para se protegerem da natureza hostil e dos ataques dos povos nativos.
Expansionismo e declínio
Nos diversos caminhos utilizados pelos bandeirantes surgiram inúmeras vilas, que mais tarde se tornaram cidades. Entre os anos de 1614 e 1639, segundo relato dos padres jesuítas Francisco Dias Taño e Antônio Ruiz de Montoya, cerca de 300 mil nativos foram escravizados no Brasil.
Na verdade, as bandeiras foram responsáveis pelo rompimento do Tratado de Tordesilhas e pela mudança em nossa geopolítica territorial. Assim, o Brasil triplicou em tamanho, o interior pôde ser colonizado e foi possível a exploração das riquezas minerais existentes nas diversas regiões brasileiras.
Com o declínio do açúcar nordestino, entra em cena o ciclo do ouro, que enriqueceria os cofres lusitanos. Com o ouro e a retomada do comércio de escravos africanos, a aventura bandeirante chega ao seu fim.
(Ricardo Santos é prof. de História e jornalista)
Publicado por: RICARDO SANTOS

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