União Europeia e Covid-19
Análise das forma como a União Europeia com o combate a pandemia de Covid-19 e lida com suas consequências.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
União Europeia e Covid-19
Sabemos que a União Europeia é um dos blocos econômicos mais poderosos do mundo, isto é fruto de uma trajetória longa, iniciando com o Benelux (com apenas Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo) até se formar a União Europeia como conhecemos hoje, com seus 28 países-membros.
O Acordo de Schengen e a instituição do euro como moeda única do bloco fez com que o bloco se diferenciasse muito dos demais blocos. Nenhum outro bloco possui a liberdade de circulação (mercadorias, pessoas, capital e serviços) e a integração que a União Europeia possui.
No entanto, existem também questões complicadas e até conflitos dentro do bloco. Vamos ver um bem recente e que desafia o Acordo Schengen.
A covid-19 e as fronteiras da Europa
Como sabemos, a covid-19 é uma doença que tem grande poder de contágio e por isso conseguiu se espalhar por todo mundo.
Inicialmente, no mês de fevereiro de 2019, quando a doença começava a se alastrar na Itália, não houve fechamento das fronteiras dos países vizinhos. Havia ali uma tentativa de se manter o acordo Schengen. No entanto, em março os países europeus começaram a fechar suas fronteiras, começando por Itália e Espanha, mas logo outros países acompanharam. De início, as fronteiras só foram fechadas aos não europeus, depois aos não residentes e por fim, em alguns países, a qualquer estrangeiro.
Estava “rompido” provisoriamente o acordo e o espaço Schengen. A desunião europeia não parou nas fronteiras, as relações comerciais também começaram a sofrer restrições. Alguns governos proibiram a exportação de material médico e também aumentaram a proteção a produtos nacionais.
Outra divisão que se acentuou no continente europeu devido a pandemia do coranavírus foi a divisão entre Leste Europeu e Europa Ocidental. Uma vez que a doença chegou primeiro ao lado ocidental do continente, houve uma diferenciação entre as duas partes do continente.
O Leste Europeu conseguiu observar com mais calma o que estava acontecendo com a pandemia em outros países e pôde tomar medidas protetivas com mais êxito. A menor estrutura do sistema de saúde, fez com que esse países tomassem medidas como o fechamento de suas fronteiras e também o fechamento de escolas, negócios não essenciais e restrições à circulação de pessoas quando o número de casos ainda era muito baixo.
Por ser menos atingida a Europa Oriental começou a mandar ajuda médica a países da Europa Ocidental. Este fator foi visto com desconfiança por parte da população, argumentando que mais do que nunca esses médicos eram necessários em seus países. Por outro lado, outras pessoas dizem que o fato Leste Europeu estar menos afetado, oferece a oportunidade de uma mostra de solidariedade com a possibilidade desses médicos conseguirem dinheiro para ser enviado para casa.
Alguns desafios impostos: desemprego, racismo e autoritarismo
Com o avanço da doença, muitos cidadãos do leste europeu que moravam e trabalhavam na Europa Ocidental, optaram por retornar aos seus países, trazendo com eles dois grandes desafios, o desemprego e o futuro econômico desses países. Não existem empregos para se oferecer a todos que retornam para a Europa Oriental e as economias nacionais sentirão falta das quantias de dinheiro que estes trabalhadores enviavam para casa.
Outro problema que vem a tona é o preconceito étnico. Estão ocorrendo episódios de preconceito com pessoas de traços orientais na Europa. Outro grupo atingido são os ciganos, que Na Bulgária, sofrem pressão para ter isolamento especial em seus guetos. A teoria era que o caráter nômade dos ciganos facilitaria o espalhamento do vírus. Se alguma medida for tomada neste sentido, é provável que outros países acompanhem esta política.
Os imigrantes africanos também sofrem com acusações de que eles foram os responsáveis por levar o vírus até a Itália.
Por fim, crescem também argumentos e medidas autoritárias. Na Hungria, o presidente, Viktor Orbán, conseguiu poder para governar por decreto por tempo indeterminado, fator que preocupa em relação a libedade política e de imprensado país.
Publicado por: Guilherme do Nascimento Rodrigues
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