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Perspectivas Biogeográficas no Trabalho de Campo: De Teresina a São Raimundo Nonato

Utilização da atividade de campo no estudo da biogeografia, com o objetivo geral de possibilitar a aproximação dos discentes.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

O tema deste trabalho refere-se à utilização da atividade de campo no estudo da Biogeografia, com objetivo geral de possibilitar a aproximação dos discentes definido as perspectivas biogeográficas no trabalho de campo, que teve a duração de dois dias, visto que no primeiro dia se analisou duas paradas, sendo uma realizada na cidade de Teresina e as outras realizadas em Amarante. No segundo dia as paradas ocorreram em visita ao Parque Nacional Serra da Capivara. A metodologia utilizada tem por base o registro fotográfico, uso de equipamentos, a exemplo o uso de GPS e pesquisas bibliográficas. Percebemos que em cada local visitado nos deparamos com uma paisagem diferenciada no qual se observou que as mudanças climáticas e geomorfológicas ocorridas foram influenciadoras no processo da mudança da paisagem modificando a fauna e a flora de cada local. Abordamos as perspectiva histórica e ecológica, com ênfase na perspectiva ecológica que mais adequa ao trabalho realizado. Podemos concluir o quanto é importante à realização da prática de campo para formação dos graduandos em Geografia.

Palavras-chave: Perspectiva ecológica. Serra da Capivara. Mudanças Climáticas.

INTRODUÇÃO

Considerando a necessidade de aproximação do conteúdo trabalhado na sala de aula com a realidade vivida, realizou-se uma atividade de campo no decorrer da disciplina Biogeografia com objetivo geral de aproximar os alunos em relação às perspectivas biogeográficas estudadas através da prática de campo. O objetivo específico do trabalho se constituiu em utilizar uma das perspectivas biogeográficas no desenvolvimento da atividade.

A metodologia empregada constou de Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa de Campo, utilizando técnicas de registro fotográfico e de áudio.

O trabalho esta estruturado em três partes: Introdução; As Perspectivas Biogeográficas, Relato de Atividades de Campo e a Conclusão.

AS PERSPECTIVAS BIOGEOGRÁFICAS

A Biogeografia é a ciência que estuda a origem, distribuição, adaptação e associação das plantas e dos animais na superfície da Terra, e no seu estudo se desenvolve em distintas perspectivas decorrentes de sua evolução como conhecimento científico.

A Perspectiva Histórica estuda a origem, evolução e causas do declínio ou desaparecimento dos diferentes grupos de seres vivos e analisa os padrões de distribuição em escala global. Por outro lado, a Perspectiva Ecológica estuda a distribuição individual de cada espécie em escala local, sendo em curto prazo.

O trabalho relatado a seguir foi realizado sob a Perspectiva Ecológica, abordando a distribuição individual das espécies a nível local, onde os processos, tolerância e adequação ao meio, foram perceptíveis no campo. Como exemplo deste aspecto cita-se a Capivara que se extinguiu do local, porque não conseguiu se adaptar às mudanças climáticas ocorridas ao longo do tempo. Portanto pode se entender que esse animal se dispersou para outra área, pois os fatores externos favoreceram sua dispersão.

TERESINA A SÃO RAIMUNDO NONATO: UM RELATO DE CAMPO

A atividade de campo teve início em Teresina na planície de inundação do rio Parnaíba, zona Sul da capital e terminou em São Raimundo Nonato, no Parque Nacional Serra da Capivara. Sistematizou-se a atividade em quatro paradas, considerando-se que as mesmas apresentam elementos significativos para a demonstração do trabalho, como pode ser percebido a seguir:

1ª. Parada – Planície de inundação do Rio Parnaíba

A vegetação presente no local é composta de Floresta Mista Subcaducifólia e Floresta Secundária Mista ou Latifoliada que é resultante de um processo de reflorestamento realizado pela Fundação Rio Parnaíba (FURPA), sendo, portanto uma Área de Proteção Permanente, sendo assim de origem mais recente.

2ª. Parada – Chapada de São Francisco – Amarante

Constatou-se a presença de vegetação de Floresta Secundária. Contudo essa é escassa devido ao crescimento urbano em direção ao rio. A região apresenta falha geológica, denominada Falha de São Francisco, que apresenta manchas basálticas que se formaram no passado geológico, assim como um relevo tabuliforme, com chapadas em forma de mesa.

3ª. Parada – Parque Nacional Serra da Capivara

O Parque Nacional Serra da Capivara criado em 05 de junho de 1979 pelo Decreto Federal nº 83.548, apresenta vegetação característica da Caatinga e relevo tabular com escarpas abruptas. No parque os refúgios da fauna são representados pelos enclaves de matas semidecíduas dos boqueirões onde se observa uma grande diversidade de mamíferos como morcegos, tatus e veados. Embora a atual biodiversidade seja decorrente das mudanças climáticas pretéritas, muitas alterações no seu processo de distribuição e expansão têm recebido intervenções recentes pela presença humana.

4ª. Parada – Boqueirão da Pedra Furada

O Boqueirão da Pedra Furada possui o maior painel de pinturas rupestre do parque de cores variadas, que retratam cenas do cotidiano como: caça, sexo, danças, e etc. A maioria da vegetação observada na região não é primária, pois antes era um espaço o desenvolvimento de atividades agrícolas de subsistências, demonstrando também a mudança a curto prazo.

Percebeu-se, então a partir do estudo realizado, que cada local visitado apresenta características distintas quanto à sua paisagem natural, observando-se que as mudanças climáticas e geomorfológicas ocorridas foram influenciadoras no processo de transformação da mesma interferindo nos processos de dispersão da fauna e a flora, com significativa participação das atividades humanas, favorecendo a análise sob a perspectiva ecológica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do trabalho exposto pôde-se observar que a prática de campo permitiu aos alunos detectar através do contato com o ambiente os conteúdos estudados em sala de aula. Sendo que a perspectiva que mais contribuiu na compreensão deste tema foi a Perspectiva Ecológica, pois a dispersão da fauna e a flora atual do local resultaram de fatores de alcance local que operam em curto prazo, com destaque para a interferência humana.

Portanto, infere-se que o objetivo da atividade de campo obteve êxito, porque os graduandos em Geografia conseguiram aplicar os conteúdos na prática, relacionando-os aos temas propostos e discutidos em sala de aula.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, J. L. I Atlas Escolar do Piauígeo-historicos e culturalJoão Pessoa: Grafset, 2010.

Disponível em: www.paginas.terra.com.br acessado em 17 de Janeiro de 2012.

Disponível em: www.portalsaofrancisco.com.br acessado em 17 de Janeiro de 2012.


Publicado por: Gessica Monteiro

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.