A agricultura no mundo atual e as políticas agrícolas nos países desenvolvidos
A agricultura é desenvolvida no mundo, especialmente em relação aos incentivos governamentais ofertados pelos países mais desenvolvidos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Existem substanciais diferenças nas formas pelas quais a agricultura é desenvolvida no mundo, especialmente em relação aos incentivos governamentais ofertados pelos países mais desenvolvidos, e que acabam impactando a inclusão dos demais países nas negociações internacionais. Esses incentivos são motivos para muitas discussões entre aqueles que os defendem sob o argumento do desenvolvimento, e aqueles que consideram injustas essas políticas, pois limitam a ascensão dos países menos desenvolvidos economicamente.
Como é a agricultura dos países subdesenvolvidos?
São algumas das principais características da agricultura nos países com menor desenvolvimento econômico: subsistência (plantio para sobrevivência), uso de técnicas rudimentares (enxadas, arados), agricultura itinerante (queimadas, abusivo uso do solo, esgotamento), pecuária transumante (países montanhosos, rebanho criado nas planícies no inverno. No verão, os rebanhos sobem às montanhas), sistema de plantations (monocultura de exportação), monoculturas (apenas um plantio na propriedade), latifúndios (grandes extensões de terras usadas para monoculturas), exploração da mão-de-obra, vínculo com agroindústrias e ainda investimentos estrangeiros.
Como é a agricultura dos Estados Unidos?
A agricultura nos Estados Unidos é uma das prioridades do governo, recebendo vários incentivos que ajudam na manutenção de seu desenvolvimento. São alguns dos principais aspectos desta o fato de que os Estados Unidos são o maior produtor de alimentos do mundo (excedentes), existe um sistema de prioridade para o abastecimento interno e não para as exportações, a produção é feita em zoneamento, aproveitando as particularidades climáticas (cinturões produtivos), é empregada uma elevada mecanização na produção, são destaques também os sistemas de transportes intermodais (ligação entre rodovias, ferrovias, hidrovias, etc.), ainda, há a regulação do mercado agrícola pela demanda, bem como uma alta competitividade devido aos investimentos em transportes, armazenamento e subsídios. O protecionismo agrícola dos Estados é feito através do programa “Farm Bill”.
Como é a agricultura da Europa?
A Europa tem como base de sua economia agrícola a contínua inovação dos processos, com um elevado desenvolvimento técnico e uma intensa mecanização de seus processos. Com isso, a Europa tem uma agricultura produtiva, sendo que a maior parte de sua produção é consumida internamente. Existe uma grande variedade produtiva, de acordo com os climas do continente. A especialização regional é valorizada pelo sistema de redes comerciais que há entre elas. A agricultura europeia recebe incentivos – subsídios – da União Europeia por meio da Política Agrícola Comum (PAC).
Políticas agrícolas: Protecionismo na agricultura.
São medidas que visam proteger os setores mais vulneráveis da economia de um país. Estas medidas aumentam a competividade, criam dificuldades aos países em desenvolvimento em competirem. São também chamados de “subvenção”. Como subsídios entendem-se as ajudas monetárias que os produtores agrícolas recebem do Estado com o objetivo de reduzir o preço final dos produtos, permitindo maior competitividade no mercado internacional. São geralmente juros mais baixos do que o do mercado, barreiras fiscais e sanitárias para os produtos similares importados, redução de impostos, financiamentos para compra de adubos, de defensivos agrícolas, maquinários etc.
As principais medidas protecionistas são:
- Subsídios: crédito, seguros, benefícios.
- Barreiras alfandegárias: tornar o produto externo mais caro do que o interno, inviabilizando as importações.
- Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias: visam proteger a saúde humana, animal e a sanidade vegetal por meio de normas, procedimentos e controles aplicáveis ao comércio internacional de produtos agrícolas, de forma a assegurar a inocuidade e a qualidade dos alimentos.
Organização Mundial do Comércio – OMC.
A OMC foi criada em 1995 e tem como metas: fixar as regras do comércio mundial para ampliá-lo e atender aos governos que se sentem prejudicados nas transações internacionais. Desde pelo menos o ano de 2001, quando ocorreu a Rodada de Doha no Catar, dois assuntos principais estão sendo discutidos, ainda sem uma solução prática: subsídios agrícolas e barreiras alfandegárias, as quais estão no âmbito das chamadas políticas protecionistas.
Referências
MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2011.
VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição: ensino médio. São Paulo: Ática, 2011.
Luana Caroline Kunast Polon (Mestre em Geografia).
Publicado por: Luana Caroline Kunast Polon
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