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Uma Análise da Didática e das Práticas Educativas

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O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Analisando o texto de Marinaide, observei aspectos históricos que comprovam que o processo de desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos está em seus primeiros passos no caminho certo, o processo de desenvolvimento foi lento, mas obedeceu a etapas importantes e pensamentos diferentes foram colocados em práticas, com o intuito do acerto. Mas o que chamou minha atenção em especial, foi a semelhança do processo de denvolvimento do profissional da educação no Brasil com tantos outros países que no mesmo período buscaram a profissionalização de uma parcela de sua população excluída através da educação.
                        Detalhando melhor os fatos, durante a Crise da década de 30, o Brasil concentrava sua riqueza na produção agrícola para exportação. Este setor, altamente afetado pela crise, perdeu autonomia e condições de produção, isso gerou conseqüentemente o êxodo rural, onde as famílias buscavam nos grandes centros oportunidades de trabalho, para garantir a sobrevivência. No campo naquela época, a educação não era considerada importante, pois os trabalhos eram braçais e exigiam pouco da capacidade intelectual do indivíduo, e as condições de localização e transporte também prejudicavam o acesso às escolas. Como necessidade e alternativa para a manutenção econômica do governo, o investimento na indústria foi a oportunidade vista e trabalhada. O momento era propício, pois as cidades estavam recebendo milhares de camponeses que necessitavam de trabalho e as indústrias de mão-de-obra. Não levando em consideração as questões sociais de trabalho a que estas pessoas foram submetidas, analiso a importância que este processo teve para o desenvolvimento do país, pois o campo perdeu o excesso de mão-de-obra,  pode se recuperar do abalo e as cidades receberam um impulso tecnológico, financeiro e profissional para seu crescimento, mesmo que desordenado e sem planejamento.
                        Com esse número elevado de novos trabalhadores nas cidades, criou-se a necessidade de alfabetização desta massa. Mas apenas para o trabalho braçal que as indústrias precisavam de imediato. O interesse era moldar o indivíduo para suprir a necessidade de mão-de-obra qualificada, e garantir alguns sucessos políticos também. Mas considerando isso como um novo papel ao educador, que deixou de lado o trabalho focado no infantil, e tinha em suas mãos uma massa faminta, despreparada e necessitada de todo tipo de apoio, viu-se oportunidades de desenvolvimento profissional também, por isso os programas de qualificação de professores sempre obtiveram grande procura.
Ao longo do tempo até os dias de hoje, a educação de jovens e adultos é tema de grandes discussões sobre a qualificação do profissional para trabalhar este público especial. Assim como o conceito de alfabetização e didática evoluíram, os interesses dos profissionais do educador também deveria ter evoluído, acompanhando o interesse de desenvolver o cidadão e não apenas letrá-lo. Questiono se os interesses dos profissionais estão atendendo aos interesses do governo, da sociedade e do mercado de trabalho que necessidade de profissionais cada vez mais capacitados. Questiono também a visão do educador quanto à qualificação, pois este compreende que é através da educação continuada que o indivíduo mantém sua empregabilidade, mas que na prática isso só vale para seus alunos e não para si mesmos. E finalizo questionando se toda essa “evolução” citada no texto realmente aconteceu nas grandes massas, pois com condições tão precárias de estrutura, desvalorização do profissional da educação, relaxamento dos valores morais e familiares proporcionou um equilíbrio e desenvolvimento do profissional empenhado nesta tarefa.

Publicado por: Fernanda Marques Caldeira

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.