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Resenha: A Teoria Behaviorista de Skinner

Resenha do livro A Teoria Behaviorista de Skinner.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Esta resenha refere-se ao capítulo 03, constante da obra Teorias de Aprendizagem, intitulado A Teoria Behaviorista de Skinner, de autoria do professor Marco Antônio Moreira, publicado em 1999, em São Paulo (SP), pela Editora Pedagógica e Universitária.

O referido livro texto, em seu capítulo 03 aborda a Teoria Behaviorista de Skinner proporcionando ao leitor uma visão resumida do enfoque de B. F. Skinner à teoria estímulo-resposta, bem como suas implicações ao processo ensino-aprendizagem, o que provê ao estudante, em nível de pós-graduação, subsídios para uma ligeira compreensão acerca da proposta de Skinner.

Marco Antônio Moreira é professor pesquisador, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF-UFRS), em Ensino de Física e autor de vários trabalhos publicados (artigos e livros) na área. Escreveu os textos que compõem o seu livro para seus alunos de pós-graduação e para profissionais de docência, os quais têm desenvolvido trabalhos e cursos sobre teorias de aprendizagem.

O autor apresenta diversas abordagens à teoria estímulo-resposta. Tais abordagens, denominadas teorias conexionistas, por sugerirem que as respostas (comportamentos) são motivadas por estímulos, tal qual a idéia de conexão.

Comenta que as teorias mais antigas vinculam-se aos nomes de Ivan P. Pavilov (1849-1936), John B. Watson (1878-1958) e Edward L. Thorndike (1874-1949). Recentemente, os principais autores conexionistas são Clark L. Hull (1884-1952), Edwin R. Guthrie (1886-1959) e B. F. Skinner (1904-1990), sendo este último objeto central de discussão neste capítulo.

Tal enfoque influenciou os procedimentos e materiais usados em sala de aula, ao longo das décadas de 70 e 80.

Nascido em Susquehanna, na Pennsylvania, Skinner graduou-se em inglês e fez mestrado e doutorado em psicologia, em Harvard, atuando depois como docente por mais de 40 anos.

Faz uma abordagem essencialmente periférica e não leva em consideração o que ocorre na mente do aprendiz, os chamados construtos intermediários, durante o processo de aprendizagem e sim com o comportamento observável e controlado por meio de respostas.

Comenta que Skinner não se considera teórico da aprendizagem, apenas tem seu trabalho como uma análise funcional entre estímulo (imput) e resposta (output), ignorando as variáveis intervenientes. As principais variáveis de imput são: estímulo, reforço e contingências de reforço, enquanto as de output são as respostas dadas pelo aprendiz. Para Skinner, dois são os tipos de respostas dadas, a saber: as operantes e as respondentes.

Na teoria do reforço, o comportamento é controlado por suas conseqüências, o que sugere que os indivíduos tendem a se comportar em busca de recompensas ao tempo em que evitam punições. O texto conceitua condicionamento como

“um reforçador positivo imediatamente após uma resposta, resultando um aumento na freqüência daquela resposta.”

Quando há suspensão do reforço de uma dada resposta condicionada, o procedimento é dito extinção. Embora semelhante ao conceito de extinção, à medida que há diminuição na freqüência de respostas, no esquecimento, há impedimento para que a resposta se apresente por determinado período.

A discriminação como um procedimento é um condicionamento de uma resposta na presença de um estímulo, a qual pode ser extinta na presença de outro. A generalização sugere resposta de modo similar a estímulos distintos, trata-se do contrário da discriminação, ao passo que o esmaecimento se apresenta com estímulos gradualmente diferentes ao longo de suas formas as quais podem ser consideradas similares ou diferentes.

O processo da instrução, segundo a teoria skinneriana – o ensino – dá-se apenas quando o que deve ser ensinado pode se apresentar sob certas contingências de reforço.

A Instrução Programada é tida como uma aplicação da análise de Skinner e tem como princípios basilares: pequenas etapas, resposta ativa, verificação imediata, ritmo próprio e teste do programa.

O método Keller, também denominado “Sistema de Instrução Personalizada”, tipo de estudo individualizado com base na Instrução Programada e também na idéia de reforço positivo. Tal método tem características básicas como: ritmos próprios, completo domínio do material, aulas teóricas, demonstrações e uso de monitores.

O autor finaliza o texto citando termos, hoje em desuso, os quais sofreram grande influência do behaviorismo skinneriano na instrução. Tais termos são: a tecnologia educacional, engenharia de instrução, enfoque sistêmico, bem como outras do gênero além de comentar as muitas críticas que o behaviorismo tem sofrido, do ponto de vista teórico/filosófico.

O texto, objeto desta resenha, é importante na medida em que elucida fatos vivenciados durante a prática pedagógica do professor, permitindo a ele um panorama sobre a análise funcional proposta por Skinner e, consequentemente uma reflexão acerca desta temática.

O autor o apresenta de forma bastante didática com originalidade, razão pela qual, dentre muitas outras, não poderia deixar de recomendar sua leitura a estudantes e a pesquisadores da área de ensino.

RESENHA
- Título: A Teoria Behaviorista de Skinner
- Identificação: A Teoria Behaviorista de Skinner – Capítulo 03 do Livro de Texto Teorias de Aprendizagem.
- Referência: MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1999.


Publicado por: Marcos Fernandes Sobrinho

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.