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Professor X Educador

Educador é vocação, algo que nasce de um grande amor, de uma grande esperança, que se define na essência do ser.

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De todas as atividades da sociedade, o magistério foi a que mais sofreu deteriorações. O professor foi vítima da falta de compreensão. Por parte das autoridades governamentais, do papel que desempenha na sociedade. Ensinar quer dizer guiar, estimular e orientar o processo de aprendizagem. A orientação do ensino não pode ser conformista e acomodada. Deve ser um esforço pessoal e técnico dirigido no sentido da formação do caráter e da transformação da conduta humana. O ensino deve despertar o interesse pelo conhecimento e estimular o impulso natural de aprender.

O problema da formação do professor é da maior seriedade. Os professores têm seus conhecimentos pedagógicos prejudicados porque os cursos não são ministrados com a necessária profundidade e atualização. Com isso, o aprendizado ficou comprometido e a  escola tornou-se passiva e enfadonha. As fontes de motivação de alunos e professores foram, aos poucos, se minguando.

A parte mais nobre e fundamental da educação, que é o contato direto e íntimo com o aluno, foi desvalorizada. Não é menos verdade que os professores aceitaram com relativa passividade a degradação da qualidade do ensino, da sua renda e prestígio social, assim como não demonstraram interesse em desenvolver suas aptidões e capacidades. Por outro lado, o educador é sempre movido pelo ideal de servir.

Ensinar é a mais bela e digna das tarefas e a educação é a grande responsável pela renovação da sociedade, o que exige do professor profunda devoção ao seu trabalho. Como orientador das riquezas do conhecimento das diversas culturas da humanidade, é indispensável que o educador tenha consciência da grandeza de sua profissão e atue como propulsor de ideias, conduzindo energias criativas como formador de princípios. Daí a importância da escolha do método na articulação do conhecimento. Mas, qual é o melhor método?  O melhor método será aquele que despertar o interesse e tenha um fim valioso, realizado graças aos esforços de educandos e mestres.

O educador ( prefiro educAMOR),  deve buscar em si mesmo o verdadeiro sentido de “educar”, deve ser o exemplo vivo dos seus ensinamentos e converter sua profissão numa atividade cooperadora do engrandecimento da vida. É possível, desse modo, reverter o quadro desastroso e anêmico em que se encontra o sistema educacional.

Sabemos que a crise mundial dos sistemas educacionais resulta da transição de parâmetros de comportamento no panorama de mudanças globais; na liberação velhas crenças e dogmas, com o rompimento de conceitos de segurança, felicidade, poder, etc., e seus efeitos nas atividades práticas. A premência espiritual obriga a educação secular a rever seus métodos e acompanhar os movimentos da evolução natural, buscando soluções compatíveis a partir do seu pilar principal, o professor. Este deverá encontrar respostas em seu interior, pois antigos pontos de referência já não têm validade.

Cumpre ao professor ser o inspirador do aprendizado das matérias e do cultivo do espírito no processo estrutural do caráter. Ele retomará o lugar que lhe é devido na sociedade quando despertar do marasmo comodista e partir para o devotamento profissional e a ação amorosa. Para isso deverá pesquisar, inovar e incrementar seus conhecimentos pedagógicos, expandir sua cultura geral e procurar conhecer e desenvolver novas técnicas de ensino, acrescentando a isso o aprimoramento humano do professor como agente de transformações.

A insatisfação com o sistema educacional é notória. A evasão escolar, crescente, está sujeita a manipulações políticas e reflete o descaso governamental com a educação, o celeiro em que uma nação armazena seus valores e líderes. O educador é a pedra angular e o agente de mudanças desse estado de coisas. Ao lado de pais de alunos tornados parceiros, é capaz de operar uma verdadeira revolução no campo educacional. Criando um ambiente escolar acolhedor e criativo sempre atento aos talentos e dificuldades dos educandos, estimulará a determinação, o interesse e a alegria por aprender. Muitos métodos e propostas educacionais formaram técnicos capazes, mas se esqueceram de investir no professor enquanto ser humano e espiritual capaz de extrair do seu íntimo o aperfeiçoamento de suas faculdades e dar-lhe a condição de educador, porém fica a pergunta: Onde estão os educadores? Que terá acontecido com eles? Resta-lhe algum espaço? Merecerá sobreviver? Para todas estas perguntas, temos as respostas, sem se esquecer que professor é profissão como outra qualquer.

Educador é vocação, algo que nasce de um grande amor, de uma grande esperança, que se define na essência do ser.


Publicado por: Aparecida de Fátima Garcia Oliveira

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