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O Lúdico como Motivador para o Ensino de Matemática para alunos da 5ªsérie da Escola Estadual “Dr José Augusto de Carvalho”

Contribuição para a melhoria da aprendizagem da matemática através de atividades lúdicas.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Resumo

Essa pesquisa de iniciação cientifica foi desenvolvida de fevereiro até novembro de 2003, como parte do Programa de Iniciação Científica (PIC) oferecido pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis (IMESA). No primeiro semestre de 2003 o trabalho foi realizado com todos os alunos da 5ª série C da Escola Estadual “Dr José Augusto de Carvalho”, na cidade de Cândido Mota, SP. Durante o segundo semestre do mesmo ano foram selecionados 15 alunos da mesma sala, que tinham mais dificuldade em aprender matemática. O objetivo do projeto foi contribuir para a melhoria da aprendizagem da matemática através de atividades lúdicas. Foram elaboradas e aplicadas atividades tais como: jogos, brincadeiras, atividades de percepção e de estímulo ao raciocínio lógico dos alunos. Constatou-se que os alunos se envolveram no projeto de maneira intensa, sentiram-se motivados com as atividades lúdicas, e desenvolveram iniciativa, interesse, curiosidade, capacidade de análise e reflexão, e melhor interação com o grupo de colegas. Deste modo, podemos concluir que as atividades lúdicas propiciou a aprendizagem de conceitos matemáticos, aumento da motivação e estímulo à aprendizagem e habilidades sociais de cooperação e respeito entre os colegas.

Introdução

Nosso trabalho se insere num contexto educacional, onde o ensino da matemática é o foco principal. Com a preocupação do rendimento não satisfatório dos alunos da 5ª série objeto deste estudo,  resolvemos trabalhar com a ludicidade neste projeto. Sabemos que muitos professores estão em busca de novas metodologias e ferramentas no auxílio da aprendizagem, tendo em vista as dificuldades encontradas pelos alunos.Vários materiais já são usados pelos professores, como vídeos, livros, calculadoras, computadores que colaboram nesse processo. O lúdico tem sido muito utilizado em muitas escolas como fonte de inspiração para os professores e de grande motivação aos alunos.

Cada vez mais os professores buscam a criatividade, procurando desenvolver, de acordo com suas necessidades, recursos didáticos para desempenhar seu papel com sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

Motivação é a palavra chave no processo de aprendizagem. O aluno precisa de estímulo para aprender, e o exercício lúdico desperta a motivação e interesse destes.

A matemática pode ser bem mais prazerosa com a aplicação de atividades lúdicas, como jogos, brincadeiras, problemas aplicados no cotidiano, problemas de desafio, histórias, calculadoras entre outros. Para os alunos com maiores dificuldades no aprendizado matemático, o lúdico propicia uma situação favorável, ao interesse pela matemática e, conseqüentemente, sua aprendizagem.

O jogo formal ou informal faz parte da vida do homem. Um dos mais antigos que se conhece, foi encontrado na sepultura de um rei babilônico, morto cerca de 2600 anos antes de Cristo. Lá estavam os tabuleiros, as peças e os dados. Infelizmente, não possuíam as regras, motivo pelo qual não podemos saber como se jogava.
Os jogos, para além da componente competitiva, funcionam como modelos de situações reais ou imaginárias. Há jogos dos mais variados tipos, desde os de simples azar (dados e loterias) até os de mais sofisticadas estratégias, como o xadrez. Muitos deles podem ser estudados do ponto de vista matemático, e outros têm regras que "obrigam" os jogadores a fazer raciocínios do tipo lógico - matemático.

Desde os tempos mais remotos, os antigos já tinham uma imensa sabedoria. Sabiam que a brincadeira era muito importante para o desenvolvimento integral do ser humano. A brincadeira está presente em nossas vidas desde o nascimento até a fase adulta, é a forma mais agradável de expressarmos a liberdade e o prazer. 

“Os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu inicio, também não tinham a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivos a distração e o recreio”.(SANTOS, 1997).

Hoje devemos dar a verdadeira importância ao lúdico, porque é uma necessidade permanente de qualquer pessoa em qualquer idade, e que não pode ser vista somente como diversão. Para nós educadores a ludicidade têm uma outra visão, além do que ela representa para a maioria das pessoas, a temos como fonte de aprendizagem. Podemos dizer que a brincadeira faz parte do desenvolvimento humano, na parte física e intelectual. O brincar favorece o desenvolvimento afetivo e social, o relacionamento em grupo se torna mais harmonioso, é também um grande instrumento de educação para a vida.

Podemos utilizar a ludicidade em qualquer situação, no nosso caso utilizamos para melhor compreensão no conhecimento matemático, como uma ferramenta básica, trazendo benefícios para a aprendizagem. Outro grande benefício é a referência que o lúdico traz ao aluno, indicando a forma correta dele colocar-se em frente aos seus problemas matemáticos.

O lúdico está presente na vida diária das crianças, e com isso elas vão construindo os seus saberes a partir dos problemas que vão enfrentando. Na aprendizagem matemática, isso não é diferente. As crianças que tem dificuldades recebem um apoio didático utilizando a matemática recreativa, e devagar vão conseguindo operar mentalmente.

Os jogos têm sua função educativa, para jogar as crianças precisam respeitar as regras, decidir, sentir a necessidade de pensar para resolver a sua estratégia.  Mesmo que haja acertos e erros, faz com que a criança exercite sua inteligência, participe ativamente, construindo uma interação durante a realização do jogo.

O professor, ao desenvolver uma atividade lúdica em sala de aula, deverá primeiro planejar e analisar cuidadosamente o jogo didático (quanto a sua finalidade e quais os objetivos a serem alcançados), o número de alunos que farão parte do jogo, o tamanho da sala ou (local), o material utilizado, o relacionamento em grupo e o tempo disponível. Para todos os jogos existem regras, então o professor deverá explicar em termos bem claros, as regras que devem ser respeitadas. Tratando do jogo com competição é indispensável que o professor esclareça a turma sobre o número de partidas e sobre a contagem de pontos.

Independente da atividade que venha a ser resolvida é fundamental a organização e planejamento para que ela seja vista pela criança como lúdica e que venha a contribuir para elevar o conhecimento do aluno.Caberá ao professor esse planejamento e organização das atividades (MOURA, 1994).

 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais ''..., um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver'' (PCN, 1997,48-49).

Este trabalho tem como objetivo geral contribuir para a melhoria da aprendizagem da matemática de alunos de uma 5ª série, através de atividades lúdicas. Os objetivos específicos são:

- Criar e organizar atividades lúdicas, envolvendo o raciocínio lógico matemático e conceitos.

- Colocar em prática as atividades com um grupo de alunos.

- Verificar se houve a melhoria da aprendizagem da matemática desses alunos.

Esperamos, assim, contribuir com a melhoria da aprendizagem da matemática e desenvolver o gosto pela disciplina. Vê-la de modo diferente. Levar a ter uma melhor apreensão dos conceitos matemáticos, tendo como conseqüência uma melhoria na qualidade de vida das crianças.

O TRABALHO NA ÍNTEGRA ESTÁ DISPONÍVEL : https://miltonborba.org/CD/Interdisciplinaridade/Anais_VII_EPEM/co.html

Desenvolvimento e Discussão

Resultados

Considerações Finais

Bibliografia

BRANDÃO, C.R. (Org.)Pesquisa Participante.São Paulo:Brasiliense, 1984.

D’AMBROSIO, U. Da realidade a ação: reflexões sobre educação e matemática, São Paulo/Campinas:Summus/Ed.da Unicamp, 1986.

GAJARDO, M. Pesquisa participante na América Latina.São Paulo: Brasiliense, 1986.

HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura, São Paulo: Perspectiva, EPU, 1986.

ANDRÉ, M.E.D.A. Estudo de caso: seu potencial na educação.Cadernos de Pesquisas, v.49, maio 1984, p.51-54.

D’AMBROSIO, U (Org.) O ensino de ciências e matemática na América Latina, Campinas:Papirus/Ed.da Unicamp, 1984, p.191-203.

MARTINS, G.A. Manual para elaboração de Monografias e dissertações: São Paulo, Atlas, 1984.

LUDKE, M.ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas.

São Paulo: EPU, 1996.

SÃO PAULO (ESTADO), Secretaria da Educação, Proposta curricular para o ensino de matemática: 2º grau, São Paulo: SE/CENP 1992.

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.Parâmetros Curriculares Nacionais.Brasília: MEC/SEF, 1997.

SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5.ed.Rio de Janeiro:Vozes,1997.

MOURA Manoel Oriosvaldo.A séria busca no jogo: do lúdico na matemática, A educação matemática em revista, SBEM, v.3,1994.

Revista de Divulgação Científica da Universidade do Contestado.V.6, n.2. Jul. /dez. Caçador(SC)UnC,1997.

Profº José Francisco Duran Vieira – Colégio Municipal Pelotense- Didática do Ensino de Matemática – e-mail: jfduran@zipmail.com.br

BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática.São Paulo: IME-USP; 1996.

www.calculando.com.br


Publicado por: Silvia Leiko Koga

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