O educador e a Língua Portuguesa
A importância do domínio da língua portuguesa em todas matérias, língua portuguesa na universidade,...O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Acredito que, como educadores, devemos nos preocupar com a formação do nosso aluno, dentro de nossos limites e possibilidades. Deixar passar em branco algo porque simplesmente não é da nossa matéria ou “competência” pode ser um erro.
Vejo na própria universidade – e não só entre os discentes que os “pecados à Língua Portuguesa” são freqüentes e, inclusive, em muitos cursos de licenciatura não há a disciplina como integrante curricular, em muitas Universidades. Vemos pesquisadores de primeira qualidade, que publicam artigos famosos em língua estrangeira sem, no entanto, dominarem a própria língua-mãe.
Na minha graduação, inclusive, tive a oportunidade de participar de uma matéria de metodologia científica cuja docente se utilizava de muitas palavras erradas em seu discurso oral e corrigia certas colocações nossas em escrito de forma equivocada.
De onde vem o problema?
É fato de que muitas pessoas não gostam de ler. E também é fato que muito se deve à forma com que se impõe a obrigatoriedade das leituras. Talvez se a pessoa tivesse tido contato com livros e a leitura destes em suas séries iniciais, ou mesmo em casa, poderia ter despertado esse interesse – ou pelo menos a probabilidade seria maior do que se não houvesse tal contato.
Há pessoas que tiveram contato com obras literárias apenas no último ano do Ensino Médio, ao se verem obrigadas a “decorar o livro” ou, a adquirir e ler aqueles “resumões” das obras indicadas para o vestibular. Como gostar de ler assim?
Assim, pode-se perceber que muito se começa sob este enfoque: o do não-prazer à leitura. Tudo bem que há muita literatura chata (ou mesmo inútil) que somos realmente obrigados a ler e também muito material excelente que muitas vezes somos privados – principalmente no que se diz respeito a tempo e a dinheiro.
Assim, vejo que os professores, dentro de suas condições, poderiam buscar formas de incentivar seus alunos a lerem, não só o livro didático – até porque este, geralmente, é fragmentado nas suas informações e nem sempre é prazeroso de se ler – mas sugerir trabalhos envolvendo livros paradidáticos que se relacionem com o tema estudado; propor apresentações de teatro envolvendo o conteúdo do livro; propor a confecção de redações, cartas, emails; contar histórias nas séries iniciais; indicar bons livros, etc.
Sabe por que comecei este artigo falando da escrita, e não da leitura? Porque é basicamente regra que quem tem o hábito de ler, escreve bem. E acredito que cometemos certos erros porque, além de não termos o hábito da leitura, nem sempre somos corrigidos e, porque não nos atentamos a eles, os repetimos sempre. E não é raro vermos alunos indignados quando um professor que não é de Português corrige um erro, tirando alguns décimos...
Assim, acho que cabe ao professor, sim, independentemente da matéria que leciona, corrigir os erros gráficos de seu aluno e exercitar a interpretação de textos - para que posteriormente ele não sinta tanta dificuldade nem tanto desprazer pela escrita, pela leitura e pelo nossa língua como se vê freqüentemente pois, como se diz por aí: “quem não se comunica, se estrumbica”.
Publicado por: Mariana Araguaia
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