MULTILETRAMENTOS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA JOVENS E ADULTOS
Reflexão, discussão, exploração e entendimento do multiletramento no Ensino de Língua Portuguesa para jovens e adultos.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
Em suma, multiletramentos refere-se às técnicas de leitura e escrita com a utilização de mídias, uma vez que, é um conceito que perpassa toda a população, por conseguinte, o multiletramentos passa por uma história de receios e medos em sua aplicabilidade, professores não utilizam o método por não conseguir aplicar corretamente todas as etapas e por falta de recursos para subsidiar.
Deste modo, é possível aplicar essa técnica em todas as etapas, com ênfase no presente artigo, a técnica discutida refere-se aos jovens e adultos, pois, os mesmos estudam em contra turno, muitas vezes desanimados e desmotivados por uma metodologia monótona.
Decorrente disso, a Educação de Jovens e Adultos passou por transformações ao longo dos anos, devido ao auto índice de analfabetos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) reafirmou o direito da educação a todos, possibilitando a inclusão de todos no ensino.
Logo, multiletrar jovens e adultos requer um professor participativo, dinâmico, atento as especificidades de cada aluno, inovador, crítico, reflexivo, que proporcione a troca de conhecimentos e utilize todos os métodos para desenvolver integralmente o seu aluno, pois, com as TICS a técnica do multiletramento torna-se mais abrangente.
Palavras-chave: Multiletramentos. Ensino. Língua Portuguesa. EJA
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa de forma ampla fazer com que seja possível, a reflexão, a discussão, exploração e entendimento do tema multiletramentos no Ensino de Língua Portuguesa, no qual foi escolhida uma modalidade especifica de ensino, a Educação de Jovens e Adultos.
A modalidade escolhida onde a maioria dos professores relatam a falta interesse dos alunos para os conteúdos apresentados e os alunos relatam a falta de novidade dos discentes. Mas diante de tantas novidades o porquê não inovar? Diante de tantos recursos multiletrados por que não tentar?
O artigo aqui apresentado busca repensar na forma de Ensino da Língua Portuguesa, incluindo a chegada dos multiletramentos na Educação, em especial a de Jovens e Adultos, nas vantagens que tal método poderá trazer e os resultados que os alunos podem chegar a partir da aplicação dos mesmos.
O trabalho está organizado em Fundamentação teórica, onde apresentarei conclusões referentes à pesquisas relacionadas ao tema; métodos, quais as técnicas utilizadas; Breve histórico sobre a educação de Jovens e Adultos, onde veremos o caminho que a mesma percorreu até os dias atuais, as vantagens do multiletramento na Educação de Jovens e Adultos, onde relacionaremos o ensino de língua portuguesa e o multiletramento, apresentaremos as vantagens sobre a utilização.
Desenvolvimento
Fundamentação Teórica
Nos últimos 20 anos a educação sofre significativas mudanças e com elas grandes avanços, novas pedagogias, novos documentos norteadores.
Contudo, não há inovação por parte de professores, por meio ou puro comodismo. Como a falta de aplicabilidade dos multiletramentos em Língua portuguesa, o que geraria grande valia aos educadores e rendimento aos alunos.
De acordo com Lemke (2010[1998]:s.d) “precisamos pensar um pouco em como as novas tecnologias da informação (TIC’s) podem transformar nossos hábitos institucionais de ensinar e aprender”. É momento de aproveitar quaisquer que sejam os métodos para promover aprendizagens significativas aos educandos.
O professor precisará se permitir sair do controle, porque em alguns casos os alunos conhecerão mais que eles mesmos, e deverão aproveitar essa troca, como aluno x professor, e ainda criar ambientes que estimulem trocas como: professor x aluno e aluno x aluno. Segundo Quirino de Souza (2011):
“O aspecto operacional dos multiletramentos levanta questões fundamentais, como, por exemplo, o fato de que, na maioria das vezes, os alunos conhecerão mais do que os seus professores a respeito da navegação on-line e do uso de programas de computador, o que pode levar a uma certa insegurança por parte dos professores, os quais também precisam se multiletrados. [...] mudanças de paradigmas [...] importância de que os professores façam uso das novas tecnologias em sua vida cotidiana, mudando, assim sua própria maneira de ser e estar no mundo”. Pág. 36
Material e Métodos
Para complementar e embasar a presente discussão foram consultados diversos textos de grandes pesquisadores. Após uma análise minuciosa foi escolhidos o livro de Roxane Rojo e Eduardo Moura- Multiletramentos na Escola, que trás de forma clara e objetiva o conceito de multiletramentos e sugeri atividades que possam ser aplicadas em sala de aula; o texto de Clarrise de Paiva, Marli regina da Silva, Silvana de Paula Castro e Vanessa Ferreira Vieira, de título “Multiletramentos no ensino público: desafios e possibilidades”; Eudes Barbosa, com o texto “Letramentos e Multiletramentos: um estudo etnográfico com professores de uma escola pública estadual na cidade de Itabuna-BA”; Andreia Fernanda Orlando e Aparecida de Jesus Ferreira, com o artigo “Do letramento aos multiletramentos: Contribuições à Formação de professores (as) com vistas às questões identitárias; Lavínia dos S. Prado, Caroline F. Alves e Débora C. Santos, com o artigo “ O multiletramento na educação de Jovens e Adultos (EJA): Leitura e Escrita em produção Textuais e Fernanda Maria Almeida dos Santos- “Multiletramentos eensino de língua portuguesa na educação básica: uma proposta didática para o trabalho com (hiper) gêneros multimodais”.
Além das leituras citadas, foram realizadas pesquisas de campo onde visitei um Colégio Municipal em Silva Jardim, município onde resido e um Colégio Municipal em Rio Bonito, município vizinho. Em ambos foram observados três professores diferentes de Língua Portuguesa e anotadas suas atividades, recursos e metodologias utilizadas para equiparar com os textos e criar base para o artigo.
BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE JOVENS E ADULTOS
A Educação de Jovens e Adultos começou com a colonização do Brasil, quando os jesuítas catequizavam adultos indígenas. Com a saída da colonização o ensino cai em decadência. Apenas em 1930 é que são retomados os ensinos. Em 1934 foi criado o Plano Nacional de Educação, que tornou o Estado responsável pela educação primária. As discussões começam, já que existia um auto índice de adultos analfabetos que perdurou por volta de três décadas. Somente em 1967, o Ensino de Jovens e Adultos ganha mais visibilidade com o Movimento Brasileiro de Alfabetização, doravante conhecido como MOBRAL, encabeçado pelo Governo Militar e com grande contribuição de Paulo Freire. Em 1996 é criada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde reafirma o direito da educação básica para Jovens e adultos que não puderam cursar em idade e turno regular, sendo ofertada em contra turno, para que seu trabalho não afete seus estudos.
Observa-se na seção V- da Lei n° 9.394/96:
“Art. 37- A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a educação e aprendizagem ao longo da vida.
§1º os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§2º O Poder público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento.
Art. 38 Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando o prosseguimento de estudos em caráter regular.
§1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I- no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos.
II- no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.”
A partir da LDB foram criados diversos programas e projetos para assegurar o direito dos alunos, tanto como para a formação dos professores.
Pode-se citar o Programa Brasil Alfabetizado, Projeto Escola de Fábrica, PROJOVEM e Programa de Integração da educação Profissional ao Ensino de Jovens e Adultos (PROEJA), o que nos leva aos dias atuais com o ensino sendo ofertado a jovens e adultos, porém há algumas questões que precisam ser melhorar, principalmente no ensino de Língua Portuguesa.
VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE MULTILETRAMENTOS
Conforme já exposto o maior impasse para a aplicabilidade dos multiletramentos em aulas de língua portuguesa seja o medo de o professor não dominar completamente as técnicas midiáticas ou a escola não possuir os subsídios necessários para a execução de seu planejamento. O que poucos sabem é que a metodologia exige muito pouco e entrega muito. Pois, com ela é possível promover a diversidade, a interdisciplinaridade, a transversalidade, a interação social entre alunos e professores.
“uma das principais características dos novos (hiper) textos e (multi) letramentos é que eles são interativos, em vários níveis (na interface, das ferramentas, nos espaços em rede dos hipertextos e das ferramentas, nas redes sociais, etc)”. Moura, Roxo. Pág. 23
O ensino de língua portuguesa acompanhada aos multiletramentos tem o papel e objetivo de tornar os alunos mais críticos, questionadores, (re) criadores de conteúdos, histórias, informações e etc. isto de acordo com o modo como é aplicado, a escolha da melhor ferramenta.
“O trabalho da escola sobre esses analfabetismos estaria voltado para as possibilidades práticas de que os alunos se transformem em criadores de sentidos. Para que isso seja possível, é necessário que eles sejam analistas críticos, capazes de transformar, como vimos os discursos e significações, seja na recepção ou na produção”. Roxo, Moura. Pág. 29
As novas mídias tem papel principal na aplicação. Pois, sem ela seria inviável a concretização do método.
Os discentes devem (re) planejar seus planos de aula, para que escolham métodos e recursos multiletrados condizentes com seus objetivos estipulados. Em Língua Portuguesa aproveitamos diversos textos que se encontram a um clique, até mesmo para as obras literárias a quais podemos trabalhar de forma fragmentada, sem contar que encontramos diversos exemplos de gêneros textuais diferentes reunidos em um único local.
“As mídias e novas tecnologias são escolhas de caso bem pensado, das esferas de circulação do discurso, com efeitos nas formas de composição e no estilo dos enunciados, que permitem superar visões linguísticas fragmentárias [...] pelo fato de focarem a análise da forma não por si mesma, mas em busca da significação.” Rojo, Moura. Pág. 56
É notório que a maior parte das ações que são acompanhadas dos multiletramos acontece for do ambiente escolar, como ler e-mails, mandar mensagens de texto ou voz. Contudo, os discentes sentem dificuldade na implementação, podendo utilizar como justificativas a diferença de idade entre os alunos, assim uma classe mais homogênea que outras.
Partindo da premissa de uma classe homogênea, em idade e classe social, o professor trabalharia facilmente a diversidade e focaria em como uns podem ajudar os outros, despertaria nos alunos uma troca de saberes imenso, saberes esses, não apenas de conteúdo e sim de troca social.
“A concivência, portanto, com os multiletramentos advindos das novas relações sócio-históricas e dos instrumentos multissemióticos que essas relações materializem impulsiona a escola, especialmente a disciplina de língua portuguesa, a desenvolver capacidades de linguagem com diferentes semioses, como as estáticas ou em movimentos, as cores, os sons, os efeitos computacionais.” Rojo, Moura Pág. 152
“os significados das palavras e imagens, lidas ou ouvidas, vistas como estáticas ou em movimento, são diferentes por causa dos contextos em que aparecem- contextos que consistem significativamente em outros componentes de mídia significados em multimídia não são fixos e aditivos (o significado das palavras mais o significado da imagem), mas multiplicamos (o significado da imagem modificado pelo contexto textual), formando um conjunto muito melhor do que a simples soma das partes”. Lemke (1998:283)
Acompanhado ao ensino de língua portuguesa o professor, conseguirá facilmente abordar diversos conteúdos usando apenas um recurso, que de forma planejada pode ampliar o conhecimento do aluno e facilitar seu processo de ensino aprendizagem.
Assim, vejamos um exemplo: ao professor apresentar um fragmento da obra “Os Sertões” de Euclides da Cunha, por meio de arquivo de áudio, pedirá aos alunos que escrevam marcas de regionalização presente (variação linguística), depois os alunos reproduzirão em outra forma de mídia, de escolha deles o fragmentado apresentado. Nesse exemplo, vemos que os alunos serão capazes de reproduzir aquilo que aprenderam. Isso permitirá que os próprios busquem mais informações para montarem uma boa apresentação.
Devemos lembrar que a escola é viva, mutável, com isso, a forma de ensinar também. É impossível aplicar um conteúdo igual a 5 ou 10 anos atrás, é preciso inovar, pesquisar e refletir sobre as práticas docentes e acima de tudo, os professores precisam se inovar.
“O ensino de Língua Portuguesa vê-se levado a promover novas práticas pedagógicas que contemplem os atuais letramentos demandados pelas práticas que renovam e inovam as relações sociais e instalam conflitos entre as gerações.” Rojo, Moura. Pág. 152
“[As] mudanças fazem ver a escola de hoje como um universo onde convivem letramentos múltiplos e muito diferenciados, cotidianos e institucionais, valorizados e não valorizados, locais, globais e universais, vernaculares autônomos, sempre em contato e em conflito, sendo alguns rejeitados ou ignorados e apagados e outros constantemente enfatizados.” Rojo, 2009: 106
Como professor, dessa modalidade de ensino especifica, é preciso não se acomodar em passar o básico, em rejeitar as diferenças. É preciso utilizá-las como peça chave para sua aula, sem contar que como foi apresentado há vários motivos necessários para o professor de Língua Portuguesa utilizar dessa ferramenta, como: vários gêneros literários reunidos a um clique, variações linguísticas, formação de alunos mais críticos, mais coautores de seu processo de ensino-aprendizagem, mais pesquisadores e talvez o mais importante de todos críticos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do artigo foi discutido motivos pelos quais se deve utilizar os multiletramentos no ensino de língua portuguesa, que por sua vez é vista como o terror de muitos alunos tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, foi levantado a questão voltada para a Educação de Jovens e Adultos que oferece ensino em contra turno, e problematizado mais uma vez.
Visto que essa modalidade necessita de atenção, principalmente na língua portuguesa, por uma série de problemas disposto ao longo do artigo e o principal deles, a falta do professor pesquisador. Muitos preferem se contentar e ensinar o básico com somente o que a escola oferece, as vezes nem utilizando todos dos seus recursos possíveis, considerando sempre um classe homogênea (igual) quando na verdade essas classes costumam a ser as mais heterógenas (diversas) que se encontra no ambiente escolar.
Ao professor planejar suas aulas considerando a turma como homogênea, o discente deixará alguns alunos de sua classe fora, por não terem sido considerados. Os multiletramentos auxiliam nessa etapa de ensino, por sua facilidade em ser aplicada, visto estar no dia a dia de boa parte dos estudantes, independente de idade e classe social, e por terem grande caráter de interação social.
Por ser um conceito um tanto quanto novo a receio e relutância de boa parte dos profissionais a respeito de sua aplicabilidade, “como pode a tecnologia auxiliar tanto assim?”, resposta essa fácil de ser respondida se olharmos o avanço que a educação a distância percorreu até os dias atuais.
Outro ponto importante é a formação dos professores de Língua Portuguesa que atual na EJA, a maioria deles está formado a mais de 10 anos, eles acreditam que o ensino foi feito para ser tradicional e querem ensinar como aprenderam, sem enxergar que não é assim, o ensino muda, os métodos, as técnicas, a pedagogia e com isso o professor precisa se reinventar, ser reflexivo quanto a sua prática, dar voz aos alunos para ver o que funciona e o que não funciona, ser pesquisador, buscar métodos para que seus alunos tenham o melhor aproveitamento possível, mesmo que seus recursos sejam pequenos e (re) planejar, toda vez que sentir necessidade de melhorar.
Esses alunos em especial, chegam cansados de um dia longo de trabalho, na obra, na lavoura, em supermercados, enfim, uma aula bem planejada e atrativa tira 100% de aproveitamento do conteúdo exposto, agora uma aula pouco atrativa e que não os mostre aonde utilizaram aquele conteúdo pode cair para menos de 60% de aproveitamento. Ensinar Língua Portuguesa a Jovens e Adultos não é apenas ministrar conteúdos que estejam já estipulados e prepará-los para o mundo, é torna-los críticos, coautores de projetos e pesquisas.
REFERÊNCIAS
MIRANDA, SOUZA, PEREIRA; Leila Conceição de Paula, Leoanrdo Tavares, Isabella Rodrigues Diamantino. A trajetória histórica da EJA no Brasil e suas perspectivas na atualidade
GARCIA, Clarisse Paiva. Multiletramentos no ensino público: desafios e possibilidades. Práticas de Linguagem, Juiz de Fora, Volume 6 especial, p 123-134, 2016.
BARBOSA, Eudes Dias. Letramentos e Multiletramentos: um estudo etnográfico com professores em uma escola pública na cidade de Itabuna. Ilhéus. 2014
SANTOS, Fernanda Maria Almeida. Multiletramentos e ensino de língua portuguesa na educação básica: uma proposta didática para o trabalho com (hiper) gêneros multimodais. Signo, Santa Cruz do Sul. Volume 3. Página 55-65, Jan-Abril 2018.
ROJO, MOURA; Roxane, Eduardo. Multiletramentos na escola. Parábola. São Paulo, 1ªedição. 2019.
Publicado por: Danielle Coutinho Valentim da Silva
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