A Importância da Metodologia Científica para Estudantes no Contexto Universitário
Qual é o nível de conhecimento dos estudantes universitários acerca dos objetivos, métodos, regras e ferramentas inerentes à Metodologia Científica?O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O presente artigo científico tem como objetivo verificar o nível de conhecimento dos estudantes universitários acerca dos objetivos, métodos, regras e ferramentas inerentes à Metodologia Científica, antes e após seu ingresso à universidade. O trabalho está dividido em cinco seções com o intuito de facilitar o seu entendimento, nelas busca-se, de forma concisa, mostrar a importância da Metodologia para discentes e docentes do ensino superior no processo de construção mútua do conhecimento científico, frente às novas realidades e possibilidades vivenciadas por esses agentes do ensino superior contemporâneo. Visto todo o exposto, serão consideradas as concepções de autores renomadíssimos na área de Metodologia Científica para concatenar com o cotidiano universitário os conhecimentos expostos neste artigo, além de embasar a pesquisa na análise de seus resultados.
Palavras-Chave: Conhecimento. Metodologia Científica. Discentes. Docentes. Ensino Superior.
1 INTRODUÇÃO
A educação universitária, cada vez mais, vem sendo discutida em congressos, palestras e demais eventos com o intuito de sinalizar quanto às competências necessárias para o sucesso de estudantes e professores. Visto isso, o presente estudo científico tem como objetivo principal verificar o nível de conhecimento dos estudantes universitários quanto os objetivos, métodos, regras e ferramentas atreladas à Metodologia Científica, antes e após o seu ingresso à universidade.
Diante o exposto acima é fundamental indagar: a disciplina Metodologia Científica ajuda estudantes para a melhora de suas produções acadêmicas?
O artigo está sistematizado, em cinco seções, com o intuito de facilitar a compreensão de seu conteúdo. Sendo assim, no primeiro momento tratar-se-á sobre A Importância da Metodologia para a Construção do Conhecimento Científico, pois a metodologia propõe métodos e técnicas que subsidiam educandos e educadores a constituírem o conhecimento, genuinamente, científico. Na seção seguinte será tratado quanto A Missão do Estudante num Contexto Universitário, visto que é necessário que saiba seu papel diante as ações inerentes e que o cerca a partir de seu ingresso na universidade.
Além disso, são notórias as novas realidades e possibilidades no ensino superior contemporâneo, bem como nas demais modalidades de ensino. O avanço das tecnologias educacionais com o advento dos computadores em sala de aula é exemplo dessa inovação, o professor precisa ser sensível às ferramentas que contribuem com suas práticas de ensino e aprendizagem. Dessa maneira, a seção A Competência do Professor Universitário em Novos Tempos discorrerá sobre conceitos inerentes às praxes docentes.
A seção Metodologia trata do método utilizado, da abordagem, dos atores participantes, do local e instrumentos com vistas a sustentar o objetivo e responder ao questionamento da pesquisa.
Na Análise dos Dados da Pesquisa serão apresentadas informações coletadas através de questionários distribuídos a 11 (onze) discentes de uma Instituição de Ensino Superior do Estado do Amapá e correlacionadas com as concepções de teóricos renomados na Metodologia Científica. Dessa maneira, definindo o perfil do nível de conhecimento antes e depois do ingresso do acadêmico à universidade considerando, assim, suas dificuldades.
Para tanto, utilizar-se-á dos seguintes autores como referências: Teixeira (2010); Severino (2007); Demo(1995); Imbernón (2012); além de outros para suprir a contento as expectativas lançadas neste trabalho.
2 A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA PARA A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO.
Antes de tudo, vale destacar que o termo Metodologia significa “[...] estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 11). Ainda, segundo Demo (1995), a metodologia é uma disciplina que instrumentaliza quanto aos procedimentos a serem tomados na pesquisa, possibilitando acesso aos “caminhos do processo científico”, além disso, ela visa, também, promover questionamentos acerca dos limites da ciência sob os aspectos da capacidade de conhecer e de interferir na realidade.
Para Severino (2007, p. 17-18) o trabalho científico:
[...] refere-se ao processo de produção do próprio conhecimento científico, atividade epistemológica de apreensão do real; ao mesmo tempo, refere-se igualmente ao conjunto de processos de estudo, de pesquisa e de reflexão que caracterizam a vida intelectual do estudante [...].
O conhecimento é importantíssimo para todos os segmentos da humanidade, tornou-se valioso, pois quem o domina pode ter acesso a inúmeras oportunidades. (TEIXEIRA, 2010).
Vieira et al. (2003), aponta que o conhecimento tomou proporções que vão além dos limites das instituições de ensino ou do que o professor pode dispor, podendo ser construído em várias formas e lugares.
Frente a essa afirmativa há a necessidade de sistematizar o conhecimento científico, pois a partir disso a metodologia começa a ser instituída e atrela a pesquisa o seu pleno desenvolvimento.
Nesse sentido, Severino diz que a pesquisa assume três dimensões na Universidade:
De um lado, tem uma dimensão epistemológica: a perspectiva do conhecimento. Só se conhece construindo o saber, ou seja, praticando a significação dos objetos [...] assume ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva decorrente de sua relação com a aprendizagem. Ela é mediação necessária e eficaz para o processo de ensino/aprendizagem. Só se aprende e só se ensina pela efetiva prática da pesquisa. Mas ela tem ainda uma dimensão social: a perspectiva da extensão [...]. (SEVERINO, 2007, p. 26).
Nesse contexto, a pesquisa assume papel importante, pois tanto docente, quanto o estudante fará uso da pesquisa para aprimorar, pôr em prática e construir conhecimento de maneira significativa. Severino (2007, p. 25-26) diz que o “professor precisa da prática da pesquisa para ensinar eficazmente; o aluno precisa dela para aprender eficaz e significativamente [...]”.
Segundo Teixeira (2010), para que se alcance uma educação de qualidade esta deve estar atrelada ao conhecimento. Dessa maneira, será possível a construção do conhecimento voltado para uma educação comprometida e, realmente, construtiva.
Portanto, compete aos professores e estudantes, através da prática de pesquisa, proporcionar a sociedade novos conhecimentos com a finalidade de torná-la padrão na praxe do ensino superior e nas demais modalidades de ensino (principalmente no ensino médio), o que certamente facilitaria, significativamente, a vida do ingressante de ensino superior.
3 A MISSÃO DO ESTUDANTE NUM CONTEXTO UNIVERSITÁRIO
Ao ingressar na universidade o estudante depara-se com situações pouco comuns a sua realidade, até então. A partir disso, é necessária uma adequação, por parte do estudante, ao novo ambiente. Para Severino (2007, p. 37):
No ensino superior, os bons resultados do ensino e da aprendizagem vão depender em muito do empenho pessoal do aluno no cumprimento das atividades acadêmicas, aproveitando bem os subsídios trazidos seja pela intervenção dos professores, seja pela disponibilidade de recursos pedagógicos fornecidos pela instituição de ensino.
Teixeira (2010), ao mencionar sobre as competências transversais do ofício do aluno, diz que o estudante precisa desenvolver três atos acadêmicos: os hábitos de estudar, ler e escrever textos para torna-se atuante na sociedade. Isso servirá como requisito para que o estudante torne-se um pesquisador.
O ato ou hábito de estudar está diretamente ligado ao de aprender através de boas práticas de leitura e atenção às aulas, dando ao aluno a possibilidade de participar, interpretar e envolver-se no desenvolvimento de tais práticas. Sendo assim, deve-se aproveitar ao máximo as aulas em sala, pois “esse material didático científico deve ser considerado e tratado pelo estudante como base para seu estudo pessoal, que complementará os dados adquiridos através das atividades de classe” (SEVERINO, 2007, p. 43), além das leituras de bons livros que possibilitem atuação e/ou reflexão do estudante.
A leitura faz-se necessário à vida do estudante, visto a necessidade que este tem em produzir trabalhos acadêmicos. Para Teixeira (2010, p. 27) “a leitura envolve a prática de dar significado ao mundo que nos cerca”. Dessa forma, a autora divide a leitura dirigida em duas etapas:
· MOMENTO 1 NO ATO DE LER: Ler para identificar a fonte do texto, o autor. Fazer uma leitura geral para aprender a ideia/mensagem central. Não sublinhe nada, não anote nada ainda, só leia o texto inteiro.
· MOMENTO 2 NO ATO DE LER: Ler para procurar os significados, ideias correlatas, conceitos, para destacar os trechos significativos e informações complementares à ideia central. Sublinhe / destaque tais trechos no texto. Não anote nada ainda. Só na terceira leitura é que você de iniciar o seu trabalho de escrita. (grifo da autora)
Para escrever textos o estudante deve possuir alguns conhecimentos prévios, tais como: “conhecimento linguístico; conhecimento dos tipos de texto e suas características; conhecimento de mundo”. (TEIXEIRA, 2010, p. 33).
Diante todo o exposto, quanto as suas atribuições, será necessário, para que obtenha sucesso na universidade, que o estudante se empenhe, pois dele serão exigidas responsabilidades condizentes do ensino superior e que superam as de suas experiências anteriores.
4 AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM NOVOS TEMPOS
Avanços tecnológicos e a inserção de computadores influenciam na qualidade do ensino, principalmente, o superior. Atentar para como o computador é utilizado, através da Internet (Redes Sociais) e outras mídias, é fundamental, pois, nem todo conteúdo disponibilizado é significativo. É necessária uma reflexão quanto a essas informações para que, então, o estudante consiga desempenhar suas competências a contento. Dessa forma, ninguém melhor que o professor para refletir e propor conteúdos significativos. Sendo assim, o professor deve utilizar todos os recursos a sua disposição em sua didática para que a qualidade do ensino e aprendizagem seja otimizada.
Nesse sentido, Antunes (2009, p. 97-98) diz que:
Essa posição ressalta o valor da perspectiva construtivista da aprendizagem e redefine o papel do professor [...] Em síntese, o papel do novo professor é o de usar a perspectiva de como se dá a aprendizagem, para que, usando a ferramenta dos conteúdos postos pelo ambiente e pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e os leve a se tornarem aptos a resolver problemas ou, quem sabe, criar ‘produtos‘ válidos para seu tempo e sua cultura.
O professor ao utilizar o computador poderá ministrar uma aula diferenciada, mais criativa, que estimule o aluno que deseja aprofundar-se, buscar e investigar, transformando o conhecimento abstrato (a teoria) em concreto (a prática). Contribuindo de maneira eficaz no processo de ensino e aprendizagem, estimulando o interesse à pesquisa e desenvolvendo o raciocínio. Sendo assim, “o conhecimento deve ser construído pela experiência ativa do estudante e não mais ser assimilado passivamente [...]”. (SEVERINO, 2007, p. 25).
Podemos ensinar e aprender sem eles, porém sua apropriação é importante tanto ao estudante como aos professores, mais a este, pois os computadores com seus aplicativos podem ser ‘próteses‘ maravilhosas para o cérebro humano em suas funções tanto de aprendizagem como de produção. (BETTEGA, 2010, p.17).
Sendo assim, “o computador deve permitir criar ambientes de aprendizagem que façam surgir novas formas de pensar e de aprender”. (BETTEGA, 2010, p. 13).
Não se deve deixar que essa ferramenta perca o seu caráter pedagógico e funcione, somente, como um instrumento de mera reprodução, em que o conhecimento venha pronto, não oportunizando sua construção. O computador utilizado sem objetivo, certamente, trará sérias consequências ao estudante, tornando-o um mero repetidor de informações sem consciência crítica e opinião própria.
Para Bettega (2010, p. 10):
Não se trata apenas do uso do computador como uma simples ferramenta, como a antiga máquina de escrever, mas sim do conhecimento de um sistema simbólico, de mais linguagem, que se lhe é apresentada, também, como um meio de organização cognitiva da realidade pela constituição de novos significados, expressão, comunicação e informação.
Com tudo isso, a informática na educação tem papel importantíssimo na aplicação acerca dos conteúdos que constam nas ementas das matrizes curriculares de cada disciplina e na interação dos estudantes. A informática na educação “tem o objetivo de atender diferentes interesses educacionais e econômicos” (VALENTE, 2011, p. 27).
Quanto à didática, ou seja, a forma de ensinar, o professor deve atuar de forma a contextualizar os conhecimentos científicos para que seus alunos superem possíveis dificuldades que são pertinentes à vida universitária e, consequentemente, para que possam, também, alcançar o sucesso profissional. Teixeira (2010, p. 17) diz que a sociedade “passou a exigir indivíduos que pensem globalmente e atuem localmente”.
Sendo assim, o professor deve ter formação adequada para fazer conexão entre os conhecimentos científicos e os do discente, “descobrir novos métodos e meios de ensino [...] a fim de motivar e encantá-lo para a aprendizagem” (ÁBILA 2010, p.35), de maneira coesa, que prime pela excelência e formação da criticidade através do processo de construção do conhecimento. Freire (1996) diz que para que isto ocorra o professor deve refletir criticamente sob sua prática, analisando o que já fora aplicado e o que será posto em prática.
Para Imbernón (2012, p. 50-51) “aprender na universidade já não pode ser tão somente a repetição mecânica de conhecimento, mas precisa incluir habilidades como flexibilidade de pensamento, a comunicação, o trabalho em grupo e a tomada de decisões nos processos”.
Portanto, é através do conhecimento que países como o Brasil podem alcançar posições elevadas no quesito qualidade de vida. Sendo assim, a educação superior tornou-se estratégia para o desenvolvimento humano, sendo necessária à busca de uma nova reflexão sobre o processo. Cabe aos docentes transformar suas ações, contemplando novas formas didáticas e metodológicas de promoção do ensino e da aprendizagem, para que não seja um mero expectador dos avanços estruturais de nossa sociedade, mas um instrumento de enfoque motivador desse processo.
5 METODOLOGIA
Visando a sistematização do raciocínio utilizou-se neste trabalho o método indutivo. Foram utilizados onze questionários estruturados, com perguntas fechadas, numa abordagem quantitativa, distribuídos aos acadêmicos do segundo ao último semestre de licenciaturas e bacharelados em Instituição de Ensino Superior (IES) do Estado do Amapá, entre eles: seis acadêmicos estavam no último semestre, quatro cursavam licenciaturas e dois bacharelados; quatro no antepenúltimo semestre, todos em licenciaturas; e, um acadêmico cursava o segundo semestre em bacharelado. Vale informar que 4 (37%) dos entrevistados já possuem outra graduação. Além disso, houve a preocupação em pesquisar às diversas fontes teóricas como livros, revistas e artigos científicos, perfazendo assim um levantamento bibliográfico com o intuito de fundamentar os objetivos da pesquisa com autores que são referências no contexto da disciplina Metodologia Científica.
6 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA
Foram distribuídos e respondidos onze instrumentos de pesquisa com o intuito subsidiar a análise a seguir:
Perguntados acerca do nível de conhecimento em relação aos objetivos atrelados a disciplina Metodologia Científica (M.C.), ao ingressar na graduação, obteve-se as seguintes respostas: 4 (37%) disseram que não tinham conhecimentos, 3 (27%) informaram que tinham conhecimento regular, 3 (27%) conhecimento bom e 1 (9%) acadêmico tinha um conhecimento excelente ao ingressar na universidade. Isso reforça a falta de comprometimento das modalidades de ensino que antecedem o superior em preocuparem-se com ascensão de seu alunado à universidade. Visto que as posturas de estudo do estudante “devem mudar radicalmente, embora explorando tudo o que de correto aprendeu em seus estudos anteriores” (SEVERINO, 2007, p. 38).
Já acerca de seus conhecimentos atuais sobre os objetivos da M.C., os acadêmicos responderam o seguinte: nenhum dos acadêmicos respondeu não têm conhecimento, 1 (9%) tem o conhecimento regular, 8 (73%) têm bom conhecimento e 2 (18%) têm excelente conhecimento. Dessa forma, é possível afirmar que a disciplina proporciona tal esclarecimento frente a seus objetivos. Pois para Teixeira (2010, p. 17) “irá tratar da discussão sobre a construção do conhecimento e dos trabalhos acadêmicos que passamos a elaborar e apresentar quando enveredamos no meio acadêmico/universitário”.
Frente às regras, ferramentas e métodos usados na produção de trabalhos científicos os acadêmicos: 4 (37%) não tinham conhecimentos, 3 (27%) informaram que tinham conhecimento regular, 3 (27%) conhecimento bom e 1 (9%) acadêmico tinha um conhecimento excelente ao ingressar na universidade.
Quando indagados sobre o nível de conhecimento atual das regras, ferramentas e métodos usados na produção de trabalhos científicos: nenhum dos acadêmicos respondeu não ter conhecimento, 2 (18%) têm o conhecimento regular, 7 (64%) têm bom conhecimento e 2 (18%) têm excelente conhecimento. Reforçando a importância da disciplina na produção desses trabalhos. Para Severino (2007, p. 39) “é com o auxílio desses instrumentos que o estudante se organiza na sua vida de estudo e disciplina sua vida acadêmica”.
Quanto ao conhecimento sobre as principais produções científicas ao ingressar na universidade: Fichamento – 3 (27%) responderam que não tinham conhecimento, 5 (46%) tinham um conhecimento regular, 2 (18%) consideram que tinham um bom conhecimento e 1 (9%) acadêmico informou já tinha excelente conhecimento; Resumo – nenhum acadêmico respondeu que não tinha conhecimento antes de cursar o ensino superior, 2 (18%) responderam que seu conhecimento era regular, 7 (64%) disseram que tinham um bom conhecimento, e, 2 (18%) tinham um conhecimento excelente; Resenha – 4 (37%) responderam que não tinham conhecimento, 4 (37%) tinham um conhecimento regular, 2 (17%) consideram que tinham bom conhecimento e 1 (9%) acadêmico informou já tinha excelente conhecimento; Projeto de Pesquisa – 5 (46%) responderam que não tinham conhecimento, 3 (27%) tinham um conhecimento regular, 3 (27%) consideram que tinham bom conhecimento e nenhum acadêmico respondeu que tinha conhecimento excelente antes de cursar o ensino superior; Artigo – 4 (36%) responderam que não tinham conhecimento, 5 (46%) tinham conhecimento regular, 2 (18%) consideram que tinham bom conhecimento e nenhum acadêmico respondeu que tinha conhecimento excelente. Nesse aspecto, é preciso notar que 37% dos entrevistados já possuem outra graduação. A partir do seu ingresso na universidade “o estudante dar-se-á conta de que se encontra diante de exigências específicas para a continuidade de sua vida de estudos”. (SEVERINO, 2007, p. 38).
Com relação ao nível de conhecimento sobre as principais produções científicas atualmente: Fichamento – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 2 (18%) responderam ter o conhecimento regular, 6 (55%) disseram ter bom conhecimento e 3 (18%) têm conhecimento excelente; Resumo – nenhum acadêmico respondeu que não ter conhecimento, 1 (9%) respondeu que seu conhecimento é regular, 6 (55%) disseram que têm bom conhecimento e 4 (36%) têm conhecimento excelente; Resenha – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 1 (9%) respondeu que seu conhecimento é regular, 7 (64%) disseram que têm bom conhecimento e 3 (27%) têm conhecimento excelente; Projeto de Pesquisa – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 4 (36,5%) responderam que têm conhecimento regular, 4 (36,5%) disseram que têm bom conhecimento e 3 (27%) têm conhecimento excelente; Artigo – nenhum acadêmico respondeu não ter conhecimento, 2 (18%) responderam que têm conhecimento regular, 7 (64%) disseram que têm bom conhecimento e 2 (18%) têm conhecimento excelente.
Ao questionar os acadêmicos se a disciplina Metodologia Científica ajudou a melhorar o nível de suas produções acadêmicas, as respostas foram: 1 (9%) respondeu que não, 8 (73%) informaram que sim, 2 (18%) acadêmicos disseram que em alguns momentos a disciplina possibilitou essa melhoria. O resultado dessa proposição responde ao questionamento inicial sobre a Metodologia Científica que este trabalho propôs, pois a produção acadêmica e o “conhecimento científico exige a utilização de métodos, processos e técnicas especiais para análise, compreensão e intervenção na realidade”. (TEIXEIRA, 2010, p. 85).
Quando indagados quanto às dificuldades enfrentadas na construção de trabalhos acadêmicos, dentro das proposições, obteve-se dos acadêmicos as seguintes respostas: 2 (18%) responderam que essas dificuldades se dão devido à carga horária da disciplina Metodologia Científica, 6 (55%) responderam que o problema está no professor, nenhum acadêmico atribuiu à disciplina sem desinteressante, 1 (9%) afirmou que todas as alternativas acima eram válidas e, 2 (18%) estudantes afirmaram que nenhuma das alternativas anteriores eram as causas da problemática. Dessa forma, faz-se necessária uma reflexão do papel do professor no ensino superior, conforme o tratado na seção AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO EM NOVOS TEMPOS.
Levando em consideração as dificuldades vivenciadas pelos que ingressam no nível superior, a Metodologia Científica dá suporte técnico, teórico e metodológico para as produções acadêmicas que forem desenvolvidas durante o curso, pois apontará caminhos seguros e mais simples ao acadêmico na construção de conhecimento.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Frente aos aspectos que visam além do processo de aprendizagem dos educandos, as exigências do mercado que devido à globalização dos conhecimentos, exigem cada vez mais empenho do professor para agregar em suas práticas pedagógicas os diversos recursos didáticos a fim de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa forma, buscou-se abordar as competências que professores e alunos necessitam para o sucesso no meio universitário, na tentativa de estimular, significativamente, para ambos, o processo de ensino e aprendizagem no ensino superior.
Portanto, os dados pertinentes à pesquisa realizada neste trabalho com relação à disciplina Metodologia Científica, vistas as dificuldades que surgem no momento em que o estudante ingressa à universidade, puderam confirmar sua importância para o desenvolvimento estudantil num contexto universitário.
THE IMPORTANCE OF THE SCIENTIFIC METHODOLOGY FOR STUDENTS IN THE ACADEMICAL CONTEXT
ABSTRACT
This research paper aims to determine the level of knowledge of students about the objectives, methods, rules and tools inherent Scientific Methodology. The work is divided into five sections in order to facilitate their understanding, search them up, concisely, showing the importance of methodology for students and professors of higher education in the process of mutual construction of scientific knowledge, in the face of new realities and opportunities experienced by these agents of contemporary higher education. Since all the above will be considered the views of authors in the area of ??Scientific Methodology to concatenate with the daily university knowledge presented in this article, and base the research on the analysis of their results.
Keywords: Knowledge. Scientific Methodology. Students. Teachers. Higher Education.
REFERÊNCIAS
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ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas inteligências e seus estímulos. 15. ed. Campinas, SP: Papirus, 2009.
BETTEGA, Maria Helena Silva. A educação continuada na era digital. 2. ed. São Paulo, SP: Cortez, 2010.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 3. ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Atlas, 1995.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 28. ed. São Paulo, SP: Paz e Terra, 1996.
IMBERNÓN, Francisco. Inovar o ensino e a aprendizagem na Universidade. Tradução Silvana Cobucci Leite. São Paulo, SP: Cortez, 2012. (Questões da nossa época, v. 40).
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. rev. e atual. São Paulo, SP: Cortez, 2007.
TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: acadêmica, da ciência e da pesquisa. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
VALENTE, José Armando. Diferentes usos do Computador na Educação. Disponível em:
VIEIRA, Alexandre Thomaz et al. Gestão educacional e tecnologia. 1. ed. São Paulo, SP: Avercamp, 2003.
Publicado por: Alex Robson dos Anjos dos Santos
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