Whatsapp

Idas e Voltas de um professor de A.C.T.

Idas e Voltas de um professor de A.C.T., A.C.T., Professor. Profissão. Respeito. Dedicação profissional, A atuação do A.C.T. na escola estadual, a ação reflexiva do professor.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

            IDAS E VOLTAS DE UM PROFESSOR A.C.T. NA REDE ESTADUAL DE ENSINO.

Lidiana dos Santos
Silvio Luis Indrusiak Weiss

 Curso de especialização em psicopedagogia


Resumo:

Ser um professor A.C.T.. , admitido em caráter temporário na educação estadual de Santa Catarina é uma árdua missão. Buscamos por um país solidário e igualitário, mas a verdade é que até mesmo ter a dignidade de lutarmos pelos nossos direitos está sendo difícil. A idéia de que muitos profissionais só ocupam vagas e desvalorizam a classe docente não está fora de nossa realidade, cabides de emprego então nem se fale, a verdade nua e crua, doa a quem doer.

Palavras chaves: A.C.T.. Professor. Profissão. Respeito. Dedicação profissional.

1. INTRODUÇÃO

Tantas as abordagens, embasamentos teóricos e aprendemos que o melhor dos bancos escolares está nas praças, nas ruas e calçadas. O artigo a seguir é o resultado de inúmeras vivencias de nosso fazer pedagógico, nossas lutas, anseio, frustrações, emoções vividas por um admitido em caráter temporário na educação estadual de Santa Catarina.


A longa saga de um professor A.C.T. é a idéia central que nos leva a esta reflexão. Os anos passam a fio, entra governo e sai governo, e a situação não muda, ou talvez até mude, mas não para melhor. Encerra-se o ano e a angustia dá o seu início: para onde irei? O que farei durante o período de férias? E a incerteza segue sem destino. Essa é a realidade de um A.C.T. na Educação Estadual de Santa Catarina. Nós somos fracos, mas somos muitos e muitas vezes bem requisitados, poucas vezes vistos com bons olhos, alguns usam a máquina Estadual, corrompem secretárias, passam por cima de tudo e de todos, outros calam, abalam, desfalecem, emudecem... Nem todos, diga-se de passagem, ou será essa uma das minhas passagens. Tal qual um retirante da seca ou de um Catarina, é a difícil trajetória de um professor act, busca, procura, luta, defende sua vaga com unhas e dentes, início de ano sempre a mesma história: a escolha de vagas, poucas, mínimas e muitas vezes escondidas vagas. Vagas essas, preciosas para quem muitas vezes espera messes a fim de assumir sua classe e principalmente ver a cor do seu suor transformado em cifras. Somos uma categoria sofredora entre a razão e a emoção, os desgastes que sofremos em busca de nossos direitos por vezes nos levam ao caus que se encontra a educação, com professores injustiçados, enclausurados em sua sala de aula, desanimados da sua razão maior que é educar para a vida.

O conteúdo pode parecer melancólico por vezes até trágico, porém só quem foi ou é ACT pode saber as amarguras de tentar ser professor. Saudosos tempos aqueles em que a professorinha do bairro era idolatrada pela comunidade escolar, hoje oque vivenciamos é o uso da escola para fins políticos, com diretores impostos e estes já com os nomes e vagas garantidas para seus amigos partidários, e quem ousar entrar nesta briga,se não for forte corre o risco de morrer na praia , e se for forte o bastante é tachado de encrenqueiro e brigão , e não apenas correrá o risco de ser repudiado pois isso certamente acontecerá. O ingresso a sala de aula como se pode perceber não é de veras muito fácil, fora que muitas vezes o profissional é desvalorizado até mesmo em seus atos mais heróicos, o de ter a dignidade de lutar pelos seus direitos e de conquista-los .

Ao longo do caminho, ultrapassando obstáculos, pulando cercas, atravessando oceanos, com ajuda de sindicatos, advogados e mídias, consegue o professor a sua vaga, a tão sonhada vaga. Em meados do ano letivo, já que é brigão escolhe-se a turma, quando não forma-se uma turma especial para o encrenqueiro ver com quem está lidando. Raça, amor e força de vontade são os conteúdos básicos para quem irá enfrentar uma escola sucateada, sem recursos e nem boa vontade. E a turma é aquela preparada para matar e não para morrer, alunos que passaram por várias mãos, mas mãos efetivas não tocam em alunos problemas como também os exclui de sua sala perfeita.

2. A atuação do A.C.T. na escola estadual.

De acordo com o artigo 06 do ultrapassado Projeto Político Pedagógico, da Escola Estadual Joana de Gusmão Alexandre, situada em uma pacata cidade do sul catarinense:

“A comunidade é composta por uma grande margem percentual de famílias constituídas por pais separados, onde o nível de reprovações de alunos oriundos dessas famílias também gera preocupação, sendo nosso dever prover meios de recupera-los,principalmente no que diz respeito a alto estima”

Vê-se ai um dos trágicos desencontros de realidades, cujo padrão da família brasileira sofreu mudanças nos últimos tempos, o que encaixar nos moldes atuais da família brasileira? Encaixa-se no referido PPP que a problemática do índice de repetência está vinculado diretamente ao fato de que as famílias não têem estrutura por serem compostas de “padrastos e madrastas”, será que o fato do professor não ter cursos periódicos de aperfeiçoamento, ou quando estes aparecem só os escolhidos a desfrutarem desde benefício são os efetivos da escola, também está correlacionado com o nível familiar dos mesmos e de seus alunos? Triste realidade, daria um bom ibope no horário nobre, quem sabe ainda melhor no quadro humorístico e classificatório “se vira nos 30”.

Ao conquistar o seu direito de lecionar, o professor ganha como brinde a obrigação de ser mãe, conselheira espiritual, médica e por vezes educadora. Deve trazer na mala grande carga de paciência, bondade, amor, compreensão e principalmente uma bola de cristal para conseguir em pouco tempo diagnosticar sua turma e incluir-se a ela. São os mais variados problemas: crianças que em meio ao segundo ano repetente na classe de alfabetização que ainda não identifica letras e até mesmo seu próprio nome, crianças pré-avaliadas pelo ensino especial, necessitada de acompanhamento psicológico deixadas de lado pela família por classificar o ensino especial como escola para loucos, entre estes, outros pequenos problemas de violência sexual, tentativas de homicídio e uso de drogas, diga-se pequenos problemas para quem fica de frente para o mar de costas para o mundo.

Enfim, consegue o pobre infeliz fazer parte da vida de seus pequenos sofredores, messes a lecionar e nada a receber, sem esquecer o coitado que entrou no estabelecimento depois de muito lutar pelo seu espaço, e principalmente isso é lembrado todo dia de pagamento em que sua admissão fica trancada em gavetas aqui ou acolá. Porém luta e garra são palavras básicas de um ACT, ele não desiste jamais, busca outros recursos como o de repente chegar a sua escola sendo o próprio sacoleiro ou contrabandista paraguaio a fim, de tarde muito tarde, chegar a sua casa e trazer o sustento dos seus rebentos solitários que estão aos cuidados de outros.


A vontade de ser professor já não é mais pré-requisito para o mesmo, dá-se aí a situação caótica das escolas catarinenses, cujas secretarias politiqueiras transformam mais este setor em cabide de empregos, favorecendo amigos, parentes e em primeiro lugar partidários. Acordar para a vida em busca de novos valores, de transformação. O homem está despertando. Ele está passando do nível da consciência semi-intrasitiva para um nível já histórico.
Essa passagem é assim, historicamente explicada por Paulo Freire no livro ”conceito e método de Paulo Freire” de Frederck Karl Laufer (1980):

“Quando a sociedade fechada começa se despertar, o novo dado é dado pela presença exigente da massa. O silêncio já não é visto como algo inalterável, porém, como o resultado de uma realidade que pode e deve ser transformada. O homem enquanto professor se desbiologiza e começa a viver numa realidade que lhe pertence. Compreende a realidade na qual se encontra emerso, entende a sua responsabilidade de transformador. É o homem tornando-se histórico.”

Busca-se por essa mudança, onde o homem não se deixa mais oprimir ou, afastar-se de seus ideais. Está na hora de novamente quebrarmos os grilhões da ditadura e construirmos um mundo mais igualitário onde a impunidade tenha um fim, onde um professor qualificado, possa por sua vez assumir o que é seu de direito,não deixando-se carregar pelos inúmeros segregados profissionais sem mercado de trabalho enquanto os cofres públicos amarrotam em folhas de pagamentos dos entes Silvas e Silveiras da vida.

As propostas no que concerne a Educação, reúnem poucos avanços, alguns recuos e, sobretudo, muitas retomadas de aspirações e lutas adiadas (ou perdidas) ao longo de décadas. O professor continua a ser visto como sendo aquele que faz bicos, não tem emprego fixo, muitas vezes tratado assim por familiares bem próximos , poucos são os merecidos e reconhecidos professores por sua árdua batalha, batalha essa travada antes mesmo quando faz-se a escolha de ser professor. Digamos faz-se a escolha, pois como já referido anteriormente a vocação já não é o ponto culminante na escolha da profissão. A área do magistério tem sido invadida por profissionais das mais variadas capacitações, isso porque o mercado de trabalho está cada vez mais concorrido e vagas escaças, já na área educacional sempre há um jeitinho pra tudo, então lá vem o amigo da diretora formado em administração lecionar matemática, pois de números ele entende. Quando se toca nestes assuntos muitos acham ilusório ou fantasioso, mas é o que mais ocorre na educação de nosso Estado, pessoas não habilitadas ocupando lugares de profissionais sérios e habilitados que investem em aperfeiçoamento, especialização e acabam perdendo a oportunidade de lecionar para dar vagas aos cabides da Educação, e o aluno, neste aspecto perde muito, pois o próprio, passa a ser apenas orientado pelo então casualmente “ professor”. Este que passa a transferir conteúdos dos livros didáticos a fim de apenas cumprir sua carga horária, mas não perde só o aluno com isso, pois, perde o Estado e o País que recebe recém formado sem capacitação suficiente para o mercado de trabalho.

O número de alunos que vão sendo reprovados ou expulsos da escola é assustador. E esse fracasso é dado somente como do aluno, que na realidade é vítima do descaso na hora de classificar e principalmente no momento do professor habilitado ter a oportunidade de assumir sua turma, posto que as vagas sejam manipuladas de acordo com a vontade partidária. A evasão escolar e a própria reprovação estão intensamente ligadas com o descaso na contratação de professores não capacitados.

A educação escolar passa por uma ruptura em seu processo, pior ainda quando essa contratação dá-se em meio do ano letivo, onde professores admitidos em caráter temporário, capacitados e bem estruturados didaticamente já sentem uma grande dificuldade em enfrentar uma classe que já está com seus hábitos e vícios bem definidos. O que faz alguém que se encontra nesta situação e sem preparo pedagógico? Passa a ser um mero repassador mecânico de conteúdos e como conseqüência volta neste estágio a avaliar reduzidamente com provas e notas; os alunos passam a estudar “para se dar bem na prova” e para isso têm de memorizar as respostas consideradas certas pelo professor. Desaparece o debate, a polêmica, as diferentes leituras do mesmo texto, o exercício da dúvida e do pensamento divergente, a pluralidade.

A sala de aula se torna um pobre espaço de repetição, sem possibilidade de criação e novas idéias.

Foucault (1977) nos mostra como a prova e o exame é um espaço que inverte as relações de saber em relações de poder. Em seus estudos de uma microfísica do poder, revela como se deu o uso da normalização. “O exame combina as técnicas da hierarquia que vigia e as da sanção que normaliza.”

A primeira notícia que temos de exame nos é trazida por Weber (1978) quando se refere ao uso pela burocracia chinesa, nos idos de 1200 a.C., para selecionar, entre homens, aqueles que seriam admitidos no serviço público. Portanto, a prova aparece não como uma questão educativa, mas como um instrumento de controle social.

Todas as pessoas são constantemente solicitadas a tomar decisões. Desde as pessoais, de caráter individual, até aquelas cujas conseqüências atingirão o grupo social. Na escola, as atitudes tomadas por administradores e professores, geralmente, têm conseqüências para os alunos. Por isso, é muito importante que os alunos também participem do processo decisório, para que seus interesses e direitos sejam respeitados. Os alunos, e não só eles, mas todas as pessoas, só aprendem a tomar decisões na medida que tem oportunidade de tomá-las. E a escola, agência cujo principal objetivo é educar as novas gerações, tem grande responsabilidade no desenvolvimento da capacidade para decidir.

Desvaloriza-se assim todo um processo de aprendizagem que inicía-se com a construção conjunta do projeto político pedagógico, com um planejamento contínuo partindo da realidade do aluno, mas isso é muito contrário do que presenciamos em nossas escolas. Com a desvalorização sofrida ao longo dos anos, o professor bitola-se a receber um projeto político pedagógico pronto, ou quando isso nem ao menos acontece, o plano de aula é o mesmo usado nos anos anteriores, os livros didáticos já não contemplam mais a sua rotineira atividade de meras cópias, pois não trazem mais os monótonos textos próprios para tal. Pensamos que haveria uma grande mudança na qualidade de ensino se houvesse uma aplicação maior de recursos para a educação, incluindo este investimento em professores, alunos e escolas. Que saiam das gavetas administrativas tantos projetos que visam um constante aperfeiçoamento, valorização e capacitação de professores. Que saltem das telas da mídia as salas de informática para dentro das reais condições das escolas catarinenses.. Que as escolas estejam apropriadas para receber e incluir os mais variados casos de alunos portadores de necessidades especiais e não apenas maquiar esta imagem colocando-os em salas normais, corretíssimos na teoria, mas esquecidos na prática. São tantas as modificações necessárias nas escolas catarinenses, mas essas modificações podem e deve iniciar pelo professor, principalmente o Admitido em caráter temporário aqui em questão, modificando sua postura diante de tantos fatos relevantes que oprimem e segregam. O professor deve lutar e conquistar seus direitos, não se deixar abater diante das batalhas cotidianas. Exata luta não é solitária, gritos que antes eram reprimidos hoje urgem pela assembléia em busca de melhorias salariais, de dignidade para enfrentar o tão disputado lugar ao sol. Resta-nos enquanto profissionais bem capacitados valorizar o nosso espaço, fazendo valer nossa especialização buscando por meios próprios de devolver ao nosso educando a vontade de vencer no ano letivo. Devemos crer que as mudanças ocorreram mais cedo ou mais tarde, mas ocorreram. O objetivo do governo do estado é de reduzir ao mínimo o número dos admitidos em caráter temporário, mas eles sempre existirão posto que sempre haverá efetivos com seus atestados e licenças. O verdadeiro sentido de ser A.C.T. é esperar pelo afastamento do professor efetivo, para enfim, substituí-lo. O problema que aqui foi ressaltado, os não habilitados e seus cabides de emprego, são um dos principais fatores de desvalorização deste profissional (A.C.T.), pois a sua atuação nas salas de aula coloca em risco a generalização de toda categoria.

De acordo com Arroyo (2002), o direito à educação e o sucesso da mesma nunca serão garantidos por um clube de amigos. Os amigos da escola têm sido considerados uma descaracterização da educação escolar que vem sendo tratada como “terra invadida por aventureiro”.

Parece que qualquer pessoa que se dispor pode ser professor (a) ou gestor escolar.
É correto afirmar que muitos professores não estão preparados para enfrentar situações diferentes das quais estão habituados, pois uma graduação por si só não é suficiente para garantir uma qualidade de ensino.

Em muitas salas de aula a realidade que encontramos, são profissionais recém formados no ensino superior, dando início ao processo de aposentadoria, ou seja, a capacitação de nada serve a não ser para um bom aposento ou acréscimo na folha de pagamento.
Outro fato que nos é óbvio, é que, todas as áreas avançam, mas a sala de aula continua a mesma, com seu quadro negro e carteiras enfileiradas. É justo que o professor deve lutar por seus direitos, mas principalmente deve fazer por merecer seus benefícios.

É indispensável que haja uma continuação permanente e atualizada de aperfeiçoamento para professores.

De acordo com Assmann (2003, p33).

Está na hora de fazermos, sem ingenuidades políticas, um esforço para reencantar a educação, porque nisso está em jogo a autovalorização pessoal do professorado, a auto-estima de cada pessoa envolvida, além do fato de que, sem encara de frente o cerne pedagógico da qualidade de ensino, podemos estar sendo coniventes no crime de um apartheid neuronal que, ao não propiciar ecologias cognitivas, de fato está destruindo vidas.

Se observassemos uma sala de aula da década de 60 ou 70 e a comparasse com nossas salas de aula atuais, chegaríamos na conclusão que o professor somente está ensinando como aprendeu. A sala de aula continua com seus mesmos aspectos físicos e pedagógicos, assim constato poderíamos falar o mesmo que Paulo Freire, na Pedagogia do Oprimido. Por que o professor age assim? Porque ele acredita que o conhecimento pode ser transmitido para o aluno. Ele acredita no mito da transmissão do conhecimento, do conhecimento enquanto forma não só enquanto conteúdo.
O professor acredita que seu aluno é capaz de aprender sempre e sempre da mesma maneira.
Está no momento exato de romper barreira, tirar as fendas da hipocrisia e trazer o mundo do aluno para dentro da sala de aula,fazer de uma só palavra a construção e a descoberta do novo mundo que se quer . Não somente repetir o passado e errar duas vezes.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através deste artigo procuramos evidenciar a real situação do professor Admitido em Caráter Temporário na educação estadual de Santa Catarina, refletir através deste, que ser professor não é apenas um cargo a ocupar, ser professor é ter uma forte ação reflexiva de doar-se em função do seu maior objetivo que é educar para a vida, formando homens e mulheres com caráter de conquistas e vitórias, enfim construindo uma nação melhor e consciente de suas responsabilidades e direitos, mostrando a eles o passado, o presente e o que se pode fazer pelo bem do nosso futuro, lembrando constantemente de que é um ser metamorfósico e deve adaptar-se a novas situações e não comodar-se.
Detectamos que professores que participam de greves, com bandeiras em punho, como militantes progressistas, voltam para salas de aula, após o término da greve, sendo os mesmos professores que repassam conteúdos e métodos ultrapassados. O seu discurso em busca de reconhecimento cai por terra.

A conclusão que aqui se chega é que a decadência do magistério público estadual, atinge seu nível catastrófico em que está, por merecimento de ações infundadas de governantes que não colocam a educação de um povo em primeiro lugar. E de pessoas que continuam sendo professores por falta de vagas nos mais diversos ramos da economia brasileira, chega de sonhos a hora é de mudanças. Que busquem os nobres colegas professores e pedagogos seu lugar ao sol, que lutem e façam valer seus diplomas.

É preciso força para enfrentar a situação e conseguir reverter o quadro. É preciso reavivar o prazer de ensinar, indo em busca de informações, se adequar, estar preparado para mudar.

Diante de nossa condição de educadores, devemos refletir se nossos alunos estão sendo preparados para serem aprovados no ano letivo ou na escola da vida. Os nossos alunos deverão ter o prazer de estudar, mas somente o farão se tiverem educadores preparados e que os influenciem para isso. Nesse sentido, educar para compreendê-lo é educar para o conhecimento.

Faz-se necessário uma tomada de consciência, para que ingressem na educação pessoas capacitadas para tal, sendo assim cabe ao professor investir em seu autoconhecimento para que possa oferecer ao educando, um ensino de qualidade. É preciso buscar por essa mudança, de nada vale esperar de braços cruzados.


4. REFERÊNCIAS

AFONSO, Almerindo J.. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

ARROYO, Miguel G.. Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 5. ed. Petrópolis: vozes, 2002.

ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Biblioteca de Filosofia e História das ciências. Vol. 7. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

JORGE, J. SIMÕES. A ideologia de Paulo Freire. 1976. São Paulo. Ed. Loyola

LAUFER, Frederck Karl. Conceito e método de Paulo Freire. 1980.

PEDAGÓGICO, PROJETO POLÍTICO. Escola de Ensino Fundamental Joana de Gusmão Alexandre. 2003.

PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do ensino de 1º grau. 14ª edição. São Paulo: Ática .


Publicado por: LIDIANA DOS SANTOS LINO

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.