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Dificuldade escolar ou transtorno de aprendizagem?

Você sabia que nem todos os alunos com dificuldade na escola possuem algum tipo de transtorno? Saiba mais!

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Nenhuma turma é homogênea, há alunos que aprendem com maior facilidade e outros que não. Os que possuem dificuldade em aprender os conteúdos escolares são observados com mais atenção pelos profissionais da educação. Porém, há uma “tendência”, muitas vezes, em justificar essa dificuldade através da suposta presença de um transtorno de aprendizagem. Uma desculpa cômoda para explicar o motivo pelo qual o estudante não obtém sucesso na aprendizagem. Digo que é cômoda, pois taxa o discente como aquele que terá eternamente dificuldade em aprender, portanto, não compensaria tanto esforço metodológico para que se ensinasse algo a ele...

É claro que alguns alunos possuem, sim, transtornos de aprendizagem, mas tanto eles como aqueles que têm dificuldades devem receber apoio metodológico diferenciado que os auxilie no processo escolar.

Quando um estudante não consegue acompanhar o processo de aprendizagem de sua série, é necessário investigar as causas antes de qualquer profissional precipitar-se e dar um diagnóstico inflexível de transtorno de aprendizagem (e isso vale para profissionais da educação e da saúde também). Para tal diagnóstico, é crucial que uma equipe multidisciplinar avalie o aluno, para que, então, conclua-se que a dificuldade de aprendizagem tem cunho neurobiológico.

Fala-se em transtorno de aprendizagem quando o estudante possui um problema de ordem cerebral. Os transtornos mais conhecidos são:

- TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TDA (Transtorno do Déficit de Atenção): estes não são, necessariamente, transtornos de aprendizagem, mas afetam a concentração e a atenção e isso pode gerar a dificuldade escolar. No entanto, a agitação (ou a distração) não pode ser associada diretamente como transtorno, somente quando estas características interferem na vida geral do indivíduo (não só na escola).

- Dislexia: é um distúrbio relacionado ao reconhecimento das palavras, comprometendo a identificação das letras e a velocidade em formar sílabas. Deve-se, porém, levar em consideração que cada criança, por exemplo, ao ser alfabetizada, possui um ritmo de aprendizagem que precisa ser respeitado e incentivado com estratégias metodológicas diversificadas.

- Discalculia: é um distúrbio relacionado à inabilidade matemática, mas vai além de dificuldades pontuais, abrange conceitos básicos que interferem no aprendizado. Por ser uma disciplina que entra no rol das mais “difíceis” elencadas pelos alunos, estratégias de ensino variadas são essenciais para evitar qualquer precipitação sobre a presença de um suposto transtorno.

Já a dificuldade de aprendizagem pode decorrer de falhas no método de ensino, inadequações no ambiente escolar ou de problemas emocionais e/ou familiares. Assim, os educadores devem verificar constantemente suas estratégias de ensino, exigir da equipe administrativa e pedagógica da escola condições de trabalho adequadas e observar o comportamento do aluno para que, se necessário, haja uma conversa com a família.

No entanto, algo precisa ficar claro, independente de qualquer situação: todo aluno consegue aprender! Todos têm o direito de vivenciar metodologias diferenciadas, ter a dedicação dos educadores e o apoio da família. Nenhum diagnóstico deve ser taxativo, pois a possibilidade de aprender é a maior certeza que todo ser humano deve possuir.

Referências

POLATO, Amanda. Como detectar transtornos de aprendizagem. Revista Época. Editora Globo, 30 ago. 2012. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/08/como-detectar-transtornos-de-aprendizagem.html. Acesso em: 20 jun.2014.


Publicado por: Claudia Gonçalves da Silva

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.