Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp

Descobrindo a poesia

Descobrindo a poesia, Projeto de aprendizagem. Leitura. Escrita. (Re)textualização, Desenvolvimento das Ações do Projeto, Avaliação dos Resultados, a aprendizagem é um processo dinâmico.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Fabricia Pereira Teles - UFPI

RESUMO:

Apresentamos neste trabalho a experiência pedagógica desenvolvida, com os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, zona rural da cidade de Parnaíba, litoral piauiense, através do projeto Viajando no mundo da poesia. O mesmo foi empreendido na Escola Municipal Isaías Pereira Galeno, no período de 3 de março a 1º de junho de 2007 com o objetivo de possibilitar às crianças o conhecimento de textos poéticos, levando-as a motivação e interesse para ouvir, ler e escrever poesias, bem como, praticar ações leitoras com outros tipos de textos. O referido projeto foi pensado devido o alto índice de alunos que não estavam motivados para a leitura e a escrita. Por isso, este relato destaca o passo a passo das atividades desenvolvidas no projeto, seus resultados, enfocando ainda reflexões sobre o uso da poesia na escola. Assim, a necessidade de amenizar os problemas de aprendizagem dos alunos nessa escola, viabilizou a implementação de ações positivas que desencadearam resultados significativos na vida dos alunos, dos professores e da comunidade escolar em geral.

Palavras-chave: Projeto de aprendizagem. Leitura. Escrita. (Re)textualização.


DÉCOUVRANT LA POÉSIE : une histoire de l'expérience de travail

réalisé avec des élèves de la zone agricole de la ville de Parnaíba-PI.

RESUMÉ

Nous présentons dans ce travail l'expérience pédagogiquedéveloppée, avec les élèves de la première année de l´ècole primaire, dans la zone agricole de la ville de Parnaíba, du littoral du Piauí, à travers du projet Voyageant dans le monde de la poésie. Le même a été entrepris dans l'École Municipale Isaïe Pereira Galeno, durant la période du 3 du mars 1er de juin 2007 avec l'objectif de de rendre possible aux enfants la connaissance de textes poétiques, les motivant et les intéressant pour écouer, lire et écrire des poésies, ainsi que, pratiquer des actions lectrices avec d´autres types de textes. Ledit projet a été pensé dû a líndice élevé d'élèves qui n'étaient pas motivés pour la lecture et l'écriture. Donc, cette histoire détache tous les des activités développées dans le projet, leurs résultats, focalisant encore des réflexions sur l'utilisation de la poésie dans l'école. Ainsi, la nécessité d'égayer les problèmes d'apprentissage des élèves dans cette école, a viabilisé la mise en oeuvre d'actions positives qui ont déchaîné des résultats significatifs dans la vie des élèves, des enseignants et de la communauté scolaire en général.



MOTS-CLÉS: Projet d'apprentissage. Lecture. Écriture. (Re)textualisation.

Introdução

Este artigo trata da experiência pedagógica desenvolvida com os alunos do 1º ano do Ensino Fundamental, da zona rural da cidade de Parnaíba, litoral piauiense, tendo como título: Viajando no mundo da poesia. O mesmo foi empreendido na Escola Municipal Isaías Pereira Galeno, no período de 3 de março a 1º de junho de 2007 com o objetivo de possibilitar às crianças conhecerem textos poéticos, motivando-se e interessando-se para ouvir, ler e escrever poesias, bem como, praticar ações leitoras com outros tipos de textos.

O projeto de aprendizagem nasceu da iniciativa das professoras do ensino fundamental do 1°, 2° e 3° ano, visando minimizar o alto índice de alunos que não estavam motivados para a leitura e a escrita. Portanto, a necessidade de amenizar os problemas de aprendizagem dos alunos nessa escola, viabilizou a implementação de ações positivas que desencadearam resultados significativos na vida dos alunos, dos professores e da comunidade escolar em geral.

O que justificou a nossa opção por empreender este projeto foi o fato de que desde 2005, quando iniciamos nossa experiência nesta escola nos deparávamos com situações desafiadoras no campo da aprendizagem discente, principalmente, quanto ao processo de aquisição da leitura e da escrita pelas crianças.

Este fato é reflexo de uma série de fatores, a exemplo, da falta de motivação dos alunos para aprender os conteúdos escolares, tendo entre muitas às seguintes causas: pais pouco esclarecidos e em sua maioria não alfabetizados na escola formal e a situação sócio-econômica desfavorável de grande parte dos moradores da comunidade. Portanto, reafirmamos que essa situação desencadeou como conseqüência, crianças com pouca e às vezes nenhum contado com o sistema de escrita em casa. Dessa forma, essa realidade, somada a outras situações desafiadoras, só agravavam mais o problema da desmotivação dos referidos alunos em relação aos estudos.

Merece ser informado que a realidade sócio-econômica dos moradores da comunidade se restringe ao cultivo de verduras, legumes, produção de carvão e plantação de roça. Os produtos são comercializados na feira da Caramuru, localizada na cidade de Parnaíba. Por isso, alguns pais justificavam a ausência e a falta de participação nas atividades da escola.

Diante desse retrato, as professoras isoladamente, haviam feito várias tentativas para superar os problemas de aprendizagem, conduta e interesse dos alunos pelos estudos. Sendo assim, identificando os motivos do fracasso escolar, as professoras, juntamente, com a direção da escola e os demais funcionários, uniram forças e resolveram mudar de estratégia pedagógica, planejando o supracitado projeto de aprendizagem com finalidade de motivar as crianças a sentirem interesse em aprender, no caso específico, ler e escrever.

O despertar para a implementação de um projeto coletivo se deu em fevereiro de 2007, quando eu, professora do 1º ano, trabalhei com a poesia, A Bailarina, de Cecília Meireles e ao ler o texto percebi algo diferente no olhar e na postura dos alunos. Uma atenção, uma curiosidade, que a princípio não soube compreender bem a razão de tamanha concentração. Seria porque havia levado uma caixinha de música com uma bailarina dançando? Seria por causa da entonação de voz e ritmo ao ler a poesia? Seria porque as crianças eram sensíveis aquele tipo de texto?

Diante dessas indagações, fizemos uma reflexão, como sugere Freire (1996), posteriormente sobre o sucesso da última aula, concluindo que talvez a resposta estivesse na somatória dos fatores que contemplam as interrogações que fizemos acima. E dessa forma, ficou claro que o tipo de texto que utilizamos, seria um dos instrumentos para minimizar o difícil processo de aprendizagem daquele público, pois na poesia encontramos meios de propiciar a motivação e o interesse das crianças pela leitura e escrita.

Nesse despertar, socializamos a idéia com as outras professoras da escola, bem como, a direção da referida instituição. Desse momento em diante, as idéias foram crescendo chegando até a comunidade de pais e, também, a alguns amigos da escola (termo atribuído àqueles que mesmo não estando diretamente ligados à escola contribuíram com o projeto). Portanto, pensando em estimular o interesse, o gosto pela leitura e proporcionar subsídios para um processo efetivo de alfabetização dos alunos, o projeto Viajando no mundo da poesia se fez necessário, realista e viável, portanto, significativo para toda a comunidade escolar.


Desenvolvimento das Ações do Projeto


Nesta seção, abordaremos as ações que foram desenvolvidas com o projeto que assumimos, iniciando pela sensibilização de abertura até a culminância das atividades.

A sensibilização foi organizada por nós, as professoras da escola, com apoio da comunidade. Como na escola não existe uma área apropriada para esse tipo de evento, nos foi cedido um espaço amplo da residência de uma mãe da própria comunidade. Esse momento teve a intenção de despertar nas crianças, das três turmas de ensino fundamental (turno manhã), o interesse para as poesias em si, mediante dramatização feita pelas professoras, pais e alunos.

Especificando melhor, o momento da abertura do projeto, começamos com a apresentação da mascote Dora (fantoche) que fez o cerimonial do evento. Todas as apresentações poéticas prenderam a atenção dos alunos, como as declamações das poesias: “A Bailarina”, retratada por uma bailarina dançando no meio das crianças; “O Violão e o Vilão”, dramatizada por um pai e uma mãe de alunos da escola; e a poesia “Jogo de Bola”, momento em que os alunos movimentaram a bola amarela e a azul, como ressaltada na poesia. As crianças fizeram também muitas bolhas de sabão depois de ouvir a poesia “Bolhas”. Todas as poesias foram ouvidas com a utilização de um CD de poesias, chamado “Ou isto ou aquilo”, da poetisa renomada Cecília Meireles, com a declamação do ator Paulo Autran. Assim, a sensibilização do projeto, envolvendo todas as crianças, professores, pais, funcionários da escola, confirmou as expectativas da abertura dos trabalhos, que a partir de então, o projeto iniciou-se, até a sua culminância, em junho deste ano.

Cabe lembrar que não foi fácil desenvolver as atividades, tivemos que buscar o máximo de colaboradores. Aproximar à família da escola que se encontrava muito ausente, foi um dos meios que utilizamos para viabilizar o alcance dos objetivos traçados, porque, inicialmente, percebemos a ausência de muitas crianças na escola, mesmo depois do início do projeto. Portanto, verificamos que precisaríamos da colaboração das famílias dos alunos.

Fizemos, assim, uma reunião com os pais para apresentar o projeto, e nessa ocasião dividimos responsabilidades. Pedimos que os mesmos incentivassem as crianças a freqüentarem a escola, a fazerem as tarefas de casa, uma vez que a escola também daria sua contrapartida.

Nos dias subseqüentes, a abertura do projeto o assunto não foi outra coisa senão as poesias ouvidas, em que as crianças comentavam o trabalho realizado. Diante disso, aprofundamos um trabalho com a poesia “A bailarina”. Estudamos a estrutura da poesia, título, versos, estrofes, rimas, musicalidade, espaçamento (GOMES, 2005) e, também, a biografia de Cecília Meireles.

Vale ressaltar que o trabalho foi contemplado com produção autobiográfica das próprias crianças oportunizando a descoberta de si mesmas.

Por exemplo, utilizamos a certidão de nascimento de cada um dos alunos nas atividades, com isso eles descobriram fatos bem interessantes, como destaca um dos alunos: “Olha! Eu nasci no mesmo hospital do meu colega!”. Portanto, por meio da certidão de nascimento as crianças identificaram seus nomes, data de nascimento, nome dos pais, avós e tudo que pôde ser explorado com esse documento.

Líamos poesias cotidianamente e, muitas vezes, com a ajuda das crianças. Também, escrevíamos no quadro ou em cartazes as poesias conhecidas, solicitando que as crianças localizassem letras ou palavras nas poesias, quando não conseguiam sozinhos, recebiam ajuda dos colegas no desenvolvimento das atividades.

Em outros dias, trabalhamos o texto poético de forma lúdica, utilizando o teatro como estratégia de conhecimento e declamação das poesias (CURTO; MORILLO; TEIXIDÓ; 2002) como o exemplo, de “As Borboletas”, de Vinícius de Morais. Para isso, solicitamos que alguns participantes dramatizassem a poesia. Logo se manifestaram as crianças que atuariam como as borboletas. O interessante foi que a timidez gerou situações engraçadas inicialmente, mas depois, as crianças se liberaram, desenvolvendo a atividade a contento.

O teatro foi encaminhado da seguinte forma, primeiramente, a leitura era feita coletivamente, pois algumas crianças não sabiam ler, mas, motivadas logo decoravam o texto poético. Na dramatização assumiam o papel, tanto de público, como de atores. Após a dramatização, exploramos bastante a poesia que serviu dias depois como um quebra-cabeça estimulando a leitura do poema já memorizado.

Nesse ritmo, os trabalhos com as poesias se intensificaram com desafios para se compreender a estrutura do texto e suas particularidades e, também, para que os alunos tivessem a percepção do texto como a materialização da fala.

Após termos certa familiaridade com as poesias, iniciamos um trabalho de produção de textos poéticos na escola, mas para isso, fizeram-se necessários alguns pré-requisitos, uma vez que a poesia é feita a partir de inspiração, intenção e emoção. Para isso, fizemos uso de algumas estratégias que na nossa compreensão deveria ser motivações reais, vividas pelas crianças.

No primeiro momento foi possível um trabalho com a receita de pipoca. A apresentação da receita de pipoca foi feita para as crianças questionando se aquele tipo de texto parecia com os estudados anteriormente, no caso, as poesias. Discutimos sobre a funcionalidade daquele tipo de texto, chegando a conclusão que poderíamos conferir se de fato a receita funcionava mesmo.

Com ajuda das merendeiras da escola utilizamos a cozinha e seguimos rigorosamente a receita que havíamos estudado. O resultado foi maravilhoso e super gostoso. Na sala as crianças saborearam a pipoca que acabara de ser feita.

A partir daí, começamos a perguntar se já não era a hora de criarmos a nossa própria poesia. Com a sensação de prazer daquele momento foi criada a primeira poesia coletiva: “A Pipoca”.

Sabemos que os espaços escolares são muito limitados e que os mesmos devem ser ultrapassados. Nesse sentido, ao tomarmos conhecimento que estava passando pela cidade de Parnaíba o Circo Itália, resolvemos comentar com as crianças sobre circo. Para nossa surpresa, descobrimos que nenhuma criança da turma até então conhecia um circo. Diante disso, planejamos uma bela viagem, afinal, tínhamos que tornar esse sonho das crianças uma realidade.

Com ajuda de alguns amigos da escola levamos as crianças ao circo na cidade. Todas as crianças que puderam ir ficaram muito contentes admiravam o espetáculo e até participaram de uma cena com o palhaço. “Foi muito bom! Gostei muito do circo!” Diziam as crianças.

Aproveitamos na semana seguinte à experiência vivida para mais uma vez trabalhar a produção poética, sempre partindo das emoções sentidas. Nessa atividade houve produções em grupos menores e até individual com ajuda da professora. Usamos as produções grupais para trabalhar a socialização e troca de idéias entre as crianças e, também, para refletir sobre a relação oralidade e escrita de palavras, dentre outras atividades.

Outra atividade de fundamental importância foi a elaboração do livro de poesia do projeto. Juntamente com as crianças foi selecionada a capa do livro, a seqüência das poesias, e as ilustrações feitas por elas. Após tudo decidido, encarreguei-me da digitação e escrita da apresentação da obra.

O projeto foi encerrado com um Recital Poético para toda comunidade, no dia 1º de junho, cujo local foi no pátio da Escola de Educação Infantil Maria de Lourdes, vizinha da nossa escola. As crianças das três turmas recitaram e encenaram várias poesias, algumas individuais sendo de autoria das próprias crianças, poesias de autoria coletiva e poesias trabalhadas em sala de aula. O momento também foi solene, pois houve o lançamento do livro Viajando no mundo da poesia criado pelas crianças, coroando o encerramento do projeto. Na oportunidade houve a entrega de livro para representantes da comunidade como resultado do trabalho feito na escola.


Avaliação dos Resultados

Esse trabalho foi desenvolvido com a intenção de favorecer a conquista de novas aprendizagens às crianças. No caso, especificamente conhecer poesia e, para isso, foi necessário conhecer sua estrutura, funcionalidade, sua melodia e certamente conhecer a língua materna. Assim nosso objetivo foi possibilitar uma reflexão sobre a língua através da poesia.

Durante a execução do projeto muitos foram os momentos de reunião para estudo e avaliação do trabalho, tendo sido discutidas as viabilidades das atividades e dos procedimentos de avaliação de determinados trabalhos. Além disso, refletíamos a partir de estudos sobre os aspectos em que as crianças estavam mostrando maiores dificuldades e que deveriam receber maior acompanhamento dos professores, também, relatavam-se as experiências positivas de cada sala de aula.

Contudo, evidenciamos que antes do projeto as crianças não identificavam a estrutura básica de um texto poético. Hoje, a maioria das crianças sabe que, em geral, a poesia tem um título, conhecem uma poesia a partir de sua estrutura (versos, estrofes), embora haja algumas de padrões variados, percebem a rima e a musicalidade das poesias infantis, e, que certamente, todo e qualquer texto tem uma autoria. Além disso, reconhecem as partes que compõe um livro, como capa, título, autor(es), ilustrador e editora (quando há).

Com o hábito da leitura diária na sala, aos poucos fomos vendo crianças terem o hábito de pegar livros para folhear e durante esse momento tentar, vagarosamente, ler o texto. Quanto à aquisição dos códigos, 4 crianças que estavam no nível pré-silábico começaram a apresentar escrita no nível silábico, 13 do nível silábico ao completar lacunas em poesias, passaram a escrever palavras faltando poucas letras mostrando estar no nível silábico alfabético, e 7 já se encaminhando para o alfabético. A variação dos resultados condiz com a heterogeneidade da turma. Crianças com 6 e 7 anos na escola pela primeira vez e outras já com uma história escolar. Diante disso, conseguimos visualizar a evolução dos alunos, em tarefas e empolgação na expressão oral e corporal. Mas, temos consciência que esse processo de alfabetização não é linear, alguns alunos apresentaram ora retrocessos, ora avanços no ato da escrita e leitura. Mas em geral a evolução foi predominante.

Outra conseqüência desse trabalho foi o fato de que todos os dias as crianças solicitavam empréstimos de livros para leitura em casa, fato inexistente, antes do projeto. Ao final das atividades também tivemos crianças que passaram a ler com maior fluência poesias e outros tipos de textos.

Nas tarefas em folhas avulsas de papel sulfite ou no caderno fazíamos periodicamente confirmações sobre dificuldades e superações das crianças. Quanto às dificuldades detectadas, buscávamos em outras atividades na sala, como retextualização no quadro para pontuar as dúvidas mais freqüentes apresentadas nos exercícios.

Os resultados positivos do trabalho desenvolvido foram percebidos também pelos pais, conforme relata aqueles que se aproximaram e se envolveram nas atividades realizadas pela escola.

Considerações Finais

Com certeza a aprendizagem é um processo dinâmico tanto para os alunos como para nós professores e a continuidade da formação deve ser entendida na escola como fundamental. Sendo assim, durante todo o projeto nos dedicamos intensamente, pois a pesquisa foi algo fundamental para os nossos resultados. Temos consciência que a colaboração e troca de conhecimento com demais docentes nos fizeram realizar reflexões críticas e com isso crescer profissionalmente.

Vale ressaltar que para viabilidade de um projeto de aprendizagem na escola, envolvendo poesias, é necessário apenas que os professores sejam sensíveis na observação dos interesses das crianças. Mas, antes de observar se as crianças gostam ou não de poesias, é preciso que os docentes perguntem a si mesmo se gostam delas. Ninguém é neutro no ato de ensinar, estimulamos a aprender aquilo que gostamos o que temos interesse. Porém, mesmo o professor não tendo tanta familiaridade com as poesias, vale a pena conhecê-las.

Referências

BRASIL, Ministério da Educação. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.

CIPRIANO, L. H. R; WANDRESEN, M. O. L. Alfabetização de A a Z. Positivo: Curitiba, PR, 2004.

CURTO, L. M; MORILLO, M. M; TEIXIDÓ, M.M. Escrever e ler: como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e ler. Porto Alegre: Artmed, 2000.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

GOMES, S. Alfabetização. Positivo: Curitiba, PR, 2005.

VIGOTSKI, L.S. Formação social da mente. Martins Fontes: 2000.

______. Pensamento e linguagem. Martins Fontes: 2000.


Publicado por: Fabricia Pereira Teles

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.