CENTRO CULTURAL ÁGUAS CLARAS - PROPOSTA ARQUITETÔNICA PARA A CIDADE DE IGUATU, CE
Entender a importância da cultura dentro da realidade brasileira, compreender a origem e o conceito de Centro Cultural no Brasil, conhecer as características arquitetônicas de equipamentos de grande porte, com funções atrativas e manifestantes, que impulsione o contato entre objeto e observador e desenvolver um programa de necessidades diverso que dialogue com a rede educacional de Iguatu-CE, a fim de incentivar o uso de equipamentos culturais nas escolas.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O objeto de estudo deste trabalho é a proposta arquitetônica para um Centro Cultural no município de Iguatu-CE. A rede cultural da cidade apresenta um déficit de equipamentos que possibilitem a vivência social. Embora, tenha a necessidade física de um equipamento desse porte, a região não possui nenhum que induza a sociedade a adquirir hábitos culturais para um contexto comunicativo com outros usuários. Para auxiliar no desenvolvimento deste trabalho, é fundamental entender o conceito de cultura, conhecer as principais manifestações culturais do país e do Nordeste e as manifestações e costumes próprios da população iguatuense. Foram identificados os primeiros espaços voltados à cultura, com a finalidade de compreender o porquê da criação desses equipamentos para a sociedade. Através de visitas in loco, foram realizados levantamentos de dados e mapas, para entender como se encontra a região de estudo. A conclusão dessa proposta resultou em um Centro Cultural para a região em questão, com parâmetros adequados para promoções de eventos, manifestações culturais, sociais e didáticas. Equipamento esse, que atua na transmissão de crenças e pensamentos, sem diferença social, de forma democrática e auxiliando no processo ideológico do indivíduo.
Palavras-chave: Cultura; Centro Cultural; Sociedade; Educação
INTRODUÇÃO
De acordo com o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), o nível de instrução escolar no País cresceu entre 2007 a 2014, a taxa de escolarização aumentou e houve o declínio da taxa de analfabetismo entre o grupo da faixa etária de 6 a 14 anos. Nesse contexto, percebe-se, a importância de estimular cada vez mais o conhecimento, através de atividades complementares que contribuam com o desenvolvimento cultural e educacional.
De acordo com Godoy e Santos (2014) a cultura é adquirida por meio de relações sociais de um grupo e por isso não depende da hereditariedade biológica. A prática cultural quando se torna parte da vida e do cotidiano da sociedade, resulta em conhecimento e riqueza educacional, na qual estimula o sentimento de respeito nas comunidades e entre os demais usuários.
Os Centros Culturais são tidos como exemplo de elaboração e manifestações culturais, equipamentos com um grande potencial para desenvolver o papel de inclusão social em uma cidade, com a realização de atividades musicais, artísticas, apresentações, leituras, comerciais, encontros, lazer e auxilia no processo de maturação do artista proporcionando-o espaços adequados para prática de suas atividades diárias, encurtado o distanciamento entre público e artista.
Por acreditar na importância de um Centro Cultural dentro de uma cidade, o presente trabalho de conclusão de curso busca desenvolver uma proposta arquitetônica de um Centro de Cultura, no município de Iguatu-CE.
A cidade de Iguatu está localizada na região centro-sul do Ceará e dista 389 Km de Fortaleza, capital do estado. De acordo com o último censo do IBGE de 2010, Iguatu contava com 96.495 mil habitantes, no entanto os dados demonstram uma estimativa que em 2020 esse número progrediu para 103.074 mil habitantes.
O município é titulado como o principal centro econômico da região centro-sul. Possui uma economia baseada em indústrias moveleiras, de calçados, serviços e construção civil com o auxílio do programa MCMV (Minha Casa Minha Vida). A localidade oferece amparo em serviços e comércio para mais de 10 municípios próximos. De acordo com Redação (2009), Iguatu foi ao longo das décadas de 60, 70 e 80 um dos mais importantes centros de produção de algodão do Brasil, tornando-se o maior produtor do Ceará por vários anos seguidos, tendo seu auge nos anos 70, batendo recordes nacionais.
Atualmente, existem diversos eventos que fazem parte da cultura como a Semana do Município em janeiro, Moto Fest (encontro de motociclista) em maio, Festa da Padroeira Senhora Santana no mês de julho, Iguatu Festeiro, Iguatu Junino em Junho, Fest Jovem (torneio de futebol entres os jovens), desfile de 7 de setembro, ExpoIguatu em setembro, eventos esses que ilustram o setor cultural da região. Entretanto, com todo esse cenário envolvendo diversas promoções de eventos, persiste uma carência de um local devidamente equipado e que intervenham na relação sociocultural da cidade.
Houve a possibilidade da cidade possuir um equipamento com essas características. Segundo Barbosa (2015), em 2011, o governo do estado por meio de um convênio com a prefeitura da cidade lançou o projeto de um centro de convenções, com auditório, miniauditório, biblioteca, laboratório de informática e quatro salas de vídeo.
A obra seria um ponto de apoio educacional, comercial e cultural para Iguatu, teria uma área construída de 7.611,23 m² e foi iniciada em julho de 2011. Sofrendo inúmeras paralisações, denúncia de inadimplência com órgãos ambientais e atrasos no repasse de verbas a construção nunca foi finalizada, configurando-se como uma obra abandonada, já que a mesma se encontra paralisada desde 2014. Analisando o que existe atualmente observa-se que o empreendimento possui uma forma bastante genérica, que não há relação com o entorno e que sua estrutura já se encontra depredada.
A ausência de edificações com esses parâmetros, torna-se visível a desvalorização cultural da região, existe uma enorme carência de um ambiente com uma infraestrutura que complemente os serviços educacionais, como práticas esportivas, danças, espaços com atividades artísticas que estimule o artista, algo que instigue os jovens a terem uma boa relação e respeito com a sociedade.
De acordo com dados do IBGE (2010) a maior taxa de habitantes da população de Iguatu-CE encontra-se entre 15 a 24 anos, principal faixa etária onde requer maior atenção e participação na educação e cultura cotidianamente na vida dos jovens, é nessa etapa que necessita de um impulsionamento linear com recursos de aprendizagens.
Em 2018, a cidade detinha 50 escolas com ensino fundamental e apenas 12 escolas com ensino médio. Os dados demonstram que houve redução nos números de matrículas entre os anos de 2005 a 2018, os números de matrículas no ensino fundamental eram de 15.443 alunos, esse número caiu para 12.659 em 2018. O declínio também apresentou-se nas matrículas de ensino médio, de 4.946 passou para 3.939 alunos.
Partindo para o terreno, a escolha do Parque de Exposição para conceder essa proposta, ocorreu devido ser um local que marcou historicamente a cidade, local onde já foram realizados inúmeros eventos, como Expoiguatu, Iguatu Festeiro e Iguatu Junino, atrações que compuseram a cultura local, onde enraizou lembranças no município. Atualmente administrado pelo o Rotary Club de Iguatu, possui uma enorme área inutilizável, uma quadra esportiva desmoronando, o espaço sofre com algumas precariedades visíveis na edificação e se manifesta como um terreno visivelmente abandonado.
Com isso, este trabalho busca lançar um olhar mais atento ao setor cultural na cidade de Iguatu – CE, proporcionando um equipamento público que conceda a junção do município com a região centro-sul cearense, e, enfatizando também, o setor educacional com atrativos culturais, através da realização de eventos com diferentes segmentos - oferecendo amparo para que todos, inclusive aqueles desviados do consumo de artes, obtenham acesso a diversas manifestações artísticas de forma democrática.
OBJETIVO GERAL
Desenvolver uma proposta arquitetônica de um Centro Cultural para o município de Iguatu-CE, para atender as necessidades da região, buscando diálogo com a cidade e transparecendo sentimento de pertencimento a população.
OBJETIVO ESPECÍFICO
→ Entender a importância da cultura dentro da realidade brasileira;
→ Compreender a origem e o conceito de Centro Cultural no Brasil;
→ Conhecer as características arquitetônicas de equipamentos de grande porte, com funções atrativas e manifestantes, que impulsione o contato entre objeto e observador;
→ Desenvolver um programa de necessidades diverso que dialogue com a rede educacional de Iguatu-CE, a fim de incentivar o uso de equipamentos culturais nas escolas.
METODOLOGIA
O processo metodológico deste trabalho busca coletar dados, referências e analisar aspectos necessários para o desenvolvimento de uma proposta de um Centro Cultural no município de Iguatu.
Através do conhecimento científico será aplicado soluções para os problemas, pelo método bibliográfico, com auxílio de materiais didáticos. Segundo Praça (2015), o conhecimento científico deve sempre ser direcionado por procedimentos técnicos e metodológicos, buscando informações necessárias para atingir um resultado provável ou improvável, além de instruir na descoberta de erros e na tomada de decisão.
O conhecimento científico obtido no processo metodológico tem como finalidade, na maioria das vezes, explicar e discutir um fenômeno baseado na verificação de uma ou mais hipóteses. Sendo assim, está diretamente vinculado a questões específicas na qual trata de explicá-las e relacioná-las com outros fatos. (PRAÇA, 2010, pág. 73)
A proposta metodológica se dividiu em 4 (quatro) etapas, visando coletar dados suficientes associados à proposta do Centro Cultural, para traçar planos e estratégias de estudo para a criação do equipamento, desde a primeira etapa (Estudos Iniciais), até a última (Projeto), a apresentação.
A primeira etapa consiste nas pesquisas e levantamento de todo referencial teórico por meio de livros, revistas, artigos, tccs, entre outros meios que venham auxiliar no entendimento de determinados assuntos, julgados fundamentais para o desenvolvimento da proposta. Buscando compreender o conceito de cultura no geral, brasileira, nordestina e conhecer os primeiros complexos considerados Centros Culturais.
Na segunda etapa foi desenvolvido uma análise do terreno e do entorno, por meio de levantamentos, visitas in loco no terreno, registros fotográficos e coleta de mapas da região. Logo, foi explorado o referencial projetual, onde foram analisados dois projetos com referenciais nacionais, apresentando condicionantes estéticas e funcionais, onde foram observadas e reproduzidas no presente trabalho.
Na terceira etapa foram desenvolvidos mapas da área de estudo e suas proximidades. Foram analisados, alguns aspectos físicos dos seu entorno, como Uso e Ocupação do Solo, Vias Primárias e Secundárias e verificando toda as legislações legais a ser cumprida, julgadas necessárias para a viabilização da proposta. As leis foram:
- Plano diretor;
- Código de obras de Iguatu;
- Lei de uso e ocupação do solo de Iguatu.
Com isso, foram definidas estratégias e diretrizes projetuais para o desenvolvimento do equipamento como o posicionamento da edificação e alcançando condicionantes desejadas, como: conforto térmico e lumínico.
CULTURA
A palavra “cultura” surgiu como termo para designar um conjunto de crenças, hábitos e conhecimentos de um determinado grupo. Habitualmente, as pessoas falam em diferentes tipos de cultura, como “cultura política”, “cultura agrícola”, “cultura empresarial”, dentre outros tipos, que deixa claro que existem diferentes tipos de cultura contemporaneamente.
Para Williams (2007), a palavra “cultura” vem da raiz semântica colore, que originou o termo em latim cultura que contém diversos significados, dentre eles: cultivar, proteger, honrar, habitar, dentre outros, o que promove assim, essas distinções semânticas que acompanhamos no desenvolvimento do termo.
Enquanto isso, para Wagner (1975), o conceito de cultura foi associado ao pensamento antropológico, de forma que pode-se definir como “antropólogo” o indivíduo que usa a palavra “cultura” habitualmente. Para Canedo (2009), definir cultura não é fácil pois a atividade cultural evoca interesses multidisciplinares. Enquanto isso, Laraia (1932), diz que cultura influencia o comportamento social, diversificando a humanidade
Características humanas como o modo de falar e vestir são influenciadas pela cultura do local na qual o indivíduo está inserido. Williams (2007), aponta os séculos XVIII e XIX como o período de solidificação do uso figurado da cultura nos meios intelectuais e artísticos. A cultura define o estado de espírito cultivado pela instrução segundo o pensamento iluminista francês. Na época, o vocabulário francês associava a palavra às ideias de progresso, educação e evolução, pois cultura e civilização andavam juntas, evocando progressos coletivos e individuais.
“Neste sentido, há uma diferenciação entre o estado natural do homem, irracional ou selvagem, posto que sem cultura; e a cultura que ele adquire através dos canais de conhecimento e instrução intelectual. Decorre daí a idéia de que as comunidades primitivas poderiam evoluir culturalmente e alcançar o estágio de progresso das nações civilizadas. Este pensamento também deu origem a um dos sentidos mais utilizados em nossos dias, que caracteriza como possuidores de cultura os indivíduos detentores do saber formal”. (CANEDO, 2009, pág. 2)
Para Canedo (2009), a cultura é construída e disseminada a partir de trocas individuais, já que todo ser humano é produtor de cultura; atividades intelectuais e artísticas com foco na criação, compartilhamento e consumo, que se refere ao contexto da indústria cultural.
A autora ainda defende que atualmente, a cultura é compreendida por meio de três concepções fundamentais: a primeira compreende que todos os indivíduos são produtores de cultura; a segunda, compreende as atividades intelectuais e artísticas com foco na criação, compartilhamento, e o consumo que fazem o sistema da indústria cultural; por fim, a terceira, compreende a cultura como instrumento para o desenvolvimento político e social.
Assim, vemos que o termo “cultura” tem diferentes concepções, tanto em seus elementos objetivos como subjetivos, podendo ser compreendida tanto como objetificação das atividades humanas, como um campo de ideias, podendo ser divulgada por meio de produtos materiais e imateriais, como regras, símbolos, valores, dentre outros.
Para a concepção da proposta do Centro Cultural, pretende-se desenvolver o plano de necessidades de forma que sejam desenvolvidas atividades de estímulo intelectual e artístico, onde o conceito de cultura é uma importante ferramenta para o desenvolvimento político e social, pois todos os indivíduos são produtores de cultura e que seja presente na ideologia do local.
CULTURA BRASILEIRA
Segundo Pacifico et al. (2009), a sociedade brasileira é multicultural. Assim, compreende-se que o seu povo possui diferentes grupos sociais, com diversidade étnica e cultural, adquiridos através da sua formação histórica. Essa diversidade e mistura de grupos étnicos têm forte influência na cultura brasileira, devido à mistura de tradições, religiões, culinária e manifestações culturais.
A formação da cultura brasileira começou antes da chegada dos portugueses no Brasil e o processo da colonização das terras, pois, os povos indígenas já viviam nos solos brasileiros e possuíam sua própria cultura, com linguagem, culinária, tradição e religião própria, reprimidas pela ação dos colonizadores.
Segundo Porfirio (2020), desde a chegada dos colonizadores há um elitismo cultural que reina no Brasil, pois os portugueses viam a si mesmos como superiores em relação aos povos nativos, pois, eles possuíam um sistema político governamental e com formação estatal, dominação da escrita, moeda própria e uma economia mercantilista, enquanto os nativos possuíam um estilo de vida autossuficiente e com uma cultura diferente da europeia.
“Mais tarde, quando os africanos começaram a ser escravizados por povos europeus, a escravidão assentava-se, igualmente, em um etnocentrismo racista e em um elitismo cultural: os europeus, brancos, julgavam-se superiores aos africanos por seus fenótipos e por suas características culturais que, no julgamento dos próprios europeus, eram superiores”. (Porfirio, 2020)
Porém, mesmo com a repressão, ainda há elementos que estão presentes na cultural brasileira atual, como por exemplo, confecção de objetos cerâmicos e uso da rede, além de pratos da culinária indígena, como o tacacá e a maniçoba.
A Constituição Brasileira de 1988 reconheceu os direitos culturais, definindo que o Estado tem responsabilidade em proteger as “manifestações das culturas populares, indígenas, afro-brasileiras e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”, ficando definido assim que a defesa da diversidade cultural é especificada por dois pontos: a população tem direito de acesso à cultural e à sua diversidade, e, a população também tem direito de participar no processo criativo e de poder se expressar culturalmente.
Foi na Constituição de 1988 também que o direito das pessoas pretas à inclusão social e econômica, dando a eles o direito de propriedade aos Quilombos remanescentes e assim qualificá-las para receber títulos de propriedade de terra atribuídas à instituição responsável por promover a valorização da cultura afro-brasileira, o Instituto do Ministério da Cultura do Brasil, a Fundação Palmares.
“Em 1995, foi criado um Grupo de Trabalho Interministerial para a valorização da população negra brasileira com a finalidade de propor medidas destinadas a combater a discriminação racial e a promover a integração social e econômica dos afro-brasileiros. Em 2001, criou o Conselho Nacional de Combate à Discriminação, [...]. Se houve algum efeito importante das atividades desses grupos – dos quais fazem parte representantes da população negra – ele é o amplo debate, atualmente em curso no país, com vistas à adoção pelo governo federal de medidas afirmativas de reconhecimento dos direitos da população negra; esse debate repercutiu no parlamento através de vários anteprojetos de lei sobre o tema. Nas áreas da educação, da reforma agrária, da diplomacia e da cultura estão sendo adotadas medidas, através dos ministérios correspondentes, com vistas a ampliar o acesso de afro-brasileiros às universidades, ao corpo diplomático, aos fundos de apoio a projetos culturais, especialmente na área do cinema, e ao acesso ao emprego em atividades públicas ligadas à reforma agrária.” (CARDOSO, MUZZETI, 2007, pág. 6-7)
Mesmo com esse reconhecimento por meio da Constituição, Porfirio (2020) afirma que hoje em dia ainda há a existência de um elitismo que acaba culminando na discriminação e exclusão de algumas pessoas, findando em um racismo estrutural muito forte no Brasil, que se arrasta desde a abolição da escravidão.
“Por não possuir um regime de apartheid, como houve nos Estados Unidos, o brasileiro médio (em especial a população branca) cresceu acreditando que havia oportunidades iguais para negros, brancos e indígenas, quando, na verdade, nunca houve, e quem sofre com isso diariamente são os negros de classe baixa. Esses aspectos atestam que existe uma direta relação entre desigualdade social e diversidade cultural” (PORFIRIO, 2020)
De acordo com Porfirio (2020), além da influência da cultura indígena, a cultura brasileira também tem traços da matriz africana, pois, devido ao número de engenhos de açúcar que iam se multiplicando, os europeus começaram o processo migratório dos negros para trabalho escravo no Brasil. Outro processo migratório que aconteceu no Brasil foi a vinda dos imigrantes italianos que vieram trabalhar nas lavouras de café quando havia indícios da abolição da escravidão no Brasil. Para o autor, toda essa diversidade de povos culminou na formação multicultural do Brasil presentemente.
Além destes pontos, a vasta extensão territorial do Brasil influencia na diversidade de costumes. A regionalidade é uma das principais características na cultural. Segundo Porfirio (2020), “a cultura europeia é uma das principais fornecedoras de elementos culturais para o Brasil”. A mistura de suas festas, culinárias, literatura, música, dentre outros fundiu-se com os elementos culturais de outros povos, tornando a cultura brasileira tão vasta.
A cultura brasileira é influenciada, não só devido às suas raízes, mas também pela cultura produzida nas periferias, como o funk, estilo musical oriundo das favelas, que impulsiona a indústria cultural brasileira; ou o xote, estilo musical nordestino. Esses elementos, em meio a tantos outros, mostram que o Brasil possui uma cultura autêntica, feita de brasileiro para brasileiro e para o mundo.
Tendo em consideração as diferentes manifestações no Brasil, percebe-se a importância de locais que possam uni-las e oferece-las as pessoas, pontos que centros culturais podem oferecer.
CULTURA NORDESTINA
A Região Nordeste é conhecida no Brasil por ser uma das que apresentam mais manifestações culturais ao longo de seus 1.561.177,8 quilômetros quadrados dividido em seus nove estados; uma riqueza cujo patrimônio consiste em diferentes culinárias, festas, artes, costumes, dentre outros, além da construção das cidades.
De acordo com Horta (2000), a região é um espaço que tem condições de ser explorado e assim conhecido pelas demais. O autor ainda chega a perguntar quantos nordestinos podem existir no nordeste devido à variedade de costumes, complementando que “o “Nordeste não possui uma região natural única, mas várias; não há predominância de um tipo étnico cultural, o que permite visualizar a diversidade, e não se encontra também uma só região geoeconômica”.
Desde o século XVI, no início de sua formação, a região Nordeste sofre com a introdução de novas culturas, provenientes de outras nações, principalmente devido às invasões francesas e holandesas. (Lima et al., 2015).
“Nassau veio [para Recife] com uma verdadeira corte, onde conviviam pintores como Franz Post e Albert Eckhout e sábios como George Markgraf e Wilhem Piso. Empenhou-se em transformar a vila, mandando construir dois palácios: o de Vrijburg, para a sede do governo, e o outro, o de Boa Vista, para sua residência. Entre os dois, ergueu a cidade nova de Maurícia, adornada com um jardim botânico e um museu, à época denominado gabinete de curiosidades. No Recife, a pequena aglomeração de 250 casas passou para aproximadamente 2 mil; aos antigos moradores misturaram-se os recém-chegados holandeses, comerciantes franceses, escoceses, dinamarqueses e ingleses que ali se estabeleceram”. (DEL PRIORE, 2015. p. 28-29)
As festas nordestinas são as características que representam fortemente a cultura nordestina. Por exemplo, o carnaval, festa popular brasileira, é um dos eventos que mais atrai pessoas ao nordeste, devido as festas realizadas em Salvador, Olinda e Recife (este último, com destaque para o bloco “Galo da Madrugada”); a festa junina, também conhecida pelas festas realizadas em Campina Grande e Caruaru, são reconhecidas nacionalmente.
CENTRO CULTURAL
Os centros culturais, segundo definição de Neves (2013), são instituições criadas com o objetivo de produzir e disseminar bens simbólicos e práticas culturais. Segundo Coelho (1986), um centro cultural tem a função de permitir que os indivíduos tenham a liberdade de adquirir conhecimento e poder discuti-lo. Assim, o pensamento da autora entra em consenso com a discrição de Milanesi (1997), onde dizem que os centros culturais devem integrar três campos comuns ao trabalho cultural: criação, circulação e preservação; promovendo assim, cursos, laboratórios, oficinas, ações, e investimentos na formação artísticas dos frequentadores.
Apesar do conceito e história de centros culturais no Brasil ser recente, a origem de espaços voltados para a disseminação da cultura é antiga. Silva (1995) e Milanesi (1997) buscaram a sua origem, onde chegam a um consenso, apontam um modelo de complexo cultural que existiu a Antiguidade Clássica, sendo a Biblioteca de Alexandria o exemplo mais conhecido.
“A Biblioteca de Alexandria ou “museion”, constituía um complexo cultural formado por palácios reais que agregavam diversos tipos de documento com o objetivo de preservar o saber existente na Grécia Antiga nos campos da religião, mitologia, astronomia, filosofia, medicina, zoologia, geografia, etc. O espaço funcionava como um local de estudos junto a um local de culto às divindades e armazenava estátuas, obras de arte, instrumentos cirúrgicos e astronômicos. O complexo também dispunha de um anfiteatro, um observatório, salas de trabalho, refeitório, jardim botânico e zoológico”. (RAMOS, 2007. pág. 4)
O momento em que houve a origem dos centros culturais, é descrita por Coelho (1986), onde o autor cita que no século XIX houve a criação dos primeiros centros culturais ingleses, que eram denotados como “centros de arte”. Esses locais proporcionavam práticas de ação sociocultural beneficiadas pelas políticas culturais dos países europeus que adotaram o socialismo como sistema político.
Logo, no fim da década de 50, na França, onde os centros culturais foram criados como opção de entretenimento para os operários. Essa atitude dos proprietários em mostrar para os operários que se importavam com seu lazer gerou novas relações de trabalho, com centros sociais, áreas de convivência e quadras esportivas. Essa atitude dos proprietários mostrou para os operários que se eles se importavam com seu lazer.
Além do reconhecimento da importância do lazer, Coelho (1986) e Silva (1995) chegam a um consenso, onde indicam que a necessidade gerada por novas tecnologias que iam surgindo de uma instituição que fossem além das antigas bibliotecas. De acordo com Botelho (2003), as bibliotecas procuraram se modernizar desenvolvendo novas funções e espaços físicos, o que tornou as duas instituições parecidas entre si.
“A maioria das bibliotecas têm ações que ultrapassam suas obrigações tradicionais. [...]. Percebe-se um esforço de se responder a demandas mais amplas do que simplesmente colocar livros à disposição de consulentes, funcionando, em alguns casos, como pequenos centros culturais” (BOTELHO, 2003. pág. 6)
No Brasil, há exemplos de manifestações culturais desde antes da chegada dos colonizadores. No entanto, de acordo com Espolador et al. (2018), até 1822, o país não tinha qualquer projeto educacional em que houvesse a possibilidade de disseminação de conhecimento das manifestações culturais existentes pelas terras brasileiras, onde, segundo Milanesi (1997) sendo apenas em 1823, quando houve a troca dos antigos colégios jesuítas por escolas públicas.
Ainda segundo o autor, foi após a Proclamação da República que houve a separação entre o ensino da instrução e da cultura, sendo está “nascida” no país graças ao jornalismo. Em 1935, em São Paulo, foi criado um departamento focado na cultura em São Paulo, criado pelo prefeito da época, Fábio Prado e dirigido pelo escritor Mário de Andrade, com várias propostas de proporcionar à população acesso às manifestações artísticas.
Foi nessa época que, com a criação desse departamento, várias obras no país foram construídas nas quais a forma que a cultura era vista foi se modificando. No entanto, esse desenvolvimento não durou muito, pois em 1937, o Estado Novo, por meio de cortes nos investimentos à cultura, acabou desconfigurando todos os esforços aplicados à cultura.
“[...] isso resultou nas bibliotecas que conhecemos até os dias atuais com um acervo estático que só é consultado por obrigações escolares, em países desenvolvidos as bibliotecas evoluíram juntamente com sua sociedade, no Brasil as bibliotecas permanecem apenas como um acervo literário.” (ESPOLADOR; BORGES, 2018. pág. 639)
Todas as pessoas têm direito de acesso à cultura e usufruí-la da maneira que desejar. Os centros culturais permitem que seus visitantes tenham a possibilidade de participar de atividades que tenham troca de informações, conhecimento; criação de artes e discussões sobre determinados temas.
No Brasil, existem alguns espaços, mesmo que de forma fragmentada, como teatros, cinemas, oficinas, dentre outros; mas, com a influência francesa, o país viu a possibilidade da união desses espaços, tão importantes para o desenvolvimento da sociedade.
Entender como as manifestações culturais foram se desenvolvendo no Brasil, especialmente no nordeste, é importante pois, dessa forma a elaboração do Centro Cultural na cidade de Iguatu será desenvolvido de modo que suas diferentes formas de demonstrações sejam contempladas na proposta.
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Como citado anteriormente, a área de intervenção será o Parque de Exposição Enéas Bandeira Filho, situado no bairro Areias I, no município de Iguatu-CE. A escolha do terreno, onde será proposta a intervenção, deu-se por ser uma área com uma quantidade expressiva de desfavorecimento social, assim prevendo os benefícios desse equipamento em um local que apresenta altos e baixos, a implementação do Centro Cultura no bairro será uma ferramenta que impulsionará a comunicação coletiva no local.
O bairro detém uma variação social entre classes, está inserido entre casas de classe média alta e uma quantidade significativa da classe baixa. A população sofre com a escassez de serviços básicos no determinado local e carece de amparos socioculturais. No entanto, o local tem uma forte presença econômica, com diversos pontos comerciais, onde a comunidade com uma camada social mais favorável obtêm vantagens e benefícios com o entorno imposto sobre eles.
Possui formato de um retângulo irregular, com dimensões apropriadas para acolher o programa de necessidade que será proposto, dispõe de uma área de 78.230 m², com quatro dimensões, medindo aproximadamente 591,40 metros de frente (norte) para Rua José de Alencar, do lado direito (leste) mede aproximadamente 138,15 metros para Rua Bevenuto Cavalcante Mendonça, do lado esquerdo (oeste) mede aproximadamente 124,30 metros confrontando com o lote de (Proprietário não identificado), nos fundos (sul) mede aproximadamente 597,35 metros confrontando com os lotes de (Proprietários não identificados).
O terreno está circundado pelos bairros Bastiana, Alvorada e Flores. A região é considerada uma localização bem centralizada e possui uma excelente comunicação com o município.
Está situado em uma zona de uso, predominantemente residencial, com uma significativa área comercial. Com isso, possui alguns pontos comerciais e serviços importantes para o município, como redes atacadistas (Atacadão Lag e Assaí Atacadista), concessionárias (Icavel e AG Veículos), postos de Combustíveis (Auto Posto Icavel I, Auto Posto Icavel II e Auto Posto Alex), academia (Ept Impact), buffet para eventos (Eventum Buffet), fábricas (Corbã Utilidades e LC Móveis), escolas (EEM Governador Adauto Bezerra, EEF Carlota Távora e IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará), faculdade (FIC - Faculdades Integradas do Ceará) e também encontra-se a aproximadamente 300 metros do Parque de Exposição o Centro de Convenções que retém as obras paralisadas. Tais atributos proporciona a interação de diferentes setores sociais no equipamento, sendo palco de encontro para um público com faixa etárias distintas, assim promovendo e instigando cada vez mais a comunicação do bairro entre si e estendendo para bairros vizinhos.
A área de intervenção fica aproximadamente a 50 metros da Avenida Carlos Roberto Costa, BR 404, considerada uma das principais avenidas do município, onde hoje encontra-se duas grandes redes atacadistas (Assaí Atacadista e Atacadão Lag), bem como é o ponto de interligação entre os municípios de Iguatu/Acopiara e Iguatu/Jucás.
Uma boa parte das vias do seu entorno está pavimentada com asfalto, com exceção da Rua Manoel Epifanio de Oliveira que possuía apenas uma parte dela em calçamento de pedra tosca. Todavia, a Prefeitura Municipal de Iguatu calçou o restante em setembro de 2020, e a Avenida Fransquinha Dantas que interliga a Avenida Carlos Roberto Costa com a Rua Professor João Coelho, detém todo o percurso em piso intertravado com blocos de concreto.
Tendo em vista alguns aspectos físicos do terreno, a topografia apresentada é consideravelmente plana, possui três diferentes níveis, sendo o centro com a parte mais acidentada, com maior variação no sentido Frente (norte) / Fundo (Sul) do terreno. Assim, é previsto uma terraplanagem em alguns pontos com maior densidade, condicionando e nivelando de acordo com o programa de necessidades que será imposto para garantir êxito na execução.
O município de Iguatu possui um clima quente e seco, a população sofre com as condições climáticas, principalmente no verão. De acordo com Campos (2019) houve um aumento anual da temperatura média e máxima em algumas regiões do Nordeste, na qual a temperatura média na região de Iguatu é de 27ºC, com uma média mínima de 22,4ºC, chegando a atingir uma média máxima de 33,5ºC durante os anos de 1997, 1998 e 2000, alcançando 34,8ºC na temperatura máxima em 2015.
O objetivo é aproveitar ao máximo a ventilação e bloquear a insolação, evitando aberturas de janelas nas fachadas norte e oeste para as ruas (José de Alencar e Bevenuto Cavalcante Mendonça), pois é onde ocorre a predominância da insolação. Serão implementadas algumas estratégias para auxiliar no bloqueio solar, como a contribuição de vegetação de pequena e grande porte, lajes em balanço para projetar um sombreamento ou elementos formando uma camada de proteção, como cobogó e brise.
A ventilação prevalece no sentido sudeste, onde localiza-se os fundos da área de intervenção, local onde será explanado ao máximo a ventilação natural por meio da (ventilação cruzada) com aberturas em paredes opostas ou adjacentes, permitindo a renovação do ar e diminuindo a temperatura nos ambientes internos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, é possível considerar que a sociedade encontra dificuldades para compreender que de fato é necessário a cultura e a sua promoção, pois é certo que influencia diretamente no comportamento social, diversificando pensamentos e atitudes da humanidade. Com isso é importante ter nas cidades equipamentos que levem a comunidade a praticar e entender os princípios básicos culturais.
Equipamentos como esse da proposta tem a função de auxiliar na busca do conhecimento, permitindo o alcance em conjunto de diversas regiões, quebrando as barreiras sociais das comunidades, transmitindo crenças, pensamentos e auxiliando no processo ideológico do indivíduo.
Entendeu-se que, com a implementação do equipamento, o déficit de atrativos comunitários encontrados na cidade de Iguatu-CE, percorre outro caminho, tendo um ponto de partida para atuar com mudanças na vigente realidade do município.
O trabalho, possibilitou um maior entendimento sobre a produção de equipamentos de grande porte com caráter sociocultural, através das abordagens históricas, compreendendo as necessidades dos usuários, condicionantes físicas, ambientais e legais nas quais implicaram no desenvolvimento do equipamento.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Honório. Centro de Convenções de Iguatu. Diário do Nordeste, 2015. Disponível em: . Acesso em: 08 nov. 2020.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARAÍSO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
GABRIEL BEZERRA DE OLIVEIRA
JUAZEIRO DO NORTE, CE
JUNHO, 2021
Publicado por: Gabriel Bezerra de Oliveira
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