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Caixa de texto: Lendo e interpretando através do lúdico

Jogo com a caixa é carregado de discurso e informação, funcionando como um vetor de difusão do conhecimento.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Jogos e brincadeiras são importantes ferramentas no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Elas possibilitam aos educandos vivenciar tanto os conteúdos conceituais e também desenvolver as habilidades e competências necessárias para o desenvolvimento da personalidade emocional, psicológica e social.

Os jogos estão na categoria do lúdico, que segundo SILVA e VARGAS (2014), “constitui-se uma ferramenta de grande importância, porque torna belo e prazeroso o ato de aprender, devendo ser uma constante no cotidiano de sala de aula.  Aulas lúdicas tendem a ser mais atrativas, possibilitam a troca de vivências entre alunos e professores, e contribui para desmantelar estereótipos muito comuns em determinadas disciplinas.

Um recurso muito bom, que desenvolvi em forma de jogo com os meus alunos do ensino médio na disciplina de produção textual, foi a caixa do conhecimento. Coloquei esse nome, porque o texto em si, como definição é carregado de discurso e informação, funcionando como um vetor de difusão do conhecimento.

Primeiro definir o conteúdo que seria trabalhado. No caso, o assunto da unidade era resenha (gênero textual).  Peguei uma caixa, selecionei várias resenhas críticas sobre o filme “Moonlight: sob a luz do luar. Escolhi esse filme, pois nas aulas de produção textual (redação), divido a disciplina em blocos de aulas teóricas, para os assuntos da unidade. E aulas práticas, que envolvem tanto a produção do texto em si, como a discussão de temas da atualidade com foco na produção do texto final.

Em seguida, escolhi as resenhas, recortei os parágrafos, títulos e trechos menores. Após o recorte, coloquei eles na caixa de texto, todos os papeis recortados devem estar com o mesmo padrão de fonte e tamanho, assim o aluno não utiliza as diferenças de formatação como vantagem.

Com os papeis recortados dentro da caixa, chacoalhei os textos, dividir a sala em círculo, (Caso a sala seja menor, você pode utilizar mais de uma caixa ou colocar todos os textos em cima de uma mesa facilitando o acesso de todos) os alunos escolherão um trecho de uma das resenhas escolhidas por equipes de 04 a 05 integrantes. Cada grupo com base no seu trecho, deverá procurar as outras partes que poderão ser encontradas dentro da caixa de texto e reconstruir essa resenha. Caso as partes do texto esteja na mão de outro grupo, os grupos em si poderão trocar os textos.  O objetivo além de promover a leitura e a compreensão das ideias do autor da resenha, contribui também para a socialização dos alunos em sala de aula.

O tempo de conclusão poderá ser cronometrado ou aberto a depender do tempo de aula do professor. Caso a equipe tenha finalizado, ela irá colar no papel as partes do texto e apresentar justificando o porquê daqueles parágrafos juntos formarem aquela resenha. A premiação pode ser baseada no tempo de execução, na organização da equipe e na finalização da resenha (se estava coerente com a resenha definida por equipe).

A atividade com a turma foi um sucesso. Como diz a Silva e Vargas (2014), A emoção e o prazer da descoberta no jogo, tendem a tornar a aprendizagem mais rica e importante para o “educando” (adaptado).

Para aplicação, segue o roteiro abaixo:

- Caixa de papelão

- Vários parágrafos de textos selecionados com base em um tema.

- Cronometro para definir o tempo de execução da atividade.

- Folhas de ofício para colar os recortes dos parágrafos escolhidos.

- Cola escolar

- Dividir a sala em grupos de 05 e definir os trechos que serão completados por equipes.

ATIVIDADE PODE SER APLICADA COM O ENSINO FUNDAMENTAL 2 E MÉDIO.

Essa atividade também pode ser utilizada para desenvolver a produção de introdução em redação do vestibular. O professor pode escolher um texto, e os alunos deverão selecionar a introdução que melhor se encaixa com o texto.

Referências

SILVA, Tatiane Medianeiro Dutra; VARGAS, Patricia Leal. O lúdico e a aprendizagem da pessoa com deficiência visual. Revista Pós-Graduação: Desafios Contemporâneos, v.1, n. 1, jun/2014

VIEIRA, Ana Carla da Silva. O lúdico como prática pedagógica para a aprendizagem na educação infantil. 2014. 8 f. Artigo – Curso de Licenciatura plena em Pedagogia, Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2014.


Por José Nelson S. Santos (@nelsonvilhia)

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade Salvador – UNIFACS

Graduando em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA

Pós-Graduando em estudos literários e linguísticos pela Universidade Candido Mendes – UCAM 


Publicado por: Zé Nelson (Nelson Vilhia)

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.