Aulas bem planejadas:Êxito no processo ensino-aprendizagem
Uma reflexão sobre aulas bem planejadas no processo ensino-aprendizagem.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Tem razão Rubem Alves, em sua filosofia culinária da educação: “O professor deve preparar sua aula, da mesma maneira que o chefe de cozinha prepara sua comida... tem que ser prazeroso!”
Planejar, preparar uma aula é uma tarefa docente bem delicada, pois é fundamental refletir sobre como o aluno irá entender, ou melhor, compreender o conteúdo dessa aula.
A ausência de planos de aulas pode trazer como consequência aulas monótonas e desorganizadas, ocasionando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes.
O professor ao planejar sua aula precisa ter em mente algumas questões, tais como:
* O que eu quero que meu aluno aprenda com este conteúdo?
* Para que ele precisa aprender ?
* O que ele vai fazer com este aprendizado?
* Quais são os objetivos que desejo alcançar com o aluno?
* De que forma vou avaliar a aprendizagem de meu aluno?
“Atividades criativas, a capacidade de manter os alunos interessados e, mais que isso, cumprir com eficiência o dever de ensinar é o papel de qualquer plano de aula.”
Respondidas as questões é hora de planejar as atividades com bom senso e criatividade, imaginando o quanto será prazeroso para o aluno e para o professor esse momento de aprendizado.
Sim, também para o docente! O professor precisa sentir um calor brotando do seu peito e um prazer em trabalhar aquilo que o aluno vai experienciar nessas horas do convívio com o conhecimento. Conhecimento este que deve ser significativo para ambos: aluno e docente!
Por anos acreditou-se que o professor era o detentor do conhecimento e, assim, ele estaria qualificado para transmitir seus saberes. A criança era percebida como uma “tábula rasa” na qual os conhecimentos precisariam ser introduzidos: o aprendizado acontecia de fora para dentro dela.
Mesmo estando no ano de 2014, muitos professores ainda pensam desta forma, não reconhecendo que o aluno traz dentro de si conhecimentos adquiridos por meio de sua vivência com as brincadeiras, trocas com os amigos, com olhos atentos ao mundo que o cerca. Ora, o mundo está repleto de informação e isto acontece desde que o mundo é mundo.
Ainda hoje vemos professores enchendo suas lousas de informações, informações estas que estão nos livros, nos computadores e fora dos muros das escolas. Então, por que não explorar, aproveitando o que o aluno tem para dizer, o que sabe sobre aquele determinado assunto?
Sim, o professor precisa perguntar ao seu aluno:
“O que você sabe sobre esse assunto que iremos estudar ou pesquisar?”
Certamente, os olhos deste aluno irão brilhar e buscará dentro de si o que ele já viu, leu ou escutou sobre o tema em pauta. Se ele não tiver uma resposta, com certeza terá hipóteses e assim o interesse ganhará um espaço bem maior dentro dele.
Muito já se comentou sobre: “O professor tem que ser o mediador do conhecimento e não o detentor.” Ele não pode pensar que tem certeza de tudo. Todos que têm certeza de algo, podem se tornar pessoas intolerantes e, dessa forma, perdem a oportunidade de “voar”, de aprofundar ou enriquecer o seu conhecimento.
Agindo desta maneira, o professor poderá provocar um bloqueio na maneira de pensar do aluno que, provavelmente, perderá o interesse no aprendizado.
Por isso, é essencial que o professor prepare seu aluno para experimentar – e perceber – que o conhecimento é algo delicioso!
Sim, o conhecimento se tornará saboroso, desde que o professor deixe seu aluno “entrar com sua colher e participar desta delícia!” Mas, como conseguir isso? Certamente, professor e aluno juntos, buscando, participando, fazendo, opinando, concordando, discordando...
Temos hoje um mundo cercado de dinamismo, onde tudo acontece com a velocidade da luz. As informações chegam e se modificam antes mesmo de podermos esmiuçar e “degustar” aquela nova teoria... “Colher parada na panela faz a receita azedar...” Professor preocupado somente com a lousa cheia... lá se foi a informação, que não mais é verdadeira... tornou-se obsoleta, ultrapassada!!!
E, se o mundo caminha com tanta rapidez, tentar manter o aluno como mero espectador das maravilhas do conhecimento, o desencorajará a lançar-se em seu próprio desenvolvimento, mesmo porque, desta forma, muito pouco terá a desenvolver.
A escola se tornará um ambiente que caminha na contra mão da evolução do pensamento e isto não mais é possível.
O aluno precisa perceber-se capaz, sentir-se valorizado em suas hipóteses, caminhar lado a lado do mestre, que deste modo, poderá sim ser chamado de mestre, por estar possibilitando aprendizagens significativas e duradouras, capazes de se transformar em outras tantas!
Portanto, o bom planejamento das aulas aliado à utilização de novas metodologias (filmes, mapas, poesias, músicas, computador, jogos, aulas práticas, atividades dinâmicas etc.) contribui para a realização de aulas satisfatórias em que os estudantes e professores se sintam estimulados para o processo ensino-aprendizagem. Pode ser um grande momento gastronômico, pois um cardápio que agrade o cliente é receita de sucesso!
Finalmente, como diz Rubem Alves: “Todo professor deveria passar por uma cozinha antes de começar a lecionar”.
Bom apetite, mestre!
Publicado por: Beatriz Solera
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