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As novas tecnologias a serviço da educação à distância

São as novas tecnologias trabalhando em favor da educação. As diferentes formas de assimilar a educação tem sido alvo das pesquisas constantes de estudiosos e pedagogos, que vislumbram encontrar os caminhos que possam nortear a relação entre professor e alunos, mesmo que sem a sua presença física.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

1. INTRODUÇÃO

O processo de ensino e aprendizagem tem recebido ao longo dos anos uma importante contribuição no que se refere à disseminação dos conhecimentos. São as novas tecnologias trabalhando em favor da educação. As diferentes formas de assimilar a educação tem sido alvo das pesquisas constantes de estudiosos e pedagogos, que vislumbram encontrar os caminhos que possam nortear a relação entre professor e alunos, mesmo que sem a sua presença física.

2. A EaD CHEGA AO BRASIL

No Brasil, a metodologia EaD chegou à década de 1904, depois que países como Inglaterra, Alemanha e os Estados Unidos já terem adotado com sucesso a modalidade de ensino por correspondência. Nos anos que se seguiram a EaD alcançou notáveis avanços com a introdução de tecnologias como às emissoras de educação rural, as rádios educativas e nos últimos anos com o advento do telefone, cinema, televisão e mais recentemente a rede mundial de computadores (internet).

A expansão da EaD no Brasil se deu graças a uma legislação surgida nos anos 1960, com a promulgação do Código Brasileiro de Comunicações em 1967, através do Decreto Lei nº. 236/67, e nos idos de 1970, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, a conhecida Lei nº. 5.692/71, que possibilitou que o ensino supletivo fosse ministrado utilizando-se da tecnologia do rádio, da televisão e através da correspondência, como também via outros meios de comunicação.

Muitas foram às tentativas de emplacar a EaD. Mais recentemente, tivemos a criação das Universidades Abertas, regulamentadas pelo Congresso Nacional, mas que fracassaram diante das dificuldades do primeiro momento. Nos anos 1996, a nova LDB, Lei nº. 9.394/96 contemplou novos avanços a EaD, estabelecendo a regulamentação da modalidade de Educação a Distancia oferecidas por instituições federais e credenciadas, dando tratamento diferenciado nos sistemas de comunicação privados e a “concessão de canais de televisão com finalidades exclusivamente educativas”.

3. A PRÁTICA DA EaD

A modalidade de Educação a Distancia é uma prática onde o processo é focado por vezes no professor e outras vezes no aluno, como também nas tecnologias que são utilizadas em etapas sucessivas no desenvolvimento das atividades didáticas. Segundo o Profº. Moran, “Educação a Distancia é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporariamente”. É necessário compreender que a prática da EaD pode ser mais adequada quando ao individuo que já tenham a experiência de aprendizagem individualizada, pois que é um processo de educação continuada, e já acontece nos cursos de graduação, pós-graduação e em algumas escolas nos ensinos fundamental e médio.

As novas tecnologias podem ser usadas na modalidade de Educação a Distancia de diferentes maneiras, e possa trazer soluções eficazes em projetos que envolvem a participação ativa dos alunos, na produção conjunta de textos e no desenvolvimento de atividades comuns a prática educacional. O fundamental nessas tarefas é fazer com que os alunos utilizem a tecnologia para chegar até as informações que são úteis no crescimento e em projetos de estudo, desenvolvendo a criatividade, e senso crítico.

Nesta perspectiva, as políticas para o desenvolvimento da EaD devem ser centralizadas nos seres humanos, conforme suas necessidades e dentro de um contexto de direitos humanos e justiça social. Os países em desenvolvimento e os atores sociais deveriam ter um papel-chave na orientação do tal processo e das decisões.

4. O INDIVIDUO APRENDIZ

É inegável que as novas tecnologias são muito importantes no desencadeamento de novas informações, pois vivemos numa sociedade informatizada, onde o uso da informação é de forma rápida e dinâmica e o individuo necessita e muito desta ferramenta.

O individuo que souber utilizar as novas tecnologias como apoio as atividades de aprendizagem poderá ter uma solução eficaz na produção de texto e projetos que serão desenvolvidos, interagindo com o meio nas suas tarefas diárias, dessa forma, poderá o educando acabar com a distancia que existe entre ele e a informação necessária a sua formação intelectual, social e psicológica.

Percebemos a utilização de alguns instrumentos nas atividades de conhecimento como: multimídias, Pc`s, Tv´s, rádio, jornais, revistas, outdoors entre outros que, favorecem e permitem que os indivíduos vejam de forma prática, aquilo que é necessária a construção do conhecimento e propiciam também compreender os significados, das teorias por meio de programas de rádio, matérias de jornais e na televisão, informações que ajudam na construção de seus novos conceitos sobre os conhecimentos previamente adquiridos.

A utilização do cinema tem tido de fundamental importância, na colaboração da difusão dos conhecimentos, como vimos nos filmes, “A guerra do fogo” onde observamos as grandes mudanças que ocorreram com um grupo de indivíduos nos campos sociais e tecnológicos, as suas experiências com outros grupos semelhantes. E “2001: Uma Odisséia no espaço” foram feitos questionamentos a respeito de utilização da chamada Inteligência Artificial em favor do conhecimento tecnológico.

Nas duas dramatizações, foram retratadas informações acerca do passado do homem como também do seu futuro, numa perspectiva de aprendizado, onde ao espectador (educando) caberá o discernimento acerca da nossa origem, do nosso presente, ou do porvir do ser humano na terra ou fora dela.

“Muito além do Jardim” é um filme que se serve muito bem de reflexão. Até onde as informações que recebemos podem modificar nossas vidas? Até que pontos o bombardeio de informações influenciam na capacidade de sermos pessoas mais conscientes? Expressar nossas idéias com base em um universo aparentemente restrito?

O filme narra à história de Chance e suas experiências de vida. Restrito ao jardim de uma residência onde vivera praticamente toda sua vida, e ao contato com as poucas pessoas que por ali passavam como, por exemplo: seus patrões e os demais colegas de trabalho. Como distração possuía as informações que conseguia pela televisão. Seu contato mais freqüente era com as plantas, das quais ele entendia que o crescimento se faz a partir de um processo lento.

Ao expor sua compreensão de mundo e das coisas que o cercava, Chance expressa suas idéias com base em seu universo aparentemente restrito. Ao ponto das pessoas passaram a interpretá-lo como um sábio, que se expressava a partir de parábolas ou metáforas.

Mesmo sem nunca ter freqüentado a escola, nem tão pouco possuir documentos que o identificasse, ou mesmo ter saído de casa, o protagonista era um homem que possuía muitos conhecimentos diferenciados, possuía uma sabedoria desprovida de orgulho e poderia até indicar caminhos alternativos, onde as prioridades fossem menos ambiciosas, e mais realistas.

O ser humano é assim, possui diferentes estímulos para aprender, antes de entrar na escola assume uma atitude de quem procura as informações, tem uma predisposição para a aprendizagem, ele busca informações de formas muito precoces, que vão desde o ato de conviver com os colegas, e fazendo assas atividades ele ativa centros cerebrais que constroem estímulos de aprendizagem.

Aprender nesse caso, significa a capacidade do aprendiz de reproduzir a informação e a experiência de aprender se faz de maneira prazerosa. São os desafios vencidos, e uma vez superados abrem-se em novas perspectivas de crescimento social, afetivo e psicossomático.

5. CONCLUSÃO:

“Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz de ser feliz” (Almir Satter). A história de vida de uma pessoa está recheada de experiências, de aprendizados que ele vai adquirindo ao longo de sua existência. Todas as pessoas são portadoras de conhecimentos inatos, como o ato de respirar, pensar, degustar os alimentos, e esses conhecimentos vão sendo aprimorados ao longo de uma vida, que pode ser curta, ou longa.

Ao nosso redor chegam diariamente informações que vão fazer parte do nosso aprendizado e também do que ensinamos uns aos outros, numa troca constante de experiências, onde o ato de aprender é ao mesmo tempo o de ensinar, por que na vida tudo é um aprendizado, nós somos ao mesmo tempo: educandos e educadores. E essas lições de vida, começam em nossa casa, quando nossos avós, repassam para nossos pais suas crenças, suas tradições, sua cultura, seus costumes, que um dia também nos será repassado pelos nossos pais e daí aos nossos filhos e netos. A vida á uma constante troca.

O bom ou mau uso dos conhecimentos e das informações que somos portadores, só depende de nós mesmos, como disse o poeta. E a nossa felicidade, ou, a nossa desdita, vai depender muito de como fizermos o uso das experiências de vida que cada um tem para dar e receber ao longo de uma jornada terrestre.

6. REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS:

1. A Guerra do Fogo. Diretor. Jean-Jaques Arnoud. 141 min. Produção: AMLF, ICC Balstar, Staphan Films, Franca/Canadá>1981.

2. 2001: Uma odisséia no espaço (2001 a Space Odyssey) Direção/Produção e Roteiro: Stanley Kubrick. Duração: 148 min/USA/Inglaterra: 1968.

3. Muito além de um Jardim, Direção [Being There] EUA(1979)

4. IPAE. Os reflexos da nova regulamentação da educação a distância. Estudo técnico sobre o Decreto nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação. Brasília, março de 2006. Disponível em: http://www.ipae.com.br/et/14.pdf

5. KURZ, Roberto. A ignorância da sociedade do conhecimento. Folha de São Paulo, 13 de janeiro de 2002 – Caderno Mais, p. 14-15.

6. MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

___________________ Interferências dos meios de comunicação no nosso conhecimento. Artigo publicado na Revista INTERCOM - Revista Brasileira de Comunicação São Paulo, Vol. XVII, n.2, Julho/Dezembro de 1994.

7. M.U.C. Salgado (http://tvebrasil.com.br/salto ) - boletim 2003. Série Desafios na Escola: uma conversa com professores, Programa 2 (26 agosto)

8. Pozo, Juan Ignácio. A sociedade da aprendizagem e o desafio de converter informação em conhecimento. (Tecnologia na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC, p.29-32)

9. Tocando em Frente, Satter, Almir & Teixeira, Renato. Disponível em: (www.cifras.com.br). (1992)


Publicado por: Sueldo Leite da Silva

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