As faces da educação: os professores e seus motivos
Você sabia que a desmotivação dos professores pode ser o maior problema da educação? Entenda!O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Segundo o artigo intitulado “Educadores explicam a desmotivação de professores”, publicado em 2009 pelo Portal do Aprendiz: UOL pesquisas do IBOPE e do movimento todos pela educação acabaram por revelar que o maior problema da educação no país vem a ser a existência de professores desmotivados e mal pagos. Sendo três os fatores principais que explicam tal condição: a questão salarial, as condições de trabalho e de formação. Entretanto, Maximiano (2007) ressalta que a falta de motivação dos professores é derivada do pensamento pessimista que a sociedade acaba por ter, sendo que muitos acreditam que os alunos de hoje em dia não tem mais conserto e que não passam de delinquentes e que tentar mudar tal realidade é uma bobagem.
É claro que ambas as teorias podem estar corretas, assim como as demais, mas com certeza não estão dentro de um mesmo contexto. O artigo publicado no Portal do aprendiz nos remete a pensar em dados através das pesquisas previamente desenvolvidas que nos permite listar alguns fatores, como baixo salário, condições precárias e etc. Consequentemente, o contexto se volta para um culpado lógico, sendo este o Governo que por gerir de forma errônea as verbas destinadas à educação acaba por prejudicar a sociedade como um todo, além de minimizar as ações dos professores fazendo com que alguns deles não encontrem prazer algum em lecionar.
Entretanto Maximiano aponta a sociedade como possível culpada, que por ser extremamente pessimista em relação ao futuro da educação no país acaba por impactar de forma substancial na auto-estima dos docentes. A autora defende a tese de que o professor acaba por ser um refém de si mesmo, aprisionado pela sociedade e pelo próprio universo da educação que o rodeia, tendo como base os pensamentos de Zagury (2006):
[...] a sociedade e o próprio universo da Educação criam mitos que aprisionam o professor (a) e acabam por prejudicar seu trabalho. E, pior, fazem com que ele muitas vezes se torne refém da própria consciência, por não conseguir atingir plenamente os objetivos traçados.
Tal teoria é relativamente ampla por atribuir diversas outras teses que podem ser de grande relevância, como por exemplo, o impacto psicológico que o professor pode vir a sofrer por conta das humilhações e desapontamentos cotidianos.
Compreende-se que a situação educacional do país não é algo que pode ser resolvido sem grandes decisões, todas as teorias que nos remetem a motivos ou culpados provavelmente estarão corretas, mas o foco central da mudança, sem sobra de dúvidas tem de ser na gestão empregada pelos governantes e responsáveis, pois apenas estes podem realmente reverter tal quadro de forma eficaz e viável.
No artigo “Professores insatisfeitos, pais indiferentes e alunos desmotivados”, publicado por Eloiso Alves Matos, pode-se perceber que ambos os lados da “moeda” são citados, tanto a parte dos profissionais que se empenham e se propõem a realizar um trabalho integro e sério, quanto àqueles que não conseguem realizar seu trabalho da forma correta e se mostram desinteressados. Ambos os lados contribuem para a atual realidade da educação, pois existem muitos problemas interligados, relacionados às atitudes que os professores vem a tomar em diferentes situações.
Segundo o autor as condições nas quais os professores atuam são precárias e por muitas vezes sequer existem, mas o mesmo ressalta também que isso não justifica a prestação de um serviço de péssima qualidade, sendo que muitos dos docentes não se preparam e ministram aulas sem planejamento. Ressaltando que este é um dos principais problemas que prejudicam a rede como um todo.
Segundo Sêneca (apud MATOS, 2014): “A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre a vida toda”. Tal pensamento é uma completa verdade, sendo que o aprendizado é utilizado para tudo e por toda a vida, maiores cuidados que devem ser empregados em relação a isto e serão primordiais para que todos tenham acesso a uma educação de qualidade, assim como os próprios professores buscaram ter para alcançarem a posição de docente, por isso, não é aceitável em situação alguma que um professor se mostre despreocupado em disseminar o conhecimento de forma efetiva e coesa.
Em contrapartida Oliveira (2004) destaca que a profissão de educador/professor está associada ao sofrimento e que isso até mesmo já se tornou comum, concepção esta que se contrapõem em partes a alguns pensamentos de Matos, tal como: “É evidente que os professores buscam reconhecimento, almejam respeito, admiração, mas principalmente ao se tornarem professores esperam poder deixar um legado e marcar positivamente a próxima geração (...)”. Pensamento este que pelo o autor é destacado com grande relevância, sendo assim, entende-se que o professor que sofre constantemente não é capas de alcançar um desempenho satisfatório.
Ambos os autores listados destacam pesquisas realizadas por institutos para definir a educação de alguma forma, dando de exemplo à pesquisa citada por Matos e desenvolvida pelo IBGE – 79% dos profissionais estão insatisfeitos com a profissão. Tais pesquisas acabam por se mostrar concretas o suficiente para dar-nos o embasamento necessário para tratamos do assunto, e por conta disso pode-se afirmar que levando em conta o contexto nos quais se enquadram os artigos, ambos foram elaborados concisamente.
Finalizando, levando todas essas hipóteses em consideração fica claro que a educação no país é um problema complexo, sendo que uma nação é construída por seus cidadãos que consequentemente precisam de conhecimento para alavancar suas carreiras e assim alavancar também a economia desta nação. Diversos aspectos se formam em torno das reclamações e falhas referentes ao sistema educacional, mas muitos destes também não se enquadram exatamente como uma melhoria ou aprimoramento para a educação, portanto compreende-se que o fator primordial a ser revisto é o da conscientização, pois se esta for empregada e disseminada da maneira correta e em todas as camadas da sociedade com certeza será possível que a mesma se torne mais preocupada com as situações ocorrentes, acarretando melhorias no sistema de gestão. Remodelando assim algumas ações políticas do governo para com a sociedade e revitalizando também a visão da sociedade em relação às dificuldades existentes nos pais.
Publicado por: Jorge Henrique Lameu da Silva
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