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Alfabetização e Letramento na Educação Infantil: A leitura de textos e histórias infantis e sua contribuição como recurso Pedagógico no processo ensino-aprendizagem

Detectar os principais aspectos que as leituras auxiliam no aprendizado da criança da Educação Infantil.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

Esta pesquisa justifica-se pelo fato de que a Alfabetização e o Letramento caminham juntos, busca um repensar da aquisição da língua escrita, baseado no alfabetizar letrando, que não deve ser trabalhado de maneira independente na realidade da Educação Infantil, já que é fundamental para a vida, a formação e o desenvolvimento do ser humano, em qualquer idade. A alfabetização e a prática da leitura de textos infantis, contos e fábulas dentro ou fora da sala de aula precisa ser estimulada pelo educador e pela família, pois a leitura é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil  .

Neste contexto, a finalidade principal desta pesquisa é compreender a importância de uma alfabetização voltada para a aprendizagem da escrita e da leitura, decifração da escrita através da linguagem, enfatizando alguns elementos considerados de grande relevância para o desenvolvimento de capacidades e amadurecimento da criança, por meio da leitura, se tornando de grande relevância aos educadores, pois, por meio dele, o mesmo conhecerá contextos teóricos que relatam a Alfabetização e o Letramento e sua relação com o desenvolvimento da criança.

Palavras –chave: Alfabetização, Letramento, Educação Infantil, Histórias Infantis.

1 Introdução

O presente estudo tem como enfoque principal a Alfabetização e o Letramento, como processos que caminham juntos, este trabalho, em específico, busca repensar a aquisição da língua escrita, baseada no alfabetizar letrando, não basta ao indivíduo ser simplesmente alfabetizado, ou seja, aprender meramente a decodificar.

É  necessário e de suma importância  que o indivíduo seja também letrado para que possa exercer as práticas sociais de leitura e escrita que a sociedade exige, estar alfabetizado é ver o mundo com outros olhos, com olhos de leitor e escritor, com olhos de quem aprende e vai levar o seu aprendizado para toda a vida. Estar alfabetizado é muito mais do que pegar um texto e decodificar ler apenas, ser alfabetizado é compreender é abrir os olhos para um novo mundo do saber, é ir muito mais além do que saber ler e escrever é entender o que esta lendo e saber escrever um texto que tenha sentido, entender o que esta nas entre linhas ao interpretar um  texto.

Uma pessoa  que não consegue entender um pequeno texto ou só escreve um monte de palavras é um analfabeto funcional. A alfabetização é um processo que acontece no decorrer da vida do indivíduo, quanto mais se estuda mais capacidade a pessoa terá de usar a linguagem efetiva, ela terá uma maior possibilidade de se informar e uma maior capacidade de se expressar. Então não podemos dizer que uma criança que estuda apenas quatro ou oito anos esteja alfabetizada, a grande maioria apenas escreve e decodifica textos e elas só vão desenvolver suas capacidades com a continuação dos estudos e com a maturidade o aprendizado nunca termina sempre teremos coisas novas a aprender que levaremos por toda a vida.

2 Objetivo Geral:

Essa pesquisa tem por objetivo geral o intuito de estudar, analisar, perceber e compreender como a leitura de textos e histórias infantis, interferem de maneira produtiva no processo de desenvolvimento e aprendizagem na Educação Infantil e assim contribuir de uma maneira positiva e de forma eficaz para a educação no processo de Alfabetização e letramento, enriquecendo a dinâmica das relações sociais em sala de aula .

3 Objetivos Específicos:

Detectar os principais aspectos que as leituras auxiliam no aprendizado da criança da Educação Infantil.

Proporcionar um conhecimento mais histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crianças, mas sim aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.

Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil sobre o assunto, esclarecendo que a leitura de histórias infantis não é apenas divertimento nem uma forma de entreter as crianças, mas sim aprendizagem conhecimento e a formação de novos leitores.

Contribuir, através desse estudo possibilitando uma troca de teoria e prática, apontar alternativas metodológicas como a leitura pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem da criança inserida na Educação Infantil

4 Metodologia

Esse artigo pretende por meio de a pesquisa bibliográfica contemplar de forma sucinta, o tema abordado, considerando que esta abordagem proporciona resultados significativos na área educacional, para no sentido de oportunizar ao pesquisador uma visão mais ampla no cotidiano escolar, além de produzir conhecimentos e contribuir para a transformação da realidade de cada estudante no processo educativo.

Segundo Gill (1999, p. p.65),

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituindo principalmente de livros e artigos científicos. Embora e quase todos os estudos sejam exigidos algum tipo de trabalho, desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.

A descrição do que é e para que serve a pesquisa bibliográfica permite entender que, se por um lado a resolução de um problema pode ser alcançada através dela, por outro lado, tanto a pesquisa laboratorial quanto a pesquisa de campo, exigem como inicio de pesquisa, o levantamento do estudo do tema proposto.A pesquisa bibliográfica pode, portanto, ser considerada também como o primeiro passo de toda a pesquisa científica.

O modelo de pesquisa que utilizaremos trata-se de uma pesquisa bibliográfica elaborada através de uma revisão de literatura a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros e artigos disponibilizados na Internet para levantamento da situação em questão, fundamentação teórica e justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.

Segundo Trujillo (1974, p 230),

A pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já que foi dito ou escrito sobre o assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.

Sendo assim, o estudo bibliográfico subsidiara e favorecera todo o percurso da pesquisa.

5 TEXTO

6 Alfabetização e Letramento

Segundo Magda soares, alfabetização é tornar o individuo capaz de ler e escrever, é o processo pelo qual a pessoa  adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja domínio de técnicas pra exercer a arte e a ciência da escrita,e também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e interpretação e uso da linguagem de uma maneira geral.

O surgimento do termo literacy (cujo significado é o mesmo de alfabetismo), nessa época, representou, certamente, uma mudança histórica nas práticas sociais: novas demandas sociais pelo uso da leitura e da escrita exigiram uma nova palavra para designá-las. Ou seja: uma nova realidade social trouxe a necessidade de uma nova palavra (SOARES, 2011, p. 29,).

Na verdade estar alfabetizado é poder ir além do código escrito, é apropriar-se da função social constituinte dos atos de ler e escrever é fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, ser capaz de ler um livro, uma revista, um jornal, estar apto a escrever com total compreensão, ou seja, saber o que está lendo e escrevendo sem somente juntar as silabas, é poder no mundo da cultura conseguir acessar informações e delas se utilizar com senso crítico.

O conceito de alfabetização para  Paulo freire tem um significado mais abrangente na medida em que vai além do domínio do código escrito, ele tinha uma visão mais ampla desse conceito, enquanto prática discursiva que  possibilita uma leitura critica da realidade.Ele defendia a idéia de que o ser humano aprende a ler o mundo bem antes de aprender a ler e escrever defendia que a leitura do mundo precede a leitura da palavra fundamentando se na antropologia: o ser humano, muito antes de inventar códigos lingüísticos, já lia o seu mundo. 

Enfim, ser alfabetizado não é só ser capaz de juntar letras para formar sílabas, juntar sílabas para formar palavras e palavras para formar frases e frases para formar textos, e sim saber o que esta lendo e escrevendo ter noção de concordância  saber se o que esta escrevendo tem coerência dizer que um sujeito é alfabetizado não é tão simples como parece.

“Progredir alfabetização adentro não é uma jornada tranqüila .Encontram-se muitos altos e baixos nesse caminho, cujos significados precisam ser compreendidos .Como qualquer outro conhecimento no domínio cognitivo, é uma aventura excitante, repleta de incertezas, com muitos momentos críticos, nos quais é difícil manter  ansiedade sob controle.”( FERREIRO, 2001)

Na maioria das vezes as crianças são alfabetizadas na escola, mas a escola vai além do alfabetizar a escola tem como objetivo formar pessoas leitoras competentes e dar sentido ao ato de ler e escrever formar sujeitos amantes dos livros cidadãos alfabetizados e letrados.

A alfabetização é um processo que não termina, pois no decorrer de nossas vidas estaremos sempre em constante aprendizagem, seja na questão intelectual na escrita ou na fala estar aprendendo é estar se alfabetizando.

Tem-se tentado, ultimamente, atribuir um significado demasiado abrangente á alfabetização, considerando-a um processo permanente, que se estenderia por toda vida, que não se esgotaria na aprendizagem da leitura e da escrita.É  verdade que, de certa forma, a aprendizagem da língua materna, quer escrita , quer oral,é um processo permanente, nunca interrompido .(SOARES, 2012 pg 15)

Alfabetizar não é apenas ensinar códigos de língua escrita não deve de maneira alguma ser um processo mecânico hoje não basta apenas saber ler e escrever, mas que se saiba fazer uso da leitura e da escrita.

Pode se concluir da discussão  processo de alfabetização  a respeito do conceito de alfabetização, que essa não é uma habilidade, é um conjunto de habilidades, o que a caracteriza como um fenômeno de natureza complexa, multifacetado. Essa complexidade  e multiplicidade de facetas explicam porque o processo de alfabetização tem sido estudado por diferentes profissionais, que privilegiam ora estas ora aquelas habilidades, segundo a área do conhecimento a que pertencem.(SOARES, 2012 pg.18)

Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado ate por que alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, interpretar mas, que responde adequadamente às demandas da sociedade voltada ao uso adequado da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser não apenas alfabetizado, mas também letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social de cada um. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.  

Alguns estudos sobre alfabetização e letramento vêm, contribuindo para a reflexão sobre novas possibilidades de ação pedagógica com a linguagem verbal, na perspectiva de repensarem-se metodologias de trabalho que favoreçam a construção critica e a formação de sujeitos letrados.

O letramento surge sempre envolvido no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma interpretação errônea desses dois procedimentos, sendo que o conceito de letramento prevalece sobre o de alfabetização, porém não se podem  separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da língua escrita se dá justamente por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento.

Na escola a criança deve interagir de maneira firme e constante com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos e que os levem a buscar mais, devem ouvir histórias que gostam para estimular  e sua capacidade de interpretar e a sua imaginação. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.

A criança deve ver a escrita como momento natural de seu desenvolvimento e não como treinamento imposto de fora para dentro: "o que se deve fazer é ensinar às crianças a linguagem escrita, e não apenas a escrita das letras" (vigotsky,2007)   

A alfabetização deve seguir lado a lado com o letramento apesar de serem dois processos de significados diferentes deve ter como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação ao aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada .

Letramento é informar-se através da leitura, não apenas do que esta escrita mas quando por exemplo, uma pessoa identifica uma placa de pare, ou um sinal de proibido fumar, ou um sinal indicando silêncio, mesmo não sendo alfabetizada , isso é letramento.Estar letrado é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, caça palavras, seguir receita de bolo, a lista de compras etc.

Ser letrado é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir o mundo através da leitura e da escrita é ler e compreender não apenas decodificar textos é estar vivendo no mundo do conhecimento constante é estar dentro da história quando você lê um texto , um conto, ou uma história e consegue capturar a sua essência aí você passa a fazer parte dela e isso é mágico.

Segundo FREIRE:

“A narração , de que o educador é sujeito, conduz os educandos á memorização mecânica do conteúdo narrado.Mais ainda, a narração os transforma em“vasilhas”, em recipientes a serem enchidos pelo educador.”(FREIRE, 1987.Pág.57)

O processo de letramento está associado ao papel que a linguagem escrita exerce na sociedade. Assim, o processo de letramento não se dá somente na escola. Os espaços que freqüentamos, os objetos e livros a que temos acesso, as pessoas com quem convivemos, também são agências e agentes de letramento tudo que nos rodeia e nos passa informação de uma maneira ou de outra é um veículo de letramento.

O letramento consiste em possibilitar o contato aos diversos gêneros literários levando a compreender os que eles trazem. Por isso são de foco principal nesse estudo a leitura de textos e histórias infantis e sua  contribuição como recurso Pedagógico no processo ensino-aprendizagem.

Nossa primeira tipologia escolhida foi o conto com o titulo de “A bela Adormecida” da obra Contos Grimm publicado em 1812. Este conto pode ser trabalhado no letramento de crianças a partir dos 4anos. Neste conto temos a oportunidade de despertar a criatividade, imaginação. Por se tratar de texto que agrada o leitor da faixa etária é possível desenvolver o hábito pela leitura.

Com o conto ainda é possível desenvolver habilidades sociais, enriquecer e ampliar o vocabulário e desenvolver o raciocínio lógico e rápido.

Fábula é uma das mais antigas formas de contar história que ainda prende a atenção dos pequeninos, por isso nosso segundo gênero escolhido. O autor Esopo utiliza diversos bichos como personagens em suas fábulas. Esse modelo de narrativa como objetivo de leitura para crianças é recomendado, principalmente pela natureza alegórica de seu discurso e pela possibilidade de discussão sobre a moral, levando o leitor a questioná-la e relacioná-la com o mundo real.

Terceira escolha a lenda como por exemplo, A lenda do Saci é uma das mais conhecidas pela popularização com Monteiro Lobato no Sitio do Pica Pau Amarelo. A lenda é uma narrativa de cunho popular que é transmitida principalmente de forma social de geração para geração. Elas são frutos da imaginação das pessoas que as criam. Ela tem a função de divertir, ensinar e fixar os costumes e crenças de determinada região.

7 A importância do trabalho com textos e da leitura em sala de aula

A utilização do texto para a alfabetização em sala de aula é algo muito importante, onde o professor deve criar estratégias para ensinar de acordo com as características individuais de seus alunos, isso envolve leitura, produção de textos promovendo a alfabetização e também o letramento.

Por muito tempo o espaço do texto ficou relegado ao trabalho com análise lingüística, o ensino tradicional tomava como unidade de estudo a estrutura da oração e do período. Só a partir década de oitenta, opondo-se a essa maneira de ensino da língua portuguesa, começam a despontar propostas de trabalho diferentes que tomam o texto como unidade de estudo essencial e com o reflexo das contribuições da Lingüística Textual, da Teoria dos gêneros, da Sociolingüística, da Análise do Discurso, passou-se a ver o texto como unidade básica da interação verbal.

A Educação Infantil é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Nessa fase, as crianças recebem informações sobre a escrita, quando brincam com os sons das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos, manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, livrinhos, etc., momento em que o professor lê textos ou histórias para os alunos e/ou escreve os textos que os alunos produzem oralmente. Essa familiaridade com o mundo dos textos proporciona maior interação na sociedade letrada.

As práticas pedagógicas de língua materna tem sido alvo de uma constante preocupação pois, os alunos enfrentam muitas dificuldades no que diz respeito ao desenvolvimento da proficiência em leitura e compreensão de textos. No entanto, não se pode esquecer que é função da escola formar alunos com capacidade de fazer uso da linguagem como instrumento de aprendizagem, utilizando informações que os textos contém , bem como conhecer e analisar criticamente a utilização da linguagem como um transporte de valores e  classe, credo, gênero ou etnia. Em sala de aula o professor deve utilizar vários gêneros e não apenas ficar centrado nos livros didáticos, utilizar várias maneiras para melhor ensinar abrir um leque de possibilidades e maneiras diferentes de passar conhecimento.

Tais informações nos mostram e reafirmam que é muito importante se explorar a diversidade de gêneros em sala de aula, está bem concretizada em muitas das práticas dos professores, no entanto, sabemos que não é a presença dessa pluralidade de gêneros que vai gerar a produção de  alguma diferença maior, mas sim a uso adequado dos textos e seus gêneros  em função de uma busca  significativa em uma melhor aquisição da linguagem e da escrita pelos alunos.

Quanto ao aspecto alfabetização, alem alfabetizar a escola também tem como função formar cidadãos alfabetizados e letrados, pois se os alfabetizadores não trabalharem esses aspectos só irá continuar a formar pessoas incapazes de assumir sua cidadania de forma plena e pra isso é preciso se forme cidadãos não apenas alfabetizados, mas também letrados. Logo, não só o professor de Língua Portuguesa, mas o corpo docente como um todo deve ser responsável pela a trajetória de sucessos e de insucessos que acompanha a formação do alunado.

Assim sendo , se pudermos compreender o texto como uma a unidade básica da linguagem verbal, é de nosso dever utilizá-lo como veículo mediador em nossas aulas e torná-lo cada vez mais presente na escola e na vida dos nossos alunos trazendo para dentro do contexto educacional a diversidade de  gêneros textuais disponíveis em toda a  sociedade,ate porque saber ler e escrever não é suficiente para vivenciar de maneira plena a cultura escrita, para ler diferentes gêneros textuais e responder as demandas da sociedade em que se vive atualmente.Quanto a isso, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p.30) afirma-se que:

“Cabe a escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. Isso inclui os textos das diferentes disciplinas, com os quais o aluno se defronta sistematicamente no cotidiano escolar e, mesmo assim, não consegue manejar, pois não há um trabalho planejado com essa finalidade”. (PCN, 1997, p.30

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando todo o processo de pesquisa para elaboração desse trabalho de conclusão de curso, pode-se dizer que essa experiência  proporcionou importantes reflexões e aprendizagem para o meu processo de formação como profissional, toda a pesquisa pode me proporcionar  uma compreensão  melhor do tema e da realidade educacional e suas carências quanto à visão de Alfabetização e Letramento.

Através dessa pesquisa pude aprimorar meus conhecimentos e me aprofundar  mais no tema que escolhi ,pois, desde o inicio achei que era um tema interessante para ser estudado , que também já foi tema de pesquisa de vários estudiosos e pensadores da área da educação ,essa pesquisa pode me proporcionar uma visão ampla e clara do conceito de Alfabetização e Letramento e o uso de textos como recurso mediador na aquisição da linguagem e da escrita.

Deixo minhas considerações aos autores dos livros que usei como referência, que foram de grande relevância para minha pesquisa, admiro muito o trabalho de todos e suas contribuições para educação .

“Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos”, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens, na criação de um mundo em que seja menos difícil amar”.(PAULO FREIRE)

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CAGLIARI,Luiz Carlos,Alfabetizando sem o bá- bé- bi-bo-bu/ Luiz Carlos Cagliari-2.ed- São Paulo :Scipione, 2009. (Coleção Pensamento e ação na sala de aula)

DIAS, Fátima Regina Teixeira de Salles; FARIA, Vitória Líbia Barreto de. Currículo na Educação Infantil: Diálogo com os elementos da Proposta Pedagógica. São Paulo: Scipione, 2007

FREIRE,Paulo.Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987

FERREIRO Emília. Alfabetização em Processo. Tradução de Marisa do Nascimento Paro e Sara Cunha Lima. 13 ed. São Paulo: Cortez, 2001,136 p

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do Trabalho Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científico / Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos.-7. Ed. -São Paulo - Atlas, 2012.

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2011.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001. 128 páginas

TRUJILLO, Afonso F. Metodologia da Ciência. 3ª ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974.VYGOTSKY. L.S. Formação social da mente. Martins Fontes. São Paulo. 2007


Publicado por: Sirlei Alves Guzzi

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