Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp

A Instituição Escolar na Sociedade Contemporânea

Conheça as mudanças que devem ser feitas na educação para responder às demandas da sociedade pós-moderna.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Resumo

O presente artigo propõe-se a lançar um olhar analítico sobre a instituição escolar, que historicamente firmou-se como provedora de informação, mas que mediante aos desafios impostos pelos tempos atuais, carece de mudanças para responder às demandas da sociedade pós-moderna, que caracteriza-se, dentre outras coisas pela acessibilidade à informação, através internet, da televisão, das revistas, do celular,  etc. E a figura do professor, único detentor do conhecimento, que marcou o início da instituição escolar se distancia cada vez mais. Com foco nos processos desenvolvidos no cotidiano da escola, especialmente da escola pública brasileira, a análise constitui uma revisão bibliográfica que volta-se para o papel do profissional da educação e para a sua postura docente, frente às mudanças e no seu contínuo desafio de despertar nos alunos e alunas os mecanismos necessários para lidar com as informações disponíveis levando a construção do conhecimento. Visa primordialmente a análise do cumprimento ou não do objetivo a que a instituição escolar se destina na atualidade.

Palavras-chave: Educação. Escola. Práxis docente. Pós-modernidade. 

Introdução

A educação tem a finalidade de promover a formação de pensadores, a finalidade de educar a emoção e de expansão e desenvolvimento da inteligência. A análise aqui apresentada é embasada em pesquisa bibliográfica e parte da premissa de que a escola é uma instituição responsável pela produção de um bem ou serviço imprescindível à sociedade.

O produto da escola ou o resultado do serviço é o sujeito educado, dotado de competência técnica, comprometimento social, com conhecimento dos pressupostos científicos, enfim dotado de condições de intervir qualitativamente na realidade, e exercer sua cidadania.

Esses são requisitos que a sociedade contemporânea exige da escola. Mas será que a escola está desenvolvendo nos sujeitos as aptidões necessárias para intervir na realidade? Como é avaliado o resultado do serviço prestado pela escola? Frente a estes questionamentos se elege uma problemática primordial: A função da instituição escolar de hoje corresponde aos anseios da sociedade de hoje? Estas indagações permeiam o presente Artigo e a busca por respostas levaram a empreender a análise da conjuntura educacional com foco na escola pública e a proposição de alternativas para a busca pela excelência na educação.

A educação e a Instituição Escolar

“A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos” (SAVIANI, 2000, p 15). Afirmar isso significa dizer que para se compreender a natureza da educação precisamos compreender a natureza humana.

O humano distingue-se dos demais seres vivos pela sua capacidade de adaptar a natureza a si, transformando-a, enquanto os demais seres vivos adaptam-se a ela. O humano precisa produzir a todo instante sua existência enquanto os demais seres vivos, adaptando-se, têm sua existência garantida.

Por isso o ser humano é o único ser histórico, pois apenas ele vive em perpétua transformação, pelo passado que guarda na memória e pelo projeto do futuro. Sua unidade existencial o torna único e insubstituível. Segundo Kant, “é o único ser cuja existência é um valor absoluto, é um fim em si e não um meio para outras coisas”.

Ao transformar a natureza o humano produz trabalho e é o trabalho que o diferencia, a partir do momento em que planeja a ação e tem consciência desse ato. O humano é, portanto criador de sua própria “humanidade”.

O humano não se contenta apenas com a satisfação das necessidades naturais. Além de sobreviver ele deseja estar bem. Por isso busca sempre novos objetivos que vão além da satisfação das necessidades naturais.

Tornamo-nos humanos pela educação. É pela educação que aprendemos a ordenar o mundo, apreendemos as verdades da comunidade, enfim, nos socializamos, ou seja, adquirimos uma forma de pensar, falar, agir, segundo os ditames da cultura em que estamos inseridos. Apesar de acharmos que nossas posturas são naturais na verdade tudo o que somos é apreendido ao longo da nossa existência.

Como afirma RODRIGUES (1992, p 39) “A educação é do tamanho da vida. Não há começo. Não há fim. Só há travessia. E se queremos descobrir a verdade da educação, ela terá que ser descoberta no meio da travessia”.

Assim faz sentido afirmar que a educação começa já na concepção, continua após o nascimento e vai pelo resto da vida. Implica, portanto um constante reeducar-se e uma permanente auto-educação. Aprendemos a sermos humanos através do convívio com os demais membros da nossa comunidade.

Tanto é verdade que crianças que foram perdidas ou abandonadas na selva em tenra idade não aprenderam a ser seres humanos, desenvolveram andar quadrúpede, dentes mais pronunciados, não falavam, apenas uivavam e grunhiam. Nada aprenderam e com o contato com a sociedade, quando levadas ao convívio social, na adolescência, logo morreram, as que chegaram a idade adulta não conseguiram um desenvolvimento pleno. É, portanto pelo processo educacional primário que nos tornamos seres humanos.

Independente da concepção de educação, independente das influências que o local atribui para a elaboração destas concepções podemos considerar como grande conquista deste século a ideia de que “não existe idade para a educação, de que ela se estende pela vida e que não é neutra”.   (GADOTTI, 1997, p 34)

Nas culturas ditas “primitivas” o processo de aprendizagem é natural. A herança cultural é transmitida informalmente por qualquer membro da tribo às novas gerações pela vivência entre adultos e crianças.

Já nas culturas “civilizadas” houve a ampliação do conhecimento e a divisão entre os indivíduos com base na economia e gerou também a divisão do saber. Aí surgiu a Escola como responsável pela transmissão do conhecimento às novas gerações.

Até o século XVI as crianças precisavam abandonar sua casa para receber educação escolar, que era ministrada por mestres, isoladamente do ambiente familiar, causando uma grande perda emocional, provocada por essa distância. Após isso a escola se difundiu e as crianças passaram a voltar para casa após o período de aula e a escola assumiu a estrutura que tem hoje.

LA TAILLE, (1992, p 33) fala que na sociedade contemporânea a escola adquire especial importância e as relações nela estabelecidas são imprescindíveis na construção dos processos psicológicos dos sujeitos. Na situação de ensino-aprendizagem a intervenção pedagógica leva o educando a desenvolver avanços que não ocorreriam espontaneamente.

“A importância da intervenção deliberada de um indivíduo sobre os outros como forma de promover desenvolvimento articula-se com o postulado básico de Vygotsky a aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento desde o nascimento da criança”.

(LA TAILLE, 1992, p 33).

Essa intervenção que se dá pelo adulto durante o ato educativo propicia o acesso dos sujeitos ainda imaturos da cultura letrada ao conhecimento. Essa intervenção, que chamamos de diretividade é condicionada pelas opções ideológicas que o educador faz, ciente disso ou não.

Nas culturas civilizadas a escola deu conta da transmissão do conhecimento sistematizado às novas gerações e os docentes eram os grandes responsáveis por essa transmissão. Isso serviu aos ideais daquela sociedade.  

Mas como vai a instituição escolar e principalmente como vai a educação escolar nos dias atuais? Como esta intervenção está se dando. São essas indagações que o educador não pode se eximir de fazer, se deseja que sua ação docente seja reflexiva.

Análise da conjuntura educacional

Para empreender uma análise da função da escola na contemporaneidade se faz necessário a priori lançar um olhar analítico sobre o momento atual em que nos encontramos, numa perspectiva sócio-histórica, uma vez que a sociedade dos novos tempos demanda por uma escola nova.

A grande questão que envolve a eficácia da escola de hoje é que ela não é uma escola para hoje, mas para o ontem, incapaz de servir aos interesses da sociedade aberta, global e complexa em que vivemos.

Como saber se as obrigações sociais da escola estão sendo eficazmente cumpridas? Que critérios usamos para definir a qualidade de uma determinada escola? Existe uma escola ideal? Que requisitos podem servir de indicadores de qualidade da educação escolar? O que se espera de uma escola para que ela seja considerada boa?

A instituição escolar, uma das mais antigas e sólidas dentre as instituições, atravessou séculos, testemunhou mudanças de sistemas econômicos e mudanças em modelos civilizacionais. Hoje, porém as análises conjunturais da esfera educacional formal são desoladoras. Segundo GOHN (2001, p.07): “A rede escolar é avaliada como atrasada e ineficiente em todos os sentidos (cobertura, processo de gestão, qualificação profissional dos recursos humanos, resultados, infra-estrutura física, etc.)”.

Diz-se que um sistema de ensino é bom se ele conseguir exprimir com clareza o que se espera dele. Percebe-se, entretanto, que as escolas desconhecem o que se espera delas. E a sociedade espera muito da escola.

Excluem-se da escola os que não conseguem aprender, excluem- se do mercado de trabalho os que não têm capacidade técnica porque antes não aprenderam a ler, escrever e contar e excluem-se, finalmente, do exercício da cidadania esses mesmos cidadãos porque não conhecem os valores morais e políticos que fundam a vida de uma sociedade livre, democrática e participativa (BARRETO, 1994, p 59)

A sociedade contemporânea, também denominada Sociedade Informática, cibercultura, ou pós-modernidade desloca o saber para o saber/fazer. Independente do rótulo, incontestavelmente os tempos são outros e demandam por uma escola diferente, assim como exige posturas também diferentes dos profissionais da educação.

Hoje as grandes verdades não mais dão conta de explicar a realidade. A sociedade contemporânea perdeu a dimensão teleológica. O fim ideal nunca chega. Os processos levam continuamente a novos processos. Cai por terra a crença de que o mundo é regido pela linearidade, como uma receita, em que primeiro se faz isso, depois aquilo e se tem o resultado esperado. A sociedade pós-moderna apresenta um ritmo inédito na história, em que o tempo é o atual, o aqui e o agora.

Na falta de verdades absolutas, prosperam incertezas textuais. O mundo não vai parar para que se busque soluções. É necessário pensar as soluções no processo.

Isso tem relevantes implicações para a educação escolar, pois com o advento da sociedade pós-moderna a acessibilidade à informação se disseminou. A informação está na internet, na televisão, nas revistas, no celular, com todo o dinamismo e rapidez. E a figura do professor, único detentor do conhecimento, que marcou o início da instituição escolar se distancia cada vez mais. 

O uso de novas tecnologias em situações de aprendizagem:                                                       

Nos dias atuais os diversos tipos de mídia se misturam e formam novos ambientes de trabalho e lazer, enfim criam uma nova realidade, que está disponível a quem dela necessitar.

As novas tecnologias e seu uso em sala de aula ou em ambientes de aprendizagem de modo geral leva a reflexão de quanto o ser humano evoluiu ao longo da sua trajetória. Até o mais rudimentar artefato utilizado pelos nossos antepassados pode ser considerado como um alicerce para a chegada ao maravilhoso mundo de desenvolvimento tecnológico que se tem hoje.

A tecnologia está presente nas tarefas mais simples do dia a dia, mesmo nas que não são perceptíveis. A linguagem do rádio, televisão, revistas, internet permeiam a sociedade contemporânea, mas a escola ainda opera com linguagem escrita. Em inúmeras escolas públicas os recursos estão restritos à sala de Tevê Escola ou laboratórios de Informática, que por vezes mantêm-se ociosos. Não é por menos que muitos dos indivíduos ainda se encontrem alijados do mundo tecnológico.   

É necessário, porém que se estabeleçam limites que definam a questão do uso correto das Tecnologias de Informação e Comunicação. Não se trata, de substituir a intervenção do professor/a, mas de servir de base para que os diferentes recursos tecnológicos seja alicerçado o conhecimento. Quanto a isso, Cortelazzo, que afirma que:

Os professores devem trabalhar com seus alunos não só para ajudá-los a desenvolverem habilidades, procedimentos, estratégias para coletar e selecionar informações, mas, sobretudo, para ajudá-los a desenvolverem conceitos. Conceitos que serão a base para a construção de seu conhecimento. (CORTELAZZO, 2006, p 18)

A inquietude é uma característica do sujeito pós moderno e isso deve ser aproveitado pela escola para que o aluno queira buscar informações e construir o conhecimento. Antes de tudo a postura do professor deve ter um quê de inquietude, que possa instigar a busca pelo novo.  

A escola provedora de informação já não responde à demanda da nova sociedade. A escola para a sociedade da informação é a que desperta nos alunos e alunas os mecanismos necessários para lidar com o imenso volume de informações a que são diariamente submetidos. Acesso a conteúdos os alunos têm. Cabe à escola desenvolver no aluno o desejo de querer ter essas informações e poder transformá-las em conhecimento.

Educação escolar para a excelência:

    “Educação não transforma o mundo.

Educação muda pessoas.

Pessoas transformam o mundo”.

Paulo Freire

A escola tem a função instrucional, que é a função de preparar os indivíduos para o mundo do trabalho. Tem ainda a função socializadora, que mesmo sem muita ênfase no preparo dos profissionais da educação para desenvolvê-la, esta função acaba acontecendo pelo próprio convívio espontâneo.

“Como mediação para a apropriação histórica da herança cultural a que supostamente têm direito os cidadãos, o fim ultimo da educação é favorecer uma vida com maior satisfação individual e melhor convivência social. A educação, como parte da vida, é principalmente aprender a viver com a maior plenitude que a história possibilita. Por ela se toma contato com o belo, com o justo e com o verdadeiro, aprende-se a compreendê-los, a admirá-los, a valorizá-los e a concorrer para sua construção histórica, ou seja, é pela educação que se prepara para o usufruto (e novas produções) dos bens espirituais e materiais”. (PARO, 2001, p 37-38).

Então, em resumo, da escola é exigida a formação de indivíduos com competência técnico-administrativa, porém não é só isso. É também é exigida da escola de hoje a formação de cidadãos comprometidos que não se alienem do momento histórico, social, econômico e político, que sejam fazedores da sua história.

Para tanto se faz necessário mudança educacionais profícuas que incorporem, além das funções clássicas, a função de estimular inteligências e gerenciar seu pensamento e sua existência.

A educação escolar deve ter por finalidade a formação humana. Não basta formar para o trabalho, ou para a sobrevivência, como parece entender os que consideram a escola apenas como um instrumento para prepara para o mercado de trabalho ou para entrar na universidade.

Diante de problemas reais não podemos nos limitar às fórmulas vazias aos conteúdos desconectados da realidade. A escola deve preparar para a própria vida, não para o futuro, mas para o viver bem, isto é, para o desfrute de todos os bens criados socialmente pela humanidade. É preciso que a escola seja prazerosa e alegre para seus alunos desde já.

A primeira condição para propiciar isso é que a educação se apresente enquanto relação humana dialógica, que possa garantir a todos os envolvidos as condições de desenvolvimento como protagonista do processo educativo.

Conclusão

Fala-se muito na deterioração da escola pública a partir da sua maciça expansão nos últimos trinta anos. Ouve-se rumores de que a escola de hoje não cumpre as funções sociais que cumpria  anos atrás.

A superação da deterioração a que a escola está sujeita passa pela compreensão de que a instituição escolar, em especial a escola pública, é uma instituição eminentemente social que, em virtude disso exige um esforço coletivo e não de apenas um professor, para enfrentar suas dificuldades, pelo fato destas dificuldades não serem isoladas a um professor e sim dificuldades de uma instituição que precisa de mudanças para responder ao que a sociedade contemporânea demanda.

O mundo mudou, a escola precisa mudar, e o professor precisa fazer parte dessa mudança e principalmente alavancar essas mudanças a partir da sua práxis cotidiana, pois é no dia-a-dia de sala de aula que as coisas acontecem.

A postura do docente perante seus alunos tem de mudar frente ao novo contexto. De único detentor do saber, ele deve passar a ser intermediário entre o conhecimento acumulado e a curiosidade e necessidade do aluno. O professor deve instigar essa curiosidade, como se diz, deve fazer o aluno querer, para então saciar o interesse. 

A conclusão desta breve análise é de que a escola provedora de informação já não responde à demanda da nova sociedade e, portanto, cumpre parcialmente a função a que se destina. Para que atinja plenamente o que se espera desta instituição ela carece de desenvolver meios de despertar nos sujeitos os mecanismos necessários para lidar com crescente volume de informações disponíveis, transformando-as em conhecimento que seja significativo para a vida.

Referências

BARRETO, Vicente. "Educação e Violência: reflexões preliminares". In: ZALUAR, Alba (org) et al. Drogas e Cidadania: repressão ou redução. São Paulo: Brasiliense, 1994.

CORTELAZZO, Iolanda Bueno de Camargo, ROMANOWSKI, Joana Paulin. Pesquisa e Prática Profissional – Materiais Didáticos. Curitiba: IBPEX, 2006.

COUTINHO, M. Veramoni de A. Excelência em Educação. Macapá. Fontaz, 2006.

DUARTE JR. João Francisco. Por que arte educação? Campinas, Ed. Papirus, 1988.

FONSECA, Vitor da. Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1995.

GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. São Paulo, Ática, 1997

GOHN, Maria da Glória. Educação Não-formal e cultura política: Impacto sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo, Ed. Cortez, 2001.

LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DATAS, Heloysa (Org.). Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 13 ed. São Paulo: Summus, 1992.

RODRIGUES, Neidson. Da Mistificação da Escola à Escola Necessária. São Paulo, Ed. Cortez, 1992.

PARO, Vitor Henrique. Escritos sobre educação. São Paulo: Xamã, 2001.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico Crítica: Primeiras aproximações. Campinas, Ed. Autores Associados, 2000.   

VEIGA, Ilma Passos (org.) Projeto Político Pedagógico da escola: Uma contribuição possível. São Paulo: Papirus, 1995.


[1] Graduada em Pedagogia pela (Universidade Federal do Pará (UFPA), especialista em Arte-educação e tecnologias contemporâneas pela Universidade de Brasília (UnB), mestranda em Gestão pela universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Portugal).

 


Publicado por: Veramoni Coutinho

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.