A CRIANÇA COM DISLEXIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
A inclusão no meio escolar das crianças com DislexiaO texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
Essa pesquisa tem como objetivo despertar o interesse pela inclusão no meio escolar das crianças com Dislexia, sobre quais os métodos mais usados no processo de aprendizagem do mesmo nas séries iniciais do ensino fundamental. Sabemos ainda que o tema é muito necessário para que desse modo possa ser feito um diagnostico e assim ser tratado e trabalhado de forma diferenciada fazendo toda a diferença na aprendizagem da criança. Os métodos mais utilizados são os métodos fônico e multissensorial para que assim haja desenvolvimento um desenvolvimento de forma tranquila e harmônica, nesses casos não se descarta o auxílio de uma equipe psicopedagógica/ equipe multidisciplinar. Para desenvolver a pesquisa optou-se pela metodologia bibliográfica. Mesmo sendo os primeiros a observarem, mas por falta de conhecimento sobre o assunto muitas vezes se torna uma tarefa árdua no processo de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Dislexia. Dificuldade na Aprendizagem. Diagnóstico. Docente.
INTRODUÇÃO
A pesquisa a seguir apresenta a Dislexia como o desafio nos anos iniciais do ensino fundamental. Apresenta também quais as maiores dificuldades que a escola e o professor encontram para identificar a dislexia no aluno.
O interesse pelo tema surgiu após experiências em sala com alunos apresentando uma dificuldade muito grande na escrita, e um certo atraso na leitura, onde os mesmos se mostram bastante restraidos, isolados e dispersos com relação ao conteudo trabalhado em sala de aula, não conseguem reconhecer pequenas palavras, interpretar textos e reconhecer letras e números.
Por isso da importância de laudo médico, para assim saber como trabalhar com um aluno disléxico. Por volta dos 8 anos consegue-se ter um resultado concreto pois é nessa fase que o aluno está em desenvolvimento fisico, psicquico social e motor.
Demosntram interesses e certa facilidade em realizar as atividades ludcias e com imagens.
O trabalho é de cunho bibliográfico, onde foi utilizado artigos, teses, monografias dissertações livros e revistas.
Nele vemos a importância do laudo médico, da informação e da inclusão ao meio em que o aluno esta inserido.
DESENVOLVIMENTO
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (2010), a dislexia é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, sendo o distúrbio de maior ocorrência nas salas de aula.
A palavra Dislexia vem do grego (dys= dificuldade); (lexys = palavra), ou seja, é a dificuldade na aprendizagem e decodificação das palavras simples onde a mesma é confundida com outros diagnósticos simples como por exemplo a disgrafia que é a alteração na escrita do aluno.
A dislexia do desenvolvimento é o transtorno em que a criança, apesar de ter acesso à escolarização regular, falha em adquirir as habilidades de leitura e soletração que seriam esperadas de acordo com seu desenvolvimento intelectual. (World Federation of Neurologists9 RIZZUTTI E MUSKAT, 2012, p.15)
Para desenvolvimento do trabalho acadêmico optou-se pela pesquisa de cunho bibliográfico, onde a mesma tem por bases materiais já publicados, livros, revistas, artigos, teses e dissertações de outros acadêmicos.
Pessoas com dislexia não apresentam nenhum problema visível, desse modo a importância de um diagnostico nos anos iniciais do ensino fundamental é de suma importância para que assim possa ser trabalhado de forma inclusiva com o aluno e o mesmo não fique prejudicado com relação ao restante da turma, é assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), art. 4º, inciso 3, que garante “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino” (LDB, 1996). Pois a partir dos 8 anos de idade é possível perceber alguns traços da mesma, porém desde a educação infantil já se poder investigar. Pois para Rebelo, 1998, p. 54, apud Gonçalves, 2011
….a prevenção e remediação das dificuldades de aprendizagem dentro da escola, fala-se de «ensinar diagnosticando, onde o professor desempenha um papel importantíssimo e mesmo determinante no sucesso escolar".
Para um diagnostico concreto é necessário um psicopedagogo, neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo e um oftalmologista, caso algum desses profissionais relatarem alguma característica diferente da dislexia a mesma já é descartada.
A característica varia de acordo com a faixa etária porém aos anos iniciais da vida escolar onde ainda estão em processo de alfabetização encontra-se com mais facilidade o diagnostico do transtorno. Nesses casos a criança disléxica é rotulada e apresenta comportamentos tais como: inquietação, dispersão, falta de interesse em atividades teóricas como ler e escrever e tristeza por não saber ler e escrever como os demais colegas.
Segundo Sana (2005):
Para ler, escrever ou calcular, por exemplo, o cérebro põe em marcha, para cada um dos processos, um complexo sistema funcional, composto de vários subsistemas visuais, auditivos, tatil-cinestésicos e motores, subléxicos, léxicos, cognitivos e metacognitivos que interagem sequencialmente, melodicamente e sistemicamente. (FONSECA, 1995. P.318).
Alguns sintomas devem ser analisados e observados pelos pais, responsáveis e docentes pois alguns apresentam sintomas mais agudos, como por exemplo o isolamento, agressividade e ate mesmo a depressão pelo seu insucesso escolar trazendo assim um futuro e possível abandono escolar.
Como afirmam as autoras Iane e Nico apud Richarte e Bonzo (2009) alguns sintomas podem ser observados desde pequenos como:
“….dificuldade com a coordenação motora fina e grossa, dificuldade no processamento auditivo, dificuldade viso espacial, discalculia, disgrafia, disnomia11, memória de curto prazo, excelente memória de longo prazo, dispersão, entre outros”.
Nesses casos a qualificação do professor é de extrema importância, pois o resultado do aluno está ligado ao que chamamos de “motivos intra escolares” facilitando assim o direcionamento do aluno para o diagnostico concreto, trabalhando com atividades lúdicas e concretas para contribuir com o enriquecimento do desempenho do aluno..
Quando usados métodos facilitadores para a aprendizagem o disléxico terá um progresso evitando transtornos:
Assim afirma FONSECA (1995, p. 342) que:
“As alternativas educacionais (métodos diferentes) colocam-se quando o sistema de leitura se encontra um tanto disfuncional. Aqui é necessário saber jogar com o potencial substrato remanescente, do qual podem, portanto, resultar estratégias diferentes das que são utilizadas para o ensino em massa. Está em causa não só respeitar o perfil das necessidades educativas especiais, bem como valorizar o potencial neurológico e maturacional da arte, da música, da micromotrocidade e psicomotricidade que garantem uma autoestima à criança para superar as suas dificuldades.”
O aluno disléxico deve sentar perto do professor, cabe ao professor compreender e ter uma boa convivência com o aluno para que assim ele faça perguntas e sane suas dúvidas referentes as atividades a ele passadas.
Nas atividades em sala de aula,não corrigir o aluno em publico ou fazer com que ele repita a atividade com o intuito de fazê-lo entender o erro o correto é achar outra forma de fazer com que ele entenda a forma certa de fazer a atividade. Em caso de leitura não pedir e nem expor o aluno a ler para os colegas, ressaltar a parte positiva das atividades em quele conclui.
Ao aplicar as atividades o educador deve reduzir a quantidade para que o aluno consiga acompanhar o conteúdo porem dentro do seu tempo de aprendizagem, sempre que possível usar material pedagógico visual, textos não muito longos com imagens auxiliando assim na fixação do conteúdo estudado.
CONCLUSÃO
Através do estudo desse artigo, percebemos a importância do diagnostico precosse do aluno dislexico, a importância de como saber lidar com a situação em sala de aula para que assim possamos contribuir com um aprendizado de qualidade.
Quanto antes o diagnostico for feito melhor para a criança pois a mesma esta em fase de alfabetização e desenvolvimento fisico e social, tendo entusiasmo e sabendo lidar com suas dificuldades. Lembrando que o diagnostico preciso só ocorre a paartir dos 8 anos de idade que é quando o aluno já esta alfabetizado e é ai onde desenvolve os possíveis indícios de Dislexia.
Com o diagnostico o professor pode achar maneiras difereciadas de aplicar o mesmo conteudo que é aplicado com os demais colegas, mostrando a ele que mesmo com certo grau de dificuldade ele é capaz também.
Essa pesquisa fez com que conseguisse entender um pouco mais sobre a limitação e ver como trabalhar com determindasa hipoteses do transtorno e ver como em algumas vezes cometemos erros por não saber como agir, trabalhar e lidar com as dificuldades que o trasntorno traz.
REFERÊNCIAS
ABD. Associação Brasileira de Dislexia. São Paulo, 2014. Disponível em: <>
______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: << http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>>.
FONSECA, da V. Dislexia, cognição e aprendizagem: uma abordagem neuropsicológica das dificuldades de aprendizagem da leitura. 2009. Disponível em: <>. Acesso em: 14/08/17.
FONSECA, da V. Introdução as dificuldades de Aprendizagem. 2. ed. rev. Porto Alegre: Ed. Artmed, 1995. p. 318 - 353.
MUSZKAT, M; RIZZUTTI, S. Educação & Saúde: O professor e a dislexia. Ed. Cortez: 2012. p. 118.
SANA, C. C. Por que meu filho não aprende? Ed. Eku: Santa Catarina. 2005. p. 32 a 50.
NICO, M. A. N. Dislexia. Disponível em: <>. Acesso em: 14/ 08/ 2017.
IANHES, M. E; NICO, M. A. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. 10ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002.
Publicado por: Egleci Maria Scarton
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