A ANSIEDADE DO PROFESSOR E DO ALUNO DEFICIENTE INTELECTUAL NA APRENDIZAGEM EM SALA DE AULA
Estudo envolvendo a ansiedade, angústia e o medo visando a superação através da afetividade e do diálogo.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O tema “A ansiedade do professor e do aluno deficiente intelectual na aprendizagem em sala de aula”, buscou analisar o conceito de ansiedade sob o ponto de vista do professor que é comum as expectativas do professor, e seu medo em lidar com a criança deficiente intelectual. Sob o ponto de vista da criança com ansiedade e da criança deficiente intelectual o professor precisa ter conhecimentos suficientes para lidar com esses alunos com atividades sedutoras que desenvolvam sua motivação e criatividade. Acredita-se que o novo caminho se encontra em um bom planejamento, mais conhecimento por parte do educador e afetividade com diálogo. A afetividade será uma aliada na superação da ansiedade de ambos dentro de uma sala de aula.
Palavras-chave: alunos deficientes, ansiedade, afetividade.
1 INTRODUÇÃO
Exercendo a função docente na educação básica da rede municipal do Município de Guaraçai/SP sentimos a necessidade de explicar os temas: ansiedade e inclusão no ambiente escolar, porque tanto o professor quanto o aluno tem ansiedade em conseguir incluir e desenvolver a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual.
Buscamos subsídios na teoria para aumentar nosso conhecimento sobre a ansiedade para ajudar professores e alunos que como nos sofremos desse problema
A ansiedade é fator desencadeador de outros sintomas e deve ser tratada por especialistas. Ele é transversal, e está em todas as classes sociais e em todas as faixas etárias. O professor ao receber alunos deficientes intelectuais precisa estar preparado para enfrentar esse desafio e não sofrer antecipadamente.
Como as bibliografias sobre o tema são abundantes me vali de apostilas sobre inclusão, fornecidas pelo Curso, textos de apoio via internet e em bibliotecas das escolas, pois descrever e explorar esses assuntos serão de relevância para nossa superação.
Esta pesquisa adotará a metodologia qualitativa e será subdividida em partes para facilitar a compreensão. Primeiros conceitos de ansiedade, de inclusão, bem como as características da criança deficiente intelectual.
O problema da ansiedade se instala desde a mais tenra idade, basta os pais serem ansiosos para terem filhos ansiosos. A seguir, vamos fazer um estudo envolvendo a ansiedade, angústia e o medo visando a superação através da afetividade e do diálogo.
Sabe-se que a afetividade deve ser uma aliada na superação da ansiedade, por isso pretendemos apresentar inúmeras formas de superar a ansiedade uma vez que esta pode prejudicar a aprendizagem do aluno, suas emoções e sua saúde mental. Para isso é preciso que saibamos mais sobre o aluno deficiente intelectual e a ansiedade com formas criativas para ensinar. Essa será nossa intenção.
CAPITULO I - A ANSIEDADE DO PROFESSOR E DO ALUNO
Todo educador na expectativa do início do ano letivo em receber “n” alunos, tem momentos de ansiedade e medo. Essas questões serão analisadas numa visão psicológica para que possa ajudar o professor a superar tais dificuldades e não repercutir na criança na hora da inclusão. Mas em contrapartida muitos alunos em especial os deficientes intelectuais também passam por momentos de ansiedade ao entrar na escola regular necessitando de ajuda da família e em especial do professor e até de especialistas
Segundo Costa (2002), várias pessoas já se sentiram diante de uma situação em que ficam ansiosas, e enquanto isso não se resolve, a ansiedade se instala para algumas, de modo incontrolável. Às vezes, existe um motivo para apresentar a ansiedade, como o stress provocado por um conflito interno ou externo.
Os sintomas vão surgindo espontaneamente, sob forma de ataques de ansiedade e aos poucos, estes sintomas progridem para ataques de pânico.
Segundo o Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos, a década de 90 foi considerada como a década do cérebro, porque naquele país, a investigação do sistema nervoso passou a ser o principal foco de investimento em saúde. O Presidente Bush, em julho de 1989, assinou um decreto sobre esse estudo. Com isso, o National Institute of Mental Health (NIMH) vem desenvolvendo um programa que visa alertar que a ansiedade é um problema de saúde pública, e uma doença que pode ser diagnosticada e tratada. Este programa é denominado Anxiety Disorders Education Program (COSTA, 2002, p. 91.
De acordo com Barone, (2005) a ansiedade é um distúrbio mental comum, caracterizado por sentimentos subjetivos de antecipação, temor ou apreensão, levando a alterações de comportamento, dificultando o aprendizado, a concentração e adaptação do aluno no ambiente escolar.
Segundo Ruiz (2002), várias pessoas já se sentiram diante de uma situação em que ficam ansiosas, e quando isso se resolve, a ansiedade passa. Mas para algumas, este problema é incontrolável. Às vezes, existe um motivo para apresentar a ansiedade, como exemplo o stress provocado por um conflito interno ou externo. Mas, em alguns casos para essa ansiedade não existe motivo aparente.
Em geral, os sintomas vão surgindo espontaneamente, sob forma de ataques de ansiedade. Mas aos poucos, estes sintomas progridem para ataques de pânico, por exemplo.
Muitos casos como este vem acontecendo diariamente, o que levantou uma certa preocupação entre os profissionais de saúde, que resolveram investir em pesquisas para descobrir as causas e qual forma de tratamento eficaz para esses distúrbios que atacam o sistema nervoso.
Segundo o Instituto de Saúde Mental dos Estados Unidos, a década de 90 foi considerada como a década do cérebro, porque naquele país, a investigação do sistema nervoso passou a ser o principal foco de investimento em saúde. Em julho de 1989, Bush assinou um decreto declarando a importância de se investir em estudos sobre o cérebro humano. E isso refletiu em todos os laboratórios do mundo, que investem em pesquisas sobre distúrbios mentais como depressão, stress, esquizofrenia, síndrome do pânico, ansiedade, entre outras. Com o desenvolvimento e novas descobertas, muitas pessoas que sofrem desses males poderão superá-los.
Com isso, o National Institute of Mental Health (NIMH) vem desenvolvendo um programa que visa alertar que a ansiedade é um problema de saúde pública, e uma doença que pode ser diagnosticada e tratada.
Muitas pessoas que apresentam ataques de pânico, medo, pensamentos irracionais, comportamentos compulsivos, pesadelos ou sintomas físicos de amedrontamento e ansiedade são pacientes freqüentes dos prontos-socorros e outros tipos de serviços médicos. Esses tipos de distúrbio muitas vezes ocorrem devido a depressão, alcoolismo, usos de drogas ou outro problema mental.
A ansiedade não é considerada somente um "ataque de nervos", e sim uma doença, muitas vezes relacionada com experiências de vida do paciente, com causas biológicas.
A ansiedade é um distúrbio mental comum, caracterizada por sentimentos subjetivos de antecipação, temor ou apreensão, ou por um senso de desastre eminente ou morte, associados a vários graus de excitação, levando a alterações de comportamento, dificultando no aprendizado, na concentração e adaptação.
1.1 Tipos de ansiedade
Há vários tipos de ansiedade, como a exógena, onde há um motivo aparente para apresentar a doença e a endógena, onde não há nenhum motivo aparente. A ansiedade também se manifesta através da Síndrome obsessivo-compulsiva, onde a pessoa repete várias vezes o mesmo ato, pensamento, sentimento ou impulso, e permanece na sensação de que não completou o que deveria fazer. (BARONE, 1995).
Algumas pessoas apresentam ansiedade através de fobias. As mais conhecidas são a claustrofobia (medo de lugares fechados), fobia (medo de sair de casa e ficar em público e fobias sociais (medo de ser ridicularizado em público).
A causa da ansiedade vem sendo discutida e com o avanço da medicina, descobriu-se que algumas doenças são causadas por um desequilíbrio químico no cérebro. Estudos demonstram que a falta de serotonina no cérebro, faz aparecer a ansiedade e outros distúrbios. Esses sintomas devem durar pelo menos seis meses para que a pessoa possa ser enquadrada nesse quadro clínico.
1.2 Sintomas da ansiedade
Os sintomas psicológicos mais comuns da ansiedade são a apreensão; o medo; o desespero; a sensação de pânico, a insônia e o excesso de preocupação para determinadas tarefas como a do professor em receber um aluno deficiente intelectual dentro da sala de aula e do próprio aluno deficiente ao integrar-se na escola regular, (FREUD, 1980).
Já os sintomas físicos mais comuns são a taquicardia, a dor de cabeça, a tontura, a diarréia, a vontade constante de urinar e reação exagerada aos reflexos, etc.
Vários tipos de tratamento vêm sendo desenvolvidos com medicamentos antidepressivos ou psicoterapias. Para a ansiedade exógena é aconselhada a psicoterapia, ai pessoa passa a ter consciência do problema que a faz ficar ansiosa, resolvendo seus conflitos internos.
A terapia comportamental também é eficaz para o tratamento, fazendo com que a pessoa aprenda a controlar a tensão diante de uma situação que pode gerar ansiedade, até conseguir eliminar o problema. Uma das técnicas utilizadas é a do exercício especial da respiração, com o intuito de reduzir os sintomas (FREUD, 1980, p. 213).
Outra técnica utilizada é a de expor o paciente a uma situação que o amedronte, fazendo surgir à ansiedade, com o intuito de ajudá-lo a enfrentar o medo. Essa terapia cognitivo-comportamental ensina o paciente a reagir diferente em situação em que poderia surgir a ansiedade, ou outros sintomas.
Sabemos que pais e professores devem ficar atentos para não desencadear ansiedade nas crianças, pois pais e professores ansiosos transferem para os filhos e alunos tal sintoma.
Um professor consciente e que quer atingir os objetivos da escola precisa conhecer a inclusão, bem como a criança deficiente intelectual e a criança ansiosa
Segundo a Associação Brasileira de Distúrbios de Aprendizagem, (ABDA) “dificuldades de aprendizagem é um termo geral que se refere a um grupo heterogêneo de desordens manifestadas por dificuldades na aquisição e utilização da compreensão auditiva, da fala, da leitura, da escrita e do raciocínio lógico-matemático.”
No plano educacional, a criança com deficiência intelectual possui um conjunto de condutas significativamente desviantes em relação aos demais escolares em geral, necessitando de uma adequação dos projetos pedagógicos que atendam à suas necessidades e muita afetividade.
A criança especial em idade escolar necessita de apoio constante e a aprendizagem deve se processar de maneira prazerosa e dialógica. Cabe ao professor criar um ambiente agradável e acolhedor para que ela se sinta bem.
1.3 Formas de Tratamento da ansiedade
Vários tipos de tratamento vêm sendo desenvolvidos através de recursos e pesquisas monitoradas pelo NIMH e outras instituições. O tratamento é extremamente eficaz, e pode ser feito com medicamentos ou algum tipo de psicoterapia.
O tratamento varia de acordo com a doença. Para a ansiedade exógena é aconselhada a psicoterapia, e faz com que a pessoa passe a ter consciência do problema e do que a faz ficar ansiosa, resolvendo seus conflitos internos.
Alguns medicamentos são indicados para o tratamento da ansiedade, incluindo antidepressivos, que devem ser prescritos pelo médico, após um exame detalhado.
As terapias compartimentais também são eficazes para o tratamento, fazendo com que a pessoa aprenda a controlar a tensão diante de uma situação que pode gerar ansiedade, até conseguir eliminar o problema. Uma das técnicas utilizadas é a do exercício especial da respiração, com o intuito de reduzir os sintomas.
Outra técnica utilizada é a de expor o paciente a uma situação que o amedronte, fazendo surgir à ansiedade, com o intuito de ajudá-lo a enfrentar o medo.
Assim como a terapia comportamental, a terapia cognitiva-comportamental ensina o paciente a reagir diferente em situação em que poderia surgir a ansiedade, ataque de pânico ou outros sintomas. O paciente também aprende a entender como o seu pensamento e o estado emocional contribuem para o aparecimento destes sintomas e como mudá-los, para que os sintomas vão desaparecendo, conseguindo controlar a situação.
1.4 A inclusão e as leis que garantem a inclusão
Falar de inclusão quer dizer tratar todos na igualdade, sem discriminar ninguém e atender na diversidade para atender de fato. “A Constituição Brasileira de (1988) trouxe um dispositivo que tornou obrigatória a aceitação de alunos com deficiência nas escolas brasileiras”. (Mantoan, 2008, p.86).
O Estatuto da Criança e do Adolescente Lei (ECA, nº. 8.069/90), em seu artigo 55, determina que “os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino”.
Na década seguinte os documentos como a declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994), passaram a influenciar as políticas públicas dos diferentes países que aderiram a esse movimento na perspectiva da educação inclusiva, inclusive o Brasil.
A Declaração de Salamanca (1994), apoiada pelo nosso país, aponta a inclusão como um avanço com relação à integração, o que resultou em reestruturação do sistema regular de ensino.
A proposta pedagógica da Declaração teve um poder de transformação da realidade, pois, tornou as escolas públicas a agência educativa responsável pela efetivação da inclusão: [...] as escolas devem acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras [...] (UNESCO, 1994, p. 12).
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução n° 2 de 11 de setembro de 2010), a educação é pensada como “contribuição essencial” para transformação social. Para tanto exige da escola o uso de métodos e técnicas de ensino para apropriação do saber para todos os cidadãos (MANTOAN, 2006, p.18).
Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a constituir a proposta pedagógica da escola, definindo como seu público-alvo os alunos com deficiência, transtornos globais desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com o ensino comum, orientado para o atendimento às necessidades educacionais especiais desses alunos. (BRASIL, 2008, p.14).
Percebe-se que vivemos um momento de intensa ressignificação da Educação Especial e, da escola regular e suas práticas, pois:
Em uma escola aberta à diversidade, escola para todos, há de se pensar igualmente nas mudanças de que essa escola necessita. As quais decorrem do contingente de alunos com suas particularidades, individualidades e potencialidades que precisam de mudanças de atitudes e de ações em nível de equipe dirigente, professores, diretores, coordenadores pedagógicos, entre outros profissionais que atuam no espaço educacional. (BUENO, 1999, p. 19).
A educação, portanto, é conclamada a modificar-se e a rever suas praticas a fim de se preparar para inclusão de todos os alunos que buscam a escola regular.
Caberá ao professor amparar o aluno da melhor maneira possível para que este alcance a cidadania. Somos educadores e nos preocupamos com o desenvolvimento dos alunos incluídos nas escolas regulares.
A LDB vem confirmar o que diz a Constituição Federal de (1988) sobre a inclusão. E no artigo 58 diz o seguinte: Entende-se por Educação Especial para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para educandos portadores de necessidades especiais, (1996. p. 14)
No § 1º - Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
Tanto esse artigo como os demais (59 e 60) definem a modalidade de educação especial que deve assegurar os mesmos direitos do cidadão comum, garantindo-lhes a perfeita integração com os demais, que terão a oportunidade de exercitar a solidariedade visto que este é o componente indispensável para haver a inclusão.
O ensino público regular que abrigará o aluno com deficiências será oferecido serviços de apoio especializado, funcionando dentro das escolas como: fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta através do atendimento educacional especializado.
Quando se tratar de currículos, métodos e técnicas são importantes que a escola faça adequação para realmente incluir esse aluno para viver a cidadania e garantir os direitos.
O AEE não é reforço escolar tem como objetivo atividades que se diferenciam das realizadas em salas de aula de ensino comum. A professora mediadora de professora titular denominada (cuidadora) não faz parte do quadro da Educação Especial, mas do Ensino Comum.
O atendimento clínico acontece em parceria com a saúde e foi implantado para atender pessoa com deficiência intelectual. É primordial que eles acompanhem a evolução do atendimento educacional especializado, especialmente na deficiência intelectual. Nesse caso, a intervenção desses profissionais, caminha para ajudar na inclusão.
Se o atendimento educacional é pautado na autonomia de seus alunos, deve também reconhecer e valorizar a autonomia de um saber do professor especializado e do clinico que vai acompanhar a criança para uma inclusão plena. (ZANATTA, 2007).
É necessário diálogo entre os diferentes profissionais para o aprofundamento e melhor desempenho, seja do aluno, do professor ou do especialista. No entanto, o diálogo só acontece quando as partes que dialogam respeitam-se mutuamente e não assumem uma posição de superioridade de conhecimento e de dominação sobre o outro.
O atendimento educacional especializado, na construção do conhecimento toca em questões subjetivas para o aluno, o que fatalmente acarretará conseqüências no seu desenvolvimento global e conseqüentemente na resposta ao atendimento clínico. O aluno é um ser indivisível, em que cada uma de suas partes interage com a outra, influenciando e determinando a condição do seu funcionamento e crescimento como pessoa (Sassaki, 2007, p. 21).
A escola regular mantém a escolaridade regular e o atendimento educacional especializado com classes multifuncionais e esses educadores devem interagir e conversar constantemente, embora cada um mantenha os limites de suas especificidades. E mesmo com os atendimentos clínicos deve ter o propósito de desenvolver o atendimento clínico com muito diálogo com os especialistas e familiares.
O atendimento educacional especializado, a partir da Constituição de 1988 e dos princípios de uma educação escolar inclusiva, deixou de ser uma terminologia diferente para designar a Educação Especial e passou a ser, de fato, o seu grande desafio, pois o aluno esta matriculado na escola regular em igualdade de condições. E no horário contrário recebe atendimento especial.
Tanto o aluno especial como o aluno com sintomas de ansiedade devem ser tratados de modo a superem suas dificuldades e serem incluídos na escola, na sociedade e na vida.
A atuação do professor que busca apoiar afetivamente seus alunos exige uma atitude de acolhimento, tanto nos aspectos estruturais didáticos quanto na relação interpessoal. Na verdade, estes não são dois aspectos distintos, aparecem juntos na sala de aula e determinam-se mutuamente.
O acolhimento requer do professor a utilização de conhecimentos no campo da Didática e da Psicologia para propor e apoiar seus alunos nas situações de aprendizagens relativas às áreas de conhecimento escolar, e também de conhecimentos afetivos, socioculturais e emocionais, que são importantíssimos para incluir o aluno ansioso ou com deficiência intelectual na escola regular.
1.5 Atividades para superar a ansiedade e desenvolver a inclusão
Acolher é antes de tudo preparar bem o ambiente físico para o aluno ter prazer e interesse dentro da sala de aula. O professor deve se preocupar com a decoração da sala, pois esta é extremamente reveladora: pode ser aconchegante ou fria. A criança ao entrar na sala pode sentir alívio, aceitação ou medo e rejeição. É o ambiente que vai revelar-se bom ou mal.
O professor precisa utilizar de brinquedos como móbile, encaixes, areia, bolas, petecas, bonecas, jogo de montar e brincadeiras de faz-de-conta para desenvolver o prazer e ao mesmo tempo despertar a aprendizagem na criança da educação infantil acabando de vez com a ansiedade. As atividades devem ser bem planejadas para se tornarem prazerosas e interessantes para a criança.
Todo ensino deve ser voltado para entreter a criança inicialmente no novo ambiente fazendo parte da vida cotidiana, despertando o interesse em permanecer e aprender de modo prazeroso..
Na pré-escola e no ensino fundamental inicialmente trabalhar alfabetização através da hora da história, da música, jogos de mesa como: quebra-cabeça, dominó. alfabeto movel, e outros jogos que atraem a criança para aprender brincando.
Ao educador cabe esta grande responsabilidade de tornar não só o ambiente agradável e acolhedor, mas desenvolver a sintonia entre o conteúdo a ser trabalhado e o espaço prazeroso para gerar a motivação para aprender.
Observar o nível de auto-estima do aluno no sentido de ver seu nível de adaptação, sua consciência das qualidades e limitações e se o aluno acredita em si mesmo, se fica deprimido com facilidade ou tem sentimentos de insegurança, etc. Um educador atento contagia os alunos levantando seu humor e sua auto-estima, não deixando a ansiedade se instalar no ambiente escolar.
2 CONCLUSÃO
Esta pesquisa buscou aumentar os conhecimentos sobre a criança e o professor com ansiedade, bem como a inclusão da criança matriculada na rede regular de ensino, pois primeiramente analisou-se a ansiedade que prejudica o desempenho do aluno, depois as leis que falam da inclusão dos deficientes intelectuais, uma vez que faz parte da prática docente buscar mais conhecimentos frente aos problemas que a escola enfrenta.
Com mais conhecimento e politização é possível incluir todo aluno deficiente com formas diferenciadas de trabalhar contando com a ajuda da família e de um especialista para atender individualmente aqueles alunos com problemas de aprendizagem.
O professor mais consciente de sua função deve utilizar inúmeras atividades de ensino e compreender a criança ansiosa ou deficiente e quando for detectada sua dificuldade atuar com afetividade, diálogo. O aluno com deficiência deve fazer parte do atendimento educacional especializado em contra turno para poder ser atendido de modo individualizado com estratégias diversificadas e muito amor e diálogo.
Na área cognitiva que a criança ansiosa ou deficiente apresenta dificuldade de aprendizagem dos conceitos abstratos, de atenção e concentração. Elas possuem dificuldade na resolução de problemas e em aplicar o que aprendeu em situações novas. Daí a importância de saber trabalhar jogos e brincadeiras, musicas, hora da história e até levar o computador para ir adequando sua aprendizagem as novas tecnologias.
3 REFERENCIAS
BARONE, L. Ansiedade. São Paulo: Sumus, 2005.
BRASIL. Saberes e práticas de inclusão: estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais. Brasília: MEC: SEESP; 2003. v.4.
BRASIL, Constituição Federal. Brasilia: MEC. 1988.
BRASIL. DECRETO nº 7.611, de 17.11.2011 - Presidência da República
www.planalto.gov.br/ccivil. Acesso em 10/11/2012. Brasilia: MEC 2011 Em cache
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasilia: MEC. 1998.
BUENO, J.G.S. Algumas considerações. Formação do Educador e Avaliação Educacional. São Paulo: Ed. UNESP, 1999.
COSTA, J. da. A ansiedade e a neurastenia. São Paulo: Forense, 2002.
FREUD, S. Ansiedade. São Paulo: Standard, 1926. Brasileira, Tradução, 1980.
MANTOAN, Maria Teresa. E Ser ou Estar: eis a questão. Explicando déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA, 2006.
MAZZOTA, M.J.S. Trabalho docente e formação dos professores em educação especial. São Paulo: EPU,2004.
SASSAKI, Romeu. Psicopedagogia: novas contribuições. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,2007.
Publicado por: Renan Bezerra Jacomeli
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