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Prática exitosa em História e Teoria da Educação Física

Análise sobre a prática exitosa em história e teoria da educação física.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Introdução

As práticas sociais da Educação Física são manifestações corporais socioculturais e não apenas gestos técnicos padronizados. Dessa forma, descreveremos uma prática exitosa de uma atividade motora/corporal para ser trabalhada com crianças de 9 a 10 anos, objetivando estimular o trabalho cooperativo e orientação espacial. Identificaremos a prática social da atividade descrita e local de sua aplicação.

Desenvolvimento

Iniciaremos nossa reflexão ao constatarmos que a partir da década de 80, o modelo esportivista e tecnicista passa a ser muito questionado. Novas propostas pedagógicas apontavam para uma nova direção, rompendo com o modelo considerado tradicional, uma vez que conceitos e práticas sociais relacionados à área da Educação Física passam a ser inseridos.

Assim, podemos citar como exemplo, a dança, que é considerada uma das formas de manifestação da expressão corporal, na medida em que o ser humano se expressa com a sua necessidade de se comunicar. Nesse sentido, em diversos períodos históricos a dança desempenhou uma representação social de manifestações populares, trazendo à tona as emoções e a comunicação de suas características culturais. Portanto, podemos assegurar que um novo entendimento extrapola a área biológica e novas dimensões psicológicas, sociais, cognitivas e afetivas são inseridas.

De acordo com Darido e Sanches Neto (2005), o esforço nesse novo entendimento é atual e necessário, ao considerar o aluno que passa a ser entendido como ser humano integralizado, distinto do entendimento mecanicista, onde apenas o aspecto motor era o que importava. Dessa forma, os propósitos educacionais também são ampliados, em busca de formação completa de um corpo que sustenta uma atividade intelectual diversificada e com pressupostos pedagógicos mais humanizados.

Prática exitosa

Com o propósito de trabalhar a orientação espacial e trabalho cooperativo, descrevemos a seguinte atividade motora/corporal:

Atividade: Corrida em duplas

Idade: 9 a 10 anos

Materiais: bolas

Local: quadra ou campo ao ar livre.

Formação: em colunas

Organização da atividade: uma bola colocada à frente de cada coluna distante 7 m, alunos atrás da linha de partida.

Execução: O 1º aluno de cada fila, ao sinal, corre em torno da bola, volta ao seu lugar, toma o 2º pela mão, correm ambos em redor da bola e retorna ao ponto de partida. O 1º se coloca à retaguarda de sua coluna enquanto o 2º toma o 3º pela mão repetindo o percurso. Até que todos tenham corrido 2 a 2. O vencedor será a equipe que completar o percurso em 1º lugar.

Discussão

Werneck (2003) indica que os "jogos de recreio", dentre outras práticas que possibilitavam o divertimento das crianças, passaram a ganhar uma preocupação pedagógica nas instituições de ensino, ultrapassando o sentido etimológico do termo, relacionado, apenas, ao restabelecimento, à distração ou à diversão. Segundo esse autor, esses conteúdos acabaram constituindo a essência dos programas de Educação Física Infantil com o objetivo de promover habilidades, como destreza, concentração, sociabilização, espírito de equipe e respeito às regras.

Considerações Finais

Ao considerar a atividade descrita, podemos constatar que habilidades e competências são trabalhadas, uma vez que o aluno, para alcançar o êxito da atividade, dependerá da convivência e interação com o seu colega de turma. Dessa forma, ao mesmo tempo em que há diversão, há ensino. Ao mesmo tempo em que há competição, há o exercício de se trabalhar a contradição, uma vez que apenas uma dupla será a vencedora. Por fim, vale relembrar as características que a brincadeira deve possuir, dentre as quais relembramos: ser uma atividade espontânea, voluntária, sem regras fixas, com prazer, diversão e completa em si mesma.

Referências

DARIDO, Suraya Cristina & SANCHES NETO, Luiz. O contexto da Educação Física na Escola. In: DARIDO, Suraya Cristina; RANGEL, Irene Conceição Andrade (Orgs.): Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

EDUCAÇÃO FÍSICA, UMA MISSÃO. Disponível em http://missaoeducafisica.blogspot.com /2013/08/53-atividades-jogos-e-brincadeiras-para.html. Ano 2013. Acesso em 10.jun. 2021.

IMPOLCETTO, F. M.; NARDI, E. R. História e Teoria da Educação Física. Batatais: Claretiano, 2019. Caderno de Referência de Conteúdo – CRC – Unidades 1 e 2.

MARCELINO, N. C. Lazer e Recreação: repertório de atividades por ambientes, volume I. São Paulo: Papirus, 2013. Livro Eletrônico. Biblioteca Digital Pearson.


Publicado por: Elionai Dias Soares

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.